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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

A nossa vitória chega,Quando permanecemos do lado certo!


Leitura: João 21.1-6
Conforme o Evangelho de João, os apóstolos já haviam tido duas experiências com o Cristo ressurreto: a) em João 20:19-22 quando receberam o Espírito após Jesus soprar sobre eles e, b) em João 20:26-29 quando foram exortados a respeito da fé, a partir do confronto com Tomé. Mas estavam desanimados e desistidos, talvez por ainda estarem com a imagem do Cristo morto e da Sua sepultura mais fortes em suas mentes do que as duas experiências sobrenaturais com o Cristo ressurreto (a mente humana se fixa mais nas imagens de derrota do que nas de vitória). Viram-se em crise e abandono, perderam a visão de vitória e do chamado de Cristo para eles.
Nessas condições, voltaram-se para a vida que tinham antes de conhecerem o Messias: a de pescadores profissionais, que se conduziam pelo próprio entendimento e na força de seus braços. Mas naquela noite viveram uma experiência ímpar: nada pescaram e estavam com a sensação de que seu trabalho era em vão. Estavam com a pior visão possível do mar naquele dia: insucesso e impossibilidades. Para eles era o fim, não adiantava mais nada. Só lhes restava recolher as redes e desistir.
Em todo o contexto, mesmo em condições desfavoráveis, há sempre um lado certo de se encarar a situação: o portal da bênção, da conquista e da vitória. Sempre haverá o lado da provisão e da suficiência de Deus. O Senhor sempre nos apontará o lado da conquista e da vitória, que é o lado da visão profética e da provisão sobrenatural em tempos de crise. Ele se colocará na praia ao clarear da madrugada para confortar o coração dos obreiros desanimados, dizendo-lhes onde devem lançar a rede e dando-lhes a garantia do seu auxílio. No meio da crise, o Senhor levou seus discípulos a se encontrarem com a solução, a satisfação e a alegria. Tiberíades está nas margens do mar da Galileia e neste mar há uma unção de conquista, de vitória, de abundância (ver a pesca maravilhosa em Lucas 5:1-11). O Senhor sempre nos sobrepuja. Sobrepujou Pedro no comando do barco em que ele navegava desde que era rapaz. Há sempre um ponto crítico para a alma. Você está disposto a entregar a Cristo o comando de sua vida e deixar que ele seja o seu capitão? Se for assim, ao surgirem grandes dificuldades – porque os peixes, em geral, não são apanhados no dia claro – ele encherá seu barco até à borda. Ele vai além de tudo o que pedimos ou pensamos.
1.    O que acontece quando nos voltamos para o lado errado?
Somos pessoas que estão sempre ocupadas, mas que realmente não são eficientes ou estão satisfeitas. Fazemos muitas coisas, gastando tempo e energia, mas realizamos pouca coisa de valor. Consequentemente, esgotamos a vida trabalhando muito, sem fazer algum tipo de progresso.
Quando nos voltamos para o lado errado, deixamos de ter visão para a vida e não sabemos como obtê-la. Ficamos presos na lama da confusão, sem saber o que fazer.
Quando não agimos do modo correto, acabamos ficando do lado errado, o que gera cansaço, fracasso ou frustração, desânimo, desilusão, desistência e incredulidade. Todo o desistido está sempre voltado para o lado errado!
Quando estamos com a visão errada do casamento e nos voltamos para o lado errado, desistindo dele ou trabalhando negligentemente e sem sucesso. Quando temos a visão errada da família e não a estamos conquistando como convém.
Sempre que estivermos sob a escravidão do pecado, do “eu” (egoísmo e orgulho) ou do homem (pode incluir escravidão da culpa, pecado, tradição, preconceito, denominação, ou padrões impossíveis de comportamento impostos por outros).
Sempre estaremos voltados para o lado errado, em qualquer crise, quando: olhamos para as circunstâncias; olhamos para os nossos limites e capacidades; nos apoiamos na nossa experiência e na força do nosso braço; agimos exclusivamente no plano natural. Dessa forma, o inimigo logo nos trará desânimo, frustração e desistência, nos fazendo esmorecer na fé e assumirmos a derrota.
Sempre que alguém que não viva na presença de Deus, não pode transformar a vida daqueles que o rodeiam. Não pode ser exemplo para ninguém. Dessa forma, o inimigo logo nos trará desânimo, frustração e desistência, nos fazendo esmorecer na fé e assumirmos a derrota.
