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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

COMO PODEMOS VENCER E PROSPERAR NOS TEMPOS DE CRISE?

Leitura: 2 Rs 4:1-7 – 14:08-11
Crises! Quem não as tem? Batalhas! Quem não as vive? Certamente que aquele que disser não a estas perguntas, não vive neste mundo, pois o próprio Jesus, o Senhor da Igreja, viveu lutas e batalhas e Ele mesmo disse “No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo eu venci o mundo”.
A crise é uma encruzilhada: onde uns colocam os pés na estrada da vitória, outros descem a ladeira do fracasso. A crise revela os verdadeiros heróis: uns ficam esmagados debaixo das botas dos gigantes, outros olham para os horizontes largos por sobre os ombros dos gigantes. Na crise uns fracassam, outros triunfam. É no ventre da crise que surgem os grandes vencedores
Nos momentos de crise, é comum vermos as pessoas reagindo de diferentes maneiras. Muitas reclamam da vida e desistem dela, falam mal dos políticos e dos profetas do Senhor, cruzam os braços, refugiam-se nos vícios, buscam as obras de ocultismos e reagem de forma incrédula, não acreditando em dias melhores. Mas é importante que olhemos para a crise e possamos ver nela uma oportunidade de prosperarmos.
Naquele momento, aquela mulher viúva vivia uma crise muito séria. Ela havia perdido o seu marido e herdado dele uma dívida impagável, pelo que estava também prestes a perder os seus filhos por causa da dívida. A sua vida se tornou um caos. Como agir numa hora dessas? Por quais caminhos seguir? Em que portas bater? Creio que ela pensava: “Não há solução para mim! Preciso de um milagre!” Realmente, há momentos na vida para os quais não se encontra solução pelos meios humanos e normais, mas somente por meio do sobrenatural de Deus!
Aquele é o momento crítico no qual muitos se encontram hoje e a resposta verdadeiramente não está nas condições e nas habilidades humanas. São situações em que só se obterão vitória e conquista se houver a intervenção sobrenatural de Deus. É provável que também esteja passando por um momento de crise, mas o Senhor quer mostrar-lhe que é, ao mesmo tempo, a hora em que Deus poderá Se manifestar como o Deus do sobrenatural. Quem sabe se não é agora o tempo de conhecer o poder do Deus Todo-Poderoso? Cada crise pode derrubar uma pessoa ou remetê-la ao Eterno e promovê-la para níveis jamais imaginados! Saiba que nenhuma crise é eterna – eterno é o poder infalível do nosso Deus! Aleluia!
A esperança em Deus, a comunhão com Deus e a fé em Deus daquela viúva, a levou a orar trabalhando e trabalhar orando pedindo a Deus a bênção sobre a sua vida. Acredito que ela não apenas aprendeu com o que ouviu de seus pais, mas, acima de tudo, pelo exemplo dos mesmos. Onde não existe o exemplo as palavras perdem a força.
Certamente ela pedia a Deus a bênção da abundância, o livramento das dívidas para que não lhe fossem retirados os seus filhos, e esperando em Deus com muita expectativa, a bênção da multiplicação chegou. Aquela viúva, no tempo da crise, prosperou como nunca, venceu a crise e conquistou sobrenaturalmente.
A vida não funciona sem Deus, o mundo vive como se não dependesse de Deus, mas isso é uma ilusão, é impossível. È só cair enfermo no hospital, e logo o homem fica desesperado, e quando é desenganado pelos médicos, nem se fala. Infelizmente, muitos só conseguem reconhecer que precisam de Deus, quando são levados a um leito no hospital, e descobrem o que nós já sabemos, todos nós dependemos de Deus. Nossas conquistas pessoais são frutos do amor que ele tem por nós. Ele é quem nos dá vitória, nos dá saúde para trabalhar e nos dá as oportunidades de trabalho. O Senhor esteve ao seu lado todo o tempo, desde o jardim-de-infância até a faculdade, do zero ao cem. È o Senhor que nos tira do nada e nos abençoa colocando-nos em lugar de honra. E se isso ainda não aconteceu em sua vida, quero orar por si, e motivá-lo a colocar a sua vida nas mãos Deus, a reconhecê-lo em todos os seus caminhos e sobre todos os seus projetos de vida. Tenho a certeza que a bênção chegará à sua vida, a vida tocará a sua existência, e a providência divina mudará o caos, trará a solução, abrirá caminhos e fará a diferença em sua vida. È hora de buscar ao Senhor, reconhecer a sua ajuda, e entrar debaixo do manto da bênção de Deus, a sua vida vai mudar para melhor, e assim como aquela viúva você também pode prosperar em Deus em tempos de crise.


Só há Vitória e Prosperidade em Tempos de Crise,
Quando Desatamos o Sobrenatural!


Toda a crise deve levar-nos à confissão, à busca do Senhor, à permanência com o povo de Deus. É preciso parar de murmurar, de reclamar da situação. A solução vem quando nos ajuntamos para buscar no Senhor a saída e a vitória. Na hora da crise é necessário o ajuntamento da família, do grupo e do discipulado em jejum e oração diante do Deus de poder e das maravilhas.
O grande problema da maioria das pessoas no planeta, é a falta de garra, perseverança e persistência. São pessoas que vivem dentro de um ciclo de mudanças de metas e propósitos e nunca conseguem chegar a lugar nenhum. È preciso permanecermos na terra dos sonhos de Deus, persistirmos num só propósito, não sairmos da meta, não olharmos para a direita nem para a esquerda. Sigamos em frente, e certamente vamos conseguir conquistar a nossa meta, e colher o que está plantando com muita paciência e perseverança. São muitos o que começam a faculdade e não chegam à metade do curso, são muitos os que começam bem no emprego, mas com as lutas, as dificuldades de adaptação, a concorrência, as limitações pessoais, a mania de perseguição e os problemas de relacionamentos mal administrados os levam a fracassar.
Nós precisamos atentar para três coisas muito importantes, encontradas na vida daquela viúva, e que nos levam a vencer nos tempos de crise: fé, obediência e esperança. Sem o fundamento da fé e os pilares da obediência e da esperança, dificilmente romperemos e conquistaremos no sobrenatural de Deus. Conquistador e próspero é o discípulo que anda com Deus e que está sempre na expectativa de que algo novo e tremendo poderá acontecer, a qualquer momento, pelas mãos poderosas de Deus.
A confissão sistemática das alianças e das promessas de Deus tem pelo menos dois efeitos tremendos: 1) enchem os céus sobre as nossas cabeças com as sementes de vitória, tirando nossos olhos das circunstâncias e do inimigo, voltando-os para o Senhor, e 2) são decretos proféticos contra as crises, porque se tornam palavras de ordem contra a voz do inimigo, neutralizando o caos que toda a crise quer instalar.
a) Fé: Existe um grande paralelo entre vencer na crise e mergulhar na miséria. Em cada uma dessas situações a fé tem muito a ver, para uma decisão vitoriosa e duradoura.
Crer, ter fé significa lançar-se no desconhecido sabendo que é aquilo que Deus falou. Deus quer levá-lo por caminhos que você nunca andou. Ele está forjando-o no fogo.
Não era à toa que Deus era conhecido no Antigo Testamento, para o povo e para os grandes líderes, como o EL SHADDAI, o Todo-poderoso. Não há limitação para Deus e crer nEle significa ter a garantia que Ele tudo pode por nós. Moisés afirmou: “aos egípcios que hoje vistes, nunca mais vereis para sempre”? Ele sabia que nunca mais passaria por aquela luta outra vez.
A fé é o fundamento, é a base sólida para a vida cristã, para todos quantos queiram andar vitoriosamente com Jesus Cristo. Tudo o que precisamos receber de Deus, só o recebemos pelos braços da fé! O Senhor nos diz em Mateus 21:21-22 que se tivermos fé faremos proezas e veremos as maravilhas de Deus. Uma pessoa sem fé torna-se desagradável a Deus (leia Hebreus 11:6). A fé neutraliza o medo, derruba os argumentos da nossa alma e viabiliza as nossas ações.
Aquela viúva poderia ficar como muitos na hora da crise: murmurando, fechada dentro de casa, numa rota de fuga e comiseração; poderia não ter feito coisa alguma ou ter tentado dar o seu jeito para sair de uma crise tão grande. No entanto, na hora da sua terrível situação, ela foi buscar a solução em Deus. Quando aquela viúva foi compartilhar o seu problema e a sua necessidade com Eliseu, mostrou claramente sua fé de que Deus traria a solução. Ao acolher as palavras do profeta, sua fé foi fortalecida e, sem questionar, mostrou que não duvidava da fidelidade de Deus, ainda que estivesse passando por uma crise e a solução proposta fosse de difícil compreensão. Diante das crises e adversidades precisamos nos agarrar à palavra profética que está liberada sobre nós e nos consolidarmos no Deus da promessa. Os vitoriosos agem assim! É no tempo de crise que se revelam os heróis. É no ventre da crise que nascem os vencedores.
Ser forte em tempos de crise certamente é algo muito difícil tentar reverter o quadro quando estamos sofrendo uma dor, uma perda, uma ferida na alma, um perdão que não foi liberado, quando estamos depressivos e achando que seu caso já não tem mais jeito. Mas Deus tem uma história de conquistas para si, busque-O em oração, participe de uma igreja, procure cultuar e celebrar a Deus, Leia a palavra de Deus “a Bíblia”, e nela encontrará a direção de Deus para a sua vida e o rumo para as suas conquistas. Se deseja colher muito, prosperar na vida, então, siga a vontade de Deus para si, conte com a bênção de Deus, e nunca desista!
É através da nossa fé que o Espírito de Deus operará na Terra. Muitos não conseguem ver a operação de Deus na Terra, nem na sua vida, por causa da incredulidade. Não deixe que a incredulidade entre no seu coração e governe as suas ações. Jamais admita que a sua crise é maior que o poder do nosso Deus! Todo o incrédulo duvida do poder e da operação sobrenatural de Deus. Saiba que onde entra a incredulidade e a dúvida, entram também os espíritos de desistência, crítica e rebelião. Só alcançaremos a bênção e o milagre de Deus pelos braços poderosos da fé.
b) Obediência:O Senhor nos diz que Ele tem mais prazer na obediência do que nos sacrifícios e holocaustos (leia 1 Samuel 15:22). A obediência é um dos pilares para a operação de Deus na vida do discípulo. Ela nasce da fé e, à medida que vai sendo exercitada, consolida e amplia a fé que a gerou.
Não basta saber Quem o Senhor é, e nem o que Ele pode fazer. É preciso agir! Tomar uma atitude de fé, atitude de vencedor no Senhor! Se o Senhor já falou, só nos resta obedecer, isto é, pôr em prática Seus conselhos e assumir uma atitude de louvor, adoração e obediência, e assim mostramos que descansamos n'Ele, em plena crise, porque sabemos que a nossa vitória é certa. Até porque adoração, obediência e fé andam de mãos dadas e são a garantia de vitória para os santos de Deus.
Todo aquele que crê, obedece, e quanto mais obedece, mais ele crê. Fé e obediência andam de mãos dadas. A obediência é um exercício da fé. Muitos, que diante da crise, saem da rota de Deus, certamente pressionados por algumas das enfermidades da sua alma, tais como: o medo, a insegurança, a incredulidade e a precipitação, não recebem o sobrenatural de Deus porque não obedecem aos comandos de Deus. Dizem que crêem no Senhor e na Sua Palavra, aparentam fé ao pedirem o que necessitam, mas não se alinham com a vontade de Deus, porque não se submetem, nem obedecem aos Seus comandos.
Esses fatores se alinham de tal forma na vida de pessoas, que invariavelmente neutralizam a unção de conquistador e de vitória. A falta de perseverança desloca-as do território profético da promessa para o território da maldição e do opróbrio. Não podemos ceder à alma enferma nos tempos da crise, para não sairmos da rota do surpreendente de Deus.
c) Esperança:A crise é um tempo de oportunidade: uns olham para ela como a porta da esperança, outros vêem-na como a sepultura dos sonhos.
O Senhor nos afirma, em Provérbios 23:18, que Ele nos dará bom futuro e que a nossa esperança não será frustrada. A esperança é outro pilar fundamental para uma vida vitoriosa em Cristo. Esperança é o desejo sincero de recebermos aquilo que necessitamos e que Deus prometeu. Ela também nasce da fé e está ligada à obediência. É essa esperança ou expectativa que a fé traz, que nos faz obedecer com alegria e sem pesos. Quando a esperança é firme, isto é, quando está alicerçada na fé nas promessas do Senhor, ela gera em nosso coração uma expectativa maravilhosa quanto à ação de Deus. Quando não esperamos realmente que Deus aja a nosso favor, obedecê-lO será um grande peso. Aquela mulher, porque tirou os olhos das circunstâncias e pô-los nas promessas de Deus, voltou para a sua casa com algo diferente em seu coração. A fé na palavra profética a encheu de esperança e ela não hesitou em mandar seus filhos buscarem as vasilhas vazias. Sua atitude refletiu, além de fé e obediência, a sua expectativa quanto à operação de Deus. À medida que as vasilhas eram cheias de azeite, e a sua pequena botija não se findava, ela via sua fé aumentada, sua obediência frutificando e a sua esperança se cumprindo, sendo honrada pelo Senhor. Como é bom saber que o Senhor cuida de nós e toma para si as nossas batalhas. Estando com o Senhor, as “nossas” batalhas não são nossas, são dEle. Deus nunca deixa de nos responder; o problema é que às vezes não estamos na posição de ouvi-lO.
O Senhor é ilimitado, porém as bênçãos que recebemos podem ser limitadas. Infelizmente, nós podemos colocar limites na recepção das bênçãos de Deus! Sem fé, obediência e esperança jamais experimentaremos a abundância da provisão de Deus. A botija que a viúva tinha em casa era a escassa provisão natural para ela e sua família. No entanto, poderia se tornar na provisão sobrenatural de Deus, se fosse movida por sua fé e sustentada pela sua obediência e esperança. Ao receber a palavra profética a sua fé se fortaleceu, obedeceu aos comandos do profeta e a sua esperança foi refletida pelo número de vasilhas vazias que conseguiu. Quanto mais vasilhas vazias, maior a esperança, mais o Senhor derramaria azeite da botija. Eu creio que se ela vivesse até hoje e tivesse um número infinito de vasilhas vazias diante da botija de azeite, aquela fonte estaria até hoje enchendo de bênçãos e provisão a vida daquela mulher. Quando se decretou que não havia mais vasilha nenhuma para ser cheia (v. 6), o azeite parou.
Quando a fé não é capaz de sustentar a obediência incondicional e nem a esperança no sobrenatural de Deus, o fluxo das bênçãos de Deus param. Não deixe que a crise o paralise! Abra o seu coração para o Espírito Santo, creia que o sobrenatural de Deus pode alcançá-lo hoje e receba tudo o que Deus tem reservado para si, em nome de Jesus Cristo! Temos que entender que as crises não acontecem por acaso. Quando motivadas por Deus, elas têm o papel de nos fazer prosperar.
O Senhor Jesus é conhecedor de todas as coisas, ele é omnisciente e omnipotente, não há na terra nem nos céus nada que ele não saiba, inclusive o que está tirando a sua tranquilidade, paralisando o seu ministério, ele sabe o motivo pelo qual está vivendo a pior fase da sua vida. O Senhor Jesus é o tema central da Bíblia, sem Ele nada podemos fazer, por isso lance todos os seus problemas aos pés do senhor... Ele tem poder para mudar a sua história e fazê-lo prosperar nos tempos de crise. Crê nisso? Ora a Bíblia em Hebreus 10:22-23 diz: “cheguemo-nos com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência e lavado o corpo com água pura”.
Precisamos de nos treinar na prática do quebrantamento diante do Senhor, com jejuns, orações e confissões sinceras. Tais coisas nos “limpam” espiritualmente e nos habilitam quanto a ouvirmos a direção de Deus para as nossas vidas em muitas situações. É preciso tempos de jejum e orações específicos em família, nos grupos, nas equipes de discipulado, para que o Deus de maravilhas seja glorificado no meio das adversidades.
Se temos um selo profético de vitória sobre as nossas vidas, não podemos nos mover no tipo de “unção comprometida pelas destilações de uma alma doente e desfalecida. Precisamos, sim, perseverarmos, de maneira correta, com ousadia e determinação, no território da nossa promessa. Rejeite e lance fora de sua vida todo o medo, insegurança, incredulidade e precipitação. Creia que o seu casamento, a sua família, o seu ministério e tudo o mais que está debaixo de palavra profética é “casa do pão” e está numa “terra duplamente frutífera”.
Que possamos tal como a viúva, manter o padrão, o equilíbrio o crescimento em todo o tempo e em todas as áreas de nossas vidas, para o louvor e a glória do nome do Senhor! Amém!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Fé e santidade

