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quarta-feira, 31 de outubro de 2018


Com Deus em nosso coração,

é possível sermos mais do que somos agora!

(2 Cr. 1:1-13)



Se cremos em Deus e Lhe obedecemos com todas as nossas forças para Lhe agradarmos e termos comunhão com Ele, então, nos serão revelados os segredos do Seu coração e veremos as Suas promessas se cumprirem. Na verdade, na Velha Aliança muitas coisas do Senhor eram misteriosas para seu povo, mas a partir da Nova Aliança que Deus fez connosco, o que era segredo foi revelado para nós. Jesus disse aos discípulos em particular: "A vocês foi dado o segredo do reino de Deus..." 
Se queremos realmente descobrir esses princípios, precisamos de ir à fonte, que é a Palavra de Deus, e entendermos os seus segredos que, segundo Paulo, o Senhor nos revela hoje. Essa revelação para uma vida bem-sucedida, que Deus nos desvendou no Novo Testamento, é o que eu chamo de Segredo do Sucesso.
Com Deus no coração, vivamos pela fé e Deus renovará nossas forças para vivermos muitos anos ainda em Sua presença e nos convidará a ver aquele verdadeiro mundo das coisas espirituais que transcendem o mundo material que tanto nos atraem. Não precisamos de saber como será o dia de amanhã, nem mesmo como encontrar uma saída para nossos problemas. Apenas creiamos que, mesmo com nossas falhas, experimentaremos milagres, pois Deus continua fiel! Por isso, lancemos fora toda a dúvida e incredulidade que não estejam de acordo com a Palavra de Deus. Enquanto tivermos Deus em nosso coração, tudo é possível, assim disse Jesus, Seu filho e nosso Salvador. Sempre que nos achegarmos a Deus não precisamos nos perguntar se iremos encontrá-Lo receptivo. Ele sempre é compreensivo à miséria e à necessidade, bem como ao amor e à fé.
Um dos maiores adversários na rota de muitos cristãos não é Satanás, mas a acomodação. Muitos decidiram se aliançar com o ciclo vicioso da acomodação. Na verdade começam lutando por grandes ideais e sonhos, mas, quando os alcançam se cansam de lutar, param e se conformam com o que alcançaram. Infelizmente tais pessoas, quando desistem, passam a acreditar que as grandes bênçãos são somente para os outros. Mas pelo texto bíblico vemos que com Salomão não foi assim. Ele teve algumas atitudes especiais que precisamos aprender, quanto a progredir na rota, nas bênçãos e nas vitórias no Senhor. O conhecimento pela experiência de Deus no coração é sempre melhor do que o conhecimento pela descrição. Um homem pode morrer de fome sabendo tudo sobre pão, e outro pode permanecer espiritualmente ao mesmo tempo em que conhece todos os factos históricos do cristianismo. “E a vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a que enviaste” (Jo. 17:3).
Com Deus no coração podemos olhar para a Bíblia e ver que não é um livro de teorias vazias, sem valor para a vida, mas um livro vivo e dinâmico, que ensina um sistema de pensamento e conduta que leva ao verdadeiro sucesso. Deus nos chamou para virmos gozar da Sua paz, do Seu amor, dos benefícios, do inigualável descanso de estarmos na Sua presença (Mt. 11:28-30)! Ele quer que, depois de irmos ao Seu encontro, habitar em nosso coração e, por isso, não precisamos  esconder a nossa lepra espiritual, as nossas chagas ocasionadas devido aos nossos inúmeros desatinos; Ele quer  tocá-las, limpá-las e curá-las (Os. 6:1).
Abramos todas as portas e o convidemos a entrar. Entreguemos a Ele todos os lugares do templo de nosso coração e insistamos para que entre e ocupe este lugar como Senhor e Mestre em Sua própria habitação. A prosperidade, a felicidade e o sucesso que Deus dá são duradouros; bem diferente do sucesso momentâneo, egoísta e superficial que o mundo oferece. Comecemos a pensar nele como Aquele que deve ser adorado e obedecido.
Deus é conhecido pelo seu trato, pelo modo como trata o homem por intermédio destes atributos: benignidade e fidelidade. Tal homem deve imitar o seu Senhor fazendo o mesmo. Deus nos fez seres completos, à sua própria imagem e semelhança, dotados de uma capacidade que só ao homem foi dada: o relacionamento com Deus através do espírito. Portanto, só podemos ser verdadeiramente felizes quando descobrimos o segredo do sucesso de acordo com o propósito do Senhor para nós. Não existe cristianismo sem cruz. Todos os homens e mulheres que decidiram obedecer, sofreram perseguições, foram zumbados, humilhados, mas viveram contentes porque esperavam uma recompensa eterna. E no final de tudo tiveram a aprovação do próprio Senhor e a vida eterna. Por isso levantemo-nos (não em nossa força), mas na dependência de Deus.  Se Ele disse que podemos, então podemos!  Não aceitemos as mentiras do inimigo. Corramos para as bênçãos que Deus tem reservado para nós! Lembremo-nos que Deus é atraído pelo doce nome de Jesus, como as abelhas são atraídas pela fragrância do trifólio. Ele se moverá livremente, satisfeito e em casa onde Cristo for glorificado.
Com Deus em nossa vida, ninguém poderá atrapalhar o nosso caminho, apagar a nossa luz, impedir as nossas bênçãos e anular a protecção de Deus sobre nossa vida.  "Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-O enquanto está perto" (Is. 55:6). Deve ser, por ora, a coisa mais importante da vida, tão intensa, a ponto de impedir a entrada de qualquer outra coisa.
Como progredirmos no Senhor e sermos mais do que somos?
Querendo e desejando andar com Deus. Querendo sempre progredir cada vez mais agradando a Deus, andando como sábios e com os sábios, andando como filhos da luz e na luz, andando em amor, andando com temor, andando em sinceridade, andando em verdade, andando em justiça, andando em rectidão, para que o processo continue acontecendo em nossas vidas. Pois o nosso objectivo é nos parecermos com Jesus Cristo! Andar com Deus significa ter um conhecimento cada vez mais íntimo dele. Não se pode andar dignamente com Deus sem primeiro ter um verdadeiro conhecimento de quem Ele é e o que Ele deseja para nós. Colossenses 1:10 “a fim de viverdes de modo digno do Senhor, para o seu inteiro agrado, frutificando em toda boa obra e crescendo no pleno conhecimento de Deus”.  II Pedro 3:18 “antes, crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória, tanto agora como no dia eterno”.
Compreender que a vitória vem de Deus. Encontraremos esta afirmação somente na palavra inerrante, infalível e eterna de Deus, e é só através de um relacionamento sério com Ele que seremos conduzidos a perceber que a vitória vem Dele. É fundamental seguirmos sempre em submissão o Deus que nos chama a fim de que apliquemos tudo o que sabemos sobre Ele à vida e, assim, seremos conduzidos à riqueza do reino de Deus. O verdadeiro combatente é aquele que persevera que progride no Senhor Jesus! Precisamos ter audácia, ousadia e discernimento para crescer e perseverar na palavra de Deus. O combate é diário a nossa luta também precisa ser diária!
A exortação para nós é: “progredir na lei de Deus”. Precisamos viver essa palavra colocando os nossos talentos na luta de assumirmos que Deus é tudo em nossa vida! Essa é a vontade do Senhor. Tudo isso para que um dia, quando nosso Senhor Jesus Cristo voltar em glória, as nossas vidas mostrem o nosso sim, mostrem que não o rejeitamos, que não desistimos, mas que lutamos até o último momento. E o importante é que teremos lutado, insistindo e progredindo no Senhor até aquele dia. Até o grande dia chegar. E quando Ele chegar, poderemos dizer: “Senhor valeu a pena”! Só assim podemos manter um coração abrasado, incomodado e sempre desejoso por mais, por coisas maiores, sempre progredindo até chegar ao céu.