2.    Quando é que nos voltamos para o lado certo?
Quando compreendemos que a Bíblia contém importantes princípios que nós devemos identificar para compreender o que Deus está dizendo para nós através de Sua Palavra.
Quando permanecemos na presença do Senhor, somos impregnados da unção que vem do próprio Deus, vivemos debaixo do manto de santidade do Senhor, e quando falamos, quebrantamos os corações, como os apóstolos da igreja primitiva.
Quando não perdemos a visão do sobrenatural de Deus e nos movemos por fé, conforme a Palavra do Senhor. Sob a Palavra do Mestre encontramos a sua provisão e o sobrenatural, e veremos as coisas mudarem para melhor. Precisamos de saber que a Palavra que age em nós e nos impulsiona, age também no mar onde estamos, mudando suas características a nosso favor. Ao obedecermos à Palavra de ordem do Senhor no nosso mar da Galileia, estaremos trazendo à existência aquilo que precisávamos, mas não tínhamos, nem víamos. Os peixes só vieram quando a Palavra do Senhor foi obedecida. Obedecendo a Cristo, não a pesca é abundante, como também a rede não se rompe, isto é, a Comunidade permanece unida, dentro de sua pluralidade.
O Senhor sempre nos mostrará o lado certo em cada momento. Em cada situação de crise há sempre o lado certo de nos posicionarmos. Muitos, porque não agem do modo correto, acabam ficando do lado errado, o que gera cansaço, frustração, desânimo, desistência e incredulidade.
Todo o desistido está sempre voltado para o lado errado! Precisamos de ter a visão correta do Senhor que temos e do mar onde estamos, para que as pescarias sejam abundantes e recompensadoras. Muitos, porque estão com a visão errada do casamento, se voltam para o lado errado, desistindo dele ou trabalhando sem sucesso. Outros têm a visão errada da família e não estão conquistando como convém. Alguns têm a visão errada se seus ministérios, por isso suas redes estão vazias.
Sempre que vivermos pela fé, andarmos no Espírito, renovarmos a mente, controlarmos as emoções e desfazermos os traumas emocionais do passado mediante a fé e o perdão, o Senhor sempre nos mostrará o lado certo e os passos práticos sobre como viver em liberdade em cada momento. Em cada situação de crise há sempre o lado certo de nos posicionarmos. Precisamos de ter a visão correta do Senhor e do mar onde estamos, para que as pescarias sejam abundantes e recompensadoras.
Quase sempre que nos movemos no nosso entendimento e na força do nosso braço, nossas redes vêm vazias. É como trocar a bênção e a provisão por coisa nenhuma. Mas o Senhor hoje quer mostrar-nos o lado certo para nos voltarmos e agirmos. O Senhor hoje quer dar-nos a vitória. Creia que a partir de hoje o Senhor vai escandalizar-nos com tanta bênção e tanta vitória no casamento, na família, nos grupos, nas finanças e etc... Por isso, é essencial conhecer a voz de Deus, compreender a Sua vontade, e tomar as decisões corretas todos os dias. Portanto, não importa o que os nossos esforços pessoais são, não haja mais a pensar que nós não somos bons, ou Deus não se importa. That's wretchedness. Isso é miséria. But since there is no condemnation for us and since the Holy Spirit has given us new life, let's live each day a day at a time confident, courageous and at peace with Him, until we experience His victory fully in His Kingdom. Mas já que não há condenação para nós e, desde que o Espírito Santo nos deu a vida nova, vamos viver cada dia, um dia de cada vez, confiante, corajoso e em paz com Ele, até que experimentemos Sua vitória inteiramente no Seu Reino. Amen. Amém.
3.    Qual o lado correto para estarmos?
Isto parece tão simples; e, como um princípio, é bastante simples. Mas, na prática, nós, pecadores, somos inclinados a confiar nos meios e não em Deus. Faço planos frequentemente e percebo que meu entusiasmo cresce ou diminui, à medida que os planos são perspicazes ou não. Isto é confiar em planos e não em Deus. Sem dúvida, Ele deseja que utilizemos meios para realizar a sua obra. Todavia, é evidente que Deus não deseja que confiemos nestes meios. “O cavalo prepara-se para o dia da batalha, mas a vitória vem do Senhor” (Pv. 21:31). Portanto, nossa confiança deve estar no Senhor e não em cavalos. “Uns confiam em carros, outros, em cavalos; nós, porém, nos gloriaremos em o nome do Senhor, nosso Deus” (Sl. 20:7).