De facto, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que quem se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam” (Hb. 11:6)

Uma “fé” genuína, a fé em Jesus Cristo, faz-nos buscar a identidade do Mestre, e isso nos leva à “bondade”. Portanto, bondade é a prática daquela identidade, a fé em Jesus! Essa prática nos permite adquirir “conhecimento” dAquele que nos chamou para a sua maravilhosa Luz, e permite conhecermo-nos melhor com isso. Esse conhecimento gera “intimidade” com o Senhor. Essa intimidade permite-nos ver as nossas limitações e “dependência” de Deus! E assim, essa dependência nos dá condições de exercer o “domínio próprio”, tentando dominar-nos para exercer (viver) a Vontade do Senhor!
A fé que agora não significa outra coisa senão uma passiva submissão moral à Palavra de Deus e à cruz de Jesus é o elemento vital para o sucesso do cristão na sua caminhada. Diz a Palavra que o “meu justo viverá por fé e se ele retroceder minha alma não se compraz nele” (Hb. 10:38). Essa caminhada não permite retornos. Precisamos de ir até ao fim, com os nossos olhos fitos no “autor e consumador da fé” (Hb. 12:2), perseverar, obtendo os resultados dessa fé que é “o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova de coisas que se não veem” (Hb. 11:1). A fé verdadeiramente bíblica pode tornar-nos vitoriosos e assim podermos experimentar bênçãos maiores do que pensamos, visto que Jesus é poderoso para fazer “infinitamente mais” através da nossa fé que é a nossa vitória, pois, a Palavra testifica “porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé” (1 Jo. 5:4)
A fé é o nosso sexto sentido. Ela nos dá a certeza das coisas invisíveis ou futuras e que nós conhecemos apenas através da Palavra divina; a mesma certeza que temos das coisas que podemos tocar. Quando nos sentimos conscientes da realidade dessas coisas, naturalmente as levamos em consideração em tudo o que fazemos.
Todos queremos agradar a Deus em nossas vidas; mas a Palavra nos informa que só podemos fazê-lo com o exercício da nossa fé. Porque quem quiser agradar a Deus precisa aproximar-se dEle crendo que Ele existe e abençoa aqueles que O buscam. Deus Se agrada daqueles que O buscam e O reconhecem como um Deus galardoador e abençoador. O texto garante-nos que se não crermos nEle não o buscaremos nem o agradaremos. Assim, a fé é a palavra-chave para buscarmos a Deus e O agradarmos. A fé pode levar os nossos olhos para onde “Cristo está sentado” e pode tornar-nos verdadeiramente santos.
Nós precisamos da presença de Deus, pois é algo que aquece o nosso coração diariamente. O Salmo 42,1-2ª diz: “Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a nossa alma. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo...” Precisamos de viver com sede da presença de Deus. Nós precisamos da presença de Deus não apenas após esta vida terrena. Nós precisamos dela hoje, pois ela pode ser o refrigério para as nossas dores, lutas e toda a sorte de dificuldades. Nós precisamos de Deus, precisamos da santidade, que é a condição para a sua manifestação. Sem santidade ninguém verá ao Senhor (Hb. 12:14). Se queremos essa cidade, nossas famílias e amigos, precisamos da Presença de Deus entre nós. Por isso, use sua fé para a apropriação da santidade que já foi alcançada por Cristo, na cruz, por si. Não permita que sua frágil condição e seus dilemas pessoais lhe roubem a fé que pode produzir a santidade plena em si. Essa santidade plena e instantânea produzirá as características inerentes a ela em si. Sendo assim, você terá alegria, paz e amor (Ef. 3:17). E quando, necessário, essa mesma fé e santidade farão com que você tome consciência do que é ter “a mente” de Cristo em relação a vários aspetos do quotidiano.
Ninguém consegue sinceramente buscar ao Senhor se não for pelo caminho da santidade, porque na medida em que se santifica, mais se aproxima de Deus. O grande chamado de Deus para Seus filhos é para uma vida de santidade, porque escrito está: sede santos, porque eu sou santo (1 Pe. 1:16).
Não existe santidade sem fé na Graça de Deus. Não existe possibilidade de santidade sem a consciência de que em Cristo tudo já está pago, e que não são as “obras”, ou seja, nada que possamos fazer ou deixar de fazer, que nos conduzem a Deus. Vemos portanto que a fé é a palavra-chave para buscarmos a Deus e a santidade e é a palavra-chave para encontrarmos a Deus.
1. Duas palavras – Duas exigências.
O exercício sincero e pleno da nossa fé, obrigatoriamente nos coloca no caminho da santidade, e é isto o que agrada a Deus. Se temos fé, buscamos a santidade; se buscamos a santidade, exercitamos a fé! Fé e santidade são mais que duas palavras religiosas, elas são as maiores exigências para uma vida agradável a Deus.
É uma utopia o que se vê na vida de muitos, inclusive na Igreja: dizem que creem em Deus, querem agradar a Deus, mas não buscam uma vida de santidade. Santidade sem fé é religiosidade; fé sem santidade é carnalidade. Ambas precisam estar alinhadas em nossas vidas para que efetivamente agrademos a Deus. A santidade de Deus em nós é o cumprimento das suas promessas e requisitos e não dos nossos argumentos falhos e inconstantes.
A fé e a santidade são indissociáveis. Precisamos de Deus, precisamos da santidade, que é a condição para a sua manifestação. Por isso, use sua fé para a apropriação da santidade que já foi alcançada por Cristo, na cruz, por si. Obedecer aos mandamentos de Deus geralmente envolve acreditar nas promessas de Deus. Uma definição de fé pode ser “Obedecendo à vontade revelada de Deus e confiar nele para os resultados”. “Sem fé é impossível agradar-lhe (a Deus)” (Hb. 11:6). A fé bíblica, Cristocêntrica, testemunhada na galeria da fé (Hb 11), do livro de Hebreus, é uma fé provada, diretamente ligada com a cidade, cujo arquiteto é Deus (Hb 11:10). Não se trata de uma mera força motivacional, mas, de uma firme convicção pela busca dos valores de Cristo. Se quisermos buscar a santidade, devemos ter fé para obedecer à vontade de Deus revelada na Escritura e fé para acreditar que as promessas de Deus, então são nossas.
2. Fé - Santidade – Obediência.
A fé não é só necessária para a salvação, também é necessário para viver uma vida agradável a Deus. A fé capacita-nos a reivindicar as promessas de Deus. A fé nos capacita a obedecer quando a obediência é cara ou não parece razoável para a mente natural.
No sentido restrito, santidade é separação do crente da impureza e da imoralidade; no sentido mais amplo, significa obediência à vontade de Deus em tudo o que Ele requer de nós. É como Jesus disse: “Aqui estou eu... eu vim para fazer a tua vontade, ó Deus” (Hb. 10:7). Ninguém pode buscar a santidade se não estiver preparado para obedecer a Deus em cada setor de sua vida. A santidade bíblica, mais do que separação da poluição do mundo, é um chamado a obedecer a Deus em tudo, mesmo quando essa obediência é difícil ou requer sacrifício pessoal. A santidade bíblica deve ter um parar seguido de um começar.
Aquele que crê deve fugir de algo e depois seguir atrás de algo. Note o que Timóteo diz: “Foge (separe-se), outrossim, das paixões da mocidade. Segue (separe-se para) a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor” (2 Tm. 2:22).
Em essência, a santidade prática para o cristão ocorre quando deixa para trás os padrões do mundo para tornar-se semelhante a Cristo, em seu caráter e conduta. Por isso a santidade e a fé precisam andar juntas, pois às vezes, na busca da santidade, somos chamados por Deus a realizar tarefas aparentemente irrazoáveis e absurdas. Porque não se atentam para isso, é comum encontrarmos muitos cristãos paralisados ou limitados no caminho da busca da santidade pessoal. Precisamos de entender que perseverarmos na afirmação e busca de uma promessa de Deus é tão importante quanto obedecermos à vontade revelada de Deus. A mesma fé que nos leva a buscar firmemente uma promessa de Deus, também deve levar-nos a obedecer firmemente à vontade revelada de Deus.
A obediência é o caminho para a santidade. Vida santa é vida obediente. Ninguém se torna santo a não ser por uma vida de fé. A fé não é só necessária para a salvação, mas também para viver uma vida que agrada a Deus. Nossa fé não é só medida pelas promessas que recebemos, mas também pelo quanto obedecemos a Deus! A fé capacita-nos para obedecer a Deus, mesmo quando é difícil ou parece irrazoável para a nossa mente natural. Sem fé não há obediência. Sem obediência não há santificação. A obediência é o princípio da verdadeira santidade.
A vontade revelada de Deus é o definidor de nosso dever e o padrão de nossa responsabilidade. A vontade revelada de Deus é frequentemente contrariada, mas Sua vontade secreta nunca é frustrada. A vontade revelada de Deus nunca é perfeitamente ou completamente realizada por alguém de nós, mas Sua vontade secreta nunca falha na consumação até mesmo no mais minucioso detalhe. Sua vontade secreta concerne principalmente a eventos futuros; Sua vontade revelada, nosso dever presente: uma tem que ver com o Seu irresistível propósito, a outra com Seu agrado manifestado: uma é elaborada sobre nós e realizada através de nós, a outra é feita para e por nós.
A obediência à vontade revelada de Deus é frequentemente tanto um passo de fé como a reivindicação de uma promessa de Deus. De facto, um dos pensamentos mais intrigantes do livro de Hebreus é a maneira como o escritor parece usar obediência e fé alternadamente. Por exemplo, ele fala dos hebreus do Antigo Testamento que nunca iriam entrar no descanso de Deus, porque eles desobedeceram (Hb. 3:18). No entanto, eles não puderam entrar por causa da sua incredulidade (Hb. 3:19). Este intercâmbio de incredulidade e desobediência também ocorre no final do livro (Hb. 4:2, 6).
A beleza da salvação do Senhor consiste nisto, que Ele nos reconduz à vida de obediência, que é a única forma de nós darmos ao Criador a glória devida a Ele, ou recebermos a glória da qual o Criador deseja fazer-nos participantes. Paraíso, Calvário, Céu, todos proclamam a uma só voz: “Filho de Deus! A primeira e a última coisa que vosso Deus requer de vós, é simples - total, imutável obediência”.
3. O caminho da obediência depende da fé e é muitas vezes contrário à razão humana!
Se cremos verdadeiramente em Jesus, vamos obedecê-lo sem hesitação. O verdadeiro discípulo não tem motivo para separar o que Deus uniu. Fé e obediência não funcionam independentemente. Tiago nos diz o que acontece se tentarmos separá-las: “Porque, assim como o corpo sem espírito é morto, assim também a fé sem obras é morta” (Tg. 2:26).
Só o obediente é que crê. É necessário prestar obediência a uma ordem concreta, para que possa haver fé. É preciso dar um primeiro passo obediente, para que a fé não se transforme em uma autoilusão piedosa ou na graça que chamamos barata. Tudo depende do primeiro passo, que se distingue qualitativamente de todos os que se seguem. O primeiro passo de obediência impõe a Pedro abandonar as redes e saltar do barco (…).
A obediência à vontade de Deus, requerida por Jesus Cristo, é uma condição básica conducente à salvação, mas o Senhor Jesus Cristo também declara ser ela uma dádiva ligada à salvação dentro do Reino. Embora seja a salvação uma dádiva de Deus o cristão deve buscá-la continuamente; recebê-la e evidenciá-la mediante uma fé sincera e decidido esforço. A fé inclui obediência a Cristo e à sua Palavra, como maneira de viver inspirada por nossa fé, por nossa gratidão a Deus e pela obra regeneradora do Espírito Santo em nós. É a “obediência que provém da fé”, logo, fé e obediência são inseparáveis. A fé salvífica sem uma busca dedicada à santificação é ilegítima e impossível. Esse facto é visto nas muitas exortações para que o servo de Deus mortifique o pecado e se apresente a Deus como sacrifício vivo. O cristão pode fazer a vontade de Deus e viver uma vida justa em virtude dessa dádiva, isto é, a graça e o poder de Deus e a vida espirirtual que lhe são comunicados continuamente mediante Cristo. As escrituras declaram “Pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós, é dom de Deus… Porque somos feitura sua.” (Ef. 2:8-10)
O caminho da obediência, na busca da santidade é muitas vezes contrário à razão humana. Se não temos convicção na necessidade de obediência à vontade revelada de Deus, assim como a confiança nas promessas de Deus, nós nunca vamos perseverar nessa busca difícil. Temos que ter a convicção de que a vontade de Deus é que nós busquemos a santidade - independentemente de quão árdua e dolorosa a busca possa ser. E temos de estar confiantes de que teremos os resultados da aprovação de santidade em Deus e bênção, mesmo quando as circunstâncias fazem com que pareça o contrário. Quantas vezes deixamos de obedecer à vontade de Deus, claramente revelada, por não exercermos a fé? Na verdade, fazemos muitas coisas erradas porque falhamos no exercício da fé e da santidade. A fé só é verdadeira quando estamos em santidade.
Porque não cremos que Deus nos exalta quando nos humilhamos, lutamos para conseguir posições e para defender os nossos interesses (1 Pe. 5:6). Porque não cremos que Deus nos vingará, maquinamos na mente, meios de nos vingarmos (Rm. 12:19). Porque não estamos convictos do engano do pecado, brincamos com ele (Hb. 3:13). Porque não temos convicção de que sem santidade ninguém verá ao Senhor, não buscamos com ardor a santidade (Hb. 12:14).
O cristão vitorioso, que tem um coração que ama e que agrada a Deus, obedece ao Senhor e Este possibilita-lhe tudo o que tem para dar do Seu Santo Espírito, do Seu maravilhoso amor, da Sua habitação interior em Cristo Jesus, somente porque crê e não porque entende o que Deus quer! É difícil persistir na busca da santidade se a fé não puder gerar pelo menos duas coisas na vida da pessoa: Convicção de obedecer à vontade de Deus e Confiança nas promessas de Deus. Vejamos alguns exemplos de pessoas que mostraram convicção e confiança ao crerem e obedecerem a Deus:
a) Abel creu na Palavra de Deus, obedeceu, ofereceu o sacrifício certo e foi aceito (Hb. 11:4).
b) Noé creu na palavra revelada quanto ao juízo de Deus e ao caminho da salvação - a construção da arca - e obedeceu, e foi abençoado com a salvação; ele não achou irrazoável levar décadas construindo um grande barco no deserto para a sua salvação (Hb. 11:7).
Acerca de Noé, o novo pai da raça humana, encontramos escrito por quatro vezes (Gn. 6:22, 7:5, 9, 16) “Assim fez Noé, consoante a tudo o que Deus lhe ordenara”. É o homem que faz aquilo que Deus ordena, a quem Deus pode confiar Seu trabalho, é a esse homem que Deus pode usar para salvar outros homens.
c) Abraão também obedeceu por fé; sua chamada tinha uma ordem e uma promessa que pareciam irrazoáveis para a mente humana. A ordem era sair da casa paterna para ir para um lugar que Deus lhe mostraria (trocar o certo pelo duvidoso) e a promessa era de ser pai de uma grande nação e ser o abençoador de todas as famílias da Terra (impossível por ser já idoso e ter uma esposa, Sarai, idosa e estéril). Mas ele creu na Palavra revelada de Deus, obedeceu, esperou e foi abençoado (Hb. 11:8-12).
Abraão, o pai da raça eleita, quando ele completou quarenta anos nessa escola de fé e obediência, Deus aperfeiçoou a sua fé, coroando-a com a Sua mais completa bênção. Nada poderia qualificá-lo para isso a não ser um coroador ato de obediência. Quando ele amarrou o próprio filho no altar, Deus interveio e disse: “... deveras te abençoarei e certamente multiplicarei a tua descendência... nela serão benditas todas as nações da terra, porquanto obedeceste à minha voz” (Gn. 22:17, 18). E a Isaque Ele disse: “... confirmarei o juramento que fiz a Abraão, teu pai ... porque Abraão obedeceu à minha palavra...” (26:3, 5).
Não há como tornar mais evidente que o prazer de Deus consiste em estar no ambiente criado por Seu povo obediente, e é ao obediente que Ele coroa com Seu favor e presença.
Oh, quando é que vamos aprender o quão agradável é a obediência aos olhos de Deus, e quão indizível recompensa Ele concede ao obediente! A maneira de sermos bênção para o mundo é sermos homens obedientes; conhecidos por Deus e pelo mundo por essa característica única - uma vontade completamente rendida à vontade de Deus. Que todos os que confessam andarem nas pegadas de Abraão andem assim.
Este é o tempo das maravilhas de Deus. Um dos objetivos principais da Escritura é mostrar ao povo de Deus como levar uma vida que lhe seja digna e que lhe agrade. A santidade é um processo na vida do cristão. Paulo diz, que por toda a nossa vida cristã, estaremos sendo aperfeiçoados. “Todos nós.. somos transformados de glória em glória, na sua própria imagem” (2 Co. 3:18). Gradualmente nos tornamos cada vez mais semelhantes a Cristo, conforme avançamos na vida cristã. Portanto, tome agora, a decisão de ser uma pessoa de fé e que busca sinceramente a santidade. Lembre-se que só uma vida de fé e santidade agrada a Deus, que é O galardoador dos que O buscam. Aleluia!

