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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Quem Está Debaixo das Bênçãos do Senhor Não Deve Tomar Decisões Precipitadas


Texto: Rute 1.1-22
Introdução
Vemos a história de um homem chamado Elimeleque, tomando uma decisão que mudou a sua vida, a vida de sua esposa e de seus filhos. O livro de Rute corresponde à época dos Juízes, e nesta época, não havia Rei em Israel, o povo fazia o que bem entendia e agia da forma que eles achavam correto.
A Bíblia diz que, “na época em que os Juízes julgavam a terra, houve fome em Israel”. Foi neste período de fome que Elimeleque tomou a decisão de se mudar para a terra de Moabe. Ele escolheu sair da terra de Israel e mudar-se para um outro país à procura de alimento e socorro.
A princípio, esta decisão parecia ser correta, mas não foi. Muitas vezes, quando nós enfrentamos momentos de lutas ou quando a fome bate à nossa porta ou quando os negócios não vão bem, nós somos obrigados a tomar decisões em nossas vidas que, nem sempre, serão as melhores, pois, são decisões precipitadas, e nós iremos sofrer as consequências das decisões que tomamos hoje e no dia de amanhã.
Decisões precipitadas são portas abertas para profundas deceções. Quando se tem uma decisão a tomar, deve-se pensar muito bem nesta decisão. É preciso saber qual é o melhor caminho para a nossa vida. A vida é feita de decisões e por isso elas devem ser bem pensadas, bem orientadas por que delas depende o rumo de toda a nossa vida, de toda a nossa bênção.
Infelizmente temos visto famílias inteiras sendo arrasadas por conta de decisões mal tomadas, por conta de decisões precipitadas, por conta de decisões tomadas no calor das emoções, não só nas famílias, mas também nos casamentos, nas sociedades de empresas, e o mais aterrorizador nas Igrejas. Igrejas e mais Igrejas têm vagado no deserto da apatia, da ineficácia por terem tomado decisões que não eram da vontade de Deus. “Do Senhor procede toda a decisão” (Pv. 16:33b)!
A mudança geográfica não significa que os problemas vão terminar. Mudar de casa não vai resolver o problema. Mudar de cidade não vai resolver o problema. Mudar de igreja não vai resolver o problema. Pensar em fugir, não resolverá o problema. Deus não quer que tomemos a decisão de agir desta forma. Deus não quer que tomemos decisões precipitadas. Nós temos que ser sábios.
Este tipo de problema aconteceu com Abraão. A Bíblia diz que Deus falou a Abraão: “olha, eu lhe darei esta terra, para habitares nela”. E houve fome na terra e Abraão saiu e foi para o Egito pensando: “bom, eu vou fugir da fome. Deus tem outro caminho, onde estou, está difícil. Eu vou fugir”.
Nem sempre estas mudanças serão o melhor de Deus para a nossa vida. Precisamos de orar muito antes de tomar uma decisão, precisamos de consultar a Palavra, e perguntar a Deus o que devemos fazer. Muitos perdem a bênção do Senhor em suas vidas por tomarem a atitude errada. Buscam o caminho errado, fazem negócios que Deus não mandou fazer e vão para lugares que Deus não mandou ir, e depois choram e reclamam pensando que Deus não os abençoou.
A precipitação é algo terrível em todas as áreas da nossa vida, por isso, é importante que pensemos e reflitamos antes das nossas decisões. Antes de tomarmos as nossas decisões é necessário que tenhamos uma noite entre o pensar e o decidir. Toda a tomada de decisão rápida é incoerente, e deixa cicatrizes difíceis de serem curadas. Devemos tomar cuidado nas decisões que vamos ter que tomar em nosso dia a dia por que se nos precipitarmos em tomá-las, a nossa vida poderá ser arruinada. Quantas pessoas decidem precipitadamente, fazem de suas vidas uma tempestade, um verdadeiro inferno. A palavra de Deus orienta-nos a “ter pressa no ouvir e ser tardio no falar”, mas há muitas pessoas que respondem antes de pensar, de refletir sobre a verdade. “O que responde antes de ouvir é tolo e passa vergonha” (Pv. 18:13).
Ao meditar naquele texto bíblico veio também ao meu espírito a situação do filho pródigo, um personagem bíblico, o qual nos mostra a infelicidade de uma pessoa que tomou decisões precipitadas e sofreu duramente por isso, e não só ele sofreu, mas todos os que fazem parte do seu nível de relacionamento mais próximo, a sua família.
Quantas pessoas que por não pensarem direito sobre algo e não pedirem orientação a Deus sobre as decisões a tomar, quebram princípios da palavra de Deus, desonram ao Senhor e jogam fora tudo o que conquistaram em sua vida, simplesmente por terem tomado decisões precipitadas ao longo de sua vida. Precisamos de pedir a Deus sabedoria e conselho em nossas decisões, pois “onde não há conselho fracassam os projetos, mas com os muitos conselheiros há bom êxito” (Pv. 15:22).
Existem situações em que a vontade de Deus não é evidente e temos que buscá-lo para ter o discernimento para onde devemos ir. Nesses momentos, muitas vozes nos rodeiam e podem nos confundir facilmente. Situações em que precisamos de tomar uma decisão importante e precisamos da direção de Deus, e é nessas situações que precisamos de nos calar, calar as vozes que nos rodeiam e ouvir a voz de Deus, porque só Ele sabe o que é melhor para nós. A vontade dele é perfeita, sem falhas, sem erros, e é nela que precisamos estar para estarmos seguros e abençoados!
Existe uma palavra profética flutuando nos céus sobre as nossas cabeças, a qual devemos tomar por divisa, e a qual nos deve impulsionar para esperarmos pelo sobrenatural de Deus em todas as áreas da nossa vida. Diz-nos o Senhor que os nossos olhos não viram, nem nossos ouvidos ouviram, nem jamais penetrou no nosso coração o que Ele tem preparado para nós, para os que O amam (1 Co. 2:9). Há um selo da parte de Deus sobre nós, que nos separa para a bênção e nos habilita para conquistarmos o sobrenatural de Deus. Aleluia!
No entanto, como temos refletido, não entraremos no campo do sobrenatural de Deus de qualquer maneira. Há um caminho a ser percorrido diante de nós! Um caminho que, ainda que atravesse o vale tenebroso, certamente, vai levar-nos a contemplar a fidelidade e o poder de Deus. O Senhor sabe para onde quer conduzir-nos e tem poder para o fazer, apenas requer de cada um de nós uma postura adequada e ajustada aos Seus propósitos. Aleluia! Alimentemo-nos da Palavra de Deus, dia-a-dia, e ela se tornará uma lâmpada a iluminar os nossos caminhos. À luz da Palavra, nossos passos serão seguros, vigorosos, e não precisaremos mais de recuar diante do desconhecido. Nada será obstáculo diante das promessas de Deus que alimentam o nosso coração com a fé.
No texto de Rute vemos um homem, cujo nome era Elimeleque, que também tinha um selo de nascença para viver no campo do sobrenatural de Deus e prosperar de forma extraordinária, mas, infelizmente, porque tomou a decisão errada no meio da crise, porque não tinha alguém que lhe dissesse que ficasse em Belém, não conseguiu, mas neste dia, como servo de Deus, eu lhe digo para permanecer na casa de Deus, seja fiel na crise, por que Deus é fiel. Ele é a nossa Rocha, a nossa Fortaleza, confie no Senhor e Ele tudo fará!
O homem pode fazer planos, mas a resposta final vem de Deus. Temos que descobrir quais são os planos de Deus para a nossa vida, pois, de contrário vamos fracassar.
1.     Quem Era Elimeleque?
Elimeleque, descendente de Efraim, era da tribo de Judá, e seu nome quer dizer “meu Deus é rei”. Efraim, que pode ser traduzido por “duplo monte de cinzas: eu serei duplamente frutífero”, era o segundo filho de José e teve a preferência sobre o primogénito Manassés. Elimeleque era, pela graça divina, um efrateu (frutífero).