Para estarmos do lado correto é preciso conhecer a Bíblia, crer que ela é a Palavra de Deus e defende-la com convicção. É preciso acreditar que a inspiração é total, que ela é a verdade. Se você diz que crê, mas tem dúvidas, será facilmente contestado pelos integrantes de seitas que vivem procurando brechas para poderem levar pessoas para seu lado, tirando-as do caminho da salvação.
 O lado correto para estarmos é aquele para o qual aponta a visão de Deus a nosso respeito. Porque estava sempre do lado correto, Jesus via o que eles não viam! O Senhor tem uma visão sobrenatural do seu casamento, família, ministério, grupos e finanças, que possivelmente você ainda não tem! O Senhor tem sempre uma visão de bênção, de vitória e de conquista. A visão do Senhor sobre cada área da nossa vida é de prosperidade, alegria, consolo, conforto e paz. O Senhor tem a visão de abundância para cada um de nós. Portanto, o nosso futuro vai depender de nossa visão, este é o tempo da decisão. Se nossa visão for: Estamos satisfeitos com o nosso trabalho até aqui”, então continuaremos fazendo as mesmas coisas de hoje. Mas, se ousarmos dizer:Obrigado Senhor..., mas onde está o resto? Tem que haver mais! Mostre-nos Sua glória!”, nosso futuro será totalmente diferente.
O Senhor sempre nos confrontará quanto ao resultado do nosso trabalho, no mar da nossa crise, com vistas a nos posicionarmos corretamente em todas as situações. Precisamos de assumir uma postura profética em cada área da nossa vida, enchendo-nos de fé sobrenatural, acolhendo e obedecendo à Palavra de ordem do Senhor para cada situação.
4.    Como tornar-me um vencedor em tempos de crise?
Em Cristo somos mais do que vencedores”. Essa verdade que encontramos nas Escrituras conforta-nos. Saber que se tivermos algum problema, venceremos em nome de Jesus. Entretanto, quando o problema vem, nos sentimos fracassados, inúteis ou impotentes para mudar até mesmo o menor dos problemas. Nessas horas, somos verdadeiramente mais do que vencedores?
Sentir-se um vencedor não parece fazer sentido quando somos injustiçados ou quando se está desempregado, doente, solitário, estéril, abandonado ou carente. Quando estamos bem, quando aparentemente nada nos falta, pregamos para quem quiser ouvir que somos mais que vencedores:
“Tenho um salário de tantos mil, eu sou mais do que vencedor”. “Tenho muitos diplomas, eu sou mais do que vencedor”. “Casei-me, sou mais do que vencedor”. Porém, não é muito comum ver um doente terminal dizer: “Sou mais que vencedor”, ou um desempregado dizendo: “Estou desempregado, glória a Deus que proverá na minha vida”, ou um solteiro dizer: “Tenho 40 anos e, graças a Deus, espero no Senhor, sou mais do que vencedor”.
O Senhor Jesus mesmo disse para termos bom ânimo em momentos difíceis. Por quê? Por que se alegrar em meio à dor? Imagine Jesus tendo bom ânimo ao saber que haveria de ser crucificado pelos nossos pecados. Ele nem tinha pecado e haveria de morrer para que pudéssemos ter salvação eterna. Imagine Jesus de bom ânimo quando fora esbofeteado, traído.
Imagine Jesus sendo mais do que vencedor quando todos os discípulos o abandonaram. Hoje em dia ser vencedor é possuir bens, saúde, status, fama, amigos etc.. Mas Jesus ensina que ser vencedor vai muito além do que tudo isso.
A vitória que Deus tem para seus filhos vai muito mais além do que a alegria do momento presente. A vitória é gerada em momentos de deserto, de muita dor, que nos molda e, mais tarde, revelará o verdadeiro sentido de ser mais do que vencedor.
Alguns passos são importantes:
a)                  Creia que mesmo na crise o Senhor está consigo.
b)                 Creia que o poder sobrenatural de Deus é maior do que qualquer crise.
c)                 Creia que o Senhor tem uma palavra de ordem para acabar com qualquer crise.
d)                 Creia que o Senhor tem uma visão de sucesso para si.
e)                  Creia que o Senhor muitas vezes permite a crise para nos confrontar na fé e nos ensinar o caminho da vitória.
f)                  Creia que liberando as palavras de ordem do Senhor sobre o mar da crise, a vitória será certa, porque o sobrenatural de Deus se manifestará.
g)                 Obedeça aos comandos do Senhor, mesmo quando não os entenda ou quando eles o confrontam ou o escandalizam.
h)                 Receba a unção profética de conquista e se recuse a permanecer na visão de derrota e fracasso, profetizando e agindo conforme a palavra de ordem liberada pelo Senhor para a sua vida, porque é Ele quem nos enche do Seu Espírito e pode atravessar as paredes e portas fechadas da nossa vida para estar connosco e nos abençoar.