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Deus abre portas e caminhos, Onde ninguém consegue ver! (2)


“Ao mesmo tempo, orem também por nós, para que Deus abra uma porta para a nossa mensagem, a fim de que possamos proclamar o mistério de Cristo, pelo qual estou preso. Orem para que eu possa manifestá-lo abertamente como me cumpre fazê-lo” (Cl. 4:3-4).
Paulo pede aos irmãos que orem por ele, a fim de que Deus possa abrir uma porta para a pregação do evangelho. Suplica, ao mesmo tempo, também, para que Deus abra uma porta à palavra, a fim de falar do mistério de Cristo, pelo qual também ele estava algemado; para que o pudesse manifestar, como lhe cumpria fazer. Este conceito de abrir portas está presente em toda a bíblia, reforçando a ideia de que temos um Deus que nos oferece soluções, principalmente, nos momentos mais difíceis da vida.
O Senhor abre portas e caminhos ao Seu povo. Deus diz: “...eis que porei um caminho no deserto, e rios no ermo” (Is. 43:19). O ermo é um lugar deserto e que não tem um caminho específico para se seguir. É aí que Ele abrirá o caminho para que possamos encontrar a rota certa.
O Deus da bíblia é o Deus que abre portas. Ele cria acessos, franqueia oportunidades e abre portas de emergências.
1. Deus abre a porta dos Céus.
Deus abriu a porta dos céus para que o homem pudesse chegar a Ele. Jacó encontrava-se em Harã, fugitivo, amedrontado, porque se escondia do seu irmão Esaú, que queria matá-lo.
Desanimado, cansado, quando as sombras da noite já se adensavam, Jacó tomou uma pedra para servir de travesseiro, e adormeceu, num profundo sono. E dormindo, teve um sonho. Ele viu uma grande escada fulgurante cuja base estava na terra e o topo alcançava o Céu. Além disso, anjos de Deus subiam e desciam pela escada. “E eis posta na terra uma escada cujo topo atingia o céu; e os anjos de Deus subiam e desciam por ela” (Gn. 28:12).
E quando ele acordou, sobressaltado, disse: “Na verdade o Senhor está neste lugar, e eu não o sabia. E, temendo, disse: Quão temível é este lugar! É a casa de Deus, a porta dos céus” (Gn. 28:16-17).
Deus é Altíssimo e santo; e a Sua casa na terra, o lugar onde o Seu povo se reúne para adorá-lO, é a porta do Céu? A reverência é grandemente necessária... Estou alarmado ao ver crianças e jovens, filhos de pais religiosos, tão descuidados com a ordem e decência que devem ser observadas na casa de Deus. Enquanto os servos de Deus apresentam ao povo as palavras de vida, alguns estão lendo, outros estão cochichando e rindo.
A irreverência tem sido uma grande tentação para muitos que têm em pouca conta as coisas sagradas; mas esse defeito de caráter deve ser vencido por todos os cristãos, que estão se preparando para a adoração junto aos anjos que cobrem o seu rosto na presença de Deus.
Com efeito, disse Jacó: Este lugar é a porta do Céu, e eu não sabia? Mas nós já sabemos. Como estamos em relação a esse assunto? Estamos nós esquecidos de que no Seu Templo se manifesta a própria presença de Deus? Somos nós reverentes na Casa de Deus?
Temos que nos lembrar que a igreja, o templo de Deus é o lugar onde temos a porta do Céu se abrindo diante de nós, para que os encantos do Evangelho possam se desdobrar a nós pecadores que desejamos ascender um dia aos Céus, e aqui temos a primeira porta para esse grande propósito: a porta do Céu.
Esta porta aberta nos céus é um tipo de Jesus. Ele é a porta que Deus abriu para que entrássemos na sua presença. Jesus disse a Natanael: “Em verdade, em verdade vos digo que vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem” (Jo. 1:51). Jesus é a porta que nos dá acesso à vida eterna, o caminho que nos leva a Deus. Disse Jesus: Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e sairá e achará pastagem (Jo. 10:9).
Por isso, ele abre as portas do céu para que nós possamos receber todas as bênçãos espirituais, compreensão e nutrição da Palavra de Deus e seu Espírito Santo.
Se o seu coração for puro, se o seu amor for verdadeiro, a porta do reino dos céus já está aberta para si. Isso não é fantástico? Você já tem entrada assegurada em Cristo Jesus, aleluia!
2. Deus abre a porta dos corações.
O apóstolo João apresenta-nos a Cristo, dizendo-nos: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a Minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo”.
Este é um quadro comovente: o Senhor da glória, o próprio Criador do homem, batendo à porta do seu coração, pedindo entrada.
Mas Ele não força a porta.
Um artista, certa vez, pintou esse quadro. Alguém contemplando-o, apreciou muito o quadro, mas fez uma observação, e disse ao pintor: O quadro está quase perfeito; só falta um detalhe. O que é? Perguntou o pintor. Você esqueceu-se da maçaneta! Não! Respondeu o pintor. A porta do coração não tem maçaneta do lado de fora, só por dentro!
Jesus Cristo faz um apelo para que você abra a porta do seu coração para que Ele possa entrar agora mesmo! Ele quer reinar no trono do seu coração. Ele é o próprio Rei do universo. Será um grande privilégio ter tal Pessoa em nosso coração, morando em nós, habitando em nossos pensamentos, fazendo parte de nossos sonhos, nossas esperanças.
Ele quer ter comunhão consigo: cear e falar consigo. Ele quer ouvi-lo. Ele quer andar consigo e ajudá-lo. Ele quer alimentar-nos com o pão que desceu do Céu. Ele quer mitigar a nossa sede espiritual. Atende ao Seu apelo.
Cada pessoa tem uma porta espiritual de entrada. A palavra de Deus quando pregada é dirigida e captada pela mente, trabalha com as emoções e afeta a vontade ou volição. Deus é quem abre a porta dos corações dos incrédulos para que eles recebam a salvação. Foi o que aconteceu com Lídia: “Certa mulher chamada Lídia, da cidade de Tiatira, vendedora de Púrpura, temente a Deus, nos escutava; o Senhor lhe abriu o coração para atender às coisas que Paulo dizia” (At. 16:14). A expressão o Senhor lhe abriu o coração indica que Deus arrebentou as fechaduras da incredulidade e as trancas da morte espiritual, trazendo-lhe vida (At. 11:18; 2 Co. 4:6).Como é que Deus abre a porta dos corações? Deus abre a porta do coração dos incrédulos no momento da conversão, por meio da ação soberana do Espírito Santo. Ele é quem produz a regeneração e o novo nascimento. Ele tira o coração de pedra e coloca um coração de carne (Ez. 36:26-27; Jo. 3:1-8; Tt. 3:4-7).
3. Deus abre a porta das prisões.
Em tempos, muitos cristãos viam fecharem-se atrás deles as portas das prisões e tantos outros trancavam as portas de suas casas escondendo-se de medo. É para tal situação de angústia e dor que Deus envia a sua Palavra que anuncia as portas que Deus abre.
O primeiro exemplo está registado em Atos 5:17-32. Os saduceus, movidos pela inveja, prenderam os apóstolos em uma cadeia pública. Deus, porém, os libertou: Mas, de noite, um anjo do Senhor abriu as portas do cárcere e, conduzindo-os para fora e lhes disse: Ide e, apresentando-vos no templo, dizei ao povo todas as palavras desta Vida (At. 5:19-20). O anjo do Senhor vem abrir as portas da prisão. Você está sofrendo uma dura provação para a qual não vê libertação? Está preso no calabouço da dúvida e do desespero? Está sendo duramente perseguido? Envolva-se na proteção divina! Creia que as portas se abrirão como quer por mãos invisíveis. Nada pode obstar os propósitos de Deus. Lance mão da liberdade que Deus lhe dá para sair e falar a outros.
Lançou na prisão a Tiago, irmão de João, e mandou um algoz matá-lo à espada, assim como o outro Herodes fizera com que o profeta João fosse degolado. Vendo que os judeus se agradavam muito com essas medidas, prendeu também a Pedro.
O segundo exemplo encontra-se em Atos 12. O governo da Judéia estava então nas mãos de Herodes Agripa, súdito de Cláudio, imperador romano. Herodes mantinha também o cargo de tetrarca da Galiléia. Era prosélito professo da fé judaica e, aparentemente, muito zeloso em efetuar as cerimónias da lei judaica. Desejoso de obter o apoio dos judeus, esperando assim confirmar seus cargos e honras, pôs-se a realizar os desejos deles, perseguindo a igreja de Cristo, pilhando as casas e os bens dos crentes e prendendo os membros principais da igreja. Herodes resolveu prender e maltratar os líderes da igreja. Ele matou a Tiago e mantinha Pedro na prisão com o objetivo também de o matar. Com as portas da prisão firmemente seguras e uma forte guarda diante delas, toda a possibilidade de livramento ou escape por meios humanos estava excluída. Mas os extremos do homem são a oportunidade de Deus.
Pedro estava encerrado em uma cela cavada na rocha, cujas portas tinham fortes ferrolhos e barras; e os soldados em guarda ficaram responsabilizados pela custódia do prisioneiro. Mas os ferrolhos e barras, e a guarda romana, que eficazmente removiam toda a possibilidade de auxílio humano, não deveriam senão tornar mais completa a vitória de Deus no livramento de Pedro. Herodes estava a levantar a sua mão contra o Omnipotente, e deveria ser totalmente derrotado. Aplicando o Seu poder, Deus estava prestes a salvar a vida preciosa cuja destruição estavam os judeus tramando.