Jesus é o caminho. Ele deixou neste mundo as marcas limpas dos seus passos, sinais indeléveis que nem o desgaste dos anos nem a perfídia do inimigo conseguiram apagar. Assim, andando neste caminho, chega a hora em que o próprio Senhor nos leva a compreender que é o tempo de Seus planos se cumprirem em nossa vida. Há um tempo em que o próprio Deus, por meio de Sua providencia, revela-nos que represas fortíssimas estão para se romper, obstáculos resistentes serão removidos e adversários poderosos, derrotados. Todos nós sabemos que fora deste caminho é impossível viver. Isto leva-nos à conclusão de que não podemos ser negligentes com os meios dados por Deus para nos levarem a fins determinados, correctos e legítimos. Quem assim vive um dia haverá de ouvir: “Vinde, benditos do meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo….”
Precisamos sair do nosso comodismo, Deus nos deu dons maravilhosos, precisamos colocá-los em prática. Não podemos omitir, precisamos saber aproveitar cada oportunidade, para anunciar a boa nova de nosso Senhor Jesus Cristo. Ele vai voltar, por isso, não podemos perder tempo! Precisamos agradar a Deus e para isso precisamos lutar pela progressão no Senhor e nunca desistir!
Há pelo menos 4 coisas muito importantes no processo de progredir em Deus que temos que fazer:
 1- Vivermos inconformados
O inconformismo tira-nos do lugar-comum, nos faz querer lutar e buscar soluções, mudanças. O inconformado é criativo, tem atitude e não se cansa com facilidade. Criatividade representa a emergência de algo único, original e, de certa forma, simples. Para ser criativo, é preciso ser sensível a problemas, deficiências e lacunas no conhecimento. É preciso identificar as dificuldades e buscar soluções, formular hipóteses a respeito dos problemas e testar e as soluções imaginadas. Um produto ou resposta serão considerados criativos na medida em que são novos e apropriados, úteis ou de valor para o problema proposto.
Assim aconteceu com Salomão que não se conformou com o facto de estar fortalecido no seu reino e saber que Deus era com ele e o estava abençoando. Ele convocou seus líderes e foi buscar a Deus porque ele queria algo maior. Não estava satisfeito em ser filho de Davi, nem em ser mais um rei de Israel. No seu coração ardia algo mais.
Quando Deus quer fazer algo connosco (em nós e/ou através de nós), uma das primeiras coisas que Ele faz é gerar alguma insatisfação em nós. O Senhor nos mostra que, apesar do muito que já fez e que nós já conquistamos, quer nos fazer progredir um pouco mais. Ele quer que saibamos que ainda não realizou todo o Seu propósito em nossas vidas. Você já está satisfeito e conformado com tudo o que Deus tem feito? Não há mais o que crescer, mudar ou conquistar? Tudo o que Ele fez até agora, pode ser muito, mas ainda não é tudo o que Ele tem para nós!
Temos uma dupla responsabilidade em relação ao mundo ao nosso redor. Por um lado, devemos viver, servir e testemunhar no mundo. Por outro, devemos evitar nos contaminar por ele. Assim, não devemos preservar nossa santidade fugindo do mundo, nem sacrificá-la nos conformando a ele.
Temos que sair do nosso conformismo, largar os sucessos e as glórias do passado, deixar os medos e fracassos para trás. É preciso nos abrirmos para Deus no presente, a fim de recebermos dEle um grande desafio para o futuro! Pessoas positivamente inconformadas são aquelas que estão dispostas a quebrarem paradigmas que resistem ao crescimento e à criatividade. Essa capacidade de não se conformar é um diferencial determinante para quem almeja viver além da mediocridade.
Se somos semelhantes a Cristo, então quer dizer que a característica marcante é o nosso inconformismo em relação às coisas erradas que há no mundo, pois, sermos semelhantes a Cristo implica em não nos conformarmos com nenhum tipo de postura ou comportamento que se desvie do que Cristo faria em nosso lugar. De facto, Deus convoca Seu povo para “ser diferente de todos”. Em Levíticos 11:45 lemos: “Vós sereis santos, porque Eu Sou santo”. No Novo Testamento, o apóstolo Paulo nos desafia a não nos conformarmos com este século, mas transformar-nos pela renovação de nossa mente (Rm. 12:2).
O inconformismo é uma demonstração de nossa maturidade: nós não aceita uma vida superficial; mas queremos, sim, uma vida enraizada em Cristo e em Sua Palavra. Como diz o apóstolo Paulo, precisamos apresentar-nos perfeitos em Cristo (Cl. 1:28-29). O adjetivo grego teleios, traduzido como “perfeito”, significa “completo”, “maduro”. Ser maduro implica, então, ter um relacionamento sólido e pessoal com Cristo, que nos leva a amá-Lo e a obedecer à Sua Palavra.
Quando Moisés viu o seu povo oprimido disse: tenho que fazer algo. No início fez algo errado, mas no seu coração havia insatisfação. Neemias se viu desafiado a reconstruir os muros de Jerusalém. Precisamos entender que as coisas podem mudar, podem ser maiores e melhores. Nós podemos ser mais do que somos agora; podemos ser mais para a glória do Senhor! Aleluia!
Esta deve ser a nossa intenção. Aplicar em nossa vida diária o que aprendemos na Bíblia. Às vezes somos negligentes. Falamos mais em futebol, novelas, cinema, do que da Palavra de Deus. Há necessidade de vivenciar um cristianismo autêntico e não apenas de palavras, mas de gestos e atitudes que glorifiquem a Deus. Boas obras não salvam, mas a fé sem obras é morta (Tg. 2:17).
O segredo de uma vida feliz e cheia de paz está ao nosso alcance. Não há necessidade de buscar felicidade em coisas ocultas. Jesus Cristo está ao nosso alcance, basta ouvir a sua voz (Ap. 3:20). Devemos e temos que afastar os Betesdas de nossas vidas (Fl. 4:5-6).
 2- Buscarmos mais a Deus
O autor de Salmos 73:28 escreveu: “Mas, para mim, bom é aproximar-me de Deus”, e estejamos certos que isso também é bom para nós. Nosso relacionamento com Deus começa quando nos chama ou nos atrai. Jesus disse: “Ninguém pode vir a Mim, se o Pai, que Me enviou, o não trouxer; e eu O ressuscitarei no último Dia” (Jo. 6:44).
Depois que Deus nos chama, espera que, a partir daí, tomemos a iniciativa de nos aproximarmos dEle. Se fizermos isso, então recebemos essa encorajadora promessa: “Chegai-vos a Deus, e Ele se chegará a vós” (Tg. 4:8). Deus deseja ter um relacionamento próximo com todas as pessoas. Na verdade, Ele quer que todas as pessoas, eventualmente, se tornem Seus “filhos” (2 Co. 6:18).
Deus quer nos ensinar o caminho certo, aquele por onde devemos andar para alcançar as promessas do Senhor. Por isso, precisamos buscar o Deus que nos abençoa e não somente as suas bênçãos. Deus quer que o adoremos em Espírito e em verdade. Não existe expressão de amor maior do que aquela que Jesus nos deu na cruz. Deus é bom, misericordioso e é o principal interessado em que vivamos bem (Jo. 3:16). Não existe amor maior do que esse. Pensai nas coisas do alto! As coisas que Deus tem reservado para aqueles que o amam são infinitamente mais do que possamos imaginar. Mas saiba que, existe um tempo certo para tudo, para todo o propósito debaixo do céu como diz em Eclesiastes 3:1
Com poucas palavras simples os Filhos de Coré descrevem uma cena da vida quotidiana que nos ajuda a entender o desesperado anseio do homem justo por Deus. "Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo" (Sl. 42:1,2).
Numa circunstância semelhante, Davi implora ao Senhor: "Ó Deus, tu és o meu Deus forte, eu te busco ansiosamente; a minha alma tem sede de ti; meu corpo te almeja, como terra árida, exausta, sem água" (Sl. 63:1).