A vida de um vencedor em Cristo é movida pela fé, ou seja, por aquilo que se espera e que não vemos (Hb. 11:1).
Em tempos de crise, se não crermos “morreremos” no meio do caminho. Imagine Moisés conduzindo milhares de pessoas, quantas aflições e momentos de crise ele deve ter vivido. Muitas pessoas estão assim, passando por momentos de crise, mas não conseguem romper, não experimentam a vitória pelo facto de não terem fé. Por isso, ao passarmos por momentos de crise, devemos nos apegar ainda mais à Palavra, ao Senhor. Se agirmos assim, certamente o período de deserto, de provação não será o fim de nossas vidas.
Que momentos assim, nos estimulem ainda mais a superarmos cada desafio, a vivermos pela fé, a adorarmos a Deus para que, quando a vitória chegar, possamos dar graças a Ele pelo que só Ele pode fazer. Sejamos como Josué e Calebe que perseveraram. Sejamos como o maior exemplo de todos: Jesus, que suportou todas as coisas. Ele é um exemplo de vencedor.
A crise é um tempo de oportunidade: uns olham para ela como a porta da esperança, outros veem-na como a sepultura dos sonhos. John Rockefeller disse que “o futuro não acontece simplesmente, ele é criado por homens de visão”.
O caminho da obediência é o caminho da bênção. Na crise não fuja de Deus, obedeça a Deus!

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

As preocupações da vida

 
“Não andeis cuidadosos da vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que as vestes”? (Mt. 6:25).
Estas palavras resumem o que Jesus desejava que a humanidade soubesse, baseado na sua mensagem de Mateus 6:25 em diante. As ideias transmitidas por Jesus são profundas, poderosas e frequentemente esquecidas. Nenhum ser humano decidiu adquirir a sua vida, porque se estamos vivos tal deve-se apenas ao poder de Deus.
A vida é um dom de Deus. Podemos imaginar que Deus nos deu a vida e depois simplesmente se retirou? Será que Deus se negaria a si mesmo, deixando a humanidade fora Daquele que mantém a vida? Será que o Criador negaria os meios que Ele próprio concebeu para manter e formar a vida?
Podemos estar seguros de que o Senhor tem os seus próprios métodos de fazer com que as coisas continuem. Podemos estar seguros que não nos temos que preocupar acerca da criação e das nossas próprias vidas. Mas não nos preocuparmos não significa ficar indiferente. Precisamos de seguir em frente: preparando, plantando e cultivando, e colhendo a seu tempo.
Deus providenciou o suficiente para a nossa existência mortal. Assim como Ele providenciou generosamente para nós o dom da vida, Ele dará com a mesma generosidade, para que essa vida se mantenha. A preocupação afasta-nos da providência divina. A palavra traduzida por “inquietação” ou “preocupação” significa ter uma preocupação obsessiva e que absorve tudo o resto; é por isso que Jesus pega neste tema no contexto das necessidades materiais. Esta preocupação sufoca o papel de Deus como garante principal das nossas vidas.
Quando nos lembramos que Deus é o garante de todo o Universo, inclinamo-nos a pensar que existe da Sua parte um plano para tudo aquilo que existe, incluindo para nós próprios. A Fé é o ingrediente necessário para que nos alegremos no plano de Deus. Cristo identificou bem o problema dos que andam preocupados de forma doentia: “Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é queimada, quanto mais vos há-de vestir a vós, ó gente sem fé?” (Mt. 6:30).
Quando acreditamos plenamente em Deus, as nossas ansiedades são vencidas. A vida do crente não é uma tentativa parta alcançar algo, ela deve ser vivida com a plena certeza de que existe em cada um de nós uma intenção de Deus. Essa intenção é que cada um de nós possa viver tirando o máximo pela comunhão com o Criador e, assim, vencer o medo e as angústias que sufocam a vida presente.
Jesus disse-o da melhor forma: “Portanto, não devem andar preocupados com o dia de amanhã, porque o dia de amanhã já terá as suas preocupações. Basta a cada dia o seu mal” (Mt. 6:34). Quando confiamos ao Senhor nas nossas vidas, podemos caminhar com Ele em paz. Essas preocupações dizem respeito a como viver daqui para frente, o que comer, o que vestir, o que fazer para ganhar dinheiro, e como viver a vida.