Era casado com uma mulher especial, cujo nome era Noemi (Agradável, Encantadora, Amável) – o judeu geralmente associava o nome à personalidade da pessoa - e tinha dois filhos homens, Malom (Fraco, Doentio) e Quiliom (Tristeza). Vivia em Belém, que viria a ser no futuro a cidade de Davi, e que quer dizer em hebraico “casa do pão”, o lugar profético da provisão e do sustento e, por causa do seu nome (Elimeleque: meu Deus é rei), recebeu de seu pai um selo profético para a sua identidade de nobre, vitorioso e plenamente suprido pelo Senhor dos Senhores. Como se pode ver, esse homem, sem muito esforço, tinha tudo para prosperar e vencer, mas não conseguiu, pois ao determinar nomes como aqueles para os filhos, dava sinais claros de que não tinha muito juízo. Dá para entender como a sua fraqueza era algo grave.
2.     Por que Elimeleque não prosperou?
Diz o texto que, devido a uma grave crise na área económica da cidade, houve fome na terra durante um tempo. Elimeleque (o meu Deus é rei), servo de Deus, quando se viu em aperto com a sua família por causa da crise (fome), o que é que ele fez? Resolveu sair da cidadecasa do pão”, com a esposa e seus dois filhos, da terra “que era um duplo monte de cinzas e duplamente frutífera”, para morar na terra de Moabe. Porém ele fez a pior escolha, que resultou em terríveis consequências. Saiu da terra de seus pais e foi morar numa terra de um povo que adorava outros deuses. Ele escolheu fugir, ao invés de encarar a crise; como se fugir dos problemas, das afrontas, mudar de cidade, de casa e igreja, fosse a melhor caminho. A sua alma era tão enferma que ele chamou aos dois filhos que gerou de Malom (doente) e Quiliom (desfalecimento). Por ter uma alma que só concebeu doença e desfalecimento, não foi capaz de viver o tempo profético da provação e tomou a decisão errada de não perseverar na terra da provisão, fugindo para a terra de Moabe e abortando assim o sobrenatural de Deus para a sua vida e família. A terra de Moabe foi originada a partir de um povo o qual teve origem numa relação incestuosa de Ló e a sua filha primogénita, Ló tornou-se assim, o pai dos Moabitas (Gn. 19:37). Moabe significa “família de um pai”. Esta terra compreendia uma região fértil e bem regada dos planaltos que se estendem a leste do mar morto, região chamada, atualmente de Transjordânia. Os moabitas seduziram Israel em suas práticas idólatras. (Nm 25.1), eles adoravam ao deus Baal-peor e Camos. O Senhor proibiu que deixassem um moabita entrar na sua assembleia (Nm. 13:1; Dt. 23:3).
Meditando nestes versículos vê-se que o mandamento de Deus era para que não houve-se nenhum tipo de contato entre o povo de Deus e o povo de Moabe, mesmo assim Elimeleque contrário às orientações das escrituras e do mandamento saiu de Belém e vai para a terra de Moabe, o que foi um erro para ele e sua família. Deus lhe teria enviado pão. Mas Elimeleque foi para uma terra que não era a sua, motivado pela fartura da terra, as bandejas da prosperidade humana e longe da orientação de Deus.
Elimeleque peca ao não crer na provisão de Deus em sua vida. Romanos 6:23ª diz: ”o salário do pecado é a morte”, portanto, pela desobediência à palavra Elimeleque morre, como era o cabeça da família ela paga as consequências de sua decisão. Moabe representa o mundo com as suas ofertas e encantamentos de suas colinas verdejantes e pastos bons para se plantar. Mas neste lugar habita um povo que não é a congregação dos justos. 1 João 2:15 diz: “não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do pai não esta nele”.
Por isso, o caminho se tornou mais e mais escuro, por causa da sua alma que, diante das adversidades, denunciou-se como enferma. Tudo em torno da vida daquele homem era profético e apontava para a vitória e para a provisão abundante, mas ele colheu derrota e morte. Como muitos de nós, ele tinha tudo para dar certo, mas deu errado.
Nas terras de Moabe eles não se deram bem, como já era esperado, já que saíram da proteção do Senhor para buscar ajuda em terra estranhas. Todo o contexto profético de bênçãos e vitórias em torno dele foi maculado pela sua alma doente. O texto diz que depois de um tempo naquele país, morreu Elimeleque, e seus filhos casaram-se com mulheres moabitas. Além da morte, ele também não presenciou à providência de Deus em Belém. A Bíblia não fala o motivo de sua morte (algum animal no campo que o feriu, não sabemos se foi uma cilada de bandidos), mas sabemos que foi uma morte não-natural, não foi uma morte de velhice, pois o texto diz que sua esposa ficou viúva com os dois filhos para serem criados.
Lembre-se que, toda a ação terá uma reação. E, ele teve uma atitude infeliz, ele (fugiu, mudou-se, se ausentou de Betel, para a terra de Moabe (terra amaldiçoada por Deus). E consequentemente, recebeu o salário, o pagamento de sua escolha, que se diga de passagem, foi baseada em fuga, desistência, precipitação! E não em Deus, nos seus conselhos, na palavra. E o resultado da escolha foi a morte!
3.  Quem está debaixo das bênçãos de Deus não pode tomar o caminho que parece certo mas que é errado.
Porque as decisões erradas trazem problemas. A mudança de Elimeleque parecia, a princípio, uma mudança de residência e, com sinceridade de coração, ele pensou que o melhor caminho seria ir para Moabe. Mas a Bíblia declara que logo após a mudança, ele morreu e que alguns anos depois, seus filhos também morreram. Por uma decisão que o pai tomou, a família inteira sofreu as consequências.
O marido é o sacerdote da casa, é o ministro de Deus em seu lar e as decisões que ele tomar, afetarão a vida de seus filhos e de seus netos. Tenha o temor de Deus em sua vida e tome as decisões corretas. O homem morreu e sua esposa ficou desamparada, sozinha longe de seu povo e tudo isso porque Elimeleque ficou com medo da fome.
Elimeleque tinha planos, tinha sonhos. Nós podemos sonhar, mas muitas vezes não é o sonho que Deus tem para a nossa vida. O que Deus quer é que sonhemos com os planos dEle para a nossa vida. Tenho visto pessoas tomarem decisões erradas e sofrerem na vida, levando com elas os seus familiares. Por vezes, perde-se tudo o que se tem porque fugimos da terra que Deus tinha para nós. Em determinadas situações, Deus permite que a fome venha sobre o país, para que confiemos mais nEle e não nas circunstâncias. Ter medo do diabo e da crise, não é de Deus. Esta não é a decisão que temos que tomar. Muitos morrem mais cedo por decisões erradas. Deuteronómio diz que devemos ensinar os nossos filhos a estudar a Palavra desde pequenos. Mas, muitas vezes, nos esquecemos da Bíblia e lá no quarto ao invés da Palavra, está a fotografia de uma banda de rock qualquer ou de um ídolo da novela. A palavra de Deus nos mostra que, há muitos caminhos que ao homem parecem corretos mas, o fim deles são caminhos de morte. A bíblia sagrada é uma bússola que indica o caminho que o homem deve seguir
Tome cuidado com as decisões que toma. Se forem decisões radicais, preste atenção, ore, consulte a Deus, fale com irmãos maduros, não seja precipitado, seja humilde. Deus vai falar consigo e então, tomará a decisão certa que irá mudar a sua vida.
As decisões que tomar podem fazer da vida de seus filhos uma bênção ou levá-los à perdição. As palavras que fala podem ser de bênção ou de destruição. A semente que semeia, o estilo de vida que tem em casa, o modo como trata a sua esposa, o modo como, homem fala no trabalho com os seus amigos e o modo como trata dos assuntos espirituais, podem afetar a vida de seus filhos e podem trazer bênção ou maldição sobre a sua casa. Deus colocou na sua mão uma chave que fecha a porta para o diabo agir. Deus lhe deu autoridade, use-a com sabedoria. Muitos entregam o seu lar ao diabo, e deixam seus filhos assistirem a qualquer coisa na TV. Muitos pais não aceitam que seus filhos levem bronca na escola, quando eles fazem coisas erradas. Estas decisões vão afetar a sua vida, e nós não queremos estas coisas em nossas vidas.
Diante das crises e das adversidades precisamos de nos agarrar à palavra profética que está liberada sobre nós e de nos consolidarmos no Deus da promessa. Elimeleque, que não percebeu e não entendeu a voz de Deus, não foi capaz de resistir à pressão da crise e resolveu tomar algumas decisões que foram fatais para a sua vida e para a sua casa. Porque se esqueceu quem era (“meu Deus é rei”), resolveu não perseverar na “casa do pão”, “na terra duplamente frutífera” e foi, com toda a sua casa, para o lugar da sua morte e vergonha. Diante da crise, saiu da rota do sobrenatural de Deus, porque certamente foi pressionado por algumas das enfermidades da sua alma, tais como: o medo, a insegurança, a incredulidade e a precipitação.