Era a última noite antes da tencionada execução. É enviado do Céu um poderoso anjo para libertar Pedro da prisão e da morte. As vigorosas portas que encerravam o santo de Deus abrem-se sem auxílio de mãos humanas. O anjo do Altíssimo por elas penetra, fechando-se as portas sem ruído por trás dele. Ele entra na cela, e ali está Pedro, dormindo tranquilamente o sono de uma perfeita confiança.
A luz que circunda o anjo enche a cela, mas não desperta o apóstolo. Só quando ele sente o toque da mão do anjo e ouve uma voz dizendo: “Levanta-te depressa”, (At. 12:7) acorda o suficiente para ver a cela iluminada pela celeste luz, e um anjo de grande glória, em pé diante dele. Maquinalmente obedece à ordem que lhe é dada e, como ao se levantar erguesse as mãos, torna-se meio consciente de que as cadeias lhe caíram dos pulsos.
De novo lhe ordena a voz do mensageiro celestial: “Cinge-te, e ata as tuas alparcas” (At. 12:8), e de novo Pedro maquinalmente obedece, conservando o admirado olhar voltado para o visitante, e crendo estar sonhando ou em visão. Mais uma vez o anjo ordena: “Lança às costas a tua capa, e segue-me”. Ele se move em direção à porta, seguido por Pedro, usualmente loquaz, agora mudo de espanto. Passam pela primeira e pela segunda sentinela, chegaram ao portão de ferro que dava para a cidade, pesadamente aferrolhado, que por si mesma se abre, e imediatamente se fecha de novo, enquanto os guardas dentro e fora estão imóveis em seu posto.
De modo idêntico passam pela terceira porta, e acham-se em plena rua. Não se troca uma palavra; não há ruído de passos. O anjo se move suavemente diante de Pedro, cercado de uma luz de deslumbrante brilho, e Pedro, desorientado, e julgando-se ainda em sonho, segue o seu libertador. Assim eles enveredaram por uma rua, e logo adiante, estando cumprida a missão do anjo, se apartou dele subitamente (At. 12:10). Dissipou-se a luz celestial, e a Pedro pareceu achar-se em profundas trevas; mas, acostumando-se-lhe os olhos, pareceram elas diminuir gradualmente, e ele se encontrou só na rua silenciosa, com o ar fresco da noite a soprar-lhe no rosto. Compreendeu então que estava livre, em uma parte da cidade que lhe era familiar; reconheceu o lugar como sendo um que frequentara muitas vezes, e por onde esperara passar no dia seguinte pela última vez.
O anjo nos guia sobrenaturalmente apenas enquanto estamos contusos e incapazes de nos orientarmos sozinhos. Tão logo estejamos em condições de avaliar um assunto, ele nos deixa para que façamos uso das faculdades com que Deus nos dotou. Todos os anjos celestiais estão ao serviço do humilde e crente povo de Deus; e, ao entoar o exército de obreiros do Senhor, seus cânticos de louvor aqui na Terra, o coro celestial une-se com eles no louvor a Deus e a Seu Filho.
Terceiro exemplo. Paulo e Silas tinham sido açoitados e sido colocados na prisão injustamente, porque estavam pregarando o evangelho, em Filipos, ensinando sobre Jesus. Na cadeia, com os pés presos ao tronco, Eles alegremente cantam louvores a Deus em vez de se queixarem. De repente, sobreveio tamanho terramoto, que sacudiu os alicerces da prisão; abriram-se todas as portas, e soltaram-se as cadeias de todos (At. 16:26), mas Paulo e Silas não fogem. O louvor dirigido a Deus abre as portas da prisão e liberta o homem.
O Deus que mandou o terramoto e abriu as prisões de Paulo e Silas é o mesmo Deus a quem nós servimos hoje e não importa o tamanho do seu problema, louve ao Senhor de todo o seu coração, ore, clame a Ele porque não há problemas difíceis para nosso Deus, não há causas impossíveis, se preciso for Deus mandará um terramoto em sua vida para livrá-lo das cadeias. A prisão será como um palácio; pois os ricos na fé morarão ali, e as paredes sombrias serão iluminadas com a luz celestial, como quando Paulo e Silas, à meia-noite, oraram e cantaram louvores na masmorra de Filipos. Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o Seu nome.
Estes três exemplos, revelam que o nosso Deus liberta o seu povo de todas as prisões e cadeias, que tentam impedir o avanço do evangelho e da pregação da Palavra. Ninguém segura ou prende o servo de Deus, em missão.
O nosso Deus é um Deus de milagres, e não há limites para o seu poder agir. Realiza o impossível, Pois para ele nada é tão difícil. Ele quer operar milagres maiores dos que já operou nos dias de hoje.
4. Deus abre a porta para a pregação.
Deus abre oportunidades para a pregação do evangelho. Esta era a convicção de Paulo: “Suplicai, ao mesmo tempo, também por nós, para que Deus nos abra a porta à palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo, pelo qual também estou algemado; para que eu o manifeste, como devo fazer” (Cl. 4:3-4).
No final da primeira viagem missionária, Barnabé e Paulo relataram à igreja em Antioquia sobre o que Deus tinha feito: Ali chegados, reunida a igreja, relataram quantas coisas fizera Deus com eles e como abrira aos gentios a porta da fé (At. 14:27). A porta aberta aqui é o acesso dos gentios a salvação pela fé e a inclusão dos mesmos no corpo de Cristo, a igreja.
”Quando escreveu aos crentes de Corinto, Paulo explica o seu itinerário ou o seu plano de viagem e trabalho: Ficarei, porém, em Éfeso até ao Pentecostes; porque uma porta grande e oportuna para o trabalho se me abriu; e há muitos adversários” (1 Co. 16:8-9). Aqui a porta aberta é um conjunto de circunstâncias favoráveis para se realizar o trabalho de Deus, fruto da providência divina. Paulo usa este termo com o mesmo sentindo em 2 Coríntios 2:12: “Ora, quando cheguei a Trôade para pregar o evangelho de Cristo, e uma porta se me abriu no Senhor, não tive, contudo, tranquilidade no meu espírito, porque não encontrei o meu irmão Tito; por isso, despedindo-me deles, parti para a Macedónia”.
Deus abre portas para a pregação do evangelho e plantação de novas igrejas. Deus cria oportunidades com pessoas, lares e empresas que facilitam a evangelização. Como é que Deus faz isto? Ele faz isto de forma soberana, pois ele está no controle da sua obra (At. 16:6-10). Ele faz isto respondendo à oração dos que pedem (At. 13:1-3).
O mesmo Deus que abre portas é o mesmo que fecha. A porta que Deus abre ninguém fecha e a porta que ele fecha ninguém abre. Creia nisto!
5. As portas que se abrem.
Portas abertas representam acesso e oportunidades. Deus abre a porta da fé quando oferece o evangelho aos homens (At. 14:27), dando-lhes assim acesso à comunhão com Deus. Ele abre portas de trabalho para seus servos divulgarem a palavra (1 Co. 16:9; 2 Co. 2:12; Col. 4:3). Aqui ele não fala especificamente da natureza das oportunidades dadas aos discípulos em Filadélfia, mas garante que as portas ficariam abertas. Hoje, quando Deus abre portas de oportunidade para nós, devemos aproveitá-las (Tg. 4:17).
“Ao anjo da igreja em Filadélfia escreve: estas coisas diz o santo, o verdadeiro, aquele que tem a chave de Davi, que abre e ninguém fechará, e fecha, e ninguém abrirá. Conheço as tuas obras – eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar” (Ap. 3.7-8).
Coloquei diante de ti uma porta aberta. Esta é a verdade que Jesus quer que essas pessoas compreendam. Ele a repete. Ele a enfatiza. Procure a porta aberta. Se você se sente intimidado, procure uma porta aberta. Se você se sente isolado, procure uma porta aberta. Se você se sente fraco e desanimado, procure uma porta aberta. Sempre que estiver disposto a obedecer em humildade à chamada de Deus e estiver disposto a ouvi-Lo, Ele abrirá uma porta para si
Não se limite a olhar para o problema. Não se limite a olhar para o obstáculo. Não se limite a olhar para o inimigo. Deus está providenciando uma saída. Ele abrirá uma porta para si. Ele encontrará uma solução. Acredite nisso hoje!
O livro de Apocalipse foi escrito para cristãos que viviam tempos de intensa perseguição religiosa. Naqueles tempos, muitos cristãos viam fecharem-se atrás deles as portas das prisões e tantos outros trancavam as portas de suas casas escondendo-se de medo. É para tal situação de angústia e dor que Deus envia a sua Palavra que anuncia as portas que Deus abre.
Deus enviou ao mundo o seu Filho Jesus Cristo: a chave que abre portas! É Cristo a chave que destranca as portas das prisões, do medo, do preconceito, do ódio, do mal. A porta que Deus abre ninguém pode fechar! Em Jesus Cristo, Deus abriu a porta da salvação para a humanidade e quer manter aberta essa porta também na tua vida!
Porta aberta é convite! Aceitamos o convite de entrar pela porta da salvação? No dia a dia muitas portas se abrem e tantas outras se fecham diante de nós: ora uma oportunidade de emprego, ora a comunicação de demissão, ora o nascimento de uma criança na família, ora o sepultamento de um ente querido, ora um gesto de carinho, ora um desconforto. Quando o mundo nos fecha tantas portas, que alívio saber que Deus tem portas abertas para quem procura por ele.
Não precisamos mais desesperar diante de portas fechadas! Deus sabe o que é melhor para nós e abrirá a porta que, injusta e violentamente, foi fechada; manterá fechada aquela que pode se tornar perigosa para nós; e fechará todas as portas que nos afastam dele e de nosso próximo para, assim, nos manter diante da porta da salvação eterna. Que a certeza da porta da salvação que Deus nos abre possa fortalecer a nossa fé e intensificar ainda mais o nosso comprometimento com Jesus Cristo.