Aprender como viver um dia de cada vez é uma grande lição de sabedoria. De certa forma é importante esquecer o ontem e o amanhã, para que o hoje seja o mais importante dia das nossas vidas. Não necessitamos de anular a importância do dia presente com as preocupações quanto ao futuro. Devemos deixar a preocupação acerca do amanhã para Aquele que criou o amanhã. Quando lá chegarmos Ele já estará lá à nossa espera providenciando a nossa vida presente.
No texto de Lucas, encontramos o Senhor Jesus chamando a atenção dos discípulos para a necessidade de uma vida isenta de preocupações, mostra-lhes ainda, que a excessiva ansiedade não produz nenhum fruto proveitoso na edificação espiritual, pelo contrário, manifesta-se como resultado de uma vida desprovida de fé na providência divina.
Nos dias contemporâneos o quadro não é muito diferente. A ansiedade tem entrado nos corações com muita força, roubando o lugar reservado ao Espírito Santo de Deus; as causas são as mais diversas, entre elas:
a)                 Dificuldades financeiras (geralmente provenientes de negócios e ações realizadas por impulso, sem a devida analise de rendimentos. É muito fácil comprar, são os creditórios, cartões e etc. Mas, são compromissos que vencem e precisam ser honrados);
 
b)                Situação Profissional (Emprego em Portugal é extremamente difícil);
 
c)                Família (Educação de filhos, problemas conjugais e etc.);
 
d)                Espiritual (É comum encontrarmos irmãos ansiosos por verem as promessas de Deus cumprirem-se em suas vidas); e  etc.
O mandamento de Deus para as nossas vidas em relação à ansiedade/preocupação é extremamente claro, Ele proíbe que seus filhos abram seus corações para tais frutos da carne, que são portas abertas para a ação do inimigo.
Não se preocupe Jesus é o pão vivo que desceu do céu, ele cuida de nós, durma em paz, durma abraçado com o pão da vida Jesus. Ele mesmo disse:
“Por isso eu vos digo: Não andeis cuidadosos da vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que as vestes”? (Mt. 6:25). Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário”?
Como servos devemos cultivar em nosso coração a fé e a perseverança em Deus, confiando na Sua bondade e amor e jamais seremos desamparados! Seja qual for a situação, por mais séria que possa mostrar-se, a confiança deve ser inabalável nEle. “Por acaso faltou-vos alguma coisa quando eu vos enviei sem bolsa, sem sacola e sem sandálias? Não faltou nada, responderam eles” (Lc. 22:35). Afinal, quando aceitamos o Eterno como Salvador, entregamos-Lhe a nossa vida integralmente, isto significa que abrimos mãos da vontade própria, submetemo-nos aos seus desígnios, em consequência, somos agraciados por suas promessas. “…Contentai-vos com as coisas que tendes; porque ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei” (Hb. 13:5).
A ansiedade sempre nascerá nos corações dos santos, mas, não podemos deixá-la frutificar. “Bendito o homem que confia no Senhor e cuja esperança é o Senhor. Porque ele é como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e, no ano de sequidão, não se perturba, nem deixa de dar fruto” (Jr. 17:7, 8). Esta é a descrição de uma vida cheia do Espírito Santo e amparada pelo Pai. Quando a ansiedade frutifica, ela destrói a fé, a comunhão é abalada e abre espaço para o desespero. Ao primeiro sintoma de sua presença, devemos lançar-nos aos pés de Cristo, depositando sobre Ele os fardos pesados. “Entregue os seus problemas ao Senhor, e ele o ajudará; ele nunca deixa que fracasse a pessoa que lhe obedece” (Sl. 55:22); “Portanto, sejam humildes debaixo da poderosa mão de Deus para que ele os honre no tempo certo. Entreguem todas as suas preocupações a Deus, pois ele cuida de vocês” (1 Pe. 5:7, 8).
Uma vida tomada por ansiedades e preocupações é inútil à Obra do Senhor. O princípio de nosso compromisso é a confiança, se não há confiança (fé) é impossível agradar a Deus (Hb. 11:6) e consequentemente, sermos instrumentos úteis em Suas mãos. Não permitamos que o diabo nos engane, fechando nossos olhos para a grandiosidade da misericórdia de Deus, mostrando-nos uma realidade desprovida da graça de Deus. Temos que disciplinar a nossa pessoa, no sentido de entendermos que se entregarmos a Deus as preocupações, então elas estão nas mãos de Deus. Deixe Deus ser responsável por suas ansiedades. Pare de se preocupar e comece a confiar completamente nele. Ele não é um senhor suplementado. Jesus Cristo é o Senhor absoluto.