Se temos um selo profético de vitória sobre as nossas vidas, não podemos nos mover no tipo de “unção de Elimeleque”, uma unção comprometida pelas destilações de uma alma doente e desfalecida. Precisamos, sim, de perseverarmos, de maneira correcta, com ousadia e determinação, no território da nossa promessa. Rejeite e lance fora de sua vida, todo o medo, insegurança, incredulidade e precipitação. Creia que seu casamento, sua família, seu ministério e tudo o mais que está debaixo da palavra profética é “casa do pão” e está numa “terra duplamente frutífera”.
 “Mas os olhos do Senhor estão sobre os que o temem; sobre os que esperam no seu constante amor, para livrar as suas almas da morte, e para os conservar vivos na fome” (Sl. 33:18-19). Se obedece à Bíblia e se consagra a Deus, esta palavra é para si.
No dia da fome Ele vai suprir as suas necessidades e não precisará de mudar de lugar para ver as bênçãos de Deus, Ele o alcançará. Podem vir os planos económicos, a crise, a fome, o desemprego, mas Deus diz que vai guardar a sua vida e o vai suprir no meio da crise e fome. Esses factores se alinham de tal forma na vida de pessoas como ele, que invariavelmente neutralizam a unção do conquistador e vitorioso. A falta de perseverança o deslocou do território profético da promessa para o território da maldição e do opróbrio. Não podemos ceder à alma enferma nos tempos da crise, para não sairmos da rota do sobrenatural de Deus. Devemos confiar no Senhor, na Sua palavra e não desanimar e nem voltar para trás, mas permanecer firme.
O Senhor conhece os dias dos retos, e a sua herança permanecerá para sempre. Não serão envergonhados nos dias maus; nos dias de fome se fartarão” (Sl. 37:18-19).
Deus nos quer ensinar a confiar nele quando os nossos olhos não veem nenhuma solução para os problemas. É crer para ver a glória de Deus. A Bíblia diz em Deuteronómio 11:13 – “Diligentemente”. Se obedecermos a Deus ele nos abençoará. Mas, a Bíblia também diz a todos aqueles que se desviarem e forem atrás dos ídolos, Deus fechará os céus e a chuva, e a terra não dará o seu alimento e, consequentemente, virá a fome sobre a terra.
A fome e a seca vêm sobre uma nação quando ela é idólatra. Quando uma nação coloca alguma coisa à frente de Deus - não apenas uma estátua de um santo, mas até mesmo pessoas, objetos e passam a depender mais dessas coisas do que de Deus - Ele fica irado contra essa nação, e haverá fome e seca, ela sofrerá as consequências de sua desobediência.
Naquela época, cada um fazia o que achava mais reto, e cada um fazia a seu modo. Sobreveio a fome e Elimeleque, que era judeu, deveria confiar em Deus e ficar naquela terra.
 Não tome decisões apenas por que as situações estão complicadas. Antes de decidir qualquer coisa pergunte a Deus, ore e derrame o seu coração e a sua vida diante de Deus. Ore, jejue, levante-se de madrugada e passe algum tempo em oração, pergunte a Deus qual é a decisão que deve tomar. Diga a Deus: “Senhor eu não quero tomar a decisão errada, eu quero andar de acordo com a tua palavra’; e se for sincero, Deus vai falar consigo de uma maneira tremenda.
Deus pode falar por meios que, muitas vezes, não são os meio convencionais. Deus fala através da Palavra, através de um irmão, por profecias, por sonhos, por revelações, por palavras de conhecimento, visões e de diversas formas. O mais importante é que ouça a voz de Deus para a sua vida.
4.  Deixar a unção de Elimeleque e receber a unção de Boaz.
Precisamos de deixar a unção de Elimeleque e receber a unção de Boaz, que além de ser parente de Elimeleque (logo estava nas mesmas condições proféticas) e viver na mesma geografia (logo estava exposto à mesma fome que visitou Elimeleque), não fracassou e prosperou.
Boaz é aquele que Deus levanta para investir em sua vida. Boaz é alguém que vem como resposta de Deus a uma vida de honra. Boaz é alguém que vem para redimir de uma situação de dificuldade e torna-se canal da bênção de Deus na vida dela.
Toda a pessoa que vive no princípio da honra, um dia vai encontrar alguém que vai decidir investir em sua vida. Essa é a unção de Boaz que virá sobre a sua vida! Boaz, portanto é a unção do favor que vem de graça sobre a vida de uma pessoa. A unção do investimento.
A unção de Boaz, é a unção que honra o desprezado, o humilhado, o que não tem nada, o que precisa de tudo. A unção que o favorece quando ninguém aposta em si.
Boaz (que quer dizer “rapidez”, “nele está a força”) não deixou que as debilidades da sua alma o conduzissem e, na hora da crise, perseverou como frutífero, na casa do pão, na terra duplamente frutífera. Boaz, que como Elimeleque era próspero, permaneceu, venceu o tempo da crise e prosperou ainda mais, tornando-se um “guibor” ou guerreiro aprovado na batalha. Por causa disso, Boaz tornou-se o remidor ou resgatador da casa de Elimeleque (Ler Rute capítulo dois).
Creia que o Senhor o está chamando para mergulhar na unção de Boaz, para se tornar um “guibor” e senhor de muitos bens e resgatador da sua casa e genealogia. O Senhor quer ungi-lo de tal forma, que tudo o que é ou está doente e desfalecido em sua vida, casa ou família seja erradicado e substituído pela plenitude da promessa.
Ainda hoje, muitos que estão na Igreja, são geração de Elimeleque, porque durante boa parte da vida, conviveram com pessoas e líderes (inclusive pais e mães) que só se moviam debaixo da unção de Elimeleque, manifestando medo, insegurança, incredulidade e precipitação, destilando palavras que promoveram em suas vidas doença e desfalecimento, mas o tempo da mudança e do resgate chegou. Sua vida será visitada pela unção do “guibor”, do guerreiro aprovado nas batalhas, e o Senhor o usará para mudar os céus proféticos sobre a sua cabeça, família e histórico e resgatar tudo o mais que esteve na terra de Moabe, para plantar na terra duplamente frutífera da promessa.



segunda-feira, 26 de novembro de 2012

As Quatro Estações da Vida

 
Porque eis que passou o inverno; a chuva cessou, e se foi; Aparecem as flores na terra, o tempo de cantar chega, e a voz da rola ouve-se em nossa terra. A figueira já deu os seus figos verdes, e as vides em flor exalam o seu aroma; levanta-te, meu amor, formosa minha, e vem” (Ct. 2:11-13).
Enquanto durar a terra não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor. Verão e Inverno, dia e noite” (Gn. 8:22).
Introdução
É interessante como a natureza conhece as suas estações e compreende a linguagem de cada uma delas. Cada estação do ano tem as suas características bem específicas e nos revelam a beleza presente na harmonia dos contrastes. O outono é a estação dos ventos fortes e das folhas que caem. É a vida que se renova. O inverno é a estação das chuvas fortes, do frio e da pouca luz. É a vida que se retrai. Na primavera, as cores revestem a natureza de uma beleza rara. É a esperança que desponta. E no verão, o brilho do sol e a força da luz exaltam a criação. É a vida em plenitude.
Tal como a natureza, que tem sempre muito a nos ensinar, e uma grande lição nos é dada pelas estações do ano, a vida humana também tem as suas estações. Temos que entender que espiritualmente dizendo passamos por cada uma dessas estações. É claro que não podemos aplicar o tempo delas na nossa vida, porque na nossa vida é diferente, quem define o tempo é Deus. Existem pessoas que passam pelo inverno da vida cristã durante muitos anos, outros somente alguns meses, e assim acontece com as outras estações. Só Deus pode determinar o tempo de cada estação na vida do cristão. Para o povo de Israel foram quarenta anos de caminhada no deserto de intenso “outono e inverno” preparando-os para a chegada de um novo tempo, a “primavera e o verão”.
Cada estação dura aproximadamente três meses e possui características específicas, como o calor e o frio. Outro ponto interessante é que elas seguem ciclos anuais, pois a terra está constantemente em um movimento de Translação.
