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domingo, 30 de setembro de 2012

Sansão

Leitura: Juízes 13-16
Introdução
No Livro de Juízes ficamos sabendo como o povo de Deus vivia por sua própria vontade e desejos. Situa-se dentro da história nos anos 1.400 a 1.100 a.C. e descreve o período após a morte de Josué, caracterizado como um tempo de instabilidade e depravação moral. No Capitulo 21, verso 25, lemos o seguinte: “Naqueles dias não havia rei em Israel; porém cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos.”
Logo depois da conquista da terra prometida sob a liderança de Josué, o povo de Israel abandonou o Senhor e começou a adorar os baalins e a Astarote. A maneira como o povo, sempre rebelde para com o seu Deus, vivia era caracterizada por um ciclo de “pecado, punição, arrependimento, libertação”. Viviam em deliberado pecado e colhiam a justa punição de Deus. Arrependiam-se e clamavam a Deus, e eram libertados. Por isso, Deus entregou os israelitas nas mãos de Cusã-Risataim, o rei da Mesopotâmia, que oprimiu a nação durante oito anos.
O contexto social em que viviam era de opressão do inimigo, o vizinho povo filisteu. Estes mantinham Israel sob ameaças, pagando-lhes altos tributos, e lhes tolhia a liberdade completamente. Vigiavam seus passos. Matavam sem piedade. Tinham a tecnologia do ferro e não permitiam que os hebreus tivessem armas, armaduras ou espadas. Os ferreiros filisteus eram os que fabricavam e amolavam os machados, relhas e enxadas dos hebreus. Israel estava “nas mãos dos filisteus”, literalmente, e isto já durava quarenta longos anos.
O povo sofria muito, entretanto, sabia que Deus os entregara à própria sorte por causa da sua idolatria e abandono ao Senhor... Daí que no meio de tanta apostasia, começou a surgir nesta época um movimento de adoradores fiéis a Deus, suplicando-Lhe por misericórdia e que enviasse um salvador para libertar Israel. Quase sempre este ciclo de tirania, opressão, sofrimento, rejeição, humilhação e perseguição leva as pessoas a refletir sobre a sua situação espiritual e a buscar a face de Deus. A clamar por misericórdia.
Pelo final do livro foram ao todo, doze homens e uma mulher (juízes), que foram levantados por Deus para julgar e salvar o povo das mãos das nações opressoras. Nestes ciclos o povo de Israel piorou cada vez mais e a qualidade dos juízes refletiu a postura do povo. Embora, aparentemente, não fossem atendidos, embora ano após ano o poder opressor continuasse a repousar mais pesadamente sobre a terra, a providência de Deus estava a preparar o auxílio. Logo nos primeiros anos da opressão dos filisteus, tinha nascido uma criança por meio da qual Ele queria humilhar a força daqueles poderosos adversários.
Essa criança viria a ser Sansão, que significa “pequeno sol”, filho de Manoá, cuja esposa era estéril, tendo o seu nascimento sido anunciado a ela pelo “Anjo do Senhor”, e que exerceu este ofício (juiz) por 20 anos. A escolha e determinação do caráter de Sansão já era determinada desde a sua gestação no ventre materno – “Eis que tu conceberás e terás um filho sobre cuja cabeça não passará navalha; porquanto o menino será nazireu de Deus desde o ventre; e ele começará a livra a Israel da mão dos filisteus. Agora pois não bebas vinho, nem bebida forte, e não coma coisa imunda; porque o menino será nazireu de Deus, desde o ventre materno até ao dia de sua morte” (13:1-7).
Sansão foi dotado pelo Espírito Santo de uma força sobrenatural, com a qual ele podia derrotar exércitos inimigos, matar um leão com as mãos nuas, arrancar e carregar os enormes portões de uma cidade filisteia em Gaza. Entretanto, Sansão era um homem tolo, desobediente ao pai, e mulherengo, que fez com que seus inimigos cortassem seu cabelo, e perdendo a força o capturaram, cegando-lhe os olhos e fazendo-o escravo para escárnio e diversão das pessoas. Com o passar do tempo, caiu em si, orou a Deus para que restaurasse a sua força, e então empurrando as colunas do templo de Dagom, fez com que ele desabasse, tirando a sua vida e a de milhares de inimigos. Um último ato de fé, mencionado no livro aos Hebreus 11:34 “Da fraqueza tiraram forças”.
Sansão estava predestinado a ser uma pessoa de grande potencial nas mãos de Deus, mas não correspondeu por causa de seus pecados e grande desobediência e fraqueza quando se tratava de vencer as tentações. Sua vida torna-se um exemplo muito claro sobre os perigos da falta de disciplina espiritual (submissão á vontade de Deus). Temos três exemplos de homens com voto nazireu em suas vidas: Sansão, Samuel e João, o Batista. O nazireado faz parte da lei, sendo um voto pessoal e voluntário, e nos ensina que Deus quer que vivamos uma vida santa e separada, abstendo-nos de nos conformarmos a este mundo (Rm 12). Os cristãos devem dedicar-se ao serviço de Deus, andando com Fé, pelo Espírito Santo e em Amor.
1.     Profecias relacionadas a Sansão (Jz. 13-16)
A narrativa da vida de Sansão é uma das histórias mais enigmáticas da Bíblia. A bíblia nos conta que no território montanhoso, sobranceiro à planície da Filisteia, estava uma pequena cidade, Zorá. Ali morava a família de Manoá, da tribo de Dã, uma das poucas que, no meio da deserção geral, permaneceram fiéis a Jeová, e viviam de forma humilde na presença de Deus.
Aquele casal deveria ter o seu “culto doméstico”, o seu momento devocional para orar e buscar a resposta do Deus Todo-poderoso de Israel. Manoá e sua esposa sabiam orar e esperavam em Deus. Eles sabiam que o Senhor lhes responderia... E o dia chegou.
Certo dia o “Anjo do Senhor” apareceu à mulher de Manoá, que segundo o talmude, se chamava Zlelponith, e não tinha filhos porque era estéril e de acordo com a crença dos Judeus, a esterilidade era um sinal de reprovação e juízo de Deus, por isso eles não eram totalmente felizes, com a mensagem de que ela iria ter um filho, por meio de quem Deus iniciaria a libertação de Israel das mãos dos inimigos Filisteus, os quais os oprimiam. Para isso, o Anjo deu-lhe instruções acerca dos seus próprios hábitos, e também quanto à forma como deveria tratar os filhos: “Agora, pois, guarda-te de que bebas vinho, ou bebida forte, ou comas coisa imunda” (Jz. 13:4). E a mesma proibição deveria ser imposta à criança, desde o princípio, com o acréscimo de que o cabelo não lhe deveria ser cortado, pois que ele devia ser consagrado a Deus, como nazireu, desde o seu nascimento.
A mulher fica feliz e procurou o marido, e depois de descrever o Anjo, repetiu a sua mensagem. Então, com medo de cometerem algum erro na importante obra que lhes era confiada, o marido pede a Deus que envie novamente o anjo: “Rogo-te que o homem de Deus, que enviaste, ainda venha para nós outra vez e nos ensine o que devemos fazer ao menino que há-de nascer” (Jz. 13:8).
Com a esposa de Manoá aprendemos lições muito importantes para as esposas. Ela era uma mulher que valorizava o marido. Ela percebia a importância de dar ao esposo o lugar de “cabeça da família”. E como isto é importante para a educação dos filhos! Como é necessário que os filhos entendam que o pai é o líder e é respeitado! Há mulheres que têm, em primeira mão, uma revelação de Deus e passam a desprezar os maridos, achando que elas são mais importantes que eles... Como isto está errado! A esposa deverá compartilhar as suas experiências espirituais e então ambos deverão orar pela confirmação de Deus.
Quando o Anjo apareceu de novo, a ansiosa indagação de Manoá foi: “Qual será o modo de viver, e serviço do menino” (Jz. 13:12)? A instrução já dada foi repetida: “De tudo quanto Eu disse à mulher se guardará ela. De tudo quanto procede da vide de vinho não comerá, nem vinho nem bebida forte beberá, nem coisa imunda comerá; tudo quanto lhe tenho ordenado guardará” (Jz.13:13-14).
Deus tinha uma importante obra para o prometido filho de Manoá realizar, e foi para assegurar as suas capacidades para esta obra que os hábitos de ambos, mãe e filho, deveriam ser cuidadosamente regulados. Nem vinho, nem bebida forte beberá, foi a instrução do Anjo à mulher de Manoá; “nem coisa imunda comerá: tudo quanto lhe tenho ordenado guardará”.
A instrução enviada do Céu àqueles pais hebreus, e duas vezes repetida da maneira mais explícita e solene, mostra como este assunto é considerado pelo nosso Criador. Pois, não bastava que o filho prometido recebesse um bom legado dos pais. Este devia ser seguido de um ensino cuidadoso e pela formação de hábitos corretos. Deus tinha decidido que o futuro juiz e libertador de Israel fosse, desde a infância, ensinado na estrita temperança. Devia ser nazireu desde o seu nascimento, ficando assim posto sob proibição perpétua do uso do vinho ou de bebida forte. As lições de temperança, renúncia e domínio de si mesmo devem ser ensinadas às crianças logo desde a primeira infância.
Um filho será sempre influenciado, para o bem ou para o mal, pelos hábitos do pai e da mãe. Eles transmitem aos filhos as suas caraterísticas, mentais e físicas, e as suas tendências e apetites. O vínculo da família é o mais íntimo, o mais terno e sagrado de todos na Terra. Foi designado a ser uma bênção para a humanidade. E assim o é sempre que se entre para o pacto matrimonial inteligentemente, no temor de Deus, e tomando em devida consideração as suas responsabilidades. Por isso, eles próprios devem ser governados por princípios, e devem praticar a temperança e renúncia de si mesmos, se quiserem o bem-estar dos filhos. Conselheiros imprudentes insistirão com a mãe ou com o pai sobre a necessidade de satisfazer todos os desejos e inclinações. Mas tal ensino é falso e prejudicial. Os pais são colocados, por ordem do próprio Deus, sob a obrigação mais solene de exercerem domínio sobre si mesmos.
As crianças muitas vezes têm falta de força física e da capacidade mental e moral por causa da intemperança paterna. Alcoólicos e fumadores podem, e realmente fazem-no, transmitir aos seus filhos o seu insaciável desejo, o seu sangue adulterado e nervos irritáveis. Aquele que é devasso lega, muitas vezes, à sua descendência, como herança, os seus desejos impuros, e até mesmo doenças repugnantes. E, como os filhos têm menos poder para resistir à tentação do que o que tiveram os seus pais, a tendência é que cada geração se degrade mais do que a anterior. Num elevado grau, os pais são responsáveis não somente pelas paixões violentas e pelos apetites pervertidos dos filhos, mas também pelas doenças de milhares que nascem mudos, cegos, doentes ou dementes.
Essa mulher sábia nos ensina que a consagração dos nossos filhos a Deus começa na gravidez e com a nossa conduta em santidade. Não somente o menino precisaria de se abster de vinho ou bebida forte, mas também a sua mãe, durante o período da gestação. Esta orientação divina nos faz refletir no que tem entrado em nosso interior, no sentido espiritual. O que, como mulheres de Deus, temos permitido entrar em nossos corações? Será que proibimos nossos filhos de assistir filmes impróprios, mas nós mesmas assistimos? Será que lhes dizemos que não devem mentir, mas mentimos? Que tipo de conduta queremos para os nossos filhos? É exatamente essa conduta de santidade que devemos ter, sempre.