Tem problemas? Dificuldades? Provações? Falta-lhe alguma coisa? Olhe para o Senhor! Clame, busque, pague o preço de uma vida santa, reta e justa. Seja íntimo de Deus!
”Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças” (Fp 4:6).
Aquele que nos deu o ser, animando-o, com o sopro vital, de uma vida capaz de esperar, de amar, de regozijar-se, de aperfeiçoar-se infinitamente, dar-nos-á também as outras coisas.
Sigamos doravante os conselhos cheios de amor e de sabedoria de nosso Divino Mestre. E quanto ao mais, deixai que nos entreguemos confiantes, nos braços do Senhor no meio das tormentas, até que nos abrigue, afinal, no porto luminoso.
Pr. Manuel Rodrigues

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

A Providência Divina Não Tolera Nenhum Limite

“Ainda lá me guiará a tua mão” (Sl. 139:10)“Ó Senhor! Tu me sondas”, declara Davi, no início deste Salmo. Davi está declarando que ele não vem perante Deus com qualquer dissimulação ou ideia de que seja possível ter sucesso, como os hipócritas que aproveitam refúgios secretos para julgar a indulgência pecaminosa, mas que ele voluntariamente põe a nu o seu mais íntimo do coração para a inspecção, como um convencido da impossibilidade de enganar a Deus. É teu, diz ele, ó Deus, para descobrir todos os pensamentos secretos, porque não há qualquer coisa que possa escapar à tua observação, e então Ele insiste em detalhes, para mostrar que toda a sua vida foi conhecida de Deus, que o viu em todos os seus movimentos - quando ele dormia, quando ele surgiu, ou quando ele entrou no exterior.
Porque não há uma palavra, etc. Deus sabe o que, estamos prestes a dizer antes que as palavras sejam formadas em nossa língua, e até mesmo, aqueles que, apesar de não falarem uma palavra e que tentam pelo silêncio esconder as intenções secretas, não podem iludir a sua comunicação.
Para onde me irei do teu Espírito? Significa em suma que David não podia mudar de um lugar para outro sem Deus vê-lo e segui-lo com seus olhos quando ele se moveu.
Deus conhece o nosso coração, a tudo vê e conhece que caminho devemos seguir. Ele não apenas caminha ao nosso lado como também dirige os nossos passos para que não nos desviemos da rota. Seja em terreno plano, ou em terrenos acidentados, ou em subidas e descidas, no calor ou no frio, na água ou na neve, Ele nunca sai de nosso lado e, com Ele, a possibilidade de uma catástrofe é nula. Deus está presente em cada lugar; Deus tem o nosso destino em suas mãos. Essa providência omnipresente se revela, sobretudo, no amor de Cristo Jesus (Rm. 8:37, 39).
Deus não se limita ao céu, entregando-se a um estado de repouso, e indiferente aos interesses humanos, de acordo com a ideia epicurista, e que, contudo, longe de nós pode ser, ele nunca está longe a partir de nós.
Muitas vezes, enquanto aprendemos a seguir o caminho do Senhor, sofremos pequenas quedas, algumas desilusões, instantes de frustração, mas, em todos esses momentos, sabemos que nos levantaremos, que retornaremos ao nosso percurso e ultrapassaremos a linha de chegada de nossas bênçãos.
Quando entregamos a vida ao Senhor, podemos participar de qualquer prova neste mundo, por mais difícil que seja. A Sua mão nos guiará sempre, Sua protecção será total e, ao final, receberemos o troféu de “mais do que vencedor”.
Sim, se Deus vê nossos corações, assim como nossas mãos, e em todos os lugares; se ele entende nossos pensamentos, muito antes que eles se revistam de palavras, quão sinceramente deveremos urgir aquela petição: “Sonda-me, ó Senhor, e prova-me; testa as minhas afeições e meu coração: observa bem, se existe alguma maldade em mim, e me conduz no caminho eterno!”. Sim, quão necessário é operar junto a ele, o “manter nossos corações com toda a diligência”, até que ele “subjugue as imaginações”, as conjecturas diabólicas, “e tudo o que exalta a si mesmo contra o conhecimento de Deus, e traga cativo todo pensamento para a obediência a Cristo!”.