A nossa existência precisa de ser compreendida, também, a partir dos seus contrastes. Em nossas vidas, passamos por fases que chamo de estações da vida. Perdas e danos; frio e calor; escuridão e brilho, fazem parte das múltiplas facetas da vida que se renova, que se refaz, e que triunfa vitoriosa, ainda que, de tempos a tempos, conheça a dor, as derrotas e o sofrimento. São as estações da vida, como momentos, necessários, da nossa existência.
Já tentou imaginar um ano só de frio ou de intenso calor? Pois é difícil até de imaginar devido ao país em que vivemos. Se de facto isso acontecesse mesmo com a estação climática todos seriam afetados, pois cada estação é encarregada de alguma coisa na natureza, bem como, são fundamentais para a agricultura, hortifruticulturas e também a pecuária. O Deus soberano, conhecedor de todas as coisas, pensando nisso, fez um ano com quatro estações, a saber: “Primavera, Verão, Outono e Inverno”, pois precisamos de cada mudança e transformação que as estações trazem... ninguém aguenta um inverno tão longo e tenebroso; ninguém suporta um verão tão intenso e interminável. Precisamos do aconchego da primavera e do outono; pra equilibrar os invernos e os verões de nossas vidas!
As estações não existem só para embelezar a sacada de seu apartamento ou para deixar o seu pomar na sua quinta mais bela, é claro de acordo com a estação. Não! Elas são encarregadas de muito mais do que isso, cada uma dessas estações tem uma função específica e todas juntas dão o equilíbrio que a cidade, estado, país e o mundo precisam para plantar, colher e etc.
Ao meditar no texto maravilhoso acima referenciado, analisando estas verdades acerca das estações, sem dúvida alguma que elas são encarregadas do equilíbrio climático do nosso mundo.
Salomão ao escrever aqueles versículos diz: “Porque eis que passou”. Isto significa que muitas coisas na nossa vida são transitórias e passam, como: dinheiro, amigos, fama, status, tudo isso passa, mas a Salvação, a Fé e a Esperança permanecem.
1. O que Podemos Aprender com a Natureza?
Podemos aprender sempre algo com essa analogia. A natureza é sábia e sempre encontra uma forma de nos advertir quando há agressões, por ela imposta, fora dos limites. Veja se não é assim com a nossa saúde: se desequilibramos com o cuidado do nosso corpo, logo algo ocorre para compensar e garantir o bom funcionamento do organismo. Se excedemos os limites do trabalho, ficamos stressados e adquirimos doenças e temos que repousar para recuperar. Se ficamos algumas noites sem dormir, o organismo enfraquece e teremos que repor as energias.
As quatro estações do ano, primavera, verão, outono e inverno, podem ser chamadas de: O ciclo reprodutivo da terra. Mas elas também podem ser aplicadas na vida do Cristão. É claro que não podemos aplicar o tempo delas na nossa vida. Nas estações climáticas todas elas operam dentro de um ano e cada uma é de três meses. Entretanto, na nossa vida é diferente, quem define o tempo é Deus. Só Deus pode determinar o tempo de cada estação na vida do cristão. Para o povo de Israel foram quarenta anos de caminhada no deserto de intenso “outono e inverno” preparando-os para a chegada de um novo tempo, a “primavera e o verão”. Existem pessoas que passam pelo inverno da vida cristã durante muitos anos, outros somente alguns meses, e assim acontece com as outras estações.
Mas, se há estações naturais, há também estações espirituais. Creio que as estações do ano podem se aplicar a fases de nossas vidas e de um modo geral a toda a nossa existência. Não há como fugir das estações da vida espiritual, pois elas são indispensáveis para o processo de Deus na nossa frutificação.
Há fases na nossa vida que mais parecem as flores da primavera que ajudam a florescer e a valorizar as nossas conquistas. Há ocasiões em que tudo dá certo, apesar de nem sempre as nossas ações estarem alinhadas com a lógica. Nessas ocasiões, o melhor seria uma boa dose de prudência, para não achar que há bem que perdure. Pois, como na natureza, outras estações estão a caminho.
A Primeira Estação – Inverno - Tempo de Frio!
Após a preparação do outono, entramos no Inverno, que é caracterizado pelo frio e pelo vento forte, que varre a nossa vida como se varresse árvores e derrubasse os galhos enfraquecidos; que varre a nossa vaidade como se varresse árvores e derrubasse os frutos amadurecidos e passados; que varre a nossa arrogância e intolerância como se varresse toda a sujeira da rua e a deixasse como uma passarela para uma nova era que chega. É nesta fase que podemos crescer, pois assim como a árvore penetra as suas raízes no solo atrás de nutrientes, para crescer, também nós precisamos de buscar nas bases fundamentadas de nossas vidas para evoluir. Precisamos de saber onde buscar, pois no inverno as fontes nutritivas são poucas. Certamente que se lembra da história do gafanhoto e da formiga, onde o gafanhoto padece no inverno, pois brincou e não se preparou para a estação. Em contrapartida as formigas estavam bem, já que tinham armazenado alimento, (elas sabiam onde o procurar). Devemos buscar e beber de Deus quando tudo parece chegar ao fim, quando a dor parece não cessar, pois Ele está no controle e somos dEle.
Quando estamos mais bem preparados para o frio do inverno, nos revelamos mais acolhedores, compreensivos, benevolentes, humildes e atentos ao calor humano que ajuda aquecer a nossa alma. Contudo, não será fácil tolerar o vento que estraga a nossa decoração, o nosso telhado e consome o que restou de nossas energias tão necessárias para aquecer a água do chá, do banho e de nossa autoestima. Mas, servirá para darmos mais valor às pequenas coisas que de tão natural parecem não ser essencial, para nos lembrar que os tempos de bonança são oportunidades para acumular energias e para suportar os vendavais que um dia acabam chegando. Servirá, também, para nos lembrar que mesmo nos momentos mais difíceis podemos vencer se nos mantivermos firmes em nossos propósitos.
Nós podemos nos divertir no verão, preparar-nos no outono, mas só cresceremos no inverno. Em nossas vidas, só evoluímos no inverno, pois é nele que nos encontramos mais íntimos com nós próprios. Podemos estar a passar por um momento muito difícil de nossa vida hoje, uma fase de inverno, mas devemos de nos lembrar que “O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã” (Sl. 30:5)!
O certo é que as estações existem e é mais sábio aprender a lidar e conviver com elas do que resisti-las. Até porque, como diz o ditado popular, não há bem que perdure e nem mal que nunca passe.
Não é difícil perceber a chegada do inverno. Pois ele é o tempo das provações e das de lutas, o tempo em que o crente não tem folhas para se agasalhar, a sua árvore está fraca. O inimigo também aproveita esta estação para atacar e sem dó e sem piedade. No inverno escurece mais cedo, o frio e a escuridão entristecem a alma, pois tudo é escuridão longe da casa de Deus. Os dias são curtos, isto é, se tem alegria ela é passageira e falsa. O coração reclama de uma lareira e um cobertor. É a estação da solidão, dos questionamentos profundos, de agudas crises existenciais. Tudo parece escuro ao nosso redor. Queremos algo que nos aqueça a alma e alguém que nos escute o coração. Mas, o inverno não dura para sempre! A Bíblia também afirma que: “O pranto pode durar uma noite, mas a alegria vem ao amanhecer”.
Nesta estação, muitos se esquecem de que Deus é fogo consumidor (Hb. 12:29) e Jesus disse que veio lançar fogo sobre a terra (Lc. 12:49), o Espírito Santo desceu como língua de fogo sobre a igreja (At. 02:03) e mais se parecem como uma pedra de gelo, diante do frio e da solidão.
Saia agora mesmo da monotonia de ser um cristão abaixo da média, levante-se e desperte de seu sono, pois o Senhor é Deus dos vivos e não dos mortos. Sabe por quê? Por que o morto é gelado e o vivo tem sangue nas veias.