A medicina moderna tem dado grande ênfase à necessidade de as mães fazerem um regime cuidadoso. Que bênção seria se, não somente as mães, mas também os pais e todos os que exercem influência sobre a vida dos jovens e crianças, por amor de Cristo e dos filhos, se abstivessem do álcool! Será que isso é um preço alto demais para o amor pagar (Ver Mc. 9:42)?
2.     Quem Foi Sansão
Sansão, Filho de Manoá. Nasceu em Zorá. A narrativa da sua vida é feita em Juízes 13-16. Era “nazireu de Deus” desde o seu nascimento, sendo o primeiro nazireu a ser mencionado na Bíblia (Jz. 13:3-5; comparar Nm. 6:1-21). Nazireu no original quer dizer consagrado, separado. Nazireu é o termo que designa uma pessoa que se consagra a Deus por um tempo determinado. Segundo a bíblia, a marca mais comum da separação desta pessoa era o uso do cabelo não cortado e a abstinência do consumo de vinho ou qualquer alimento feito de uva.
Sansão, que significa “ensolarado”, foi um milagre na vida de sua família. Enquanto o povo de Israel vivia na iniquidade, Deus usou de sua eterna bondade e misericórdia para com os seus pais. Assim a sua mãe o concebeu. Assim começa uma vida sustentada pelo milagre de Deus. O criador escolheu Sansão desde o ventre de sua mãe para ser diferente e não se contaminar com coisas imundas.
Sansão era um rapaz feliz, risonho, com sua exuberante coroa de cabelos longos. De acordo com a bíblia, um juíz israelita, um homem de grande força, que realizou sete feitos memoráveis na história de Israel: a destruíção da classe dominante dos filisteus; o estrangulamento do leão somente com as mãos; a destruição de trinta homens na sua festa de casamento; a destruição dos campos dos filisteus, usando 300 raposinhas; um segundo massacre dos filisteus que mataram sua esposa; a morte de mil homens com uma queixada de jumento; a remoção dos portões da cidade de Gaza; e a destruição do templo de Dagom, com 3.000 adoradores pagãos.
Essa história é verdadeira? Existe alguma prova que tal pessoa de grande força existiu? Sansão causou a destruição de um grande templo e de todos os seus ocupantes?
Uma pequena pedra encontrada em Israel pode ser a primeira evidência arqueológica da história de Sansão, o homem mais forte e mais famoso da Bíblia. Com menos de uma polegada de diâmetro, a gravura esculpida mostra um homem com cabelos longos lutando contra um grande animal com rabo de felino. A pedra foi encontrada em Tell Beit Shemesh, nos montes hebreus próximos de Jerusalém, e data aproximadamente do século XI antes de Cristo. Biblicamente falando, nessa época, os judeus eram conduzidos por líderes conhecidos como juízes, e Sansão era um deles. A pedra foi encontrada num local próximo ao rio Sorek (que marcava a antiga fronteira entre o território dos israelitas e o dos filisteus), o que sugere que a gravura poderia representar a figura bíblica.
Sansão, como nazireu, tinha alguns votos que não podiam ser quebrados, sendo os principais: Não beber vinho ou qualquer bebida forte, não comer nada que provenha da vide; Não tocar, aproximar, de cadáveres; Não cortar os cabelos. Estes eram os principais votos de um nazireu, e eu aprendi que um verdadeiro nazireu deve: guardar a sua boca; guardar o seu corpo; e Guardar a sua mente. Era essa a intenção do voto de nazireu, que, geralmente se fazia por um período limitado, mas, que no caso dele, foi por toda a vida. E este era Sansão.
Seus grandes feitos de força e os desvios da vontade de Deus foram registados (Jz. 14:1-16:19). A promessa divina à mãe de Sansão quanto a seu filho de que ele começaria a “livrar a Israel do poder dos filisteus” (Jz. 13:5) cumpriu-se, apesar das falhas dele.
E o Espírito de Deus começou a tanger a sua jovem alma como um menestrel tange a sua harpa. Tal é a tradução literal de “começou a iniciá-lo”. Oh! Como são felizes aqueles cuja natureza permanece aberta ao toque de Deus, de modo que o menor movimento provoca uma reação pronta e alegre! Como a harpa eólia responderá ao beijo de uma brisa suave ou ao gemido da tempestade que se aproxima, assim seja o nosso coração e vida. Assim também nossa influência inconsciente pode transformar-se em cânticos sem palavras.
3.     O Segredo de Sansão
O segredo da força de Sansão era um enigma para os seus contemporâneos. Nem Dalila conseguiu explicá-lo (Jz. 16:5-6). Estava claro, então, que ela não provinha de uma alta estatura, nem de peitos e braços vigorosos, nem de um desenvolvimento muscular. Ela era devida, como explica Hebreus 11:32, à sua fé, que abria a sua natureza ao Espírito de Deus (Ver Jz. 14:6, 19; 15:14). Mas a fé está sempre na proporção direta da consagração. A alma não pode seguir em duas direções, nem servir a dois senhores; e se ela busca energias no Deus eterno, deve-se exercer uma severa disciplina nos controles dos sentidos.
Quando comecei a meditar neste texto, descobri que muitas vezes brincamos com o perigo e não sabemos de onde vem a nossa força, assim como Sansão não sabia de onde vinha a dele. Vamos juntos alimentar-nos do mel do Senhor.
Sansão acreditava que sua força provinha de seus cabelos, pois era aquilo que desde seu nascimento não se tinha tocado ou defraudado. E segundo a história, eram seus cabelos cuidadosamente tratados por sua mãe, e assim pensava ele. Mas o verdadeiro segredo da força de Sansão não estava em seus cabelos. Mas qual seria a fonte da força de Sansão? Qual seria o segredo das coisas que sansão realizava? Por que a força de Sansão não estava em seus cabelos? Vejamos então à luz da bíblia porque é que a força de Sansão não estava em seus cabelos e o que é que aconteceu para que ele perdesse toda a sua força.
Segundo alguns estudiosos, quando o Espírito de Deus se apossava de Sansão, ele corria pelos campos a uma velocidade de mais de 60 km/h. Certa ocasião Sansão arrancou os portões da cidade de Gaza, os quais pesavam cerca de 3.000 kg, e andou com eles nas costas mais de 60 km de distância. E ele acreditava que o segredo de sua força estava em seus cabelos. Não! Definitivamente uma força dessas, não pode estar nos cabelos. Ele era nazireu, que significa Separado, Consagrado.
É notória que a vida de Sansão foi uma permissão e vontade de Deus. Mas algo estava escondido, oculto, no segredo de que Sansão possuía sete tranças, pois não era à toa que a sua mãe cuidasse tão bem dessas tranças. Pois uma verdade é que ao raspá-las sua força se foi, pois nesta hora diz a palavra de Deus que o Espírito de Deus o deixou. Então vamos conhecer onde estava a força sobrenatural da vida de Sansão, conhecendo as verdadeiras Sete Tranças de Sansão.
1) A Primeira Trança de Sansão - Uma Aliança ou um Pacto com Deus.
Juízes 13:5 - A palavra do anjo para a mãe de Sansão foi que ele seria o libertador de Israel desde o ventre. Isso nos mostra que um pacto, uma aliança, foi feito da parte de Deus para com a vida de Sansão, e ao descer a cidade de Timma, Sansão mostra um desvio de conduta.
Vamos dar valor à aliança feita com Deus, pois não temos que agradar a homens, e sim ao Eterno Senhor que fez os céus e a terra. Aquele que perde esta trança fica desprovido de força na hora da batalha. Sem a presença de Deus não somos nada, sem a aprovação dele sobre nós caminhamos por lugares aonde nunca chegaremos a um propósito. Mas Deus é Deus de misericórdia, e mesmo que venhamos a pecar, e sair da sua direção ele sempre investirá em nós! “Então Sansão clamou ao Senhor, e disse: Ó Senhor Deus! Lembra-te de mim, e fortalece-me agora só esta vez, ó Deus, para que duma só vez me vingue dos filisteus pelos meus dois olhos” (Jz. 16: 28). Sansão reconhecia quem era Deus e tinha um relacionamento com Deus. De maneira nenhuma podemos pensar em Sansão como um homem de moral duvidosa que desperdiçou a graça de Deus sobre ele. Sansão mantinha o seu pacto com Deus, e era consagrado a Deus desde o seu nascimento.
Sansão se arrependera de seus erros e clama a Deus por justiça contra os filisteus. Ele sabia que não poderia viver por muito tempo estando cego, e que era melhor morrer lutando contra os filisteus do que como um mendigo. Seu objetivo aqui não é o suicídio, mas sim, a destruição de todos os líderes filisteus. Sansão sofreu as consequências por tudo, ele morreu, mas pela última vez o Senhor lhe deu a vitória, e a bíblia fala que ele matou mais pessoas quando morreu do que enquanto estava vivo.
Sansão nos deixa um grande legado que é a sua confiança incondicional no nosso Deus. A falta dos olhos, que poderia ser um grande obstáculo para cada um de nós, é visto por Sansão, como uma nova oportunidade. “Fortalece-me agora só uma vez, ó Deus, para que eu vingue dos filisteus” (Hb. 16:28). O que faz de Sansão um dos grandes homens da fé é, justamente, a sua confiança em Deus. Para ele, não existe o impossível para os que os creem. Sendo assim, ele tem confiança suficiente, para acreditar que mesmo sem os seus olhos, Deus poderia dar-lhe uma vitória bem maior do que antes. “Ora, sem fé é impossível agradar a Deus, porque é necessário que aqueles que se aproximam de Deus creiam que ele existe, e que é galardoador dos que buscam” (Hb. 11:6).
2) A Segunda Trança de Sansão - O Desejo e a Vontade de Deus
Juízes 14:1-2 - Sansão vai à cidade de Timma, lugar onde não deveria ir, e lá vê uma mulher e deseja possuí-la. Ao desejar possuir aquela mulher, Sansão contraria a vontade do coração de Hashem.
Quando Sansão foi a Timna, viu uma mulher dos filisteus com quem quis casar-se. Embora os pais o tivessem advertido a não prosseguir com esse relacionamento, por ser uma mulher ímpia e pagã, Sansão recusou-se a acatar os conselhos dos seus pais “Desobediência”. Quando nós não obedecemos dois riscos podem acontecer em nossas vidas ou nos damos bem ou nos quebramos totalmente.
Sansão foi desobediente; ele não deveria ser, mas foi. A desobediência nos afasta lentamente de Deus. Quando Sansão conversa com seus pais, ele diz que tinha visto uma mulher da filha dos filisteus. Seu pai pergunta porque esta mulher teria que ser da filha dos filisteus e fica a dica; na pergunta do pai de Sansão, não há porventura mulher entre teus irmãos ou seja na tribo de Israel? Mas nós percebemos que Sansão, não perguntou o que seu pai achava, ele somente foi avisar o seu pai de que havia encontrado aquela moça e a queria. A Bíblia é clara em Efésios 6: …honra teu pai e tua mãe, (honrar em tudo), não diz se o meu pai ou minha mãe, estiver num seguimento religioso ou não, diz para honrar.
Porém, Sansão não fez o que o Senhor ordenou. Como Nazireu, foi uma negação; como juiz, também foi uma negação; como exemplo de um servo do Senhor, foi um péssimo exemplo para todos. Sansão fez exatamente o que o Senhor proibiu. Em momento algum vemos Sansão julgando o povo conforme a vontade do Senhor Deus; em momento algum vemos ele sendo um exemplo de vida piedosa ao Senhor, o Deus da aliança.