Os santos que permanecem fiéis à verdade de Deus têm uma porta aberta à sua frente. A minha alma, resolveu viver e morrer por aquilo que o Senhor revelou em Sua Palavra e, portanto, está diante desta porta aberta.
Eu vou entrar pela porta aberta da comunhão com Deus. Quem me impedirá? Jesus tirou o meu pecado e me deu a Sua justiça, por isso eu posso entrar livremente. Senhor, faço-o por Sua graça.

Eu também tenho diante de mim uma porta aberta para os mistérios da Palavra. Eu posso entrar nas coisas profundas de Deus. A porta da eleição, da união com Cristo, da segunda vinda - todos elas estão diante de nós, e nós podemos apreciá-las. Nenhuma promessa e nenhuma doutrina estão trancadas para nós.
Em breve veremos uma porta aberta no céu: o portão de pérola será a nossa forma de entrada, e então entraremos até ao nosso Senhor e Rei e ficaremos eternamente com Deus.

Deus abre portas e caminhos, Onde ninguém consegue ver!

Leitura: Êxodo 14.15-29
Existem portas que são portas impossíveis de serem conquistadas com a força humana, que é a força da carne. Mas para Deus, nada é impossível. Com Ele as portas impossíveis se abrirão para o seu povo.
O Senhor Deus conhece as nossas obras, os nossos pensamentos e até as intenções de nossos corações, se estamos em dificuldades, com pouca força, tristes ou alegres. Ele sabe todas as coisas. Às vezes nos deparamos com situações impossíveis, mas é aí que começa a ação do Deus sobrenatural.
Nesse trecho da Sagrada Escritura entramos em contacto com uma das mais significativas interferências de Deus na história do seu povo. Foi uma espécie de selo divino quanto à libertação de Israel do jugo egípcio. Após a liberação do povo de Deus do Egito (a maior nação daquela época), o povo, sob o comando de Moisés, se dirigiu pelo deserto em direção ao Mar Vermelho.
Faraó, a quem Deus havia endurecido o coração, a fim de promover a Sua própria glória e demonstrar Seu poder, e tendo em vista que seu nome seja proclamado em toda a terra, resolve reunir seu exército para perseguir e levar o povo de Deus de volta ao Egito, para permanecer na condição de escravo. A situação torna-se crítica, pois o povo de Deus, cansado e sem armas, está agora entre o mar e o exército egípcio, nas areias escaldantes do deserto, encurralado e com medo. É justamente nesse momento de crise, que o Deus de nossos pais e o nosso próprio Deus, o poderoso defensor do seu povo, vai manifestar, de forma incrível, o Seu poder e a Sua glória, abrindo onde ninguém via uma porta de escape e um caminho de vitória para o Seu povo.
A ordem do Senhor para Moisés foi a de dizer ao povo para que marchasse. Vamos marchar e a porta vai se abrir automaticamente. E quando essa porta se abre teremos acesso às promessas superiores. Vamos ultrapassar essa porta porque o Senhor é o Deus dos impossíveis. Estamos debaixo de promessas. Não haverá impossíveis para Deus na vida daqueles que estão debaixo das promessas (Hb. 12:24). Temos promessas superiores. Vamos profetizar porque o Senhor nos coloca num nível de acesso. Temos livre acesso para viver as promessas superiores.
Deus abre portas onde não há saída para o Seu povo passar e onde há morte Ele chega e dá a vida, removendo as barreiras que atrapalham o Seu povo de andar. Quando Deus diz marchem, Ele abre o caminho e conduz o seu povo, como um pastor conduz o seu rebanho, por um caminho que as ovelhas não conhecem.
1. O nosso Deus abre portas e caminhos onde ninguém imagina!
Que cena gloriosa a da abertura do Mar Vermelho diante do povo de Israel. Estavam com medo, oprimidos pela investida e proximidade dos adversários, impotentes diante de tantos obstáculos e impossibilidades. Mas o Senhor surpreende e faz o inusitado e inesperado. Não os manda romper em fuga pelo deserto, nem para se voltarem contra seus opressores e perseguidores. Simplesmente faz o povo se voltar para o sobrenatural, eles deveriam marchar na direção do mar.
O que era impossível para o homem, se tornaria no perfeitamente possível para Deus! Ninguém viu a porta de escape e, muito menos, um caminho de vitória naquele mar. Mas o Senhor Deus criador de todas as coisas, visíveis ou não, já havia preparado tanto a porta como o caminho para o livramento do Seu povo. O facto é que o Senhor não precisa da nossa visão para nos libertar e nos fazer vencedores – Ele só precisa de nos fazer caminhar na direção certa, da porta e do caminho que só Ele conhece!
Muitos não têm entrado pelas portas de livramento, simplesmente porque não obedecem, caminhando na direção determinada por Deus; se esquecem que obedecer a Deus é um ato de fé, logo não depende de vermos ou compreendermos o que Deus está fazendo ou quer fazer. Na maioria das vezes, só veremos e desfrutaremos das portas de escape e dos caminhos de vitória proporcionados por Deus depois de obedecê-lO, independentemente do que vemos.
Quando passamos por esta porta, a obra vai ser feita rapidamente. Todos vão contemplar a obra que o Senhor vai fazer em nossas vidas. E a obra será em tempos que não esperávamos... Não vamos passar mais por portas da dificuldade, porque passamos pelas portas dos impossíveis. Pela fé, vamos nos levantar no poder de Deus e em tempo recorde vamos ver a maior obra de Deus realizada em nossas vidas!
2. A fé, o bordão e a palavra de ordem.
O Senhor Deus foi muito específico e suscito quando ordenou a Moisés o que deveria ser feito naquele momento crítico, em que só um milagre livraria o povo. Pelo texto, vemos que Moisés era um dos poucos (talvez o único) que realmente cria no livramento do Senhor (Êx. 14:13-14) e, por isto, clamava pela intervenção divina. Mas na hora do milagre, o Senhor chama Moisés para se tornar o canal através do qual operaria as Suas maravilhas!
Estava na hora do intransponível mar das impossibilidades humanas ser transformado na mais segura rota de vitória para aquele povo. Então o Senhor dá a Moisés um comando muito claro, composto de três partes: chega de clamar, é ora de marchar, de dar passos de fé; levanta o teu bordão; divide o mar para que uma rota de escape e vitória surja para o meu povo. E o maior de todos os sinais aconteceu, como um marco da presença de Deus no meio de seu povo. Israel passou, e o exército de Faraó foi destruído pelas águas do grande mar.
Deus continua no meio de seu povo, e, no meio das pressões do inimigopara nos fazer retornar à escravidão, o Senhor ordena: “Marche! Não é tempode parar! O inimigo já foi derrotado pelo sangue do Cordeiro!” Prossiga,pois, e seja mais do que vencedor!
a) Caminhar na fé:
O medo é um sentimento de inquietação diante da possibilidade de perder algo que se tem ou se anseia possuir no futuro. Ora bem, a insegurança faz parte da condição humana, pelo facto de não termos um domínio perfeito, nem sequer, sobre nós próprios. Por isso, não podemos excluir de todo a insegurança nesta vida. De outro modo, a esperança não existiria como virtude, porque onde há a certeza absoluta não tem lugar a esperança.
Pela fé, (os israelitas) passaram o Mar Vermelho como se fosse terra seca, e o maior de todos os sinais aconteceu, como um marco da presença de Deus no meio de seu povo. Israel passou, enquanto o exército de Faraó, tentando a mesma passagem, foi destruído pelas águas do grande mar.
Sem fé, as dificuldades da vida engolem-nos, esmagam-nos, afundamo-nos nelas. Com a fé não as evitamos, mas temos mais recursos, sabemos que Deus as pode virar a nosso favor; ao povo eleito seria mais difícil e aterrador caminhar pelo fundo do mar, com o perigo, acrescido, de que os seus inimigos os alcançassem; mas através dessa dificuldade e dessa inquietação conseguiram a salvação. No final comprova-se que a inquietação de caminhar para Deus proporciona uma base mais firme para edificar a própria vida, do que a aparente segurança que oferece um barco.
O Senhor continua abrindo mares e rios, mas, espera passos ousados de fé de nossa parte. Foi assim nas margens do Mar Vermelho, quando o Senhor disse a Moisés: “Por que clamas a mim? Diz aos filhos de Israel que marchem. E tu, levanta o teu bordão, estende a mão sobre o mar e divide-o, para que os filhos de Israel passem pelo meio do mar em seco.” (Êx. 14:15, 16). Só aqui, encontramos duas atitudes requeridas por Deus: marchar, e levantar o bordão na direção do mar. Assim aconteceu também na travessia do Jordão. Em Josué 3.13, diz: “Porque há de acontecer que, assim que as plantas dos pés dos sacerdotes que levam a arca do Senhor, o Senhor de toda a terra, pousem nas águas do Jordão, serão elas cortadas, a saber, as que vêm de cima, e se amontoarão.”.
Esses textos falam de atitudes, de passos ousados de fé, que Deus espera de nós, para que nossos mares, rios, e portas se abram.
Deste modo, a fé não se vê como um peso, mas antes como uma luz, como algo que assinala um caminho, que ensina a aproveitar a própria miséria para abrir a alma a Deus. O cristão não espera de Deus que o faça sentir-se seguro em si mesmo; espera que a confiança n’Ele o ajude a ver para além da sua insegurança. Se o nosso olhar não se detém na própria limitação mas, sem a afastar, a transcende, podemos realmente excluir o temor e viver na ordem do amor.
Devemos orar sempre, mas jamais deixar de dar os passos da fé. As portas e caminhos sobrenaturais do milagre que buscamos só se manifestarão na nossa vida quando decidirmos caminhar por fé, na direção do milagre. O que Deus estava dizendo a Moisés, e a nós também, é que enquanto não caminharmos por fé, as portas do sobrenatural não se abrirão e o milagre não chegará a nós.
Como as portas pantográficas de alguns estabelecimentos, que só se abrem quando nos deslocamos na direção delas, haverá um momento na nossa caminhada em que se estabelecerá um contacto específico e, então, a porta se abrirá. Precisamos entender que as portas e caminhos espirituais estão lá, mas só se abrirão diante dos que caminham por fé! Nunca desista de caminhar por fé na direção das maravilhas de Deus para a sua vida, pois haverá um momento, que não sabemos exatamente onde está, que podemos chamar de o ponto de contacto da fé, a partir do qual as coisas começarão a acontecer.
A luta por viver de fé não tem como meta sentir-se seguro diante das dificuldades; não é uma intenção de que não nos afetem as coisas, que não nos importe o importante, que não nos doa o doloroso, ou que não nos preocupe o preocupante. É antes o empenho por não esquecermos que Deus nunca nos deixa e aproveitar essas circunstâncias difíceis para nos aproximarmos ainda mais d’Ele. Realmente, a vida, já por si estreita e insegura, às vezes torna-se difícil... Mas isso contribuirá para tornar-nos mais sobrenaturais, para que vejamos em tudo a mão de Deus; e assim seremos mais humanos e compreensivos com os que nos rodeiam.
A fé é necessária para que o milagre aconteça. A fé é importante para alcançar o milagre de Deus. Quando dizemos que Deus realiza uma obra em nossa vida, muitas pessoas nos perguntam ‘como’. O ‘como’ não nos importa saber. Só precisamos crer que Ele fará.
b) Levantar o bordão:
Quando o povo se viu sem saída, veio a resposta de Deus a Moisés: “Porque clamas a mim? Diz aos filhos de Israel que marchem, e tu, levanta o teu bordão sobre o mar, e divide-o para que os filhos de Israel passem pelo meio do mar em seco”. (vs. 15-16)
Moisés então estende a mão sobre o Mar Vermelho e este se divide, permitindo que os israelitas passassem sobre terra seca, e até mesmo mais do que isso, quando todos tinham atravessado, então Deus diz a Moisés para “esticar a mão sobre o mar, que as águas se voltem sobre os egípcios, sobre os seus carros e nos seus cavaleiros”.
Moses then proceeds to stretch out his hand over the sea and then the sea returns to its full depth while the Egyptians were fleeing into it. Moisés então começa a estender a mão sobre o mar e depois o mar devolve à sua profundidade total, enquanto os egípcios estavam fugindo para ele. A Bíblia diz que o Senhor derrubou os egípcios no meio do mar! As águas voltaram e cobriram os carros, os cavaleiros e todo o exército do Faraó, e nenhum deles ficou de pé!
O Bordão é uma figura de autoridade. Moisés tinha um bordão nas mãos, com o qual Deus disse que ele faria maravilhas (Êx. 4:17). Levantar o bordão significa que Moisés deveria levantar-se com autoridade, uma autoridade que o Senhor lhe conferiu.
Para quem possui dúvidas, basta atentar na divisão do mar por Moisés, não pelo toque de seu bordão na água do mar, mas pelo facto de estendê-lo sobre a água, fazendo com que um vento leste soprasse por toda a noite até dividir aquela massa líquida, que teria se juntado ao sangue hebreu caso Deus não houvesse intervindo com tal milagre (que, repetindo, não envolveu nenhum toque de vara).
Sendo do Senhor, Ele quer que também tomemos da autoridade que Ele nos dá (o bordão) e nos levantemos em Seu nome e entremos em ação para que a Sua glória e o Seu poder se manifestem em nossas vidas e territórios. Por causa do sangue do Cordeiro de Deus, estamos em aliança com o Pai, nos tornamos Seus filhos e herdeiros (Rm. 7:17), e estamos assentados em Cristo nas regiões celestes (Ef. 2:6), e portanto, devemos reconhecer a nossa autoridade em nome de Jesus e exercê-la corretamente, porque também é um exercício de fé.
Muitos, por desconhecimento ou por se verem tão intimidados e oprimidos, simplesmente não usam a autoridade que efetivamente possuem e, por isso, não entram no território das maravilhas de Deus. Mas o Senhor Deus que continua no meio de seu povo, e, no meio das pressões do inimigo para nos fazer retornar à escravidão, ordena: Marche! Não é tempo de parar! O inimigo já foi derrotado pelo sangue do Cordeiro! Ele se considera o príncipe deste mundo, mas já foi condenado. Prossiga, pois, e seja mais do que vencedor! Não é tempo de parar, A vitória o Senhor a vai dar, Àquele que perseverar, A sua coroa guardar, De Cristo não se envergonhar, E por ele trabalhar, Estando certo de que ao céu vai chegar. Aleluia!
d) A palavra de ordem:
“Estende a mão sobre o mar e divide-o, para que os filhos de Israel passem pelo meio do mar em seco” (Êx. 14.16). Moisés deveria, no exercício da sua autoridade, liberar a palavra de ordem para a manifestação do milagre, a palavra da fé carregada da substância do milagre de Deus. Não cabia mais ficar contemplando passivamente o mar, nem se deter pensando nos problemas ou desejando o escape. Agora Moisés deveria abrir a sua boca profética e liberar a palavra da fé, isto é: determinar que acontecesse o que Deus disse que iria acontecer.
Vemos que Moisés não teve apenas que liberar a palavra do milagre, mas também teve que sustentá-la firmemente, pelo menos em seu coração, porque o milagre não foi instantâneo, levou uma noite para que o mar fosse dividido (Êx. 14:21). Aleluia! Muitos cristãos deixaram de experimentar as maravilhas de Deus porque não exercitaram sua fé, nem sua autoridade e, muito menos, liberaram ou sustentaram as palavras de ordem que atraem o sobrenatural e o surpreendente de Deus.
A Bíblia nos diz que pela Sua Palavra Deus formou o universo e que sustenta todas as coisas pela Palavra do Seu poder (Hb. 1:3). Quando movidos pela autoridade que temos, liberamos a palavra da fé, então, a palavra de ordem atrai as maravilhas de Deus para as nossas vidas, famílias, grupos, discípulos, finanças e etc.. Precisamos de ficar atentos porque, em muitos casos, o inimigo age com intimidações e mentiras, procurando calar a voz daqueles que Deus tem levantado para que muitos “mares” se abram e Suas maravilhas sejam experimentadas.
Exerça a sua autoridade e libere a palavra de ordem para que o mar dos aparentes impedimentos se abra diante de si, sua família, seus discípulos e etc. Creia que o Senhor já desenhou, no plano espiritual, a porta de escape e a rota da sua vitória.
Nunca despreze os adversários, porque eles sabem em quais áreas possui fragilidades, e farão uso de todos os meios para, usando a sua fraqueza, o afastar do propósito de Deus. Esteja vigilante (Mt. 26:41), atento ao que passa por sua mente, a cada sugestão estranha que surgir dentro de si. Você pode vencer o mal, basta desejar vencer e confiar no poder do nome de Jesus Cristo! Mas não viva focado neles, mantenha-os para trás de si, confiando que o Senhor é a sua retaguarda, e fixe os seus olhos no sobrenatural de Deus. Não fique preso ao número, à fúria e nem ao poder do adversário, porque muito maior e mais glorioso é o poder do nosso Deus, o Eterno e o Todo-Poderoso Senhor. Creia que o mar se abrirá e que você, com tudo o que é seu, receberá o livramento e a vitória, em nome de Jesus. Declare que hoje mesmo se encerra um tempo de escravidão e perseguição em sua vida. Caminhe na direção das maravilhas de Deus, levante o seu bordão de autoridade e profetize a sua vitória até que ela se materialize diante de si!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