Uma passagem bíblica que retrata e exemplifica de forma maravilhosa como acontece a direcção de Deus em nossa vida está no Salmo 32.8, onde o Senhor diz: “Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir; e, sob as minhas vistas, te darei conselho” (Sl. 32:8). Aqui se acham a uma promessa da direcção divina e uma advertência contra a obstinação.
O Senhor promete aos Seus que os vai conduzir, mantendo neles a direcção de Seus olhos. Meditando a respeito, lembrei-me do relacionamento cheio de amor entre um pai e o filho que ele vê diante de si. O pai conduz a criança pela mão, enquanto seus olhos vigiam continuamente o filho.
Quando um jovem questionou o Senhor Jesus sobre a vida eterna (Mc. 10:17) e confirmou que desde criança cumpria todos os mandamentos (v. 20), lemos: “E Jesus, fitando-o, o amou...” (v. 21). Por que Jesus olhou para ele? Para guiá-lo; para tomá-lo pela mão para que reconhecesse o caminho certo para a sua vida. O jovem rico recebeu a oportunidade de ser guiado pelo próprio Jesus. Os olhos do Senhor já pousavam cheios de amor sobre ele – mas o homem não atendeu ao apelo. Que tragédia! É uma prova ilimitada do Seu amor que os Seus olhos repousem sobre nós, para que Ele nos aconselhe e guie desse modo.
Se tomarmos consciência de quão maravilhosos são os olhos que repousam sobre nós, então só podemos adorar, dizendo: que grande Senhor é o nosso! Pois a Bíblia descreve dessa forma os Seus olhos, com os quais Ele quer nos guiar: “A sua cabeça e cabelos eram brancos como alva lã, como neve; os olhos, como chama de fogo” (Ap. 1:14).
Isso significa que os Seus olhos atravessam a mais profunda escuridão. Nada Lhe está oculto. Quando nós já perdemos qualquer perspectiva há muito tempo, Ele ainda enxerga. O que é totalmente incompreensível para nós, está completamente revelado diante dEle. O salmista tinha plena consciência desse facto quando orou:
“Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também; se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares, ainda lá me haverá de guiar a tua mão, e a tua destra me susterá” (Sl. 139:7-10).
Sim, o Senhor quer que Seus filhos também experimentem dessa forma a Sua direcção: Ele os guia à medida que Seus olhos estão sobre eles dia e noite, em todas as circunstâncias de suas vidas, onde quer que estejam. Tenham a certeza absoluta e saibam de modo seguro: além do muro que esconde o futuro, espera-os a mão misericordiosa e omnipotente, mão que até agora tem removido de nosso caminho milhares de obstáculos intransponíveis; mão que nos socorreu no momento oportuno, conduzindo-nos à margem, quando já parecia terem-nos tragado as ondas; mão que sempre nos guiou com amor apenas semelhante à paciência e constância divinas. E onde quer que Ele tenha essa oportunidade de guiar, conduzir e aconselhar uma pessoa, ali uma luz brilhará mesmo na mais profunda escuridão. Por isso, não desanime, o que quer que tenha de enfrentar, ou qualquer que seja a sua situação: o Senhor Jesus, que o conduz com Seus olhos, sempre vê uma saída!
Tudo isso nos revela que Deus está ao nosso alcance, olhando para cada um de nós, querendo se aproximar e caminhar connosco.
Uma pessoa sobre cuja vida Deus mantém os olhos abertos, que permite que Deus a guie dessa forma, é espiritual. Em outras palavras: a atuação do Espírito Santo é o alicerce da vida dela. O Espírito Santo é também o motor que a impulsiona a fazer as coisas correctas e a escolher o caminho certo. Vamos olhar para o texto de Romanos 8.26, que fala sobre nossa incapacidade na oração e então aborda a ajuda que o Espírito Santo dá: “Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis”. Romanos 8.26
Afinal, por que o Espírito Santo intercede por nós, para que saibamos orar da forma certa? Qual é a Sua motivação? Será que Ele foi encarregado por alguém a fazer isso? Sim, exactamente: o Espírito Santo nos representa na oração da forma como o Pai deseja. É o que vemos no versículo seguinte: “E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que ele [o Espírito Santo] intercede pelos santos” (v. 27).
Deus, o Pai, quer que oremos de determinada forma. Ele quer nos aconselhar, mantendo Seus olhos dirigidos para nós, e deseja nos guiar conforme a Sua vontade. Então, o Espírito Santo produz essa vontade de Deus em nós.