Ele procurou casamento com uma descrente em vez de buscar um casamento no Senhor. Juízes 14:1-3 diz: “E desceu Sansão a Timna; e, vendo em Timna uma mulher das filhas dos filisteus, subiu, e declarou-o a seu pai e a sua mãe, e disse: Vi uma mulher em Timna, das filhas dos filisteus; tomai-ma, pois, por esposa. Porém seu pai e sua mãe lhe disseram: Não há, porventura, mulher entre as filhas de teus irmãos ou entre todo o meu povo, para que tu vás tomar esposa dos filisteus, daqueles incircuncisos? Disse Sansão a seu pai: Toma-me esta, porque ela agrada aos meus olhos”. Está prestando atenção à atitude de Sansão? Sansão não está procurando um casamento no Senhor, conforme a sua lei. Por quê? Sansão disse: “porque ela agrada aos meus olhos”. Não agrada a Sansão casar-se com uma filha de Deus, ou seja, não agrada a Sansão viver como um filho de Deus neste mundo sendo diferente. Sendo a luz do mundo e o sal da terra. Pois com o casamento com uma descrente, ele procurou se identificar com os ímpios. Ele procurou ser igual aos descrentes que vivem sem Deus em suas vidas. Ele queria se identificar com aqueles que desprezam a Deus e a seus mandamentos. Ele não queria ser igual aos crentes tementes a Deus. Ele achou mais interessante o pecado que a vida com Deus. Ele achou melhor uma vida longe do Deus da vida. Ele prefere andar segurando a mão de Satanás e casado com ele. Paulo diz: “Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos... que harmonia há, entre Cristo e o Maligno? Ou que união há, do crente com o incrédulo” (2 Co. 6:14, 15)? Paulo está dizendo que não há comunhão entre o filho de Deus e o filho do diabo. Entre um redimido no sangue de Jesus Cristo e um não-regenerado.
E o grande problema, para nós, é que o Senhor traça os Seus planos para as nossas vidas, porém a grande decisão de caminhar por essa estrada ou não, é nossa, ou seja, Deus não nos obrigará a fazer a Sua vontade, sempre teremos o direito de escolha.
A notícia ruim é que escolhemos mal, como Sansão, mesmo quando estamos tendo todos os sinais de que estamos tomando o caminho errado e saindo do lugar onde deveríamos estar. E é isso que não podemos esquecer. Todas as vezes que nos dirigimos para um lugar onde não deveríamos ir, segundo a vontade de Deus, não existe a menor dúvida que as coisas não acabarão bem.
Para finalizar, gostaríamos de enfatizar que Deus tem propósitos para cada um de nós, não estamos aqui jogados neste planeta chamado Terra vagando sem rumo e não podemos perder de vista quais são os verdadeiros intentos de Deus, porém não podemos esquecer que muitas e muitas vezes o que Ele quer não é o que nós desejamos e a grande escolha do caminho a seguir será nossa, razão pela qual precisamos de nos esforçarmos e procurarmos entender para onde Ele está nos direcionando, para que depois não venhamos a arcar com consequências desastrosas e, pior, fazendo sofrer quem está ao nosso lado. Pense nisso.
Quantos de nós não temos em nossos dias desejado coisas que Deus não preparou para nós, pois descemos a lugares imundos, os quais não são da vontade do Senhor, e lá vemos aquilo que é agradável aos olhos, mas não é agradável a Deus. Com isso perdemos uma de nossas tranças, Os Desejos e a Vontade de Deus.
Deseje aquilo que está no coração de Deus, assim conservará as suas forças, e nenhum enviado do diabo raspará os seus cabelos.
3) A Terceira Trança de Sansão - A Pureza das Leis de Deus
Juízes 14:8-9 - Estes versículos revelam que após matar um leão, mostrando que a força ainda estava com ele, e ao voltar pelo mesmo caminho, vendo o leão morto com uma colmeia e favos de mel, Sansão toca no cadáver do leão para buscar o mel e comê-lo.
Sansão foi levantado por Deus num tempo de opressão. Seu nascimento foi um milagre. Foi consagrado a Deus como nazireu desde o ventre. Tornou-se um portento. Sua força era colossal. Era um jovem prodígio, um verdadeiro gigante, homem imbatível. Seu único problema é que não conseguia dominar os seus impulsos. Um dia viu uma jovem filisteia e disse a seu pai: “Vi uma mulher em Timna, das filhas dos filisteus; tomai-ma, pois por esposa (...) porque só desta me agrado” (Jz. 14:2-3). Seu pai tentou demovê-lo, mas Sansão não o ouviu.
Certa feita, caminhando pelas vinhas de Timna, um leão novo, bramando, saiu ao seu encontro, mas Sansão rasgou esse leão como se rasga um cabrito. Depois de alguns dias passou pelo mesmo local e foi dar uma olhada no corpo do leão morto. Estava ali, na caveira do leão, um enxame de abelhas. Sansão pegou um favo de mel nas mãos e se foi andando e comendo dele (Jz. 14:8-9). Sansão era nazireu e não podia tocar em cadáver. Ele quebrou, ali, o primeiro voto de sua consagração a Deus. Ele procurou doçura na podridão. Ele comeu mel da caveira de um leão morto. Muitos ainda hoje buscam prazer no pecado e procuram doçura naquilo que é impuro. Por isso, perdem a unção, a paz e a intimidade com Deus.
A Bíblia diz que um abismo chama outro abismo. Porque Sansão quebrou o primeiro voto do nazireado, abriu a porta para outras quedas. Na festa de casamento, com vergonha de assumir a sua posição de nazireu, Sansão fez ali um banquete; porque assim o costumavam fazer os moços (Jz. 14:10). Sansão preferiu imitar os moços de sua época a posicionar-se como um ungido de Deus. Além de não tocar em cadáver, um nazireu não podia beber vinho. Mas, Sansão quebrou mais esse voto de consagração por não ter peito para ser diferente e fazer a diferença. Daí para frente, a sua vida foi de queda em queda. Coabitou com uma prostituta em Gaza (Jz. 14:1) e afeiçoou-se a Dalila (Jz. 14:4). Essa mulher astuta o seduziu e arrancou dele a confissão acerca da origem de sua força. Um nazireu não podia cortar o cabelo, mas a cabeça de Sansão foi raspada. Esse jovem prodígio perdeu a sua força. O Espírito Santo retirou-se dele. Caiu nas mãos dos filisteus. Estes, lhe vazaram os olhos e escarneceram dele num templo pagão.
Sansão brincou com o pecado e o pecado o arruinou. Sansão não escutou conselhos e fez manobras erradas na vida. Sansão fez pouco caso de seus votos de consagração e perdeu o vigor de seu testemunho e da presença de Deus. Perdeu a sua força e a sua visão. Perdeu a sua dignidade e a sua própria vida. Vocacionado para ser o libertador do seu povo, tornou-se cativo. Porque desprezou os princípios de Deus, o nome de Deus foi insultado num templo pagão por sua causa. Muitos jovens hoje que são filhos da promessa, à semelhança de Sansão, procuram a doçura na podridão, pois vivem encantados pelo mundo e conformam-se a ele, transgredindo os preceitos de Deus, em vez de resplandecerem como luzeiros nas trevas.
A vida de Sansão é um brado de alerta para a nossa geração. Há muitos jovens, que à semelhança de Sansão, não escutam seus pais. Muitos jovens, mesmo sendo consagrados a Deus, filhos da promessa, vivem flertando com o mundo, amando o mundo, sendo amigos do mundo e conformando-se com o mundo, procurando mel na caveira de leão morto. Muitos crentes têm perdido a coragem de ser diferentes. Imitam o mundo em vez de serem luz nas trevas. Fazem suas festas como o costumam fazer aqueles que não conhecem a Deus. Transigem com os absolutos de Deus e entregam-se às aventuras, buscando uma satisfação imediata de seus desejos. Esse caminho, embora cheio de aventuras e prazeres, é um caminho de escuridão, escravidão e morte. O pecado é um embuste. Promete prazer e traz tormento. Promete liberdade e escraviza. Promete vida e mata. O pecado o levará mais longe do que gostaria de ir; o reterá mais tempo do que gostaria de ficar e, lhe custará um preço mais do alto do que gostaria de pagar.
Não há nada mais doce do que as coisas que provém do alto. Ao tocar no impuro, ele contaminou a pureza (leia Eclesiastes 10:1 – “Assim como a mosca morta faz exalar mau cheiro e inutilizar o unguento do perfumista, assim é, para o famoso em sabedoria e em honra, um pouco de estultícia”), e assim perdeu uma de suas tranças valiosas. Busquemos a doçura da palavra de Deus para nossas vidas e fiquemos longe da contaminação com aquilo que é mau.
Amados do Senhor separem-se do que é mau e profano, Jeová não tem comunhão ou parte com o pecado, e como viu o imundo não fica puro por se misturar com o limpo, mas o limpo se tornará impuro ao se juntar com o impuro.
A santidade é essencial na vida do crente, pois sem ela ninguém verá a Deus. Agora eu entendo por que o profeta Malaquias diz que então vareis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio, entre o que serve a Deus e o que não serve a Deus (Ml. 3:18).
4) A Quarta Trança de Sansão - A Alegria de Deus
Os nazireus precisavam abster-se de vinho, para salvaguardar a sua integridade; de todas as bebidas alcoólicas, de vinagre, e até de uvas e passas de uvas; não podiam cortar o cabelo, enquanto da duração de seu voto (o cabelo neste caso era reputado como sede da vida); não podiam aproximar-se de cadáver, mesmo que se tratasse de um parente próximo. A experiência humana exibe claramente os debilitantes efeitos espirituais das bebidas alcoólicas. Além disso, esses votos provavelmente eram um protesto contra as práticas pagãs, onde as bebidas alcoólicas eram usadas para agitar os adoradores, levando-os a cometerem toda a sorte de excessos. Um forte exemplo dessa adoração, era a embriaguez exercida pelos adoradores do deus Baco ou Bako, sendo ele tido pelos pagãos como o deus do vinho. Essa adoração era dada através do consumo exagerado de vinho pelos seus fiéis misturadas com muitas músicas e batuques, originando daí o tão famoso carnaval dos dias atuais.
Em Israel nazireu era aquele que se separava dos outros ao consagrar-se para Deus por meio de um voto especial.
O caso de Sansão (Jz. 13-16) é diferente, por não se tratar dum voto propriamente dito, mas duma obrigação que lhe foi imposta ainda antes de nascer e que o vinculava para sempre (Jz. 13:5, 7, 13-14). Mas não era este o caso da maioria dos autênticos nazireus, embora certos aspectos fossem semelhantes.
Mas Juízes 14:10-11 dá-nos um relato de que Sansão fez uma festa como era de costume daqueles que não têm um voto de nazireu (Separado, consagrado) para com Deus. Pois o vinho tem como um de seus simbolismos na bíblia, a alegria. Por isso uma das tranças simbolizava em alegrar somente a Deus e ser alegrado também somente por Deus. Ao fazer aquela festa, Sansão deseja a alegria do mundo.
É por isso que muitos de nossos jovens estão perdidos nas drogas, e nas prostituições deste mundo. Voltemos a ensinar a verdade que o Senhor mandou, e assim vamos conseguir vencer as artimanhas do inimigo. Seja um jovem diferente e ouse brilhar com Jesus!