Os "Salmos da Busca de Deus" reflectem a mais profunda e mais premente necessidade que o homem pode conhecer. Uma vez que corações honestos têm conhecido a Deus, a satisfação de nossas necessidades físicas e mesmo emocionais não serão mais suficientes para nos contentar. Nem mesmo a íntima companhia de outro indivíduo preencherá o grande vazio que sentimos internamente. Deus, na verdade, colocou a eternidade dentro de nossos corações, e os homens iluminados pela verdade anseiam com todo o seu ser por "andar" com seu Criador. A chave mais importante é o dom de Deus, ou seja, Seu Espírito habitando em nosso coração e mente! O Espírito de Deus actua transformando a natureza humana em uma natureza divina com a mente de Cristo, de modo que, em vez de ser inclinada ao egoísmo e ao pecado, a pessoa se sente inclinada ao amor e à compaixão (Fl. 2:1-5).
Quem conhece a Deus tem paz e bom ânimo, não desanima, tem ousadia e alegria, pois conhece as virtudes do Deus Todo-Poderoso e do seu imenso amor por nós, relativizando os problemas quotidianos. “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo” (Jo. 16:33).
O que é tão maravilhoso é que o próprio Deus deseja e possibilita esta comunhão. Paulo declarou aos atenienses que Deus nos fez para que nós o "buscássemos" (At. 17:27), e Davi assegurou a Salomão que o Senhor recompensará os que o buscam honesta e diligentemente: "... porque o Senhor esquadrinha todos os corações e penetra todos os desígnios do pensamento. Se o buscares, ele deixará achar-se por ti; se o deixares, ele te rejeitará para sempre" (1 Cr. 28:9).
A nossa alma tem mais necessidade de Deus do que a terra seca da chuva. A nossa alma tem mais carência de Deus do que a flor do campo tem do orvalho da noite. A nossa alma tem mais ânsia por Deus do que os guardas pelo romper da alva. A maior necessidade da nossa vida não é das bênçãos de Deus, mas do Deus das bênçãos. O tudo sem Deus é nada. A riqueza do mundo sem Deus é consumada pobreza. As glórias do mundo sem Deus são como um vácuo. Somente em Deus encontramos razão para viver. Somente em Deus nossa alma encontra descanso. Deus é a verdadeira fonte de prazer. Só há plenitude de alegria na presença de Deus. Os lautos banquetes do mundo não podem saciar a nossa alma. As riquezas do mundo não podem preencher o vazio do nosso coração. O conhecimento, o dinheiro, o sucesso, o poder e a fama sem Deus são insuficientes para dar significado à nossa vida. Deus nos criou para Ele e somente Nele encontraremos significado e razão para viver.
A vida sem Deus é seca como um deserto, infrutífera como os espinheiros e estagnada como um poço de águas paradas e lodacentas. Precisamos nos voltar para Deus, a fonte de águas vivas. Precisamos de nos arrepender dos nossos maus caminhos e emendar as nossas veredas. Precisamos endireitar os caminhos tortos e rectificar aqueles que estão fora do lugar. Esse é um tempo de arrependimento e volta para o Senhor. A restauração começa com choro, com quebrantamento, com acerto de vida com Deus. Precisamos examinar o nosso coração. Precisamos ser pesados na balança de Deus. Precisamos reconhecer os nossos pecados, sentir tristeza pela nossa frieza espiritual e sentir vergonha pela escassez dos nossos frutos. O juízo começa pela Casa de Deus. Não basta apenas uma volta superficial para Deus. Ele não se impressiona com os nossos gestos pomposos nem com as nossas palavras eloquentes. Ele sonda os corações. Precisamos rasgar não as nossas vestes, mas os nossos corações. O perdão é resultado do arrependimento, a restauração é consequência do quebrantamento e a plenitude da vida de Deus em nós é fruto de uma busca verdadeira, intensa e perseverante. A chuva vem sobre a terra seca. O derramamento do Espírito sobre aqueles que têm sede Deus.
Devemos reconhecer que precisamos e sempre precisaremos de Deus. Sem Ele nada somos e nada poderemos fazer. Se tomarmos atitudes com esse propósito, com certeza seremos mais íntimos de Deus. Ele não quer que tenhamos uma comunhão de servos para Senhor, mas de filhos para Pai, fundamentada numa amizade. A Bíblia relata em João 15:15 que o Senhor Jesus nos está levando a um outro nível de intimidade com Deus, quando fala que “Já não vos chamo de servos, porque o servo não sabe o que faz seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer”.
A Bíblia nos ensina que devemos buscá-lo de todo o coração, ou seja, de corpo e alma, ansiando por Sua presença. De todo coração quer dizer com intensidade e integridade de todo o ser. De todo o coração também quer dizer em todas as fases de nossa vida. Ele á o maior tesouro que existe, o maior bem que podemos ter. É uma questão de justiça buscarmos a Ele em primeiro lugar e fazermos isto com alegria, com prazer, satisfação e boa vontade. Tal como o homem que encontrou o campo com o grande tesouro e transbordante de alegria se desfez de tudo que tinha para comprar o campo (Mt. 13:44). Quanto mais nos dedicarmos em conhecer a Deus, mais intimidade adquirimos com Ele, e consequentemente experiência. Vejamos o que o apóstolo Paulo nos diz em 1Co. 6:17: “Mas aquele que se une ao Senhor é um mesmo espírito com Ele”. Ou seja, quando nos tornamos íntimos de Deus, partilhamos dos mesmos pensamentos, visões, ideologias e propósitos, nos tornando conhecedores da Sua graça e poder.
Quando nos dedicamos em buscar ao Senhor, adquirimos experiência com Deus, e segundo a Bíblia, a experiência produz esperança, e a esperança não traz confusão e é o fundamento da fé do cristão. A nossa busca pelo Senhor tem que ter propósito e objectivo, pois há uma grande diferença entre querer mais do poder de Deus e querer mais da Sua presença. O poder do Senhor é revelado em um determinado momento, mas Sua presença é cativante em todos os momentos de nossa vida. Reconheçamos uma vez mais a soberania do Senhor, e também não nos esqueçamos de declarar o que o Senhor Deus representa em nossa vida.
Precisamos de continuar progredindo; há mais vitórias em Cristo para nós! Salomão fez o que todo o que quer crescer deve fazer: buscar mais a Deus! Por isso sacrificou 1000 holocaustos, isto é: Senhor, estou-Te buscando seriamente, porque creio que o Senhor quer fazer algo maior na minha vida. É tempo de dizer: Senhor preciso de Ti.
Se estamos buscando a Deus, Ele não nos deixará de mãos vazias. Intimidade com o Senhor é a palavra de ordem. Digamos-Lhe: Senhor, queremos Te ouvir; queremos conhecê-lO mais. Queremos experimentar o Deus das coisas grandes da Bíblia. Queremos vê-lO agir em nós e através de nós!
Podemos conhecer com mais profundidade as riquezas insondáveis do evangelho de Cristo. Podemos ter mais intimidade com Deus através de uma vida de oração. Podemos conhecer mais a Deus através de um estudo mais zeloso das Escrituras. Podemos produzir mais frutos para a glória de Deus através de um envolvimento mais efectivo com o seu Reino. É hora de clamar ao Senhor para que os tempos de refrigério da sua parte venham sobre nós, trazendo-nos restauração e vida! Há vida abundante para todo aquele que busca o Senhor de acordo com a sua Palavra. Os mananciais de Deus jorram sempre sem jamais secar. Deus pode intervir em nossa vida, pode trazer sobre nós tempos de restauração.
Busquemos a Deus correctamente, ouçamos a Sua voz, obedeçamos em tudo e veremos a Sua glória. Para sermos mais do que somos, precisamos pedir correctamente ao Senhor. Os grandes feitos de Deus não ficaram no passado – podemos desfrutá-los hoje! O mais interessado em que sejamos mais do que somos agora é o próprio Senhor, porque se progredirmos, a Igreja progredirá e Ele será exaltado na Terra. Salomão queria ser mais do que era, por isso buscou a Deus de todo o coração.
3- Assumirmos nossa identidade em Cristo
Assumir a identidade de Cristo vai muito além daquilo que possamos achar que é. Assumir a identidades é demonstrar amor ao Pai, é decidir ser o que Ele quer que nós sejamos, é viver pelo que a Bíblia diz. É viver por princípios bíblicos em todo o tempo. Assumir a identidade de Cristo, é viver por fé, é morrer para nós mesmos e vivermos para Deus, é preferirmos a Bíblia em vez de opiniões.