O mesmo acontece, por exemplo, com o facto de que o Espírito Santo deseja nos guiar em toda a verdade, como diz Jesus. Por que é que o Espírito Santo quer e faz isso? Porque o próprio Senhor o deseja, porque Seus olhos estão sobre nós e porque Ele deseja nos conduzir em toda a verdade. O Senhor Jesus diz a esse respeito: “quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade”. Por que o Espírito Santo faz isso? A resposta é: “porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido... porque há-de receber do que é meu e vo-lo há-de anunciar” (Jo. 16:13-14).
Quando o Espírito Santo deseja guiar-nos “em toda a verdade” isso está relacionado com aquilo que o Senhor Jesus quer de nossa vida: “...porque há-de receber do que é meu e vo-lo há-de anunciar”.
São os olhos do Senhor, que descansam incansavelmente sobre nós, que nos guiam e conduzem. Mas é o Espírito Santo que – como um tradutor – nos explica e esclarece a vontade de Deus.
Naturalmente ainda fica a seguinte questão: como é que o Espírito Santo produz tudo isso em nós? Como é que acontece esse processo, pelo qual o Espírito Santo nos representa na oração “com gemidos inexprimíveis”? Como é que Ele nos revela os motivos pelos quais devemos orar? Bem, Ele não chama um anjo do céu para nos entregar uma lista de motivos. Mas como é que isso tudo funciona de verdade? Não de forma milagrosa ou espetacular, como muitos crentes certamente já desejaram. Não, o Espírito Santo simplesmente coloca o motivo em nosso coração. Ou, em outras palavras: desperta em nós o pensamento de orar por este ou aquele motivo.
Da mesma forma acontece com a principal incumbência do Espírito Santo, isto é, a glorificação de Jesus em nós e por meio de nós. Jesus diz: “Ele [o Espírito Santo] me glorificará” (Jo. 16:14). Isso significa que Ele não fala por meio de uma experiência espectacular e extraordinária. Não, o Espírito Santo faz Jesus crescer em nós. Ele nos impulsiona a pensar nEle. Ele desperta em nós o desejo de ter comunhão com Jesus e a Sua palavra. Ou Ele produz em nós um impulso interior de, por exemplo, fazer uma declaração de amor ao nosso Senhor, como Davi fazia: “Eu te amo, ó Senhor, força minha” (Sl. 18:1). Davi não orou dessa forma porque teve alguma revelação especial, mas porque sentia isso em seu coração. Ele simplesmente ficou com vontade de louvar ao Senhor dessa forma. O mesmo acontece com aqueles que se tornaram propriedade de Jesus. De uma hora para a outra nosso coração nos mostra o que devemos fazer ou não fazer.
Os olhos do Senhor voltados para nós e a actuação do Espírito Santo em nós às vezes produzem o desejo de fazer algo ou deixar de fazer outra coisa. Em outras palavras: temos a forte sensação ou até mesmo a certeza de que este caminho é o certo, e o outro, errado.
Mas os olhos do Senhor não repousam sobre todas as pessoas, sem excepção. Da mesma forma, nem todas as pessoas experimentam a atuação do Espírito Santo que descrevemos acima. Há uma condição, que é a seguinte: “Porque, quanto ao Senhor, seus olhos passam por toda a terra, para mostrar-se forte para com aqueles cujo coração é totalmente dele” (2 Cr. 16:9).
Portanto, Deus quer nos ensinar e mostrar o caminho no qual devemos andar; Ele quer nos aconselhar, Ele quer dirigir Seus olhos para nós (Sl. 32:8) – mas só quando nós também o queremos, quando nosso “coração é totalmente dele”. Somente os filhos de Deus consagrados vivem essa direção especial de Deus; só eles experimentam isto: os olhos de Deus sobre eles, a atuação do Espírito Santo dentro deles!
Por isso, certifique-se de que a cada novo dia todos os obstáculos entre si e o Senhor sejam removidos; só assim experimentará essa extraordinária direção do Senhor! Faça isso, e experimentará a direcção especial de Deus conforme descrita em Isaías 30:21: “Quando te desviares para a direita e quando te desviares para a esquerda, os teus ouvidos ouvirão atrás de ti uma palavra, dizendo: Este é o caminho, andai por ele”.
Sim tu me conduzirás, ó Deus, não importa qual deva ser o meu caminho, plano ou agreste, fácil ou semeado de espinhos; tu me guiarás à meta distante, tu me conduzirás com teu conselho, e depois me receberás na glória.
Pr. Manuel Rodrigues