Nos dias de hoje Deus está de facto levantando uma geração de ”nazireus”. Homens e mulheres, crianças, jovens e velhos, pessoas dispostas a serem propriedade exclusiva de Deus. Separados para Ele em santidade. Em 1 Pedro 2:9, lemos: “Mas vós sois geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para Sua maravilhosa luz.” Através do Senhor Jesus, Deus separou para si, um povo para que manifestasse o Seu caráter e a Sua santidade. Os “nazireus” de hoje são pessoas que vão muito além das palavras e das aparências. São pessoas que vivem e buscam verdadeiramente a santidade e a presença de Deus.
a) Os nazireus não podiam:
Beber vinho: Os nazireus de hoje, são pessoas que não se envolvem e não se iludem com a alegria passageira que o mundo oferece; O nosso prazer não está nas coisas deste mundo, não está no amor humano, não está na religião, no sexo ou nas drogas. O que verdadeiramente nos satisfaz é poder estar na presença do Senhor gerando um sorriso nos Seus lábios; “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele” (1 Jo. 2:15).
Ter contacto com cadáveres: A morte fala de separação. E a Bíblia nos diz que o salário do pecado é a morte. Os nazireus de hoje são pessoas que não se contaminam com o pecado, não se deixam influenciar por outras pessoas que vivem em pecado, por mais próximas e influentes que estas pareçam ser. Ou seja, não nos contaminamos com o pecado nem mesmo que seja por causa dos nossos pais. Temos tristes exemplos disso quando vemos jovens cristãos bebendo ou jogando cartas, truco, por exemplo, só porque estão com seus pais em uma ocasião em que estão reunidos. Abrem mão de sua santidade por alguns momentos para tentar agradar à família, “Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus” (Rm. 8:8).
Os que realmente se separam para Deus, têm necessidade de permanecerem em comunhão com o Espírito Santo e de obedecerem ao Senhor.
Cortar o cabelo: Os nazireus de hoje têm atitudes externas que mostram que são diferentes. São diferentes no seu modo de falar, de se vestir, de agir, de se relacionar com outras pessoas. São verdadeiros adoradores que adoram a Deus com todo o seu ser: espírito, alma e corpo. Eles exteriorizam o que sentem quando adoram ao Senhor no levantar das mãos, nos saltos de alegria, nos brados e nos dons espirituais, “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem” (Jo. 4:23) .
Os nazireus de hoje não ficam apenas limitados ao culto dentro da igreja, mas a sua santidade se evidencia no dia-a-dia, os homens percebem que são diferentes porque os nazireus continuam honrando ao Senhor em todas as suas atitudes diárias, no trabalho, na escola, em casa, na rua, em qualquer lugar.
Eles eram exemplos para o povo de Israel. Eles conviviam com o povo de Deus diariamente, mas eram diferentes. Com isso, entendo que o Senhor está despertando a nossa geração para ser exemplo não para o mundo apenas, mas principalmente para o Seu próprio povo. Devemos em nossa vida ser Exemplos em Santidade e Exemplos em Adoração.
Quais as escolhas que tem realizado, escolhas que visam alegrar o seu enganoso coração e desejos imediatos ou escolhas que alegram a Deus? Quais são as suas fraquezas? Talvez seja sexo, pornografia, dinheiro, orgulho, poder ou drogas, não importa o que seja, mantenha-se afastado de suas tentações e peça para que Deus o ajude a manter firme todos os votos e compromissos que como Cristão tem com o Reino de Deus.
5) A Quinta Trança de Sansão - A Confiança em Deus
Juízes 15:18-19 – Aqui, podemos ver que após uma batalha Sansão que sempre havia sido suprido, cuidado e protegido por Deus, parece reclamar pela sede que estava sentindo e assim levanta uma murmuração a Deus pedindo água.
Mas a verdade é que após ter perdido as outras tranças, ele já não mais confiava totalmente em Deus. É isso que temos visto nos dias de hoje, pregadores que já não confiam no suprimento de Deus e vivem para arrancar dinheiro do povo. Devemos confiar somente naquele que se assente no trono da graça. Aquele que deu o seu unigénito filho por nossas vidas.
Mesmo os “super-heróis” da Bíblia tinham que parar e beber água para recobrar as suas forças antes, durante ou depois de uma batalha. Sansão foi um desses exemplos que buscou água (literalmente falando) das fontes de Deus, e recebeu, além do precioso líquido que sacia o corpo, a divina força que recupera e fortalece a alma.
Se não pararmos para meditar na Palavra de Deus e buscá-Lo em oração e jejum, as nossas forças não serão suficientes para prosseguir. O deserto causticante que é o mundo em que vivemos desidratará completamente nossos espíritos e, certamente morreremos.
Mas a Rocha de onde brota a água fresca está por perto, assim como esteve com Moisés (Nm. 20:11) e com Sansão (Jz. 15:19). Ela é muito grande e pode ser vista de longe. É misteriosa e guarda em Si águas incontáveis, límpidas e fecundas, capazes de nos saciar a qualquer hora. Tudo o que temos que fazer é clamar ao Senhor e beber dessas águas que Ele tem para nos dar.
Talvez a dificuldade do seu momento seja a falta das águas que jorram da Rocha Eterna. Se chegou até aqui, é porque tem bebido delas. Se deseja ir mais além, deve beber um pouco mais. Então, aproxime-se da Fonte e beba à vontade. Seus olhos podem até não vê-La materialmente, mas o seu coração certamente saberá como encontrá-La.
6) A Sexta Trança de Sansão - Fidelidade Para com Deus
A fidelidade além de ser um dos atributos do caráter de Deus e do Seu Filho é um dos atributos mais importantes que caracterizam uma pessoa nascida de Deus.
Em Juízes 16:4 vemos que Sansão volta a Gaza e ao ver uma mulher prostituta, cujo nome era Dalila, se apaixona por ela. Triste coisa praticamos ao adorarmos coisas deste mundo, e o que dizer daqueles que adoram, amam, fazem promessas a imagens feitas por mãos de homem. Mostram-se como Sansão, perderam a trança da fidelidade para com Deus, pois isto é prostituição, e a minha fé me diz que o pecado de adorar um morto, ou sua imagem, e segundo a bíblia, isso é comparado ao pecado de prostituição, é o que mais entristece o coração de Deus.
Sansão foi infiel ao propósito de Deus na sua vida. A infidelidade a uma aliança com o propósito de Deus gera maldição. Na verdade a maldição vem com a quebra de uma aliança com o Criador. Deus não nos criou para a derrota ou para o fracasso, Ele nos criou para a bênção e para que sejamos mais que vencedores em Cristo Jesus (Rm. 8:37).
Sansão não valorizou a aliança de Deus sobre a sua vida e brincou com as promessas de Deus. Talvez ele tenha confiado em tudo o que ele já havia feito de bom anteriormente.
Quando somos pessoas de aliança reconheceremos os relacionamentos que trazem perigo à nossa aliança com Deus, Seu Corpo e com a nossa família. Quando somos pessoas de aliança não seremos cegados pelos falsos amigos, ou inimigos, como foi Sansão. Poderemos ser heróis sem uma história amarga de derrota. Só a fidelidade à aliança com Deus nos faz mais que vencedores.
Quando estamos inquietos, com medo, ansiosos, tristes, com a cabeça confusa, indecisos, certamente estamos longe de Jesus, ou seja, a nossa confiança na Palavra está muito pequena, o que abre campo para o nosso inimigo operar e multiplicar os problemas.
 Sem paz a nossa comunhão com o Senhor é drasticamente afetada e acabamos sendo prejudicados por isso. Voltemos a ser um povo fiel, pois o salmista diz que os olhos de Deus procuram os fiéis da terra para que estejam com Ele (Sl. 101:6). “Quem é fiel no pouco também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco também é injusto no muito. Se não vos tornastes fiéis na aplicação do alheio, quem vos dará o que é vosso” (Lc.16:10, 12)?
7) A Sétima Trança de Sansão - O Amor e a Confiança em Deus
Juízes 16:15, 16-17 - Dalila faz Sansão mostrar que verdadeiramente a amava, e assim ao vê-la entristecida ele faz uma revelação, não de sua força, mas de sua última trança. Ele estava perdendo aquilo que poderia ainda fazê-lo retornar ao princípio da força.
Então ao dar mais valor ao amor de Dalila do que ao amor de Deus, diz a Bíblia que naquele momento o Espírito de Deus, ou seja, o Espírito Santo foi obrigado a se afastar de Sansão. E quando ele acorda, já não possui a força que outrora possuía, pois já não tinha mais as suas Sete Tranças.
Muitas vezes os nossos corações amarrados e pesados fazem com que nos distanciemos das graças que são derramadas em nossas vidas. Ficamos cegos para encontrarmos o Cristo.
Quando colocamos Deus em primeiro lugar, nos sentimos renovados, porque é Ele quem nos dá força, que escolhe o que devemos fazer, porque tudo o que fazemos tem que ser da vontade de Deus. “Pois, ela é boa, perfeita e agradável”.
Deus tem coisas grandes preparadas para os que o amam”. O amor em Deus é a grande confiança que Deus precisa para abrir os nossos olhos, os nossos ouvidos para que possamos ver as maravilhas que ele tem preparado para o nosso coração. A confiança no senhor nos traz a esperança, e a esperança não traz confusão: Romanos 5:5 – “E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado”.
Baseado na vida de Sansão eu gostaria de deixar para que os amados leitores meditassem em algumas orientações, para que suas tranças estejam melhor protegidas do perigo.
1) Não despreze o seu voto;
2) Dê valor em ser um separado e consagrado para Deus;
3) Não desça em lugares sujos;
4) Não se contamine com as coisas desse mundo;
5) Não despreze o amor de Deus;
6) Não brinque com o pecado;
7) Viva sempre no primeiro amor.
Agradeço a Deus, nosso Senhor, a Jesus, nosso Salvador e ao Espírito Santo, nosso amigo e consolador, por me ter enchido com este estudo e o ter colocado a si para se alimentar também.
4. O casamento de Sansão (Jz. 14:1-9)
Um casamento mal estruturado (Jz. 14:1-3). Sansão não orou o suficiente para obedecer à Palavra e entender os propósitos de Deus para o casamento.
Deus precisa de ser buscado em primeiríssimo lugar nesta área tão importante da vida. Depois de Deus, a família é a área mais importante. Segundo, se entregou a uma mulher que estava longe de Deus; se agradou da filha dos filisteus; mulher idólatra e fora da bênção. Terceiro, desonrou seus pais. Ele poderia escolher uma dentre várias mulheres no meio do povo de Deus, mas preferiu desobedecer a seus pais. Deus usa os pais para nos livrar das ciladas do diabo.
Quando olhamos para a vida de Sansão, que à medida que crescia, tornou-se evidente que possuía uma extraordinária força física e isto, não dependia, conforme Sansão e seus pais bem sabiam, dos seus compactos músculos, mas sim da sua condição de nazireu, de que o seu cabelo, não cortado, era um símbolo, logo de inicio vemos uma certa precipitação. É lógico, que a precipitação na maioria das vezes acarretará num erro, não é regra mas é tendência e ocorre sempre em quem não busca a direção de Deus. Sansão tinha um desejo e não há problema em desejar, Sansão se afeiçoou de uma pessoa, não há problemas em querer alguém, não há problemas em gostar de alguém, desde que esse alguém seja a pessoa certa. Sei também que pessoas certas não carregam estrelas na testa, o problema disso tudo foi justamente a escolha errada.