O cristão tem a sua própria identidade, vivendo e agindo no mundo de acordo com a sua inspiração, os seus valores e a sua espiritualidade. A identidade do cristão é um conjunto de características específicas, que qualificam a sua vocação e o diferenciam de membros de outros grupos religiosos.
Devemos conhecer-nos a nós mesmos e saber quem somos sob a luz da palavra de Deus. Na verdade, somos muito mais do que imaginamos ser. Deus nos conhece e sabe exactamente quem somos, somos filhos Dele e acredita em nós mais do que nós mesmos. Isso porque muitas vezes não sabemos que a nossa força vem Dele, não acreditamos em nossa herança, não cremos que Deus quer sempre o melhor para nós ou porque estamos presos ao nosso passado, presos àquilo que éramos ou até mesmo presos às circunstâncias e problemas da vida, nos alimentando com o banquete de satanás.
Não somos mais deste mundo. O Senhor trocou nossa cidadania. Nossa pátria não é mais terrena. Somos cidadãos dos céus. Nossa pátria é celestial. Nossos valores e pensamentos portanto vêm do alto. “Se, pois, fostes  ressuscitados  juntamente com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra; porque morrestes, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então também vós vos manifestareis com ele em glória.” (Cl. 3:1-4)
Pela redenção do homem operada por Cristo na Cruz, por toda a humanidade ferida pelo pecado, nós nos tornamos as verdadeiras pessoas que deveríamos ser e na medida que caminhamos segundo esta nova identidade mais nos encontramos a nós mesmos e mais emocionalmente seguros estamos em nossa verdadeira vida e identidade real.
Deus nos fez à sua imagem e semelhança e quer que sejamos como águias e não como galinhas... quer que reinemos aqui na terra e no cumprimento da sua palavra, quer que sejamos filhos obedientes e confiantes em Sua palavra.
Outra coisa importante a aprender com Salomão é saber quem somos. Quando Salomão foi diante de Deus, disse: eu sei de quem sou filho, que há promessas para a minha vida, que o Senhor me escolheu para ser rei sobre Israel.
Somos cristãos, nascemos de novo, temos o Espírito Santo e somos vitoriosos em Cristo, portanto, não devemos ouvir o que o mundo diz! Precisamos entender quem nós somos em Cristo. Nosso Pai é nada menos que o Rei dos reis! Aleluia! Tomemos a decisão de viver na dimensão que Deus quer que vivamos! Vivamos como verdadeiros filhos de Deus! Se crermos nisto e vivermos assim, o inimigo terá grandes e graves problemas connosco!
Logo após o momento em que aceitamos Jesus como salvador começa o processo de mudança para nos tornarmos pessoas diferentes. “Se alguém está em Cristo é nova criatura, as coisas velhas já passaram, eis que tudo se fez novo” (1 Co. 5:17). A partir da experiência de estar em Cristo, pelo poder sobrenatural de Deus, o Espírito Santo opera em nós as mudanças necessárias para uma vida agradável ao Senhor. Essa é a proposta de Deus para nossa mudança.
Nós somos quem a Bíblia diz que somos. Em I Pedro 2:9 lemos: “Mas vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”. Realmente, o que somos determina o que fazemos. Precisamos assumir nossa nova identidade em Cristo, gerada pela Espírito Santo.
Creiamos que como novas criaturas em Cristo temos uma nova identidade. E assumindo essa identidade e andando do modo que agrada ao Senhor temos autoridade para repreender todas as artimanhas do inimigo de nossas almas.
Assumamos nossa identidade em Cristo, exerçamos nossa autoridade e paremos de viver uma vida de derrota. É chegado um momento onde temos que mostrar a nossa identidade, e isso é saber de onde viemos. Muito mais do que mostrar o documento, como um papel, mas mostrar-nos com a nossa palavra, a nossa identidade. Ela é muito mais do que um documento, é um ‘registo da alma’. A Igreja sobrevive por causa desta identidade, nós trazemos as marcas do Ressuscitado. As pessoas precisam reconhecer em nossa alma que somos cristãos.
A nossa fé não está fundamentada no sepulcro vazio, mas na fé no Ressuscitado, no testemunho da ressurreição de Cristo. Quando não assumimos a nova identidade em Cristo, deixamos de assumir também a autoridade correspondente a ela. Essa experiência está descrita em Efésios: “Deus nos ressuscitou com Cristo e com ele nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo”(2:6). Fomos elevados a uma posição de autoridade, pela fé em Cristo.
4- Fazermos as grandes coisas que Deus tem para nós
Decidamos viver uma nova história, não importa se ontem dissemos não para Deus. Hoje, Ele está nos dando a oportunidade de dizermos sim. Sim para a vontade d’Ele e não a nossa. Para a Glória de Deus.
Como Salomão, nada peçamos ou façamos para nosso império pessoal. Salomão decidiu ser mais em Deus para abençoar seu povo (2 Cr. 1:10). Quando tomamos uma boa decisão, no tempo certo, mesmo que nos custe caro ou que nos faça sofrer muito na ocasião, depois produz alegria, prazer e conforto. Uma decisão certa, tomada na hora certa, é um dos segredos de uma vida realizada e feliz. Quando se trata da vida espiritual, quanto mais dependentes de Deus nos tornamos, mas felizes e abençoados nós somos. Eu afirmo, sem medo de errar, que se há um segredo de um viver feliz, de viverá muitos anos e viver bem todos os dias da nossa vida, esse segredo se chama dependência total do Senhor. Viver em obediência ao Pai, como parte da decisão de um viver totalmente dependente de Deus.
O exercício da fé nem sempre acompanha a lógica e só pode confiar em Deus o tempo todo quem vive um constante exercício de fé. O caminhar dos heróis da fé não seguia a lógica e a comodidade. Tudo acontecia para que ficasse evidente: Foi o Senhor que agiu, foram as mãos do Senhor que fizeram as coisas acontecerem.
Deus tem prazer em agir a nosso favor quando cremos que Ele é Deus, e tem poder para fazer o impossível. Como resultado desta acção temos saúde para o corpo e vigor para os ossos. Deus vai nos dar um sono reparador, um funcionamento orgânico fruto da paz que só o Senhor pode nos dar, mesmo no meio das pressões da vida. Vale a pena confiar no Senhor e temê-lo.
Comprometer-nos a fazer alguma coisa sem perguntar a Deus e sem esperar que Ele fale connosco não é sábio; nem é sábio entrar de cabeça nas coisas sem pensar primeiro no que estamos nos preparando para fazer. Muitas vezes nos comprometemos com coisas demais e terminamos exaustos e esgotados.
Deus certamente nos fortalece através do Seu Espírito, mas não nos fortalece para fazermos coisas que estão fora da Sua vontade. Ele não nos fortalecerá para sermos tolos! Quando nos comprometemos em fazer alguma coisa, Deus espera que cumpramos a nossa palavra e que sejamos pessoas íntegras, por isso o conselho Dele para nós é: “pensem antes de falarem”.
O caminho mais rápido para sermos cristãos de êxito é servirmos ao Senhor com o propósito de glorificar Seu nome e abençoar os outros! A bênção de Deus é para todos, porque todos têm a oportunidade de servir ao Senhor. Quando decidimos buscar mais de Deus, para glorificar o Seu nome e servi-lO, servindo ao próximo, automaticamente a unção e a bênção do Senhor nos alcançam.
Não tenhamos medo ou insegurança de nos disponibilizarmos para Deus realizar os Seus grandes feitos através de nós. Enquanto dependermos de Deus, será perfeitamente possível cumprirmos os Seus propósitos e realizarmos o Seu chamado. Simplesmente “porque para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas” (Lc. 1:37). Como filhos de Deus temos o privilégio, a oportunidade e o desafio de sermos mais do que somos agora.
Com Deus no coração tudo é possivel!