Para encerrar esta estação gostaria de vos lembrar de algumas palavras que Jesus disse quando falava do fim dos tempos: “Rogai para que esse dia não aconteça no inverno”. Ele sabia do que estava falando, a frieza espiritual mata o homem físico. Amado não morra, Jesus veio para dar vida e vida com abundância.
a)  As Consequências do Inverno na Nossa Vida
No inverno, temos a época mais fria do ano, marcada pela neve (em algumas regiões) e ausência de fertilidade. Assim como em nosso planeta, também em nossas vidas, enfrentamos os invernos. O frio ocasionado pelo inverno nos faz ficar mais retraídos, conversamos menos, falamos pouco com amigos, parentes, cônjuge e até no culto, não porque somos frios por natureza, mas, porque estamos retraídos por causa da estação que estamos vivenciando (inverno), ficamos inertes diante das situações adversas, fechados dentro de nós mesmos e às vezes literalmente fechados até mesmo dentro de nossas casas e quartos, não conseguindo sentir o calor das pessoas, da motivação e do entusiasmo, não conseguindo frutificar em praticamente nenhum sentido. E se existe algo que aprendi na caminhada cristã é que as dificuldades, reveses ou agruras da vida nos inibem.
Como é bom passarmos o inverno acompanhados por alguém, Paulo disse aos Coríntios que queria passar o inverno com eles (1 Co. 16:6). O inverno em si já é difícil, quanto mais passarmos sozinhos. Mas graças a Deus que independentemente de algum amigo estar connosco nos momentos difíceis ou não, o Senhor Jesus nos garantiu que: “Estaria connosco todos os dias até a consumação dos séculos” (Mt. 28:20).
Se porventura está passando pelo inverno da vida, em que não há nenhuma força natural, em que sente que morre, não se desespere, ele não é permanente, pois ninguém será capaz de experimentar o poder da ressurreição se não morrer antes. Mas sabe qual é o propósito dessa estação? Deus quer produzir uma fé legítima, forte e inabalável, que não pode ser mudada por circunstâncias exteriores. Mesmo que pareça que não tenha fim tamanha prova enfrentada, ainda assim ela passa, Salomão disse: “Porque eis que passou o inverno; a chuva cessou, e se foi; Aparecem às flores na terra, o tempo de cantar chega”. O inverno vai passar, é tudo um ciclo que começa e termina. E quando terminar vão aparecer as flores e o tempo de “Cantar” vai chegar e tudo será novo. Creia! No nome de Jesus!
A grande diferença das estações climáticas para as aplicadas à nossa vida é que: na primeira elas se aplicam a um contexto geral (mundo), e todos são afetados por se tratar de algo coletivo. É claro dependendo do hemisfério, ex.: quando é inverno aqui, é calor no Brasil.
Agora, nas estações aplicadas à nossa vida espiritual, elas são individuais. Pode ser que eu viva hoje pelo outono e você pelo verão. Pode ser casado, solteiro, pastor ou um simples membro, mesmo assim elas se aplicam individualmente. Considerando que cada um precisa de fazer a leitura da sua vida espiritual e entender por qual estação está passando, para poder assim extrair todas as lições que elas podem nos ensinar.
No inverno as árvores são estéreis, os campos estão cobertos de neve e as campinas são enrijecidas pelo frio. O cristão, portanto, precisa de estar sóbrio, ou seja, lúcido e vigilante (2 Tm. 4:5a), para não ser tomado pela letargia que é um efeito que acomete alguns animais e os fazem dormir o inverno inteiro, que também é chamado de estado de hibernação (2 Tm. 4:21; Pv. 20:4; Mt. 24:20). Normalmente o processo de Deus que visa tornar um crente frutífero, começa com o Inverno. É no Inverno que as folhas das árvores caem completamente, não tem flores e não tem frutos. As imperfeições da árvore são manifestas, significando que nesse tempo, Deus começa por arrancar todas as nossas máscaras e fachadas de espiritualidade, Deus permite situações para expor totalmente a nossa realidade; é quando nossa sinceridade é conferida.
No Inverno, a árvore parece até que está morta, mas aquilo que parece a morte da árvore, na verdade é essencial para a sua sobrevivência; a vida continua dentro da árvore, os nutrientes que eram usados para manter as folhas, as flores e os frutos, agora são canalizados para o seu fortalecimento interior, preparando-a para um novo ciclo reprodutivo. Está provado cientificamente que no Inverno, as raízes das plantas se desenvolvem substancialmente e dão maior estabilidade para a árvore. Deus é especialista em nos fazer chegar ao fim de nós mesmos, nos fazer despojar de tudo, inclusive da nossa justiça própria, que não passa de um trapo de imundície (Is. 64:6). Deus pode nos isolar, tirar nossa fama, nossa ostentação, sabedoria humana, orgulho, vaidades, cargos, etc., e nos despojar de tudo o que são obstáculos para o nosso crescimento e frutificação. Não nos desesperemos, pois logo após esta fase do inverno, chegamos à primavera, que tem como característica as flores e os frutos.
Quando tudo parece perdido, e pensamos não haver mais saídas, a semente começa a brotar. Nasce no coração uma esperança. É a vida que ressurge na força dos sonhos e, com eles, a existência se reveste de cores, outra vez. É a primavera chegando, trazendo a beleza que pensávamos perdida. Tudo parece se revestir de um novo sentido, como um poema de rara beleza.
A Segunda Estação – Primavera - Tudo se faz novo!
O termo primavera significa “princípio da boa estação”. Esta é a estação mais florida do ano! Representa a época primeira, a estação que antecede o Verão. A temperatura não é tão baixa e nem tão alta fazendo da primavera uma época muito agradável, pois com o fim do inverno os dias voltam a ser mais longos e quentes, este é o período em que os animais se reproduzem e fazem os seus ninhos.
A primavera é tipicamente associada ao reflorescimento da flora e da fauna terrestres. É a estação das flores. Ela emana carinhosamente os seus perfumes e flores, pois tudo é festa, alegria e traduz um sentimento de esperança em nosso coração. Ao sabor cálido e aprazível da primavera o que parecia morto rejuvenesce uma vez mais, porque Deus assim ordenou a sucessão das estações. Assim, também em nossa existência, a primavera é tempo de vigor, é tempo de florescer, de dar frutos, de glória, de força, de juventude, de cantar, de saltitar, de avivamentos, de alegria e de gozo (Sl. 103:5; Ct. 2:10-13). Por isso, é tempo de sairmos de nossas prisões interiores; é tempo de acordarmos do sono do período de hibernação; é tempo de voltar a sonhar, de ver o colorido da vida, de fazer planos, de sair da clausura, de amar e de viver. A primavera deve fazer renascer em nós a esperança de que em Deus tudo se faz novo! Aproveite a chegada da primavera e se entregue a Deus. Nesta estação, nós podemos sorrir facilmente, o que mostra como é fácil ser feliz, afinal tudo expande entusiasmo, tudo é colorido, tudo é pura harmonia de ser. As palavras-chave para esta estação são: espontaneidade e pura energia da alegria.
Como na primavera, em que as árvores ficam cheio de vida expondo com exuberância as suas folhas verdes e suculentas, renovamos os nossos ânimos. A primavera é conhecida como a estação das flores. As flores que se abrem perfumando o ar, falam de esperança de frutos, e esse é um tempo maravilhoso da caminhada cristã, pois nesse tempo, os nossos sonhos são renovados, nossa vida ganha novos propósitos, nos enchemos de esperança, ganhamos um foco, um sentido, uma direção. É um tempo de harmonia, alegria, bênçãos, prosperidade, muitos planos e nossos corações estão cheios de fé; é um tempo de querer crescer e avançar em Deus; é um tempo em que tudo parece dar certo, em que Deus lhe dá descanso, paz, abundante graça e nossos olhos brilham com facilidade, os dias ficam maiores do que as noites, significando que é um tempo de menos prova. Surgem novos rebentos em nossos galhos, o crescimento se manifesta, é um recomeço.
O clima favorável nos leva a cuidar de nossa aparência como se fossemos as flores do jardim. Ao se aproximar o verão, estamos revitalizados, seguros de que estamos trilhando o caminho do sucesso. Vigorosos, entusiasmados e com ego nas alturas ganhamos asas e cantarolamos como se fossemos cigarras. Precisamos de ter cuidado para que nesse tempo, não nos esqueçamos do Senhor, pois há uma tendência de que quando está tudo bem, perdermos a intimidade. Não se esqueça que a primavera da vida é o resultado da chuva de Deus sobre si. É aqui que queremos ficar; há certos momentos de nossas vidas que se pudéssemos, não deixaríamos passar.