Sansão, segundo a Bíblia, se envolveu com três mulheres, uma noiva com quem ele não ficou (Jz. 14), uma prostituta (Jz. 16:1) e Dalila cuja procedência não sabemos além da sua nacionalidade filisteia (Jz. 16:4). Todas elas pertenciam ao povo filisteu, inimigo de Israel e de Deus. O primeiro relacionamento, com uma jovem que habitava na cidade filisteia de Timnata, não durou mais do que uma semana. O segundo, com a prostituta de Gaza, apenas algumas horas. Bem, agora encontramos Sansão “caidinho” por Dalila, outra mulher filisteia. No coração de Sansão só havia espaço para mulheres filisteias. Por quê? Porque o filho de Manoá desprezou o seu voto a Deus e decidiu seguir o próprio coração.
Timna ficava justamente na fronteira com a nação filisteia. Foi um mau casamento, e deu início a muitas dificuldades, pois a penetração pacífica dos filisteus é evidente, dando liberdade aos israelitas (inclusive a Sansão e a seus pais) de passar a fronteira mal definida (cf. Jz.13:1n). Todo o cuidado que os jovens tiverem na questão do namoro ainda será pouco. É preciso orar antes que o coração se prenda a alguém. É bom aconselhar-se com os pais e amigos. Mas seja qual for a escolha, o jovem deve casar-se somente no Senhor. Para um crente, casar-se com alguém que é destituído da vida divina, não só implica em afrontar a lei de Cristo, mas também em arriscar-se à infelicidade e à discórdia eterna. É impossível ter perfeita comunhão com alguém que não está de acordo connosco no que há de mais profundo em nossa natureza (1 Co. 7:39).
Exatamente quando entrava para a varonilidade, época em que deveria escutar a sua missão divina – tempo em que mais do que em qualquer outro deveria ser fiel a Deus – Sansão ligou-se aos inimigos de Israel. Não procurou saber se poderia glorificar melhor a Deus estando unido ao objeto de Sua escolha, ou se estava a colocar-se numa posição em que não poderia cumprir o objetivo que a sua vida deveria realizar. A todos os que procuram honrá-lo em primeiro lugar, prometeu sabedoria. Mas não há promessa para aqueles que tendem a agradar-se a si mesmos.
Se Sansão tivesse obedecido às ordens divinas tão fielmente como os seus pais fizeram, o seu destino teria sido mais nobre e feliz. Mas a associação com os idólatras corrompeu-o. Uma vez que a cidade de Zorá estava próxima do território dos filisteus, Sansão acabou por estabelecer relações de amizade com eles, e assim na sua juventude, surgiram camaradagens cuja influência ensombrou toda a sua vida.
Sansão é um triste exemplo bíblico de como a desobediência de um jovem crente a essa ordenança de Deus pode trazer aborrecimentos, infelicidade e desgraça. Desde cedo, seu coração era atraído por iscas malignas. Fuja deste comportamento. Sua desobediência nunca deve ser seguida. Quantos de nós recebemos unção de Deus e a deixamos passar por desobediência, por não dar ouvidos às ordens divinas e de quem Deus coloca para cuidar de nós durante a vida.
Quantos não estão a adotar a mesma conduta de Sansão! Quantas vezes se efetuam casamentos entre os que são tementes a Deus e os impios, porque os sentimentos orientam a escolha do marido ou da mulher! As partes não o conselho de Deus, nem têm em vista a Sua glória. O cristianismo deve ter uma ação dominante na relação matrimonial. Mas muitas vezes acontece que os motivos que determinam esta união não se coadunam com os princípios cristãos. Satanás procura constantemente fortalecer o seu poder sobre o povo de Deus, levando-o a unir-se com os seus súbditos. E, para realizar isto, esforça-se por despertar paixões impuras no coração. Mas o Senhor, na Sua Palavra, instruiu claramente o Seu povo a não se unir àqueles nos quais não habita o amor para com Ele.
Na sua festa nupcial, Sansão foi levado à associação familiar com os que odiavam o Deus de Israel. Quem quer que voluntariamente entre para uma tal relação sentirá a necessidade de se conformar, até certo ponto, com os hábitos e costumes dos seus companheiros. O tempo assim despendido é mais do que desperdiçado. Alimentam-se pensamentos e dizem-se palavras que tendem a derrubar as fortalezas dos princípios e a enfraquecer a alma.
A esposa, para cuja obtenção Sansão tinha transgredido a ordem de Deus, mostrou-se traidora ao seu marido antes da festa nupcial acabar. Irado pela sua perfídia, Sansão abandonou-a por algum tempo e foi sozinho para sua casa em Zorá. Quando depois de acalmar, voltou para a buscar, encontrou-a casada com outro. A sua vingança, devastando todos os campos e vinhas dos filisteus, induzi-os a assassiná-la, embora as suas ameaças a tivessem compelido ao engano que tinha dado inico aquela calamidade. Sansão já tinha dado prova da sua força extraordinária, matando sozinho um leão novo, bem como matando trinta dos homens de Asquelom. Agora, levado à cólera pelo bárbaro assassino da mulher, atacou os filisteus, e feri-os “com grande ferimento”. Então desejando um refúgio seguro dos seus inimigos, retirou-se para a “rocha de Etã”, na tribo de Judá.
Ele foi perseguido para aquele lugar por uma força poderosa. E os habitantes de Judá, muito alarmados, concordaram de uma maneira vil em entregá-lo aos seus inimigos. De acordo com isto, três mil homens de Judá subiram até junto dele. Mas, mesmo com esta disparidade, não teriam ousado aproximar-se, se não tivessem se assegurado de que ele não faria mal aos seus compatriotas. Sansão consentiu em ser ligado e entregue aos filisteus, mas primeiro exigiu dos homens de Judá a promessa de não o atacarem, obrigando-o assim a destrui-los. Permitiu-lhes que o amarrassem com duas cordas novas, e foi levado ao arraial dos seus inimigos por entre demonstrações de grande alegria. Mas, enquanto as suas aclamações estavam a despertar ecos nas colinas, o Espírito do Senhor “apoderou-se de Sansão”. Rebentou as fortes cordas novas como se fossem fios de linho queimados e, agarrando então a primeira arma que lhe veio à mão, a qual, embora fosse apenas a queixada de um jumento, foi mais eficaz do que a espada ou lança, e feriu os filisteus até que fugiram aterrorizados, deixando mil homens mortos no campo.
Se os israelitas estivessem prontos a se unirem a Sansão, e continuar a vitória, poderiam, nesta ocasião, terem-se livrado do poder dos opressores. Mas tinham-se tornado desanimados e covardes. Negligenciaram a obra que Deus lhes tinha mandado fazer, expulsando os pagãos, e uniram-se-lhes nas suas práticas degradantes, tolerando a sua crueldade, e até mesmo favorecendo a sua justiça, enquanto este não se voltava contra eles. Ao verem colocados sob o poder do opressor, submetiam-se timidamente à degradação de que poderiam ter escapado, se apenas tivessem obedecido a Deus. Mesmo quando o Senhor lhes libertava um libertador, abandonavam-no com frequência e uniam-se aos seus inimigos.
Depois da vitória de Sansão, os israelitas fizeram dele seu juiz, e governou Israel durante vinte anos. Mas um passo errado prepara o caminho para outro. Sansão tinha transgredido a ordem de Deus, casando com uma filisteia, e aventurou-se outra vez a ir entre eles – agora seus inimigos mortais – com o fim de satisfazer paixões ilícitas. Confiando na sua grande força, que tinha inspirado tanto terror aos filisteus, foi ousadamente a Gaza visitar uma prostituta do lugar. Os habitantes daquela cidade, que estavam ansiosos por se vingarem, souberam da sua presença. O seu inimigo encontrava-se encerrado com segurança dentro dos muros da mais potentemente fortificada de todas as cidades. Estavam seguros da sua presa e apenas esperavam a manhã para completar o seu triunfo. À meia-noite Sansão despertou. A voz acusadora da consciência encheu-se de remorsos, ao lembrar-se de que tinha violado os seus votos de nazireu. Mas apesar do seu pecado, a misericórdia de Deus não o tinha abandonado. A sua prodigiosa força serviu de novo para o livrar. Chegando à porta da cidade, arrancou-se do lugar, e levou-a com as ombreiras e tranca para cima de uma colina no caminho de Hebrom.
Sansão se comprometeu com as pessoas e coisas erradas. Toda a vez que Sansão ia até aos filisteus se envolvia com paixões indomáveis e confusões sangrentas. Vivia em busca do prazer e da violência. Os filisteus estavam cansados de Sansão. Tentaram de tudo para destruí-lo, mas sem sucesso. Então, passaram a observá-lo com o firme propósito de descobrir o seu ponto fraco e assim destruí-lo. Mas qual era o seu ponto fraco? Como descobri-lo? Não precisaram de muito tempo para fazer Sansão contar qual era o seu segredo. Ao perceber que Sansão estava apaixonado por uma mulher do vale de Soreque, chamada Dalila, os filisteus viram aqui a oportunidade que tanto desejavam para o destruir. Então fizeram um acordo com a moça. “Os líderes dos filisteus foram dizer e lhe disseram: se conseguir induzi-lo a mostrar-lhe o segredo da sua grande força e como poderemos dominá-lo, para que o amarremos e o subjuguemos, cada um de nós lhe dará treze quilos de prata” (Jz. 16.5).
5. O enigme da Sansão (Jz. 14:10-14)
De acordo com Juízes 14:5, Sansão gostava de passear entre as vinhas. Embora soubesse que, como nazireu, não lhe era permitido comer uvas, ele sempre dava um jeito de passar perto dos parreirais. Esta atitude é tão parecida com a nossa maneira de agir que, por um instante, se julgarmos que somos nós (e não ele) que estamos vivendo esses factos. Na verdade, nós também, apesar de não podermos comer as uvas do parreiral do mundo, apreciamos bastante o cheiro delas. É como se Deus nos tivesse proibido de comer pizas. Em obediência ao Senhor deixamos de comê-las. No entanto, encontramos um jeito de passar perto de uma pizzaria só para sentirmos o cheiro de piza e observar as pessoas comendo.
Certo dia, depois de fazer a caminhada habitual entre as vinhas, Sansão matou um leão (Jz. 14:8-9). Dias depois, ao passar pelo local, percebeu que dentro do cadáver do leão havia uma colmeia com bastante mel. Veja aqui como o diabo é astuto e sutil. A um nazireu era proibido tocar em cadáveres. E o que ele fez? Colocou mel no cadáver. Sansão não tocou no cadáver do leão, mas chegou muito perto. Atenção: o inimigo pode estar colocando mel nas coisas do mundo para tentar-lhe, atrair-lhe e roubar-lhe a consagração. Cuidado com o “mel no interior de cadáveres”!
Esse leão novo, no caminho entre as vinhas, parece ter sido o meio de despertar Sansão para buscar aquela força divina latente nele, à espera desse apelo, mas, que até aquele momento não fora descoberta. Será que não tem sido necessário que um leão ruja para nós, constrangendo-nos a voltar para Deus, e compelindo-nos a valer-nos daqueles infinitos recursos que existem no sempiterno Salvador?
A tática do diabo para seduzir Sansão entre as vinhas não obteve êxito. Da mesma forma, a artimanha para fazê-lo tocar no cadáver do leão também não surtiu o efeito desejado. Por último, o inimigo usou uma mulher para induzi-lo a cortar os cabelos, Sansão perdeu sua “marca”, afinal, o que o tornava visivelmente um nazireu eram seus cabelos. Jesus nos adverte para que não extingamos o Espírito Santo (I Ts. 5:19) pois Ele é a nossa “marca”, nosso “selo” de que pertencemos ao Senhor.