A base da nossa vitória, está na resistência aos inimigos da fé!


Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tg. 4:7)
Este versículo nos apresenta um aspeto da Verdade acerca do qual há ampla ignorância entre os crentes. Com frequência, eles se mostram inconscientes de que o diabo os está atacando e precisa ser resistido. Muitos supõem que as investidas de Satanás estão limitadas às tentações para que pequemos. Isto não é verdade; em muitos casos, o objetivo dele é opor-se e impedir-nos de fazer o que é bom. Constantemente, ele utiliza os seres humanos a fim de atrapalhar-nos e inquietar-nos. Por exemplo, ele enviará alguém para bater à porta ou chamar-nos ao telefone, quando estamos orando. Ele mandará parentes visitarem-nos no domingo, impedindo-nos assim de gastar tempo na comunhão com o Senhor. Ou criará circunstâncias para obstruir nosso progresso espiritual, multiplicando nossos deveres e tarefas, de modo que não tenhamos tempo livre ou fiquemos muito cansados para estudar a Bíblia.
Poucos filhos de Deus parecem saber que possuem o privilégio e o direito de serem vitoriosos contra os ataques de Satanás. O Senhor não deixou seu povo aqui à mercê de seu grande inimigo, sem meios para vencê-lo. De maneira alguma. Ele nos ensina em sua Palavra como podemos derrotá-lo.
“Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós”. Resistir: um ato de ataque! É assim, segundo o ensino de Tiago, que iremos enfrentar e vencer o diabo, resistindo-o! Por mais audaz, por mais perigoso, por mais poderoso que ele seja, nós o venceremos resistindo-o. Recorde as palavras do Senhor Jesus apontando as intenções do nosso inimigo: “O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir” (Jo 10:10). Mas sairá em fuga por não ser capaz de resistir ao poder de Deus investido em cada um de nós. Este é um mandamento divino. Um dever que o Senhor colocou sobre nós. Nossa primeira responsabilidade no que concerne a este mandamento é dar-lhe nossa melhor atenção, gravá-lo em nossos corações, ponderar seus termos, desejar e resolver obedecê-lo.
Provavelmente, alguns dirão: “Eu quero, mas não sei como”. Então nossa segunda responsabilidade referente a este mandamento é reconhecer este facto, pedindo a Deus que nos ilumine e nos ensine como obedecê-lo. Conte-Lhe que deseja fazer aquilo que Ele ordenou e suplique instrução e capacidade para realizá-lo.
É tolice querer fazer qualquer coisa, principalmente de cunho espiritual, como evangelizar, pregar, cantar, lecionar, orar e etc., sem o aval, a graça, a bênção de Jesus, a aprovação e a unção do Espírito Santo. Jesus conquistou a vitória por nós, portanto, sujeitemos a ele as nossas armas e a nossa vida, e ele pelejará por nós. “Sem mim nada podeis fazer”.
Infelizmente a igreja de Cristo não tem obtido maiores vitórias, porque, muitas vezes, em vez de lutar contra o pecado, o inimigo e o mundo, os cristãos se põem a guerrear uns contra os outros. Falam mal um dos outros, pois discordam da maneira de pensar e agir.
Muitas pessoas não compreendem o facto de estarem cheias de fé e esperança quando estão nas reuniões da igreja, mas fracos, inseguros e debilitados quando se veem fora dela. A Palavra de Deus diz que o justo vive por fé (Rm. 1:17). A plenitude da vida espiritual em Cristo Jesus só é alcançada pela fé. A grande promotora da nossa vitória é a pequena palavra chamada fé.
A Bíblia diz que a fé vem pelo ouvir a mensagem da Palavra de Cristo (Rm 10.17). É por isso que nas reuniões da igreja o nosso coração se enche de fé e nos sentimos poderosos espiritualmente, pois na igreja nossa fé é exercitada e estamos em comunhão com Deus, ouvindo a Palavra de Deus que é espírito, verdade e alimento espiritual; ali, a pessoa está com o pensamento voltado para o Senhor e Suas promessas.
Entretanto, quando volta para casa, para o seu contexto, se vê diante dos desafios do dia-a-dia, canalizando seus pensamentos, normalmente, para os desafios naturais de qualquer pessoa (cuidar da casa, dos filhos, do cônjuge, dos negócios, das contas e etc.), o que é perfeitamente aceitável. O problema surge quando a pessoa se esquece de Deus e de Suas promessas por causa do seu envolvimento com essa rotina natural.
A fim de experimentarmos verdadeiras e duradouras vitórias na caminhada, precisamos de deixar de pensar em Deus intensamente somente nas reuniões da igreja. É necessária uma vida de oração constante e sistemática, o que nos coloca permanentemente na presença de Deus e de Suas promessas. Torna-se importante para quem quer a vitória da fé manter uma vida de oração incessante, no espírito, com ou sem palavras (1 Ts. 5:17). Portanto, devemos colocar inteiramente tudo o que somos e temos à disposição do Senhor. Precisamos de fazer uma completa entrega de nossas próprias vidas e de nós mesmos a Deus, a fim de sermos conduzidos e governados por Ele. Nada é mais ofensivo a Satanás do que a humildade, pois ele é um espírito orgulhoso, e o seu desejo é ensoberbecer-nos e levar-nos a viver e agir independentemente de Deus. Ao consagrar tudo totalmente a Deus, estaremos evitando laços e maldições que poderiam levar ao fracasso e derrota. Dessa forma, conseguimos viver a nossa fé dentro e fora da igreja, nos momentos fáceis e nos mais difíceis, quando estamos vendo milagres e quando ainda não vemos o milagre.
Nossa fé precisa ser ativada a cada momento de nossas vidas, nutrindo sempre a expectativa de que a qualquer momento ela promoverá uma explosão do sobrenatural de Deus a nosso favor, independentemente das circunstâncias à nossa volta. Com isso, à medida que enfrentamos as situações do dia-a-dia, exercitamos a fé, crescemos e nos fortalecemos para continuar na rota da nossa vitória. Essa é a fé que extrapola os limites das reuniões da igreja e nos posiciona como vencedores e participantes do sobrenatural de Deus.
Neste tempo que decorre, seremos altamente desafiados ao exercício da nossa fé, porque este é o tempo das maravilhas de Deus, as maravilhas que seguem os que creem (Mc. 16:17). Precisamos de dar ouvidos à severa exortação da Palavra de Deus que diz: “Vivei, acima de tudo, por modo digno do evangelho de Cristo, para que, ou indo ver-vos ou estando ausente, ouça, no tocante a vós outros, que estais firmes em um só espírito, como uma só alma, lutando juntos pela fé evangélica; e que em nada estais intimidados pelos adversários...” (Fl. 1:27, 28).
A nossa fé deverá colocar-nos diante dos milagres necessários para o nosso casamento, família, grupos, discipulado, finanças e etc., e assim não seremos conhecidos como os que só creem nas reuniões da igreja, mas que, pelo exercício da nossa fé, os sinais, prodígios e maravilhas de Deus nos seguirão no nosso dia-a-dia.
1. Fé racional, fé emocional e fé espiritual.
Porque tantas pessoas sofrem e vivem uma montanha russa em sua vida espiritual? Para muitos, fé é algo filosófico, utópico ou inconsistente. Para outros é ilógico e irracional, necessário para os débeis e para quem não confia em si mesmo. Mas nós sabemos que embora a fé seja algo abstrato, não palpável pelas mãos humanas, os seus efeitos são concretos, perfeitamente percetíveis pelos sentidos humanos. A fé é uma espécie de convicção interior, que sempre cria algo e necessita de uma base de operações para ser gerada e exercitada. Dependendo da base da nossa fé, poderemos classificá-la em racional, emocional e espiritual.
É racional quando a convicção está baseada na nossa razão ou lógica humana. Aqui não se aceita como viável ou possível qualquer coisa que fira o plano lógico e racional. Procura-se dar uma explicação lógica para tudo, inclusive para as maravilhas de Deus. Quando o professo da fé racional não consegue explicar o ocorrido pelos postulados lógicos e científicos, coloca o facto no campo da ignorância momentânea, esperando que no futuro, com o avanço científico, as explicações lógicas venham. É a fé dos que só creem no que podem entender e explicar.
Mas o praticante da fé, não baseada na razão ou lógica humana, é o que possui uma fé inabalável, uma fé renovadora e firme é aquele que tem toda a sua vida firmada na palavra de Deus e não se deixa levar pelo vento e por rumores tão comuns em nossas vidas e no meio em que vivemos. Aquele que tem esse tipo de fé é guiado por um norte, por uma bússola que se chama Jesus Cristo e que nos leva ao melhor caminho. O caminho para uma nova vida, o caminho para a salvação!
A fé é emocional quando a convicção está nas emoções e nos sentimentos. É a fé dos que só creem no que sentem. Se não estiverem sentindo “algo”, estão desautorizados, pelas emoções e sentimentos, a crer. Pessoas assim, quando estão emocionalmente bem, são crentes vibrantes e esperançosos, ativos e até contagiantes, mas, quando estão emocionalmente “para baixo”, se tornam desistidos, indiferentes, resistentes, volúveis e até feridos pela incredulidade.
A fé emocional é aquela que vive surtos espirituais e que fazem pessoas cometerem loucuras em seus momentos de emoção na igreja. É aquela que não se baseia na bíblia mas sim nos achismos e nas empolgações experimentadas pela agitação que a música envolvente e a fala eloquente promove no público. A fé emocional é irracional, é carne e vem do coração e da alma e, portanto, atrapalha quando queremos algo grande de Deus. Ela é desencadeadora de conflito.
O praticante da fé emocional é aquele que fala sem pensar e faz sem ao menos raciocinar, é aquele que começa com pequenas atitudes estranhas e que termina com profecias baalísticas que somente comovem e induzem outras pessoas para uma fé emotiva e libertina.
A fé é espiritual quando a convicção está na Palavra de Deus. É a fé viva, porque está baseada na Vida, na Palavra da Verdade. É a fé centrada na pessoa e na obra de Cristo. Ela está centrada no poder da obra e da pessoa de Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
As duas primeiras são “naturais”, estão no plano humano e natural, centradas nas possibilidades e potencialidades humanas. Mas a fé espiritual é sobrenatural, está centrada no poder transcendente de Deus, para Quem “não há impossíveis em todas as coisas”, pois Ele mesmo nos diz: “acaso, haveria coisa demasiadamente maravilhosa para mim?” (Lc. 1:37; Jr. 32:27). Essa é a fé descrita em Hebreus 11:1 que denuncia a certeza de uma esperança e a convicção de uma realidade invisível. Só por meio dessa fé romperemos em vitórias, tanto espirituais como materiais.
2. Resistir aos inimigos da fé é a base da nossa vitória!
Qualquer que seja o poder que Satanás possa ter, o cristão pode estar absolutamente certo de que recebeu a capacidade para vencer tal poder.
Em vez de sucumbirmos ao desejo que Satanás tem de nos separar de Deus, devemos nos achegar ao Senhor. Tiago promete que Deus responde, por sua vez, aproximando-se de nós.
A Palavra de Deus nos convoca a resistir ao inimigo e a permanecer firmes na fé em Jesus. Mas o que significa “resisti ao diabo”? Em primeiro lugar, significa que eu não tenho de ficar apavorado diante dele. Satanás não tem qualquer poder constrangedor. Ele não pode prevalecer sem meu consentimento. Em segundo, não devo sequer ouvir a sugestão dele, mas resistir ativamente, afirmando: “Não cairei”. Tenha essa atitude e permaneça firme em sua postura. Em terceiro, cite as Escrituras para Satanás, um versículo pertinente e adequado que confronta a tentação específica. Confie no poder da Palavra de Deus, esperando que ela expulse Satanás de seu caminho. Em quarto, pleiteie a promessa divina no versículo: “Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós”. Sim, ele fugirá, pois não é apenas um inimigo vencido, mas também um notório covarde. “Ele fugirá de vós” apenas por um “momento”, pois voltará para reiniciar a luta; e você também. Resistir ao diabo é um mandamento. Compete a todo filho de Deus barrar-lhe a ação, exigir a sua saída e proibi-lo de o tentar. Foi assim que o Senhor Jesus fez com o diabo, lá no deserto.
Em 1 Pedro 5:8, lemos: “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar”. Com certeza, esta verdade é muito descritiva e impressionante. Se você soubesse que um leão havia escapado do circo em sua cidade, que era feroz e estava faminto, que estava perdido, vagueando pelas ruas, e suas obrigações diárias lhe exigiam sair de casa, sem dúvida que você agiria com bastante atenção e cuidado.
Considere por um instante o contexto deste versículo: “Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós” (1 Pe. 5:7). Não adianta a pessoa ter fé durante uma reunião na igreja, se não souber resistir às preocupações e à ansiedade. Através destas palavras, o filho de Deus é convidado a lançar sobre o Senhor Jesus todo o seu fardo de ansiedade, estando seguro da compaixão de Cristo. Sim, mas o privilégio e a certeza do cuidado dEle para connosco não nos deve levar a sermos levianos e negligentes.
A fé espiritual tem inimigos cujo propósito é fazer-lhe oposição. O cônjuge incrédulo, o parente de mau caráter, o filho viciado não são inimigos da fé. Pessoas não são inimigas da fé. Elas podem ser usadas para que os inimigos da fé surjam em nosso caminho, mas são só canais. Os verdadeiros inimigos da fé são gerados dentro de nós, conforme nossas debilidades; dentre eles temos: o medo, a dúvida, a incerteza, a insegurança, a ansiedade, os complexos.
Quando somos “visitados” por tais inimigos, podemos ceder às pressões externas, sairmos da rota da fé e ficarmos paralisados, impedidos de conquistar e prosperar. Satanás sabe disso e usará todo o seu potencial para paralisar o crente, criando situações ou se aproveitando das circunstâncias quotidianas, para levar tensão e preocupação, tentando, assim, abalar a sua fé.
É preciso saber resistir aos inimigos da fé, tanto dentro como fora das reuniões da igreja. Temos de fazer-lhe resistência na fé, crendo, recebendo sabedoria e poder para agir de acordo com as Escrituras. Se quisermos resistir ao inimigo e obter a vitória sobre ele, precisamos de desalojar e expulsar os pecados hospedados em nosso coração. Precisamos de oferecer combate imediato a todos esses inimigos da fé, mantendo nossa comunhão com Deus pelo Seu Espírito, declarando nossa fé em Deus e mantendo nosso pensamento ocupado com a Sua Palavra e as Suas promessas. O inimigo quer encher o nosso coração com o que não edifica e enfraquece a fé; ele quer agir em nossa vida espiritual, como um vírus, que destrói toda a resistência do organismo, tornando-nos vulneráveis. Para manter-nos cativos e enfraquecer a nossa fé, ele pode usar uma mágoa crónica guardada contra a esposa, contra o marido, filhos, pais, irmãos, ou o próximo; ele quer dominar-nos através de pensamentos impuros, desejos carnais e mundanos; cabe-nos, portanto, apesar das situações, guardarmos o coração incontaminado, fortalecendo-o no Senhor, na Sua Palavra e nas Suas promessas, resistindo em nome de Jesus sem nunca esquecer que o maior é aquele que está connosco.
Ainda que as pessoas à nossa volta, muitas vezes falsas, maldosas, maliciosas, hipócritas, perversas e mentirosas, que se aproximam de nós, dizendo-se verdadeiros, porém são lobos em pele de ovelha, são demónios disfarçados de anjos de luz, não cooperem com a vitória da nossa fé, poderemos sair vitoriosos em cada situação, basta-nos abrir a boca para proclamar nossa fé em Deus e nas Suas promessas e determinar a nossa vitória, em nome de Jesus. Um bendito exemplo dessa verdade foi deixado por nosso Senhor. Ele resistiu firme “na fé” a Satanás, ao utilizar contra ele somente a Espada do Espírito. Seja profeta do avivamento e das maravilhas de Deus na própria vida, família e história, independentemente das circunstâncias.
Precisamos de combater imediatamente todos os inimigos da fé e confiar nas promessas de Deus para quando vierem os problemas e com eles o medo, a dúvida, a preocupação e a ansiedade, possamos manter o pensamento na Palavra de Deus e a confiança em Suas promessas. Assim, esses inimigos irão e a pessoa terá mantido a consciência e a fé limpas. Isso, certamente a fará vencedora. Entregue a sua vida nas mãos do Senhor Jesus. Ele é a porta que conduz à vida eterna.