É o momento de colhermos os frutos do inverno, conhecer a vitória sobre as adversidades da vida. Nesta fase, olhamos para trás e lembramo-nos de tudo o que já passamos nas estações anteriores e nos alegramos pelos frutos. Quando a primavera chegar em sua vida, aproveite o máximo possível da vitória, saia e divirta-se, seja um testemunho da vitória sobre o inverno, pois deste modo pode ajudar outras pessoas que estejam em outras estações da vida.
Precisamos de aprender a usufruir do melhor na primavera da vida, mas se as outras estações chegarem, precisamos de estar prontos para passar por elas sem desfalecer. Nunca se esqueça que depois da primavera, teremos um novo verão, pois estamos vivos e sempre passaremos por estações da vida. Então aprenda sempre a cada novo ano, confie no Senhor, descanse nele, viva cada fase de sua vida e se prepare para a próxima.
A Terceira Estação – Verão - Tempo de calor!
Esta é a estação onde a temperatura é a mais quente do ano, muito calor e dias bem longos, as árvores estão verdes e carregadas de frutos, os dias são claros e neste período a terra recebe mais chuva por causa da maior vaporização das águas.
Há fases mais parecidas com o verão, em que o sol brilha em nossa vida, nos induzindo a crer que a prosperidade será eterna. Se na primavera já estava bom, imagine agora que temos mais riquezas, conforto, oportunidades de lazer e momentos acolhedores. Devíamos saber que mesmo nos melhores momentos, a prudência recomenda recarregar as baterias, mas ao contrário disso, desperdiçamos energias e oportunidades como se fossem água ou areia que escapam por entre os dedos.
No tempo certo, o sol volta a brilhar. À medida que a primavera vai se transformando em verão, você está no embalo do que ouviu de Deus, nas promessas dEle, da Palavra, da fé, da unção, da capacitação para o propósito profético. É o verão que está chegando e com ele a luz que amplia a nossa visão, o calor que aquece os nossos sonhos, e a força para resistirmos aos ventos fortes da dor. As palavras proféticas que Deus deu, ao perfume e ao unguento da primavera, se cumprirão no verão. Grande edificação, construção, avanço, coisas novas, novos sonhos e projetos, fé ousada, passos decisivos que mudam épocas na nossa vida para sempre. É um tempo de atitudes realistas, força, clímax, frutificação. Verão é tempo em que estamos do lado de fora, em que vamos à luta. É a vida que triunfa. É a vitória, afinal. A Escritura Sagrada proclama Deus como o Sol da Justiça; e Jesus Cristo como a Luz da vida. Por isso, o verão é a estação da vida e da luz. O Verão é puro sentimento de alegria, calor humano, beleza, o Sol que aquece as nossas almas, renovam-se as promessas e ocorrem chuvas ocasionais para refrescar aqueles nossos dias quentíssimos. As palavras-chave para esta estação são: força de vontade e pura energia da leveza em nossa alma.
Seja qual for a estação pela qual esteja passando, confie sempre em Deus, o Senhor todo-poderoso, pois Ele é o Senhor da natureza e da vida. Seu poder é maior que a força dos ventos; sua presença embeleza a vida; seu Espírito aquece a nossa alma e a Sua Palavra ilumina o nosso caminho. Sejam quais forem, as circunstâncias, Ele tem poder para mudar o tempo e as estações.
Se alguém desistir no inverno, perderá as promessas da primavera, a beleza do verão e a expectativa do outono. Não permita que a dor de uma estação destrua a alegria de todas as outras. Não julgue a vida apenas por uma estação difícil. Persevere através dos caminhos difíceis e melhores tempos certamente virão, de uma hora para a outra.
A estação do verão é caracterizada pelo calor. O verão é o tempo do lazer, das férias tão esperadas, nele podemos ir à praia, viajar e nos divertir. Nesta fase, devemos aproveitar o máximo do tempo livre para gastar as energias. Muitas vezes nos verões da vida, nos preocupamos com muitos afazeres de nossos trabalhos e deixamos de usufruir um momento de diversão. Todo o ser humano necessita de um momento de férias, melhor de vários momentos, ele nos ajudam a descansar, a planear, a viver melhor nas próximas estações.
Dá para reparar no tamanho da bênção em viver no verão da casa de Jeová, lá, só lá, na igreja estando na presença de Deus encontraremos as altas temperaturas, é por isso que Jesus disse que queria ter Israel debaixo de suas asas como uma galinha acalenta seus pintinhos, para lhes dar calor.
Agora a chuva é mais abundante e a terra é mais regada, as árvores dão sombra, nos mostrando que quem vive no verão da casa de Deus pode ajudar a outros que estejam entrando no outono ou passando pelo inverno, pois já passou pelas outras estações, onde adquiriu experiências, tem forças, folhas verdes, flores e frutos.
Também vemos que os dias são mais claros e sabemos que quem caminha no escuro tropeça, mas quem caminha na luz não tropeça, e no verão os dias são claros e ensolarados. Viva cada dia na presença de Deus com toda a sua força e tenha a convicção de que tudo o que fizer para alegrar o coração de Deus ainda é pouco, pelo muito que Ele o tem abençoado.
Verão é para quem quer, mas se porventura estiver em outra estação que não seja o verão, novamente eu volto a lembrá-lo de que Ele, somente Ele, Jeová, pode mudar a estação de sua vida, tirando-o de qualquer situação e colocando-o no verão da casa de Deus.
O verão é a estação aonde tudo vai bem. Uma estação em que chove muito (chuvas passageiras), mas até as chuvas são benéficas para a nossa vida. Secularmente dizendo, é nesta estação que a maioria das pessoas tira férias, e espiritualmente não é diferente. Parece que estamos vivendo umas férias, não existem problemas que nos afligem.
Salomão também cita esta estação: “A figueira já deu os seus figos verdes”. É a estação onde o fruto aparece.
É no verão onde temos tudo à nossa volta. Amigos e dinheiro não nos faltam, os problemas são quase nulos. Somos reconhecidos pelo nosso trabalho, os frutos começam a aparecer e as pessoas veem e nos dão os parabéns por isso. Entretanto, isso tudo não é permanente! Não teria graça sermos bajulados a todo instante, ou não termos nenhum grande problema que possa nos angustiar.
O verão significa “tempo de frutificação”. Neste período, as temperaturas permanecem elevadas, os dias são longos e as noites pequenas. Geralmente, o verão é também o período do ano reservado às férias, é o tempo de desfrutarmos do descanso e tranquilidade dos frutos colhidos. Em nossas vidas também, após o florescimento da primavera, vem o verão, onde nossos sonhos começam a frutificar e passamos a colher o que plantamos. No verão de nossa existência as temperaturas de felicidade permanecem elevadas, os dias de alegria são longos e as noites de tribulação são bem pequenas.
a) O Verão da Vida Cristã Também é de Provações
Sim! O Verão também é tempo de provações, tempo de vales, tempo de tribulações, de sequidão, de aridez espiritual, de esterilidade, tempo de transformações para a redescoberta e o aprofundamento do autêntico “discípulo de Cristo” (Deus sustentou durante quarenta anos Israel no deserto, pois o deserto é o palco para os milagres de Deus acontecerem em nossas vidas Êx. 16:1ss; Sl. 1:3; Pv. 30:25; Jr. 17:8). A espiritualidade das provações leva-nos a viver com mais intensidade e profundidade a relação interpessoal com Deus.
Temos a tendência de não gostarmos do Verão da vida cristã, certamente é porque não entendemos os propósitos do calor para a vida espiritual, pois sem o Verão, os frutos não se desenvolvem.
No mundo natural, esse é um tempo em que o sol vem sobre a terra, buscar água para gerar nuvens, que posteriormente cairão sobre a própria terra para fazê-la frutificar. Esse é um tempo em que Deus nos dá a oportunidade de lhe oferecer os sacrifícios de louvor, pois sacrifício é aquilo nos custa fazer. O nosso louvor a Deus precisa subir justamente no tempo em que estamos no fogo da provação. “Por meio de Jesus, pois ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é fruto de lábios que confessam o seu nome” (Hb. 13:15).
Aquilo a que chamamos de crise, muitas vezes, Deus chama de propósitos. Pode acreditar que Deus tem propósitos nas nossas crises, alias há duas pessoas que podem tirar proveito dos momentos difíceis que vivemos: Deus ou o diabo. Há uma grande expectativa no mundo espiritual, do bem e do mal sobre nós quando as lutas vêm. O nosso adversário acredita sempre que nesse tempo, iremos nos desorientar e perder o foco da vida cristã, perder a direção e a convicção, desanimar, desiludir dos sonhos e amargurar o coração e finalmente murmurar contra Deus.