O enigma de Sansão está sendo constantemente confirmado. Todos nós temos nossos encontros com leões, felizes seremos se os rasgarmos pelo poder do Espírito Santo! E, não estamos sempre constatando que a própria tristeza, provação ou tentação que mais temíamos e que ameaçavam destruir-nos, resultaram em força e doçura, em alimento e mel que acabaram por enriquecer-nos? Sansão repartiu com a mãe e o pai. Jamais guardemos só para nós as lições e resultados gloriosos que tenham conquistado em lutas e tristezas e que somente o olhar divino tenha testemunhado. Que os demais participem de tais benefícios.
6. Em más companhias (Jz. 14:15-15:8)
Sansão, não era um homem de obediência a Deus, era frequentemente teimoso e mundano. Isso o conduziu a muitos problemas. Fez más companhias e associou-se com mulheres de tipo errado. A mais conhecida dessas mulheres foi Dalila. Sansão a amou, mas a lealdade dela pertencia aos filisteus e ela estava determinada a entregar-lhes Sansão.
O cuidado providencial de Deus tinha estado com Sansão, para ele poder estar preparado para realizar a obra para que tinha sido chamado. Mesmo no princípio de sua vida esteve cercado de condições favoráveis para a força física, vigor intelectual e pureza moral. Mas, sob a influência de companheiros ímpios, deixou a ligação com Deus, que é a única salvaguarda do homem, e foi arrastado pela onda do mal. Aqueles que no caminho do dever são provados podem estar certos de que Deus os guardará. Mas, se os homens voluntariamente se colocam sob o poder da tentação, mais cedo ou mais tarde, cairão.
Exatamente aqueles que Deus Se propõe usar como Seus instrumentos para a obra especial, Satanás, empregando o seu máximo poder, procura transviar. Ataca os nossos pontos fracos, procurando, pelos defeitos do caráter, obter domínio total sobre o homem, e sabe que, se tais defeitos forem acalentados, terá bom êxito. Mas ninguém precisa de ser vencido. O homem não é deixado sozinho a lutar contra o poder do mal através dos seus fracos esforços. O auxílio está à mão, e será dado a todo aquele que realmente o desejar. Anjos de Deus, que sobem e descem pela escada que Jacó viu na visão, auxiliarão todos os que o desejam, a subir até aos mais altos Céus.
7. Poderoso contra o inimigo (Jz. 15:9-20).
A que baixeza haviam descido os homens de Judá, que os tornava capazes de entregar seu paladino aos seus eternos inimigos. As tribos do norte, que haviam-se levantado ao chamado de Gideão, criticaram traição tão covarde. Há coisas piores do que a derrota ou a morte. Perder a honra, negar-se ao cumprimento do dever, desatender ao apelo supremo da amizade e da lealdade – tais são os crimes que rebaixam a alma e atraem a desgraça. Qual será o proveito de ganharmos o mundo se perdermos a nossa alma? Se um homem não se negar a si mesmo, tomar a cruz e seguir o Senhor de perto, mas agir segundo os prazeres de sua alma a fim de dar satisfação a ela, mesmo que ganhe todo o mundo, virá o momento em que ele perderá.
Como é inspirador o pensamento de que o Espírito do Senhor possa vir dessa maneira sobre nós também! Não há limite para as suas benditas e irresistíveis operações, a não ser o que é imposto pela estreiteza da nossa fé. Observemos como Paulo chega a parecer redundante em suas palavras em Efésios 1:19. Sejam quais forem as cordas dos maus hábitos, traçadas através de longos anos, e por mais emaranhada que esteja a nossa situação, o poder de Deus em nós pode libertar-nos das amarras e dos medos que paralisam a nossa vida, porque fomos criados para a liberdade. Sim, e isso não é tudo. No lugar onde alcançamos a vitória, brotará aquela fonte de água que é alimentada do trono de Deus; e a alma, exaurida pelo esforço, beberá e se reanimará. Senhor leva-nos a beber assim!
8. Brincando com o inimigo (Jz. 16:1-14).
Três mulheres, uma após outra, derrotam Sansão. Se uma só mulher digna pudesse tê-lo influenciado, como Débora fez com Baraque, como a história dele seria diferente. Os que estão em evidência na esfera espiritual devem guardar a sua natureza para que não se incline para o lado oposto, sensual.
1)    Falta de consagração.
Sansão foi a Gaza, viu ali uma prostituta e coabitou com ela (Jz. 16:1). Sansão se entregou ao pecado da prostituição. É um dos maiores pecados que tem levado as pessoas à derrota, a perder a unção, a paz, a alegria, a fé, a vida com Deus. Muitos líderes hoje são derrotados, no homossexualismo, lesbianismo, prostituição, lascívia, adultério, quer mentalmente ou com ações práticas. Sansão caiu nessa também. Para evitar o fracasso você precisa urgentemente tirar da sua vida todo o entulho do diabo e servir a Deus com integridade de coração!
Pela experiência de Sansão, temos uma forte confirmação da infelicidade de um casamento misto. Essa esposa filisteia não tinha um resquício de verdadeiro amor por ele. E era influenciada mais prontamente por sua própria gente do que pelo marido. Como poderia participar do anseio dele de emancipar Israel? Para levar avante o seu objetivo vital de libertar o seu povo, ele teve de romper com ela. Observemos como esta pobre esposa recebeu exatamente o castigo do qual esperava salvar-se por meio da traição (Comparar 15:15 e 15:6).
Dalila motivada pela prata não pensou duas vezes. Aceitou o serviço e começou a chantagear o namorado. Confiante em si mesmo, Sansão começou um jogo perigoso com Dalila. Ao invés de se afastar da possibilidade de quebrar a única regra de seu voto de nazireu, o corte do cabelo, Sansão resolve brincar com coisa séria. “Respondeu-lhe Sansão: Se alguém me amarrar com sete tiras de couro ainda húmidas, ficarei tão fraco quanto qualquer outro homem” (Jz. 16:7). Depois de dar essa pista falsa, os filisteus providenciaram as tiras de couro e Dalila amarrou Sansão quando este dormia em seu colo. Dalila com um grito acordou Sansão dizendo que os filisteus estavam ali. Ao acordar e percebendo o perigo, ele se livra das tiras com extrema facilidade. Sua mentira estava descoberta. Sansão se divertia com Dalila. Brincava de dar pistas erradas. Brincava com o voto sagrado.
Diante da insistência de Dalila Sansão resolve brincar novamente. “Ele lhe disse: “Se me amarrarem firmemente com cordas que nunca tenham sido usadas, ficarei tão fraco quanto qualquer outro homem” (Jz. 16:11). Dalila então o prendeu com cordas novas durante o sono. Desta vez os soldados filisteus chegaram a se esconder no quarto. Mas ao ser acordado por Dalila aos prantos, Sansão se livra das cordas com facilidade.
Uma terceira brincadeira: “Disse Dalila a Sansão: Até agora me tens feito de boba, mentindo para mim. Diga-me como pode ser amarrado. Ele respondeu: Se tecer num pano as sete tranças da minha cabeça e o prender com uma lançadeira, ficarei tão fraco quanto qualquer outro homem”. Assim, quando ele dormia, Dalila teceu as sete tranças da sua cabeça num pano e o prendeu com a lançadeira. Novamente ela o chamou: “Sansão, os filisteus estão vindo sobre si! Ele despertou do sono e arrancou a lançadeira e o tear, junto com os fios do tear” (Jz. 16:13-14). Com tudo isso, Sansão ria do facto de Dalila cair em suas brincadeiras, mas mal sabia ele que o seu fim estava próximo. Observe que ele agora já estava mais próximo da verdade. A sua terceira pista já relacionava a força ao cabelo.
Dalila então parte para a chantagem emocional. “Então ela lhe disse: Como pode dizer que me ama, se não confia em mim? Esta é a terceira vez que me fez de boba e não contou o segredo da sua grande força. Importunando-o o tempo todo, ela o esgotava dia após dia, ficando ele a ponto de morrer” (Jz. 16:15-16). Bem sabemos que Sansão não resistia à chantagem emocional de mulheres mal-intencionadas. Então, depois de muitos dias ouvindo o lamento de Dalila, Sansão cedeu e disse: “Jamais se passou navalha em minha cabeça, pois sou nazireu, desde o ventre materno. Se fosse rapado o cabelo da minha cabeça, a minha força se afastaria de mim, e eu ficaria tão fraco quanto qualquer outro homem” (Jz. 16:17).
Diante disso, Dalila armou para Sansão como das vezes anteriores. Certa da descoberta, chamou os filisteus com os seus quilos de prata para a grande noite. Dalila fez Sansão dormir em seu colo e chamou um filisteu que cortou o cabelo de Sansão. Como das vezes anteriores acordou Sansão aos gritos, mas veja o que aconteceu: “Ele acordou do sono e pensou: Sairei como antes e me livrarei. Mas não sabia que o Senhor o tinha deixado” (Jz. 16:20). Sabe o que é pior? Na cabeça de Sansão tudo estava sob controle. Nem o vento gelado na cabeça o fez perceber que o seu cabelo havia sido cortado. O texto diz até o que ele pensou: “Sairei como antes e me livrarei”. Mas, pela primeira vez, Sansão entendeu o que é “apanhar”. Imagine o que os filisteus diziam a cada chapada e pontapé que davam em Sansão. “lembras-te quando acabastes com a nossa plantação? Toma isto!”. “E aquela vez em que mataste mil filisteus? Pois agora toma mais isto!”.
Apesar de toda essa humilhação e surra, certamente o que mais doía em Sansão não era o facto de ter sido traído por Dalila e nem mesmo as agressões de seus inimigos. O maior sofrimento de Sansão foi saber, tarde demais, que “o Senhor o tinha deixado”. Temos uma grande lição aqui. Depois de ter livrado Sansão tantas vezes, de ter-lhe dado inúmeras oportunidades, o Senhor precisou de fazer uso de uma disciplina mais rigorosa. Não pense que Deus foi o culpado. Sansão é que desprezou o Senhor.
Com Sansão aprendemos que não dá para brincar com o pecado sem nos ferirmos. “Por que não vai à festa? É apenas uma festa entre amigos e a boate vai estar fechada para nós. Será divertido. Vamos lá”. “Você não bebe? Mas por quê? Apenas uma cervejinha não vai fazer a menor diferença. Ou não se aguenta?”. “Não transa fora do casamento? A que planeta pertence? Diante de sugestões como essas, qualquer um que se mantenha firme corre o risco de ser tachado de fanático, antiquado e antissocial. Assim surgem as tentações e oportunidades para que eu e você possamos brincar com o pecado e sermos destruídos por ele. O diabo não brinca com ninguém, afinal de contas o seu propósito de vida é “matar, roubar e destruir” (Jo. 10:10).
Por esta razão, o nosso verdadeiro Herói nos adverte que com ele podemos vencer. A Bíblia diz que “As tentações que temos de enfrentar são as mesmas que os outros enfrentam; mas Deus cumpre a sua promessa e não deixará que soframos tentações que não possamos suportar. Quando uma tentação vier, Deus nos dará forças para suportá-la, e assim poderemos sair dela” (1 Co. 10:13). Em Cristo, de facto e de verdade somos mais do que vencedores.