domingo, 18 de junho de 2017


No Monte Carmelo Deus Responde Com Fogo!

(1 Reis 18:41-45)



Introdução

Israel estava sob o reinado do rei Acabe. Embora em seu governo houvesse conquistado um grande avanço po­lítico, por outro lado trouxe enorme prejuízo na área religi­osa. Todos os reis, desde Jeroboão, desconsideravam por completo as leis divinas e se inclinavam para a idolatria, levando Israel a cada dia para mais longe do Senhor. A crise religiosa sufocava a nação. O povo não tinha compromisso com Deus.

Três longos anos haviam passado desde que Elias se havia posto diante do rei Acabe anunciando o juízo de Deus sobre seu reino, que nem orvalho nem chuva haveria segundo a palavra do Senhor. Um altar para Baal tinha sido erguido no Monte Carmelo, localizado no lado noroeste da Palestina, referenciado na maioria das vezes como um símbolo de beleza e fertilidade, - “Florescerá abundantemente, jubilará de alegria e exultará; deu-se-lhes a glória do Líbano, o esplendor do Carmelo e de Sarom; eles verão a glória do Senhor, o esplendor do nosso Deus” (Is. 35:2). No entanto, muito antes ele foi erguido para o Senhor, mas por muitos anos estava em ruínas. Este lugar era proeminente e acessível. Deus estava prestes a fazer algo muito surpreendente para provar quem Ele era para uma nação que tinha seguido após deuses falsos... Ele queria que todos vissem e aprendessem.

Foi nesse contexto que o profeta Elias, nascido em Tisbé e contemporâneo do rei Acab e da rainha Jezabel e que estava vivendo um momento extremamente crítico em seu ministério profético, apareceu em cena na história religiosa de Israel. Percebendo tudo o que acontecia, ele não apenas repreende o rei como conclama o povo a uma tomada de posição quanto à fidelidade a Deus. Foi então que promoveu uma verdadeira batalha espiritual no monte Carmelo, desafiando em nome de Deus os profetas de Baal e do poste-ídolo (chamado de Aserá), as deidades da moda daquela época em Israel, que levaram à apostasia e na sequência da qual Deus havia enviado três anos e meio de seca, para definir quem era o Deus verdadeiro: Baal ou o Senhor dos Exérci­tos.

Elias não se intimidou em nenhum momento. O profeta estava determinado a provar sua posição. “À hora do sacrifício, o profeta Elias colocou-se à frente do altar e orou: Ó Senhor, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, que hoje fique conhecido que tu és Deus em Israel, e que sou o teu servo e que, segundo a tua plavra, fiz todas estas coisas. Responde-me, ó Senhor, responde-me, para que este povo saiba que tu, ó Senhor, és Deus e que fazes o coração deles voltar para ti” (1 Rs. 18:36-37).

 A oração de Elias foi simples, mas foi uma oração de fé. Apenas um pedido direto para que Deus provasse por si só que ele era o Senhor. Então fez descer fogo do céu, que consumiu por duas vezes os cinquenta soldados com o seu capitão, que o rei Acazias tinha mandado ali para prender o profeta, em virtude de ter este feito parar os seus mensageiros que iam consultar Baal-Zebube, deus de Ecrom (2 Rs l:9-15), derrotando-os e atraindo a glória de Deus de maneira surpreendente.

Nesta demonstração em que o clímax está na descida de fogo do céu para queimar o seu sacrifício ensopados de água, o povo de Deus, que havia sido levado à ruína pela adoração a baal, introduzida por Abizebel, Jezabel e seus profetas, havia sido convocado a largar a idolatria, o sincretismo religioso que em muito havia afetado a Israel, ceifando muitas vidas, seja pela espada dos profetas de baal, seja pela seca ou pela fome naquela terra, e a voltar ao primeiro amor, ao caminho reto trilhado por seus antepassados, estava prestes a ver o Senhor derramar as chuvas novamente sobre a nação, encerrando assim um longo período de seca, enviado por Deus como castigo por causa dos pecados do rei e do povo.

O relato bíblico afirma que havia três anos que não chovia sobre a terra de Israel (1Rs.17-18). Depois de um forte confronto com os profetas de Baal, Elias buscou ao Senhor em favor do seu povo porque viu o seu arrependimento e ouviu a sua confissão: “Só o Senhor é Deus”. Ele sabia que aquela terra havia sido amaldiçoada pelo pecado, mas estava disposto a clamar a Deus por um milagre. É provável que ele tenha passado por lugares desertos que outrora eram rios e fontes, mas que naquele momento estavam sequíssimos. Ele devia estar cercado pela miséria, fome e desespero. Diante daquela situação crítica, ele colocou o rosto entre os joelhos e começou a orar (1 Rs. 18:42).

A visão da seca não favoreceria a fé naquele momento, por isso, o profeta então retorna ao cume do Carmelo, juntamente com seu servo, se prostra na presença de Deus em oração. Depois de pedir a Deus a chuva, Elias recebe um comando no seu espírito: as chuvas já estavam se movendo no campo espiritual e seria uma questão de tempo para chegarem ao plano físico. Então ele ordenou ao seu servo que subisse o monte e olhasse para a banda do mar. A visão das águas era propícia à fé. Seis vezes o servo volta com a informação de que não havia nada lá. Na sétima vez, ele trouxe um relatório um pouco diferente, dizendo que uma pequeníssima nuvem se levantava do mar. Naquele momento Elias havia rompido o ciclo da maldição. Ele se levanta e manda avisar o rei Acabe para que se apressasse em retornar para casa, afim de que as abundantes chuvas não obstruíssem seu caminho. Elias é tomado de uma força sobrenatural, a ponto de correr diante do carro do rei até chegar em Jezreel.

Subamos também nós ao Monte Carmelo e vejamos pela fé o nosso milagre! Não olhemos para a direita, nem para a esquerda, caso contrário nos desviaremos do propósito. Não precisamos fraquejar sob o peso das tristezas e dos sofrimentos, porque o Senhor prometeu ser nossa força, nosso escudo e nosso cântico. Não devemos temer os incontáveis desafios da vida. Nosso Deus é um Deus que sempre será nosso Cuidador. Ele é nosso Conforto, nossa Âncora, nosso Refúgio e nosso Encorajador.