Onde estás?

“E chamou o Senhor Deus ao homem, e lhe perguntou: Onde estás”? (Gn. 3:9)
Eis uma história tremenda. Deus preparou tudo para o homem, no paraíso. Colocou o que havia de melhor para aquele que fora criado à Sua imagem e semelhança. Na verdade Deus exaltou o homem acima de toda a criação, dando-lhe autoridade e domínio sobre toda ela.
Mas para provar a obediência do homem, o Senhor Deus impôs uma condição: poderia comer de todos os frutos das árvores do Jardim do Éden, exceto do fruto da árvore da ciência do bem e do mal. Caso comesse do fruto dessa árvore, estaria automaticamente afastado de Deus e do paraíso. O que Deus estava dizendo era que se o homem desobedecesse (pecasse) estaria afastado da Fonte da vida eterna e morreria.
Adão pecou, comeu daquilo que lhe era proibido e, envergonhado, escondeu-se (afastou-se) de Deus, como se alguém pudesse fazê-lo. Adão e Eva eram vulneráveis. Nem as árvores nem as folhas de figueira podiam escondê-los. Estavam sem poder na mão do criador; aquele que os havia criado do nada pela palavra podia, da mesma maneira, entregá-los ao esquecimento se assim o desejasse. O seu pecado tornara-se uma barreira entre eles e Deus. A culpa e a condenação levaram-nos a esconderem-se de Deus. No entanto, Deus que não desistiu do homem, não espera que Adão procure o caminho de volta, mas se apressa em procurá-lo. Deus é o primeiro missionário da História. Ele procura o homem caído. Num tom desafiador, levantou a voz para chamar Adão: “Onde estás”? (Gn. 3:9).
Deus tem uma forma muito especial de falar com seus filhos. Ele gosta muito de fazer-nos perguntas. Existe em Deus vários atributos maravilhosos, mas pelo menos três se destacam neste assunto que estamos considerando. Presciência - Por este atributo, Deus toma conhecimento de algo antes que ele venha a acontecer. Omnisciência - Este atributo revela Deus como conhecedor de tudo o que está acontecendo no momento. Omnipresença - Ele está presente em qualquer parte que queira, sem depender da lei da física, de transporte e de tudo o mais. Mesmo tendo esses maravilhosos atributos, e sabendo de tudo o que se vai passar, ou se está passando de forma imediata por sua presença no próprio local do evento, Deus intervém fazendo perguntas, mesmo sabendo a resposta que lhe iremos dar. Esse é o meio de Deus tratar connosco.
Embora o homem pecasse, Deus não mudou o seu propósito inicial. Deus não tem diversos planos, nem muitos propósitos; não criou um novo alvo, nem abriu mão do que queria desde o princípio.
1. Onde Estás? Esta pergunta é um dos primeiros sinais da graça.
Embora Adão e Eva se tivessem entregado de corpo e alma ao seu Criador numa comunhão feliz, agora ao ouvir a voz do Senhor se encolheram de vergonha e de pavor diante da aproximação dele. O único meio que tinham de cobrir a consciência poluída eram as roupas provisórias (um remédio contra os efeitos do pecado), e a única defesa contra a ira de Deus era a inútil esperança de que não seriam encontrados (Gn. 3:7-8). Como Deus deve ter ficado dececionado e magoado ao ver arruinada a coroa da sua criação.
É interessante esta questão. O chamado de Deus nasceu de uma relutância para destruir a sua criação contaminada pelo pecado, e ele caminhava pelo jardim com o propósito de recuperar o que tinha sido perdido. Foi Deus quem tomou a iniciativa. A solução do homem para o problema do pecado era evitar Deus a todo custo. Mas, ainda que o homem tivesse arruinado o plano original de Deus e não tivesse nada para oferecer como meio de reconciliação - “nenhuma explicação, nenhuma desculpa, nenhuma recompensa” - Deus preferiu reconciliar-se com Adão e Eva em vez de reduzi-los a cinzas. Esse favor terno de Deus para com os culpados é o seu atributo de graça.
A primeira palavra de Deus para com o homem decaído em todos os sinais da graça é uma pergunta, visto que para ajudá-lo precisa atraí-lo, em vez de arrancá-lo do esconderijo. Sendo Deus omnisciente e omnipresente, é evidente que Ele sabia onde estava Adão. Parece uma incoerência de Deus fazer uma pergunta dessas, mas não é. Deus queria reabrir o diálogo com Adão, que foi cortado pelo seu pecado. Era uma questão de confronto, de cura para o erro. Deus queria que Adão visse o lugar onde estava escondido e, consciente da sua situação, confessasse ao Senhor porque se escondera. Deus estava dizendo para Adão que não havia nenhuma questão fechada na quebra de comunicação entre Ele e o homem. Deus queria (e quer) estar com o homem e, naquele dia (como hoje), Deus deu o primeiro passo na direção do homem que se afastou ou se escondeu dEle.
A pergunta de Deus a Adão ecoa através dos séculos: Onde Estás? Ela se dirige a si hoje. Onde estás? Atrás de qual árvore se está escondendo? Qual é a sua condição diante de Deus? Está na condição e no estado espiritual que Deus deseja para a sua vida? Avalie a sua vida, condição espiritual e posição diante do plano de Deus. Responda ao chamado de Deus.
2. A quem Deus procura hoje?
O Senhor Deus continua procurando por todos aqueles que estão longe dos seus caminhos e propósitos. Deus continua chamando o homem através de sua palavra, da bíblia e da pregação do evangelho.
O Senhor Deus continua pelos jardins da vida a procurar homens e mulheres que têm buscado refúgio e esconderijo nas folhas do pecado, prostituições, bebedeiras, orgias, drogas e violências, que se têm escondido atrás da fama, do dinheiro ou do prazer, que se escondem atrás de pessoas famosas, de parentes e de líderes proeminentes, políticos e religiosos, para trazê-los para perto de si e restaurar a natureza do homem dando-lhes a oportunidade de fazerem uma confissão reconhecendo seu pecado para receber a salvação em Cristo, porque Deus quer que eles voltem à relação do princípio e se tornem mordomos cristãos, isto é, novas criaturas em Jesus Cristo.
O Senhor Deus não abandonou o homem, mas fez um plano de salvação para ele. A promessa de um descendente para vencer a serpente se cumpriu na pessoa de Jesus Cristo. É por meio dele que temos a possibilidade de voltar ao paraíso.
A - Vejamos alguns dos tipos procurados por Deus hoje:
a) Aqueles que se escondem por causa do pecado.
Muitas pessoas de tanto pecar estão envergonhadas e vão se afundando mais e mais, talvez apostando que Deus não está vendo ou não irá punir os pecados cometidos (Ec. 11:9ss).
O pecado traz vergonha e desordem para o homem e leva-o à prática do mal e como consequência gera a opressão, a luta, a guerra, o sofrimento e por fim a morte, tornando-se uma barreira que o afasta de Deus. No entanto, mesmo escondido por causa do pecado, Deus o procura. Chama-o a dar meia-volta e a voltar para Ele, pela reconciliação com Deus através de Jesus Cristo, a Ponte de graça e misericórdia que o leva aos braços do Pai (Rm. 3:22-26). Em Cristo, nosso Substituto, que morreu por nós na cruz, o Pai nos chama ao arrependimento e à reconciliação. Deus continua procurando o pecador. Não se esconda mais atrás do pecado. Ouça a voz do amor de Deus que se mostra na busca do homem, abra todas as portas e agarre-se a Cristo e vá a Ele com o coração arrependido. Entregue-Lhe todos os lugares do templo do seu coração para que Ele ocupe este lugar como Senhor e Mestre em sua própria habitação. O amor de Deus é a motivação de Deus na criação e na redenção.
O único lugar para onde devemos ir, após uma queda, é para os braços do Pai. Sabemos que todo o ato pecaminoso, mesmo perdoado, tem consequências, mas a graça de Deus nos ajudará a superar todas elas, pelo sangue do Cordeiro. É o amor de Deus que nos faz acreditar de novo em nós, quando ninguém neste mundo, nem nós mesmos achávamos que isso seria possível.
b) Aqueles que se escondem num lugar qualquer da caminhada espiritual.
Estes são:
- Aqueles que, em vez de procurarem descanso no Senhor, contentam-se com a mediocridade espiritual e deixam de se importar com a sua caminhada rumo ao caráter de Cristo.
- Os cansados e sobrecarregados, a quem o Senhor fala e oferece alívio e descanso, e que em suas palavras não há apoio à preguiça, à indolência ou à apatia. Por isso ele começa com um chamado para que aqueles que estão cansados e sobrecarregados reúnam suas últimas forças, saiam de onde estão e venham até Jesus.
- Aqueles que vivem um tipo de abandono calado da fé, por causa do descaso com as coisas relacionadas com o Reino de Deus. Quem foge por esse caminho não encontra paz. Ao contrário, vive com o coração cansado e sobrecarregado, cheio de culpa e ressentimento contra si mesmo, mas principalmente contra Deus. A preguiça espiritual não pode tornar-se uma muleta para os cansados e sobrecarregados. Muletas só servem para remediar o problema por um tempo; o Senhor Jesus oferece alívio e descanso verdadeiros.
- Aqueles para quem a rota de fuga da apatia é a preferida para ficarem parados. Aqueles que preferem a rota de fuga da apatia espiritual são como ouvintes desatentos. É um tipo de egoísmo no qual a pessoa pensa apenas na sua própria comodidade sem perceber que está cavando um buraco para si mesmo. É a rota dos que se escondem da vida e se satisfazem com uma falsa paz.