Mas Sansão quebrou a sua consagração, por seguir suas vontades, por dar maior importância àquilo que o tornava feliz ele deixou de lado o verdadeiro propósito de sua vida. Como consequência ele foi aprisionado e teve os seus olhos arrancados, tudo aconteceu muito rápido, ele acordou e de repente sua força havia desaparecido. A Bíblia fala que um nazireu pode “retomar” seu voto caso ele seja quebrado, para isso ele deve rapar o cabelo, passar por uma semana completa de purificação e deixar o cabelo crescer novamente (ler Nm. 16:22). Provavelmente Sansão não entendeu porque seus inimigos arrancaram seus olhos, eu imagino que talvez nem eles, mas os olhos de Sansão o levaram muitas vezes a pecar, sem eles e preso, ele teve o tempo e as circunstâncias favoráveis para consagrar-se ao Senhor. O último ato de Sansão foi um sacrifício que matou mais filisteus do que ele havia matado durante toda a sua vida, ou seja, ele morreu a fim de cumprir aquilo para o que ele havia nascido: a libertação do seu povo.
Nós também somos chamados, escolhidos, abençoados e ungidos. Temos uma missão e muitos inimigos espirituais. Precisamos vigiar, pois o inimigo está sempre nos vigiando. O Senhor quer nos usar para que muitas pessoas sejam libertas. Não nos deixemos prender pelos inimigos que combatemos. Por mais fortes que sejamos, Satanás sempre atacará nossos pontos fracos. Qual é o seu ponto fraco? Cuidado com a navalha do inimigo!
Está claro que a força de Sansão não residia numa estatura gigantesca nem em possantes músculos, senão Dalila não teria precisado perguntar seu segredo. Ele perdeu a força, não meramente porque a navalha removera seus cabelos até então longos, que, em lustrosos cachos jaziam aos pés de sua tentadora, mas porque ele se rendera à sedutora astúcia dela. Poderíamos supor que uma ou duas daquelas vergonhosas traições dela teriam sido suficientes para alertá-lo e levá-lo a fugir do local, como fez José (Gn. 39:12). Mas Sansão deixou-se ficar, como a mariposa que parece incapaz de resistir à fascinação da chama, embora já tenha chamuscado as asas nela (Pv. 1:10-19). Sempre existe um meio de fuga, mas é preciso que utilizemos com presteza (Gn. 19:17-22).
9. Sansão tornou-se palhaço nas mãos dos filisteus.
Sansão, que matou mil filisteus armado apenas com uma mandíbula de asno, foi seduzido por Dalila, uma filisteia que vivia no vale de Sorek. Ela cortou os longos cabelos de Sansão, o que fez com que ele perdesse a força e fosse aprisionado pelos filisteus, que o cegaram e o obrigaram a trabalhar moendo grãos em Gaza. Sansão tornou-se escravo, moendo no cárcere e virou  a troféu de conquista e palhaço dos filisteus dos filisteus.
1)    Sansão não levou a sério as advertências de Deus.
Então, ela (Dalila) lhe disse: Como dizes que me amas, se não está comigo o teu coração? Já três vezes zombaste de mim e ainda não me declaraste em que consiste a tua grande força” (Jz. 16:15). A Bíblia diz que Sansão não deu importância às advertências de Deus, através das coisas que Ele lhe permitiu que lhe acontecessem.
Olhe só o que Deus fez com Sansão: ele foi traído uma vez pela esposa, quando ela relatou o significado do enigma para os 30 jovens; depois ele foi traído por Dalila três vezes e a Bíblia diz que Sansão não deu importância às advertências. Quantas pessoas hoje têm ouvido a Palavra de Deus, sendo advertidos pelas situações da vida e mesmo assim não têm dado o devido valor às advertências que o Senhor lhes tem colocado. O Senhor faz isso. Ele permite que enxerguemos, para que depois não digamos que não sabiamos de nada. Sansão foi ignorante demais e há muita gente assim hoje, peca porque quer.
2)    Ele serviu de chacota e diversão para os seus inimigos.
Aquele que fora juiz e campeão de Israel – agora fraco, cego, preso, rebaixado ao trabalho mais servil - pouco a pouco, tinha violado as condições da sua sagrada vocação. Deus tinha tido muita paciência com ele. Mas, quando se entregou tanto ao poder do pecado que traiu o seu segredo, o Senhor afastou-Se dele. Não havia virtude alguma no seu longo cabelo, este era apenas um sinal de fidelidade para com Deus e, quando sacrificou este símbolo para satisfazer a paixão, perdeu também as bênçãos de que ele era um sinal.
Quando deixamos o nosso pecado nos dominar, nos tornamos palhaços nas mãos de Satanás, acabamos nos tornando motivo de zombaria e diversão para o inimigo. Quando damos lugar para o mal entrar nas nossas vidas, acabamos como Sansão: quando tinha o Senhor por perto, era forte e poderoso, mas, quando Deus se afastou dele, se tornou palhaço do pecado. A palavra de Deus nos diz em Juízes 16:25, que os filisteus mandaram trazer Sansão para que os divertissem.
Nos dias de hoje, muitos se têm tornado palhaços nas mãos de Satanás. Temos que tomar cuidado, pois, quando o Espírito de Deus se afasta de nossas vidas, o pecado tem lugar para nos dominar, e dele nos tornamos escravos.
Se formos desobedientes ao Senhor quebrando as alianças e pactos estabelecidos através da sua Santa Palavra poderemos até nos salvar como que pelo fogo, mas a exemplo de Sansão poderemos perder a oportunidade de gozar os benefícios desta vida; e mesmo que as adversidades sejam vencidas, contudo a nossa vida poderá ser ceifada precocemente.
Que Deus nos ajude a nos desviarmos de tais armadilhas do Diabo e ficarmos firmes na presença de Deus, amém!
10. Morrendo com os filisteus (Jz. 16:15-31).
Os filisteus zombaram de Sansão e atribuíram a vitória aos deuses pagãos e, exultantes, desafiaram o Deus de Israel. Sansão foi motivo de culto de gratidão aos demónios. Foi marcada uma festa em honra a Dagom, o deus peixe, “protetor do mar”. Das cidades e dos campos, por toda a planície dos filisteus, o povo e os seus grandes congregaram-se. Multidões de adoradores enchiam o vasto templo e as galaria próximas do tecto, era uma cena de festa e regozijo. Havia a pompa do serviço sacrificial, seguido de música e banquetes. Então, como o trofeu máximo do poder de Dagom, foi trazido Sansão. Aclamações de triunfo saudaram o seu aparecimento. O povo e os príncipes troçaram do seu estado miserável, e adoraram o deus que subvertera o “destruidor do seu país”.
No sofrimento e na humilhação, como joguete dos filisteus, cego e acorrentado para moer trigo na prisão, após ser capturado por eles, Sansão aprendeu mais acerca da sua fraqueza do que nunca antes, e as aflições levaram-no ao arrependimento. O Espírito Santo encheu a sua vida, crescendo-lhe o cabelo, a força voltava gradualmente. Os inimigos, porém, considerando-o um prisioneiro algemado e indefeso, não tinham apreensões. Algum tempo depois, Sansão, como se estivesse cansado, pediu permissão para se encostar às duas colunas centrais em que se apoiava o tecto do templo. Proferiu então silenciosamente a oração: “Senhor Jeová, peço-Te que Te lembres de mim, e esforça-me agora só esta vez, ó Deus, para que de uma vez me vingue dos filisteus”. Com estas palavras, cingiu com os poderosos braços as colunas; e clamando: “Morra eu com os filisteus”, curvou-se e ao derrubar os pilares que sustentavam o templo em Gaza, Sansão conseguiu matar mais filisteus com a sua morte do que fizera em toda a sua vida (Jz. 16:23-31). “E foram mais os mortos que matou na sua morte do que os que matara na sua vida”.
Quando deixamos o pecado dominar, ele nos transforma em tolos, palhaços! Sansão nasceu para brilhar, tinha tudo para ser feliz, mas escolheu ser palhaço nas mãos do inimigo! E você? Já escolheu quem vai ser?
O ídolo e os seus adoradores, sacerdotes e camponeses, guerreiros e nobres, foram todos sepultados sob as ruinas do templo de Dagom. E entre eles estava o corpo gigantesco daquele que Deus tinha escolhido para ser o libertador do seu povo. As notícias da terrível destruição foram levadas a Israel, e os parentes de Sansão desceram das suas colinas, e, sem encontrarem oposição, recuperaram o corpo do finado herói. E “subiram com ele, e sepultaram-no entre Zorá e Estaol, no sepulcro de Manoá, seu pai”.
A promessa de Deus de que Sansão começaria a “livrar a Israel das mãos dos filisteus”, foi cumprida. Mas quão tenebroso e terrível é o relato daquela vida que poderia ter sido um louvor a Deus e uma glória para a nação! Se Sansão tivesse sido fiel à vocação divina, ter-se-ia cumprido o objetivo de Deus na sua honra e exaltação. Mas ele cedeu à tentação, e mostrou-se infiel à sua incumbência, e a sua missão foi cumprida com a derrota, a escravidão e a morte.
Fisicamente falando, Sansão foi o homem mais forte da Terra. Mas no domínio de si mesmo, na integridade e firmeza, foi um dos mais fracos. Muitos consideram erradamente as paixões fortes como caráter forte. Mas a verdade é que aquele que é dominado pelas suas paixões é homem fraco. A verdadeira grandeza do homem é medida pela força dos sentimentos que ele domina, e não pelos sentimentos que o dominam a ele.
Pode ser que a navalha já tenha cortado a união de alguém com Cristo. Se não estivermos em união viva com ele, seremos cortados como os galhos da videira, e secaremos. Isso é muito mau, mas ainda é pior quando não temos consciência disso (Ver Os. 7:9).
Podemos até ficar cegos, e sermos presos, todavia, também para nós o cabelo que foi cortado pode começar a crescer de novo. A fé e o amor antigos, a antiga consagração e submissão, o antigo poder para com Deus e para com o homem podem voltar. Não dê as costas a Deus, meu irmão arrependido, pois ele quer restaurá-lo à comunhão do seu poder. “Ele odeia o repúdio” (Ml. 2:16; ver Is. 50:1). Faça subir do seu coração entristecido, a mesma oração de Sansão! Mas não peça para ser fortalecido apenas essa vez. Deus o fará, não apenas uma vez, mas muitas vezes, bastando que confie totalmente nele (2 Rs. 13:19). E não peça para morrer; creia que a vida voltará a ser brilhante, forte e vitoriosa.
11. Os cinco erros que Sansão cometeu por amar Dalila (Jz. 16).
Somos sabedores da história deste homem. Escolhido por Deus, Sansão vivia na presença de Deus. Era um jovem animado no seu trabalho, exercendo o ofício de juiz de Israel por 20 anos (Jz 16:31), distinguia-se por ser portador de uma força sobre-humana que, segundo a Bíblia, era-lhe fornecida pelo Espírito do Senhor enquanto ele mantivesse os seus cabelos longos. Subjugava facilmente seus inimigos e produzia feitos inalcançáveis por homens comuns, como rasgar um leão novo ao meio, enfrentar um exército inteiro e derrubar uma grande construção (Jz. 14:6; 15:14; 16:23).