A lição que aprendemos com Elias, já neste instante em que ele surge nas Escrituras, é de que devemos estar sempre comprometidos com o estudo da Palavra de Deus, com a busca da presença de Deus. Por isso, busquemos a Deus em oração sem cessar e estejamos certos do que esperamos receber Dele. “E esta é a confiança que temos nele, que se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve, e se sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que já alcançamos as coisas que lhe temos pedido” (1 Jo 5:14-15). Sejamos específicos no nosso pedido e aguardemos. O milagre, depois de concebido em nosso espírito, cresce e vem à luz se formos perseverantes. Deus sabe que estamos aguardando sua resposta e no momento certo Ele agirá em nosso favor! Oremos insistentemente até que as chuvas comecem a descer sobre a nossa vida. Contemos aos que não acreditaram no milagre que os céus estão se movendo por nossa causa e que Deus nunca desampara aqueles que confiam em Seu poder. “A súplica de um justo pode muito na sua atuação” (Tg. 5:16)...

Elias e seu Moço São Uma Referência para nós Hoje.

Muitas vezes ficamos tão fascinados com o registo bíblico sobre homens e mulheres de Deus que acabamos esquecendo que todos eram humanos! Passamos a enxergá-los como heróis e como tal acreditamos que eles não tinham falhas. Todavia, a Escritura mostra os homens de Deus como de facto são - homens fiéis, vigorosos, destemidos, corajosos e ousados - mas ainda assim humanos. Com Elias também foi assim. Ele foi um profeta que deixou seu legado na história bíblica como um gigante espiritual. Um servo de Deus de profunda convicção espiritual e consciente de sua missão profética. Por causa disso enfrentou soberanos, falsos profetas e o coração de um povo dividido. Isso deixou uma sobrecarga sobre ele, e foi isso que fez aflorar na vida do profeta de Tisbé todo o seu lado humano, frágil e carente da ajuda divina.

Após a batalha, Elias libera a palavra de que voltaria a chover em Israel. Ele libera a palavra e sobe ao monte para interceder. O texto diz que o profeta se inclinou por terra, e meteu o seu rosto entre os seus joelhos. Elias intercedia pelo fim da sequidão.

O profeta chama a seu servo, e o manda ir mais adiante, de onde pudesse ver o mediterrâneo. E ele foi, e ao longe, contemplava o horizonte, onde céu e mar pareciam se unir em um contínuo e límpido azul. Nenhuma nuvem, nenhum sinal de chuva. Mas Elias sabia que tudo aconteceria no tempo de Deus, era necessário fé e insistência. Por isso ele volta a orar e ordena que seu servo retornasse a olhar o céu por sete vezes. “E disse ao seu servo: Sobe agora, e olha para o lado do mar. E subiu, e olhou, e disse: Não há nada. Então disse ele: Volta lá sete vezes” (1 Rs 18:43).

Interceder pode não ter resultado na hora, e muitos podem dizer que não estão vendo nada, mas persevere na intercessão que o resultado esperado virá como veio para Elias. Uma pequena nuvem do tamanho da mão de um homem.

A notícia que Elias recebe de seu servo demanda fé. A nuvem avistada subindo do mar era pequena, “como a mão de um homem”, mas para o profeta intercessor, já era o sinal do início da manifestação de Deus à sua oração, pois ele tinha a certeza de que a chuva estava chegando, não porque ele ouvira um som de chuva proprianente dito, nem mesmo de um trovão à distancia, mas porque ele estava chamando pela promessa feita por Deus.

Pela meteorologia, uma nuvem do tamanho da mão de um homem nada podia representar em termos de mudança climática, porém Elias já enxergava uma grande e abundante chuva, que encheria os poços, e regaria toda terra, trazendo alívio, crescimento das sementes, fartura e prosperidade ao povo de Deus. Isso foi suficiente para o profeta que logo mandou avisar o rei Acabe: A chuva está chegando!

Gradualmente aquela pequena nuvem se fortaleceu, se multiplicou e encheu o céu. A chuva de bençãos voltava a se derramar sobre Israel. Quanta alegria, muitos ajoelhados choravam e agradeciam! Deus não havia abandonado o seu povo.

Nasce um novo cântico de louvor na boca dos israelitas, a vida voltava a brotar na terra prometida, era a chuva do Senhor, a chuva de bençãos finalmente chegou! Multidões saem para as ruas pulando e salmodiando no meio do aguaceiro e da chuva de Deus! “E sucedeu que, entretanto, os céus se enegreceram com nuvens e vento, e veio uma grande chuva; e Acabe subiu ao carro, e foi para Jizreel” (1 Rs 18:45).

Nesses tempos de sequidão espiritual, o Senhor levantará homens e mulheres que também sejam perseverantes na intercessão. Que orem pelo fim da sequidão espiritual, através do derramamento do Espírito Santo. Pessoas que acreditam que a intercessão é esperança no meio do caos.

Observe que ninguém ouviu, exceto Elias, o barulho da grande chuva que o Senhor estava para enviar naquele momento (18:41). Realmente, só Elias discerniu o que Deus estava por fazer. E a explicação é simples: porque as coisas do Espírito se discernem no espírito, jamais na alma, na carne. O espírito regenerado recebe a Palavra e a revelação de Deus como verdade e nela se apoia, mas nossa alma precisa de sinais para crer que a revelação vai-se cumprir.

Elias precisou permanecer firme no propósito de atrair a glória de Deus para aquele lugar, mantendo os olhos físicos fechados para não receber impressões contraditórias do meio externo. Ele precisou manter seus olhos espirituais fixos na palavra liberada, nas abundantes chuvas que certamente chegariam.

Elias precisou perseverar na fé até que seu moço lhe desse um relatório positivo, coerente com o que Deus tinha falado. A determinação espiritual de receber o sobrenatural de Deus e a perseverança na fé de que Deus vai se mover, subjugam a nossa alma e arrancam dela todo discurso contrário.

 Parece que a igreja e os crentes modernos só se movem com terremotos de poder e maravilhas fantásticas. Corremos atrás de grandes números, de estádios cheios, de ministérios milionários. Perdemos a habilidade de ver Deus nas pequenas coisas e como consequência raramente o vemos. E pior ainda, concluímos que Ele está ausente. Precisamos urgentemente de renovar nossa fé. Esta fé que consegue enxergar uma tempestade vendo apenas uma nuvem do tamanho da mão de um homem e saber que ali está a resposta da oração de três anos!

Momentos dificéis é algo natural para aqueles que estão em Cristo Jesus; ele mesmo disse: “Tenho vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom animo; eu venci omundo” (Jo. 16:33). A paz que vem de Jesus é sobrenatural, não existe algo capaz de substituir essa paz, só Ele a pode dar. O tempo, as dificuldades tentam nos mostrar que o impossível não será real, que nossos sonhos não serão realizados, que a hora já passou, que é tarde demais para recomeçar ou conquistar. Mas olhando para a palavra do Senhor Jesus, entendemos que quando há o impossível aí é que Ele tem prazer em concretizar em nossas vidas. Porque a glória é D’ele e para Ele. Nada acontece sem que seja a sua vontade.

E aquele servo do profeta desceu dali daquele monte e diz ter visto ao longe uma pequena nuvem, do tamanho da mão de um homem subindo do mar; sete vezes e a vitória virá sobre minha e a tua vida, aleluia! Temos que começar a enxergar com os olhos espirituais as promessas do Senhor, as coisas não acontecem nas nossas vidas devido à incredulidade,... por não acreditarmos em pequenas nuvens, que se mostram em nossas vidas, como algo vitorioso, que trará extrema satisfação e o nome do Senhor será exaltado e glorificado para todo e sempre!