O Verão é considerado um tempo de deserto na vida de um cristão, porém no plano de Deus, quando um de seus filhos está no deserto, não é para sofrer os flagelos do deserto e sim para aprender a viver sobrenaturalmente. Estar num deserto não significa necessariamente ter um deserto dentro de si.
A Quarta Estação – Outono - Tempo de colher os frutos!
Com o outono chegam os momentos adversos. Para alguns as perdas trazem sofrimento, a outros a oportunidade de se renovarem livrando-se dos preconceitos, assim como as árvores se livram das folhas secas. Estranhamos um pouco, pois as coisas já não são como antes. As chuvas, apesar de esporádicas, humedece a nossa roupa e nos dá uma certa sensação de desconforto. Achamos que passa logo e acabamos deixando de enfrentar os factos como eles realmente são.
O significado da palavra Outono é “tempo de ocaso”. Entre outras coisas, ocaso significa “pôr-do-sol, poente, decadência, declínio, ruína, fim, final, termo, morte”. O Outono é caracterizado por um abaixamento das temperaturas médias e pelo amarelar e queda das folhas das árvores. Há fases em nossas vidas que se parecem com o Outono. As expectativas que tínhamos começam a murchar, os sonhos parecem declinar como o pôr-do-sol, nossos projetos parecem amarelar e cair por terra, a deceção e a frustração aparecem. Os outonos das nossas vidas não são muito agradáveis, mas são reais.
A estação do Outono, é caracterizada pela preparação. Nesta fase, o melhor exemplo é dado pela natureza, através das árvores, pois elas “abrem mão de suas folhas”, já que, estas consomem muita energia metabólica, e o que podemos constatar é uma árvore ficando desfolhada. Isso porque ela percebe que virá o inverno. Na bíblia, personagens como Davi e Moisés, antes de passarem para o inverno de suas vidas, se preparavam. Daniel jejuou e orou mais, ao saber da possibilidade de ser lançado na cova dos leões e Moisés, passou por 40 anos na casa de faraó e 40 anos no deserto, antes de guiar o seu povo. Eles tiveram a necessidade de se preparar. Muitas vezes, percebemos que em nossas vidas surgirá uma adversidade, um momento de inverno, como uma prova de concurso, um momento difícil, e negligenciamos isto. Quando nos depararmos com esta fase no inverno o que acontecerá? Perderemos pelo simples facto de não nos termos preparado, mas venceremos se nos tivermos preparado no Outono. Perder, aqui significa não estar preparado para a batalha.
Em Efésios 6 somos convocados a utilizar a armadura que nos deixa protegidos para vencermos as adversidades. Ninguém conseguirá vencer a satanás e o pecado se não estiver revestido com a armadura do Senhor. Não é porque somos inteligentes, fortes ou por nossos atributos que poderemos vencer o inverno, mas a nossa força vem na “seiva” que somente vem de Deus por meio de sua palavra. Assim como a árvore precisa de se nutrir, também nós precisamos do Senhor para viver.
Se a natureza nos ensina isso porque é que negligenciamos tais factos? Porque “gostamos” tanto de enfrentar situações difíceis sem preparo, e deixamos de usufruir de momentos bons quando eles acontecem, focando nossa atenção em factos e coisas supérfluas?
No Outono, os dias ficam mais curtos e mais frescos. As folhas e frutas, já estão bem maduras e começam a cair no chão. Os jardins e parques ficam cobertos de folhas de todos os tamanhos e cores, é preciso nos prepararmos para o inverno que está chegando. Nesta estação os dias ficam mais curtos e mais frescos, as folhas e frutas começam a cair.
Este é um tempo perigoso, pois começamos a nos relaxar com as coisas de Deus e da Igreja, deixamos de lado os dias de culto, e sempre arrumamos uma boa desculpa, tais como, tenho trabalhado muito, tenho chegado tarde, estou reformando minha casa. Este é o tempo das desculpas esfarrapadas, tempo que começa a anteceder aquilo que Jesus disse à igreja de Éfeso, “não sejas morno”, é o tempo da mornidão, em que muitos vão à igreja uma vez por semana. Este período antecede os dias maus, pois aparentemente nada acontece, nem de bom, nem de ruim.
No Outono espiritual o crente fica indiferente á fé, já não ora mais, já não lê mais a palavra de Deus, tudo é preguiça, e enquanto isso as folhas vão caindo, os frutos que ainda restam também começam a cair, já não se pode aproveitar muita coisa na vida do crente que está no Outono, pois as poucas folhas que restam estão amareladas, prontas para cair.
Se estiver nessas condições, o meu desejo é que comece a buscar a presença de Deus, esse é o melhor caminho para a intimidade com Deus. É como se as palavras de Salomão fossem; “lembra-te do teu criador nos dias de Outono, antes que venham os dias de Inverno”.
a)  O Outono Espiritual a nossa Vida
 Muitas vezes os ventos do outono sopram fortes contra nós, e, quais folhas, nossos sonhos vão embora, ao sabor dos ventos. Parece até que a vida vai sendo despedaçada e tudo vai desmoronar. São os ventos das grandes provações. Eles veem em forma de enfermidades, lutos, perdas e desencantos. Embora seja a estação das folhas que caem, o Outono é também o momento em que a vida se renova. É quando Deus nos tira da superficialidade, criancice, do egoísmo, da carnalidade, alma complicada, complexa e que se debate sempre. A Bíblia diz: “Depois da tempestade vem a bonança”. Suportar o Outono, com paciência, é renovar-se para a vitória que chegará.
Esta estação nos prepara para a chegada do inverno. O outono espiritual é onde as folhas começam a cair. Os amigos começam a se afastarem, pequenas dificuldades já batem à nossa porta nos preparando para eventuais reveses futuros (inverno). Acabou tudo, acabou o céu azul, acabaram as nuvens claras, acabou o sol, as folhas. Pela nossa ótica, não há frutos, mas, pela ótica de Deus, o Outono é tempo de maior frutificação. Ele está produzindo frutos invisíveis. É agora que o carácter de Cristo é formado na nossa vida, não é no tempo na distração, do oba-oba e da festa da primavera, é na época do outono, quando as perdas começam.
O apóstolo Paulo passou pelo Outono espiritual e relatou isso na segunda carta a Timóteo (2 Tm. 4:11-21). Paulo pediu a Timóteo para vir até ele depressa porque Demas o havia abandonado, pois amou o presente século, diz ainda que só Lucas (médico amado) estava com ele. Ele pediu para que Timóteo levasse consigo Marcos, pois lhe seria útil no ministério. O Outono para Paulo havia chegado e ele percebendo isso começa a se preparar para o inverno e diz a Timóteo: “Quando vieres, traz a capa que deixei em Tróade” (v. 13), “antes que chegue o Inverno” (v. 21).
Muitas vezes não vemos a perseverança que Deus está formando em nós. Nesse processo há perigo de queda, pecado, retrocesso, de voltar ao Egito. No Outono, a fé parece não ter sentido, é como se Deus tivesse desaparecido. Sabe, o choro pode durar a noite inteira, mas virá o amanhecer, a aurora, com os cânticos dos pássaros, um novo dia e um novo sol! O novo amanhã virá trazendo alegrias, diz o Salmos 30:5. Deus está ao nosso lado. É apenas para o crescimento! Outono faz parte! É a maneira de nos levar daquele nível de meras sombras e promessas para a realidade e prática espiritual.
O Outono tem a função dos nos preparar para o inverno. Temos que entender que quando as coisas na nossa vida começam a não sair como desejamos, quem deve fazer a leitura somos nós mesmos. As pessoas de fora podem até dizer que estamos com problemas espirituais por não entenderem a estação que estamos vivenciando. Porém quando fazemos a leitura correta da nossa vida, tomamos a atitude como Paulo; nos preparamos para o Inverno com uma capa que nos proteja do frio da adversidade.
Amado leitor prepare-se sempre em todas as estações, mas no Outono principalmente, que nos remete para um período de muita reflexão, meditação em nossa alma, profunda beleza, pois é a hora de se aproveitar cada ocasião, cada minuto, aumentando a nossa fé, na leitura da palavra, na oração, na comunhão com Deus para que quando chegue o Inverno estejamos com a nossa “capa” que nos proteja do frio da incredulidade, frieza espiritual e outros problemas, pois a reflexão e força interior estão nos ares. As palavras-chave para esta estação do outono são: meditação, reflexão e força interior.