Mas num certo dia Sansão, apaixonou-se por uma filisteia, prostitua, chamada Dalila. Sendo Sansão nazireu, não poderia casar-se com uma mulher de outro povo. O casamento não era pecado pela lei de Moisés, mas ele enfatizou na Torá que o homem não poderia casar com uma mulher de outro povo. Pois bem, Sansão afeiçoou-se à mulher filisteia (v.4). A bíblia nos afirma que os príncipes dos filisteus tramaram o mal sobre a vida de Sansão, usando já a influência de Dalila. Os príncipes disseram: “Persuade-o, e vê em que consiste a sua grande força, e com que poderíamos assenhorear-nos dele e amarrá-lo, para assim o afligirmos: e te daremos cada um, mil e cem moedas de prata” (v.5). Com isto, podemos observar o declínio deste homem de Deus, baseado neste pequeno relato. Agora vejamos os cinco erros que Sansão cometeu por amar Dalila:
1) Ela era do povo inimigo (V. 1).
Engano dos olhos; a juventude é especialista nisso, erro dos olhos, engano dos olhos. Quem nunca se enganou? O que o olho viu, encantou a alma e enganou o coração. E infelizmente parece que as filhas dos filisteus chamam mais a atenção, afinal as Israelitas são diferentes, Sansão foi fisgado por um laço extremamente perigoso, “olhar”, é preciso tomar cuidado com o que busca no olhar, quando buscamos no olhar encontramos para a vida e as vezes e na maioria das vezes não é o que Deus tem reservado para o coração. É difícil de entender mas é necessário.
Sansão foi a Gaza, e viu uma prostituta, e coabitou com ela. Sansão sabendo do propósito de Deus para a sua vida, afastou-se dos preceitos divinos. Sansão, um jovem dedicado, escolhido, e tendo características que dificilmente um humano teria. Mas ele não se contentando com estes atributos o qual Deus lhe deu, fugiu da presença e da vontade do Senhor Deus. Observado isto, o crente, jovem, tem que vigiar, orar e fugir das tentações (II Tm. 2:22). É preciso que o jovem de hoje, ou os cristãos, estejam atentos às ciladas do diabo, pois ele não dorme, ele anda em nosso derredor, procurando nos tragar.
2) Ele não teve noção do perigo (V. 4).
Depois disto, continuou à procura daqueles prazeres sensuais que estavam a atrair a sua ruina. Ele se afeiçoou a uma mulher do vale de Soreque, não muito longe do seu próprio lugar de origem, a qual se chamava Dalila – “a consumidora”. O vale de Soreque era célebre pelas suas vinhas. E estas também ofereciam uma tentação ao vacilante nazireu que já tinha condescendido com o uso do vinho, quebrando assim outro laço que o ligava à pureza e a Deus.
Sansão, homem corajoso, guerreiro; quem disse que teve medo de entrar na toca do lobo? Em outras palavras, caiu de cara na paixoneta por Dalila. Não quis saber do que a lei de Moisés dizia. Dalila pelo que percebemos não era feia, mas bonita, charmosa, possuía grandes atributos estéticos, e como prostituta, sabia conquistar um homem. Os filisteus observavam vigilantemente os movimentos do seu inimigo. E, quando este se degradou com a sua nova aliança, resolveram, por meio de Dalila, levá-lo à ruina.
Muitas vezes vemos pessoas querendo ser super-crentes, santinhos demais achando que nada pode atingi-los, que pode vir o que vier eles estão preparados. Entram nas armadilhas de Satanás pensando que terão forças para sair, mas quando se veem dentro, estão afundados pelo pecado. Não vá além das suas forças. Se tem a certeza que só vai até certo ponto, vá! Mas se não aguentar encarar de frente as tentações, pare! Peça ajuda a Deus, e ele te ajudará.
3) Ele foi persuadido por ela (V.15).
Então, ela lhe disse: Como dizes que me amas, se não está comigo o teu coração? Já três vezes zombaste de mim e ainda não me declaraste em que consiste a tua força. Sendo Dalila uma prostituta, tinha artimanhas para conseguir o que queria. Era uma questão de tempo para ela descobrir o segredo de Sansão. Ele já estava preso nas garras da filisteia, não tinha mais forças para sair daquele caminho. A pior coisa é deixar o diabo nos persuadir para obter o segredo que temos com Deus. Ele quer descobrir a nossa intimidade, nossos planos e desvendar a nossa aliança com Ele. Não desista diante das adversidades da vida. Não deixe as ilusões tomarem conta da sua vida, pois o Senhor nos tomará nos seus braços e nos guiará. “Nem tudo o que brilha é ouro”, ou, nem tudo o que é bonito provém de Deus.
4) Ele deixou-se levar por suas emoções (V.16).
Dia após dia, Dalila insistia com ele, importunando-o todos os dias com suas palavras e molestando-o, apoderou-se da alma dele uma impaciência de matar. Contudo, um poder subtil conservava-o ao lado dela. Antes, percebemos que Dalila tinha um poderoso poder de persuasão. De tanto perturbar Sansão, ela conseguiu o seu objetivo. Sansão não conseguiu segurar a sua comunhão com Deus. De uma forma ou de outra, ele tinha um pacto com o Senhor. Pacto que nós não podemos quebrar de nodo nenhum, principalmente um tão valioso que é de Criador e criatura. Diante das tentações, não troque o pacto que há entre si e Deus. Peça-Lhe que segure as suas mãos, para não o deixar cair. Guarde o contacto, não desista, não abaixe a cabeça para as estratégias de Satanás, pois no final de tudo dirá com Paulo: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé” (II Tm. 4:7).
5) Ela descobriu o seu segredo (V. 17).
É lógico que a sequência de erros de Sansão culminaria em alguma conseqüência ruim, trágica, pois o pecado não tem piedade, Sansão a todo momento brinca com o pecado, flerta, caminha ao seu lado, o pecado muitas vezes não é palpável, mas no seu último estágio ele torna-se. Aos poucos Sansão entrega-se ao pecado e de repente fala de algo que não poderia, Sansão perdeu seu primeiro relacionamento e começa um novo relacionamento que não agrada a Deus, Dalila é contratada para descobrir seu segredo, e consegue, Sansão brincou várias vezes não contando qual era seu segredo, mas chegou um momento que não dava mais, e ele conta que ele era Nazireu de Deus, e na sua cabeça não poderia passar navalha.
O inspiradíssimo e genial pregador João Crisóstomo, comentando certa vez sobre o quanto é importante guardarmos diante dos homens os segredos que temos com Deus, analisou sob esse prisma o porquê da derrota de Sansão, e comentou: “Qualquer grande poder, se não puder guardar o seu segredo, é fraqueza. A própria fraqueza, se souber manter-se em segredo, terá grande poder. Enquanto Sansão encobriu o segredo dos seus cabelos, destruiu exércitos inteiros. Porém, no mesmo dia em que revelou o seu segredo a Dalila, teve os cabelos cortados pelos inimigos filisteus, e eles arrancaram os seus olhos, e puderam finalmente amarrar aquelas mãos poderosas que os haviam vencido tantas vezes”.
Ó quão grande exemplo do poder do segredo nós temos aqui! Sete tranças de cabelo (Jz 16:16-21), com segredo, faziam estremecer e colocavam em fuga exércitos inteiros. Porém, esse mesmo poder que vencia os soldados inimigos, esse mesmo poder que não temia nem as espadas nem as lanças dos robustos combatentes filisteus, sem segredo, foi vencido pelos golpes suaves de uma simples navalha de barbeiro.
Sábios foram os antigos portugueses em suas trovas (pequenos poemas). Eis duas delas sobre o quanto é importante guardarmos segredo: Vivemos cercados de pessoas invejosas e malignas. Que Deus nos dê sabedoria e prudência para podermos guardar os nossos segredos, sobretudo aqueles relacionados com os propósitos de Deus para a nossa vida profissional, ministerial e pessoal.
Sansão abriu-lhe todo o coração e lhe deu a conhecer o segredo: “Nunca subiu navalha à minha cabeça, porque sou nazireu de Deus desde o ventre de minha mãe; se viesse a ser rapado, ir-se-ia de mim a minha força, e me enfraqueceria, e seria como todos os mais homens”. Sansão sabia as consequências, se ele quebrasse o seu pacto com Deus. Ele expressou a Dalila o seu segredo. Então, Dalila imediatamente envia um mensageiro ao chefe dos filisteus, insistindo que viessem sem demora. Enquanto o guerreiro dormia, cortaram-lhe as pesadas madeixas do cabelo. Então, conforme tinha feito três vezes antes, ela disse: “Os filisteus vêm sobre ti, Sansão”. Despertando subitamente, pensou em exercer a sua força como antes, e destrui-los. Mas os braços impotentes recusaram-se a cumprir a sua ordem, e soube que “o Senhor Se tinha retirado dele”. Depois de ter sido rapado, Dalila começou a provoca-lo e a causar-lhe dor, pondo assim à prova a sua força, pois os filisteus não ousavam aproximar-se dele antes de estarem completamente convencidos de que o seu poder tinha desaparecido. Então, agarraram-no, e, tendo-lhe arrancado os olhos, levaram-no para Gaza. Ali foi preso com correntes e obrigado a fazer trabalhos pesados.
Mesmo tendo Sansão a convicção do seu dom, do milagre de Deus na sua vida, não vigiou e o resultado já todos nós sabemos. O que Deus quer com toda esta humanidade é o compromisso. Quando temos um compromisso sincero com Deus, somos diferentes. O diabo fará de tudo para poder quebrar este compromisso. Vai querer saber o segredo do seu sucesso. Mas quando estamos firmados neste compromisso e com total devoção nas coisas de Jesus, o Satanás pode tentar quantas vezes quiser para saber o seu segredo, mas nunca descobrirá. Não deixe por nada neste mundo quebrar a aliança que tens com Deus. Jesus pagou um alto preço para obter esta aliança que nós temos hoje. Não desperdice a honra de termos este compromisso com ele. Ele te ama. Ele te quer bem. Siga a magnífica vontade de Deus e não cometa os erros de Sansão.
a) São muitas as lições para todos nós.
Nascemos com um chamado específico para sermos um instrumento nas mãos de Deus, santos num mundo pecaminoso (Ef. 1:4). Precisamos de crer que nosso namoro com as “Dalilas”, com as coisas do mundo, são totalmente prejudiciais para nós.
Todos aqueles que querem ser amigos do mundo, são infiéis, verdadeiros adúlteros espirituais e inimigos de Deus (Tg. 4:4; I Jo. 2:15-17). Não podemos brincar com a tentação. Não somos capazes de brincar com a tentação sem cair em pecado, embora pensemos como Sansão que sim.
Temos inimigos ao nosso redor querendo a todo instante nos afastar da vontade de Deus e, mesmo assim, temos brincado com coisas que devemos levar muito a sério. Por mais sedutores e aparentemente inofensivos, pareçam os nossos relacionamentos fora dos princípios de Cristo devem ser evitados. É o momento de nos perguntarmos se temos ido ao encontro de coisas, lugares e pessoas que deveríamos fugir.
Com qual “Dalila” nos temos relacionado? Que paixão pelas coisas do mundo nos tem importunado diariamente, querendo nos fazer cair em pecado? Não podemos brincar com a tentação, menosprezá-la, por isso a melhor coisa a fazer é o que Paulo recomendou a Timóteo, o que José fez, ou seja, fugir! Aprendamos com Sansão que todos nós, por melhores que possamos pensar ser, por mais fortes fisicamente que sejamos ou por mais autoconfiantes que pensamos ser, a verdade é que somos frágeis e impotentes diante da tentação sem a graça de Deus. Que abandonemos todos os tipos de relacionamentos prejudiciais à nossa vida cristã urgentemente. Tudo o que estivermos plantando, colheremos. Sansão que o diga.