Temos que deixar, como homens, todo o orgulho de lado, toda a religiosidade, todo o desânimo e toda a afronta dos inimigos, deixar para trás nosso passado de derrota e vícios diversos, nossas vontades e luxúrias e vaidades de uma carne fraca e altamente corruptível... Não é fácil... mas tem de ser feito e com urgência. Elias ouvia a voz do Senhor seu Deus, teve momentos de fraquezas e de querer largar tudo, mas ele tinha o Senhor no coração. “E ele se foi ao deserto, caminho de um dia, e veio, e se assentou debaixo de um zimbro; e pediu em seu ânimo a morte e disse: Já basta, ó Senhor; toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que meus pais” (1 Rs 19:4).        

O mundo, que jaz no maligno, quer nos aborrecer e fazer-nos desacreditar das promessas de nosso salvador, quer repetir constantemente que não somos capazes, que ninguém é por nós, mas Jesus é aquele que veio para nos dar esperança, pois Ele venceu o mundo e pede para termos bom animo e paciência, pois já está chegando o dia e a hora da sua vinda, basta estarmos atentos para pequenas nuvens que se levantam no meio dos mares de afrontas e dificuldades, nuvens carregadas da água da vida, do amor de Cristo; nuvens da certeza da vitória em nome do Senhor Jesus. “ De maneira que, irmãos, somos devedores, não à carne para viver segundo a carne, porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis” (Rm 8:12-13).

Jesus quer nos transformados, não seduzidos pela carne e suas concupiscências, mas pelo Espírito Santo. “Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz” (Rm. 8:6).

Precisamos aprender a depender do Senhor. Precisamos descansar em suas poderosas mãos para recebermos Dele a resposta que tanto precisamos no momento certo. A nossa oração deve ser: “Senhor eu não sou nada e o Senhor é tudo. Como servo dependo de ti. Cuida de mim e cumpra seus planos em minha vida”. Ele jamais deixará de abençoar seus filhos. Deus é Fiel!

A Alma Pode Roubar a Manifestação do Sobrenatural de Deus!

O “espírito do homem” é a sua parte eternal. Foi confiada a ele por Deus ainda no Jardim, e será requerida pelo Criador assim que deixar o corpo para traz. É nossa ligação direta com o mundo espiritual, e está sempre inquieto por Deus, já que por essência, se opõem aos desejos carnais.  Se corpo e espírito são contrapontos de uma batalha épica dentro do homem, a “alma” é o fiel da balança, decidindo quem será o grande vencedor. O livro do Génesis nos conta que após ter formado o homem do pó da terra, Deus soprou o fôlego de vida em suas narinas (espírito), e ele se tornou “alma vivente”. É exatamente em nossa alma que estão centralizadas as emoções, os sentimentos, os desejos e o intelecto. 

A alma é o epicentro de nossa vontade, e também de nossa personalidade. Nela é forjado nosso caráter, estabelecida nossa postura e definidas nossas inclinações. A alma pode ser ambígua, funcionando tanto quanto uma âncora para o corpo (Lc. 12:19-20) ou uma alavanca para nosso espírito (Sl. 42:1). A alma está em constante ebulição, intempestiva e imprevisível. Uma prova desta verdade pode ser constatada nas páginas do livro dos Salmos. Em primeiro lugar, precisamos compreender que este compilado de cânticos e poemas são oriundos dos sentimentos e anseios de seus compositores. Por isso, quando iniciamos sua leitura, é como se embarcássemos numa verdadeira “montanha russa emocional”, num sobe e desce frenético de emoções e sentimentos.  Se um verso expressa  Salmo 4:3 é radiante em felicidade, dizendo que na presença de Deus os justos se regozijam e folgam em alegria e o Salmo 116:3, expressa uma angústia profunda, já que o salmista se sente “amarrado com cordas de morte, apoderado pelas angústias do inferno, vivendo em aperto e tristeza”. Paradoxal? Nem tanto. Os Salmos são reflexos da alma humana, cheia de sombras e suscetível às intempéries da vida. Nossa verdade absoluta muda ao sabor das circunstâncias e acabamos influenciados por elementos externos e seculares. Nossa fé por vezes se mostra oscilante, o ânimo se torna dobre e mãos esforçadas insistem em fraquejar.

Podemos dizer que a guerra começa no interior do homem, pois a sua alma é sede dos sentimentos (Sl. 42:2). Na alma está centrada a inteligência, os desejos, a vontade, o intelecto e o querer, as paixões e o temperamento. Ao contrário da alma, que busca mais um relacionamento com as coisas fisicas, o espirito do homem procura conduzi-lo ao sentimento de desejar Deus e a sua palavra.

Para que o homem natural vença a vida pecaminosa, ele precisa que seu espirito interior seja vivificado pelo Espirito Santo de Deus, o qual convence do pecado.

Tendo a alma relacionamento com a vida fisica por meio do corpo, o espirito, que é a janela aberta para Deus, busca servi-lo, mas não consegue porque não há no seu ser a presença do Espirito Santo, razão pela qual o homem sem Deus sempre se volta para as coisas do mundo e para os desejos do seu corpo. Quando o espirito humano é fortalecido pelo Senhor passa a ter a certeza de que é filho de Deus e começa a produzir os frutos do Espirito Santo (Rm. 8:16).

Os resultados das manifestações sobrenaturais faziam a Igreja crescer segundo Atos 5:14-15 que diz “E a multidão dos que criam no Senhor, tanto homens como mulheres, crescia cada vez mais. De sorte que transportavam os enfermos para as ruas, e os punham em leitos e em camilhas para que ao menos a sombra de Pedro, quando este passasse, cobrisse alguns deles”.

Até o capítulo 5, nós vemos grandes manifestações e milagres pelo poder do Espírito Santo acontecendo. A Igreja orava incessantemente, estava unida em um só coração e propósito. E como resultado disso, a Igreja se fortalecia e crescia espiritualmente e também em números.

A estratégia que Satanás usa para paralisar o mover de Deus e impedir que a Palavra de Deus fosse proclamada com mais ousadia é a divisão e a contenda.

 Em geral a alma precisa de sinais para crer no sobrenatural de Deus. Por isso, em muitos casos, vemos uma verdadeira guerra entre o espírito e a alma, pois enquanto o espírito está apto para crer, a alma se põe a duvidar da revelação de Deus.

Como resultado dessa guerra, vemos muitos cristãos desistidos, desanimados e descrentes em relação ao mover sobrenatural de Deus, tanto em suas vidas como no contexto em que vivem. Há pessoas cuja alma é tão convincente, que ela é capaz de calar a sua voz profética e cegar os seus olhos da fé.

Em relação à verdade espiritual, via de regra, toda a alma tem um discurso contrário. Nossa alma (carne) precisa ser diligentemente disciplinada, para que não se torne um obstáculo ao mover espiritual em nossas vidas. Por seis vezes Elias ouviu um discurso contrário ao que Deus disse que faria, mas ele não esmoreceu e perseverou na postura profética de quem não abre mão do mover sobrenatural de Deus.

O Senhor nos chama para darmos um basta aos relatórios contrários de nossa alma. É tempo de rompermos no sobrenatural de Deus e colecionarmos as vitórias que nos estão reservadas na dimensão espiritual. Precisamos adestrar nossos olhos e ouvidos espirituais para nos posicionarmos segundo os propósitos de Deus, resistindo a todo relatório contrário aos projetos do Senhor para nós.

Carmelo: o Lugar da Fé, da Esperança e do Sobrenatural de Deus!