O Outono é o primeiro tempo da velhice, tempo de chuvas, tempo de murchar e de caírem às folhas, de reflexão, de balanço, de silêncio, de tempestades, de crises de identidade, de incertezas, de apreensão, tempo de pedir a morte (... murcha a folha e Cai o fruto... (Ez. 47:12). Elias no deserto pede a morte a Deus debaixo de uma árvore... (I Rs. 19:4 ss. Ele tinha ainda que se levantar para efetuar os seus três últimos trabalhos).
É no Outono que a maioria dos frutos amadurece. Isto fala da consumação dos processos de Deus na vida de uma pessoa. É quando colhemos o cumprimento das promessas, é quando vemos os sonhos sendo realizados.
Podemos permanecer aqui por muitos anos ou até para a eternidade, desde que Deus não veja necessidade de repetir o processo, o que não hesitará em fazê-lo caso seja necessário.
Ouço as pessoas dizerem que se estivessem em outro lugar, poderiam frutificar melhor para Deus, do que onde estão no momento, alguns acham que se mudar de igreja ou mudar para um outro país, ou quem sabe mudar a aparência ou coisa assim, poderão frutificar melhor. No entanto, nós somos o que somos onde estivermos. Não é o lugar que faz uma pessoa, é uma pessoa que faz o lugar. Uma vez que uma árvore é estabelecida em um lugar, dificilmente será removida e transplantada em outro lugar, o que vai fazer a diferença, é a relação que temos com Jesus.
 “Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira; assim nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira, vós os ramos. Quem permanece em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (Jo. 15:4-5).
Creio que desde o nosso nascimento até à nossa morte, assim como a natureza, passamos várias vezes por esses ciclos das estações. Passamos por vários Outonos, Invernos, Primaveras e Verões. Saibamos viver com sabedoria em cada uma dessas fases!
Gostaria, todavia, de terminar esta reflexão com um pensamento sobre toda a nossa existência. Penso que o nosso nascimento, infância e adolescência são uma espécie de primavera, ou seja, o princípio da boa estação, o princípio da vida. Nesta fase o ser humano vai crescendo, florescendo, amadurecendo, fazendo descobertas e desabrochando para a vida. Na primavera da vida, nossos corpos estão exuberantes, nossa pele linda, nossa feição bela e jovial. Depois, segue-se o verão da vida, ou seja, aquele tempo em que frutificamos. Frutificamos biologicamente, gerando filhos; profissionalmente, nos dedicando a uma profissão; financeiramente, adquirindo bens; espiritualmente (que assim seja), frutificando em nossa relação com Deus. No verão da vida temos vigor físico, temos energia e disposição, afinal, as temperaturas de nossos sonhos estão elevadas e os dias para trabalho e lazer são longos. Todavia a Primavera e o Verão não duram para sempre e chegamos à alta maturidade, quando o período de Outono da vida entra em vigor. Neste período já não temos mais a mesma saúde nem a mesma disposição de outrora. É o tempo de ocaso, de declínio. Nesta fase, embora muitas vezes não queiram aceitar, os homens e mulheres sabem que estão se aproximando da morte. As folhas da saúde e da energia já começam a amarelar e a cair, e a temperatura da existência começa a baixar. Então, inevitavelmente chega o Inverno. O tempo de hibernar, o tempo das sombras, o tempo da morte. O Inverno pode demorar a chegar, mas um dia ele chega para todos. E então nossos corpos outrora jovens, cheios de beleza e energia, agora jazem em uma tumba fria, gelada e sem vida. Nessa estação não há trabalho nem fertilidade, mas inatividade e “sono”, e nunca é demais lembrarmos que cada um de nós terá de enfrentá-la. Todavia, para aqueles que creem em Cristo, o Inverno não é a última estação da existência. Logo após o Inverno vem a Primavera e o Verão. Ainda que nossos corpos fiquem a hibernar durante o inverno de nossa morte, um dia veremos o sol da Primavera da ressurreição raiar e ressurgiremos em novidade de vida como o nosso Senhor Jesus Cristo nos prometeu. Logo após a Primavera da ressurreição, aqueles que creem em Cristo experimentarão a última estação de nossa existência. O interminável Verão da vida eterna com o Senhor. Neste eterno Verão haveremos de frutificar por toda a eternidade. Os tempos frios da dor e dos sofrimentos já não existirão e as temperaturas da alegria e da bem-aventurança continuarão elevadas para todo o sempre. Esse Verão interminável será o nosso período de férias eterno, quando então teremos descanso de todo o nosso trabalho. Você quer viver este Verão eterno? Conheça a Cristo e a sua presença estará garantida! Que Deus nos ajude a passarmos por cada estação de nossa existência!
Conclusão
O próprio Jesus enfrentou cada uma dessas estações espirituais em sua vida. Paulo disse que Cristo esvaziou-se de si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens (Ef. 2:7), e na condição de homem sentiu fome, sede, sorriu, chorou, irou-se, e também passou por cada uma das quatro estações na vida espiritual.
Aos doze anos ele aparece no cenário bíblico e demonstra que estava passando pela Primavera na sua vida. Muito sábio, que fazia admirar até os doutores da lei. É neste momento onde tudo começa a florescer na vida deste menino que era o Salvador do mundo.
Ele aparece agora com trinta anos no cenário bíblico para começar o seu ministério não mais na Primavera e sim no Verão da sua vida. Onde este período perdurou durante dois anos do ministério de Jesus, que foram: primeiro ano da divulgação e o segundo da popularidade do ministério de Jesus. Este ano foi o verão de Cristo, aonde as coisas iam muito bem. As pessoas diziam: “E, admirando-se sobremaneira, diziam: Tudo faz bem; faz ouvir os surdos e talar os mudos” (Mc. 7:37).
No terceiro ano do ministério de Jesus é que veio a chegada do Outono, terceiro ano da perseguição. É neste terceiro ano que Cristo enfrenta o Outono.
E finalmente na quinta-feira, a noite que antecederia o grande dia. É nesta quinta, mais precisamente no jardim do Getsémani que começa o inverno para o Mestre, porém era necessário. A angústia sentida no Getsémani foi tão grande que Lucas disse que Ele suou gotas de sangue pelos polos sudoríparos, que o um anjo veio do céu para o confortar. Foi açoitado, maltratado, humilhado, cuspiram em seu rosto, “o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele”, era o inverno para Jesus. Levou o patíbulo da cruz nas costas que pesava aproximadamente 36 a 40 kg até o gólgota. Todos os discípulos o abandonaram somente um ficou João (o discípulo que Jesus amava). Sentiu-se tão sozinho que disse: “Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste”. Era Inverno.
Mas como disse Salomão: “Eis que passou o Inverno”. Se o Inverno para nós não é permanente, quanto mais para o Senhor Jesus Todo-Poderoso. Ele, no domingo pela manhã, como disse Paulo aos Romanos 6:4: “Cristo foi ressuscitado pela Glória do Pai”, e hoje como disse ainda Paulo aos Romanos “É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós”.
Hoje, nenhuma dessas situações se aplica a Cristo, pois Ele foi glorificado e todo o Poder lhe foi dado no céu e na terra. Porém, Ele o entende muito bem por isso. Pois passou por cada uma dessas situações pré-citadas acima.
Por isso, “Ele” vem saltando ao encontro da sua amada, é “Ele” que nos leva a casa do banquete, a voz de Cristo soa chamando a igreja para estar com ele, a igreja se alegra quando ouve a voz do seu noivo, é Cristo que anuncia o inicio da Primavera e o fim do Inverno, o fim das dores, mas eu lhe digo que o tempo de cantar chegou, onde os pássaros anunciam a entrada da estação mais esperada por todos, as flores exalam o seu perfume e as árvores dão frutos em abundância, estação onde tudo floresce, tudo se renova, tudo se cria e se constrói!
Nós seremos ainda mais felizes se aproveitarmos de alma aberta a beleza e o significado de cada estação, se amarmos a vida de acordo com a harmonia de cada época, só assim seremos mais otimistas e seres com mais fé em nossos corações! Pense nisso com carinho e muita fé!