- Aqueles que param no caminho, que estão doentes mas preferem deixar o remédio (a Bíblia) na estante e se escondem com dúvida no coração. Chegam a um ponto crítico da caminhada e param: ou porque não têm forças para continuar ou porque acham que já estão no ponto ideal e não precisam crescer mais. No entanto o Senhor diz-nos que o nosso alvo é aquele que é Perfeito. Nossa meta é sermos como Cristo. Tal determinação deve impulsionar-nos a continuar na caminhada com o Senhor. Ele chama-nos para nos colocarmos de pé e caminharmos de novo quantas vezes for necessário. Anime-se. Levante-se. Responda ao Seu chamado.
Maturidade espiritual não é viver livre das pressões do erro e das falhas que cometemos ou cometem contra nós, mas, é aprender a dar o grito de socorro mais cedo.
c) Aqueles que se escondem atrás das feridas emocionais.
Satanás tem um projeto de ferir cada pessoa que nasce neste mundo. As feridas são-lhe um instrumento de destruição de vidas, começando ainda na mais tenra infância, até mesmo no ventre materno. No seu ódio maquiavélico contra o homem, criado conforme a imagem de Deus, ele investe contra o ser humano, ainda em sua formação, desferindo seus golpes ferinos para que a pessoa nasça e cresça com uma personalidade deformada. Essa é a razão porque não encontramos uma única pessoa com a personalidade totalmente sadia. São inúmeras as pessoas que ocultam a alma ferida, escondendo-se atrás de uma máscara das feridas emocionais, como se as feridas não estivessem abertas e sangrando constantemente.
Quantos, no meio dos seus conflitos, buscam os psicólogos e psiquiatras a fim de encontrarem alívio, para logo descobrirem que eles próprios estão carecendo de libertação! Mas não será pela psicologia ou psiquiatria que a personalidade do homem será restaurada. Poderá haver algum alívio, mas mudança permanente e harmonia real, só Deus pode dar ao homem. Ele o criou e o conhece bem, podendo imediatamente localizar a causa dos problemas e aplicar-lhes o remédio sarador.
Por isso o Senhor procura todos os:
Que se escondem atrás de uma couraça, achando que o chorar ou o emocionar são sentimentos negativos São pessoas que sofreram muitas mágoas, que desejaram ser amadas, admiradas, mas só receberam desprezo e descaso. Se tornaram pessoas muito sensíveis, por isso querem muita atenção. Se uma amiga(o) está com a testa franzida por algum motivo, já imaginam que está zangada com elas! Ou então elas podem tornar-se numa pessoa durona, que camufla seus sentimentos.
Que se escondem atrás de um quintal emocional cheio de entulho, sobras do processo da sua reconstrução interior, e uma vez por outra, tropeçam em algo que sobrou da antiga construção.
Que se esconde atrás do ódio, das mágoas, da indiferença, do abandono, do medo, da insegurança, da frustração, das violências. Se você é uma dessas pessoas, saiba que Deus não Se esqueceu de si. Ele quer trazer-lhe cura interior - da mente, emoções, lembranças desagradáveis e sonhos. Na cruz do calvário Ele realizou a obra da nossa cura e libertação; tomou sobre Ele as nossas enfermidades, levou as nossas dores, pelas Suas pisaduras fomos sarados (Is. 53:2-6). É um processo que, pela oração a Deus Pai, em nome do Seu filho Jesus Cristo, somos libertos de sentimentos de ressentimento, rejeição, autopiedade, depressão, culpa, medo, tristeza, ódio, complexo de inferioridade, autocondenação e senso de desvalor e etc.. Ouça hoje a Sua voz chamando pelo seu nome. Diga onde está! Abra-se para Ele nesta hora, confesse o seu estado, tome posse da sua cura e libertação e volte à plena comunhão com Ele.
O desejo do coração do Senhor é: - que você seja aquela pessoa que Deus tinha em mente quando o criou! Veja o que diz Jeremias 1:5 “Antes que eu te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da madre te santifiquei; às nações te dei por profeta”.
d) Aqueles que se escondem atrás das limitações, impossibilidades e desculpas.
O Senhor Deus procura as pessoas que costumam se esconder atrás de suas limitações e sentimentos, impedindo que os outros possam realmente entender o que se passa com elas.
O Senhor Deus procura os que se escondem atrás do medo, justificando com isso sua inércia e comodismo por faltar-lhes garra e coragem para enfrentarem os desafios da vida. Sair do comodismo requer luta, e é bem mais fácil esconderem-se atrás de uma justificativa do que desacomodarem-se. Nesse caso, o perigo de um comportamento negativo fossilizar-se reside na falta de consciência, que permite a instalação comodista de atitudes negativas diante da vida, tornando a pessoa escrava de suas próprias emoções.
O Senhor Deus procura os muitos homens de Deus que tentam e não conseguem ser espirituais, que estão sempre olhando para os demais e achando que eles são mais espirituais, mais fortes, mais isso, mais aquilo. Eles complicam tanto!
O Senhor Deus procura os que covardemente se escondem atrás de uma imagem falsa, que afeta a aparência e o comportamento, e porque só Ele pode destruir toda a imagem falsa. Muitos, hoje em dia, gostam de mostrar uma espiritualidade que simplesmente não existe. A partir do momento em que a pessoa precisa mostrar ou provar algo, ela já está provando que não é. Como disse o nosso Senhor: “Pois todo aquele que pratica o mal, aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de não serem arguidas as suas obras. Quem pratica a verdade aproxima-se da luz a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus”.
O Senhor Deus também procura os que dizem que não têm tempo, não têm dinheiro, que culpam a família, o trabalho e as limitações humanas para não estarem com Ele. Se é uma dessas pessoas, não fuja mais. Não se esconda de Deus. Deus quer fazer de si um canal da Sua graça, misericórdia e poder na Terra. Deus quer usá-lo na evangelização, na formação de discípulos, nos grupos, nos ministérios. Deus quer agir através de si! Não se esconda mais! Dê uma resposta positiva para Deus hoje!
e) Aqueles que se escondem atrás da dureza do coração e do legalismo.
Muitas vezes Deus nos alerta para aquilo que mata, destrói, corrói, machuca e fere, no entanto teimamos em não chorar; muitas vezes Deus toca a flauta da alegria, do perdão, da graça e da sua paz, no entanto teimamos em não cantar.
Tendemos a exaltar ao nível supremo de piedade qualquer virtude que possuímos e relegar nossos vícios à condição de pontos insignificantes. Por exemplo, podemos considerar a atitude de evitar a dança como um sinal de grande poder espiritual enquanto consideramos a cobiça uma questão sem importância.
O Senhor Deus procura aqueles através dos quais possa manifestar o Seu grande amor. Deus quer o nosso coração para amar os outros. Será que Deus pode usá-lo para amar alguém? Seu coração está livre e disposto a ser enchido do amor de Deus para fluir na direção dos necessitados do amor dEle?
Infelizmente, é possível que o legalismo religioso e a dureza de coração de muitos filhos de Deus sejam o empecilho para o fluir do perdão, da graça, da misericórdia e do poder de Deus na direção dos outros, porque ser duro de coração, é ter ouvidos tapados à Palavra de Deus. Deus continua procurando homens e mulheres que coloquem os seus corações nas Suas mãos, para que Ele possa, assim, manifestar a Sua glória no mundo.
Hoje, o Senhor Deus dá-vos a chance de crescer, de se tornarem homens e mulheres maduros para o reino de Deus, capazes de responderem aos desafios da vida, por meio da sabedoria que há em Jesus Cristo. Certa vez Jesus fez um convite: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma” (Mt. 11:28-29).
Precisamos de ser honestos uns com os outros sobre como estamos nos sentindo. Não podemos nos esconder atrás de um rosto ou de uma máscara, mas devemos abrir os nossos corações e dizer o que realmente sentimos. Só então Jesus poderá ajudar-nos. Jesus ficou furioso por causa da hipocrisia. A razão por que Ele ficou tão furioso não foi porque Ele odiava as pessoas. Jesus só sabia que enquanto fingíssemos ser de um modo, enquanto em nossos corações éramos de outro modo, Ele não poderia curar o nosso interior como Ele desesperadamente queria.
Quando colocamos muralhas de mentiras e hipocrisia entre um e outro, o Senhor não pode curar o nosso interior como Ele desesperadamente deseja. Então se eu estou muito triste e faço de conta que estou alegre, de certa maneira eu não lhe estou contando a verdade. O Senhor quer que sejamos honestos uns com os outros para que Seu Espírito possa curar nossos corações.
É preciso, primeiro, provarmos da imensurável graça e amor de Deus, para, depois, sermos úteis nas mãos do Senhor. Creia que o Senhor procura pelo seu coração, para fazê-lo de carne, amoroso, perdoador, misericordioso, gracioso, compreensivo, justo, zeloso, cuidadoso, perseverante... capaz de manifestá-lO na Terra! Responda positivamente ao Senhor. Ele chama-o ao quebrantamento.
Onde se escondeu? Saia agora mesmo desse lugar de exclusão, medo, justiça própria e vergonha. Responda ao chamado do Senhor, hoje! Aceite o convite de Deus. Aceite o convite de Jesus e persiga a Sua Sabedoria, pois não só deixará de viver escondido atrás de um coração duro e legalista, mas encontrará o descanso para a sua alma.
Se nós O amarmos e lhe dermos as nossas vidas para qualquer coisa que Ele quer para as nossas vidas, e amarmos um ao outro de coração, então este mesmo Jesus que andou sobre as águas e pôde atravessar portas trancadas e dar visão aos cegos irá morar em nosso meio e nos permitir ter um relacionamento de amor com Ele, com o Pai e um com o Espírito Santo e com o nosso irmão.