Se der uma olhada panorâmica na Palavra de Deus, observando a maneira como Deus preparou seus servos para a realização de tarefas importantes, logo perceberá que a escola de Deus possui um campus onde seus servos são treinados. Deus ordenou a Moisés que fizesse um retiro espiritual no Monte Sinai, Elias esteve no Monte Carmelo, Jacó se encontrou com Deus no deserto, num lugar que foi denominado Betel, Paulo esteve em Damasco e Jesus no Getsemani. Na verdade o importante não era o lugar, mas as circunstâncias preparadas por Deus a fim de que seus servos estivessem concentrados nele. Não devemos estranhar, nem fugir, de lugares e situações diferentes, pois pode ser que num desses momentos ou lugares tenhamos um encontro pessoal com Deus. Depois que Moisés se encontrou com o Senhor, no Sinai, passou a ser um homem diferente, pois nem mesmo toda a cultura e capacidade recebidas como filho da filha de Faraó eram suficientes para o que Deus tinha a fazer por meio dele. Elias teve uma experiência sobrenatural com Deus no Monte Carmelo e Jacó passou a sonhar uma nova realidade em sua vida depois que dormiu no deserto.

Os homens de Deus também têm conflitos. Padecem também dos males comuns a todos os mortais. Todavia, é percetível que o servo de Deus conta com uma forma de auxílio diferenciado - ele não está sozinho neste mundo. Por isso, não depende apenas dos recursos humanos que são tão limitados. O Senhor faz-se presente nas horas conflituosas da vida e presta-nos o seu auxílio. Lemos nos Salmos: "Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia" (Sl. 46.1).

Passamos por momentos diferentes daqueles considerados ideais na cultura coletiva, mas são nessas oportunidades que surge o campus onde Deus nos treina para algo maior que pretende fazer em e através de nossas vidas!

Lembre-se que nossa alma quer constantemente nos fazer descer do Carmelo, do lugar do fogo de Deus, onde não só provamos da fidelidade de Deus, como também somos provados por Deus na fé, perseverança e determinação. Nossa alma quer nos fazer deixar aquele lugar especial, o monte da fé e da esperança, onde ela é vencida pelo governo do Senhor e a glória de Deus é manifesta. Ela insiste em que deixemos a nossa postura espiritualmente correta, de resistência aos seus relatórios adversos, para descermos ao nível do entendimento humano, emoções e sentimentos.

Sim, por causa da alma, muitos saem do lugar da vitória e vão para o lugar da acomodação, dúvida, desistência e derrota espiritual. Precisamos ser determinados e perseverantes e jamais descermos do nosso monte Carmelo, enquanto o sobrenatural de Deus não se manifestar. Não permita que a sua alma lhe faça descer do monte da fé e da esperança e provoque o aborto dos projetos de Deus em sua vida.

Resista e posicione-se como um discípulo da vitória, que discerne as questões espirituais pelo espírito. Exerça autoridade sobre a sua alma, levando-a a proclamar aquilo que já está estabelecido no reino do espírito, até que a realidade espiritual se torne uma realidade no plano físico.

Recuse-se a agir com base nas visões e leituras carnais, almáticas, porque elas são fatais para a fé e para a manifestação do sobrenatural de Deus. Creia que o Senhor hoje nos chama para rompermos os limites da alma, para sairmos do nível das emoções, sentimentos e razão humanas e entrarmos na esfera da verdade, do é possível de Deus. Afinal, nosso Senhor é Fiel e nEle não há variação, nem sombra de dúvida.

Hoje mesmo, o Senhor poderá liberar copiosas chuvas de bênçãos sobre sua vida, família, ministério, liderança, finanças, saúde etc. Basta crer, ser determinado e perseverante, apoiando-se na Palavra e nas promessas daquele que vive e reina para todo o sempre. Aleluia!

A experiência de Elias no Carmelo foi algo assombroso diante daqueles que foram testemunhas oculares do poder e glória do Senhor, pois um fogo devorador caiu do céu e tudo foi consumido.

Assim também acontece em nossa jornada cristã quando passamos por experiências similares onde o Senhor nos concede momentos de bonança e livramentos miraculosos; estes podem ser considerados o monte Carmelo, são os momentos do “lugar florido”.

Quando tudo corre bem somos audaciosos, corajosos, enfrentamos situações, não importa o que venha pela frente, basta tão somente o lugar estar florido, belo e com manifestação de poder. Até proclamamos “O Senhor está comigo, pois o meu jardim está florido, sinal de que Ele verdadeiramente está.”.

Sim! Verdadeiramente Ele está. É quando ouvimos muitas das vezes em nossas experiências de batalha a famosa expressão “O Senhor está no barco, fique tranquilo!”.

Vejamos agora de outra perspectiva. E se o Senhor não estiver no barco, muda alguma coisa? Ele deixa de ser Deus? Deixa de ser soberano? A resposta de todo filho é enfática: Não!

Às vezes Ele pode estar na areia da praia e os discípulos passarem uma noite inteira no barco e, não pescarem nada; todavia Ele tem um braseiro sobre a areia da praia com um pequeno peixe sobre ele e um pequeno pedaço de pão. Ele é Senhor e Deus da provisão. Ele é Senhor dentro ou fora do barco, Ele tem controle de tudo. Ele é totalmente Soberano.

Ele permite gastarmos por completo nossa própria força, mesmo que tenha que ser por uma longa noite, mas quando começa a despontar a luz da aurora, Ele surge, mesmo que tenhamos dificuldade de reconhecê-lo, Ele nos socorre e nos alimenta ( Jo.21).

Ele fez o mesmo com Jacó quando lutou com ele no vale. Jacó era muito forte, tinha muita força em si mesmo, então foi necessário ferir a sua coxa, o músculo de maior resistência e força, e mais uma vez quando rompe a luz da aurora, aparece outro homem: já não é mais Jacó e sim Israel. E nascia o sol, quando ele passou de Peniel (face de Deus); e coxeava de uma perna (Gn.32:31).

Creio que toda a vez que Jacó manquejasse daquela perna, com certeza se lembraria daquela noite de luta no vale do Jaboque, e do quão forte ele era em si mesmo. Quanta estratégia, quanto engano, quanta força no velho homem, mas certamente se lembraria também do seu novo nome: Israel. “Ao vencedor darei do maná escondido e lhe darei também uma pedra branca, e nesta pedra um novo nome escrito, o qual ninguém sabe senão quem o recebe” (Ap. 2:17).

O Senhor precisa ferir a nossa própria força, para que reconhecendo a nossa fraqueza, possamos aprender a confiar e a depender totalmente Nele e Dele.

No entanto na experiência do Monte Carmelo, não se passa muito tempo, e Elias é ameaçado por Jezabel. E o que ele faz? Foge com medo, e ainda assim pede a morte sobre ele, uma atitude de fraqueza e com perdão da palavra, “covardia”.

Às vezes pensamos que é uma atitude espiritual pedir a morte, como mártires do próprio ego, tudo isso para fugir dos problemas; homens e mulheres em profunda depressão, a doença do século, ousam até dizer: “Gostaria tanto de estar contigo Senhor!”

Isto não passa de uma atitude covarde, uma fuga das provas, que o Senhor nos concede para podermos entrar no Seu reino. O que nos falta é intimidade com o Senhor, leitura da palavra, oração e confiança nas promessas do Senhor, não como aquelas famosas caixinhas de promessas que você só retira passagens de benções; precisamos também de todas as demais passagens, até mesmo as de tribulações.

Então vemos nessa cena, mais uma vez o amor e a misericórdia do Senhor, quando em um braseiro Ele oferece provisão para Elias.