Texto: Rute 1.1-22
Introdução
Vemos a
história de um homem chamado Elimeleque, tomando uma decisão que mudou a sua
vida, a vida de sua esposa e de seus filhos. O livro de Rute corresponde à
época dos Juízes, e nesta época, não havia Rei em Israel, o povo fazia o que
bem entendia e agia da forma que eles achavam correto.
A Bíblia diz
que, “na época em que os Juízes julgavam a terra, houve fome em Israel”. Foi
neste período de fome que Elimeleque tomou a decisão de se mudar para a terra
de Moabe. Ele escolheu sair da terra de Israel e mudar-se para um outro país à
procura de alimento e socorro.
A princípio,
esta decisão parecia ser correta, mas não foi. Muitas vezes, quando nós
enfrentamos momentos de lutas ou quando a fome bate à nossa porta ou quando os
negócios não vão bem, nós somos obrigados a tomar decisões em nossas vidas que,
nem sempre, serão as melhores, pois, são decisões precipitadas, e nós iremos
sofrer as consequências das decisões que tomamos hoje e no dia de amanhã.
Decisões
precipitadas são portas abertas para profundas deceções. Quando se tem uma decisão a tomar,
deve-se pensar muito bem nesta decisão. É preciso saber qual é o melhor caminho
para a nossa vida. A vida é feita de decisões e por isso elas devem ser bem
pensadas, bem orientadas por que delas depende o rumo de toda a nossa vida, de
toda a nossa bênção.
Infelizmente
temos visto famílias inteiras sendo arrasadas por conta de decisões mal
tomadas, por conta de decisões precipitadas, por conta de decisões tomadas no
calor das emoções, não só nas famílias, mas também nos casamentos, nas
sociedades de empresas, e o mais aterrorizador nas Igrejas. Igrejas e mais
Igrejas têm vagado no deserto da apatia, da ineficácia por terem tomado
decisões que não eram da vontade de Deus. “Do
Senhor procede toda a decisão” (Pv. 16:33b)!
A mudança
geográfica não significa que os problemas vão terminar. Mudar de casa não vai
resolver o problema. Mudar de cidade não vai resolver o problema. Mudar de
igreja não vai resolver o problema. Pensar em fugir, não resolverá o problema.
Deus não quer que tomemos a decisão de agir desta forma. Deus não quer que
tomemos decisões precipitadas. Nós temos que ser sábios.
Este tipo de
problema aconteceu com Abraão. A Bíblia diz que Deus falou a Abraão: “olha, eu lhe darei esta terra, para
habitares nela”. E houve fome na terra e Abraão saiu e foi para o Egito
pensando: “bom, eu vou fugir da fome. Deus tem outro caminho, onde estou, está
difícil. Eu vou fugir”.
Nem
sempre estas mudanças serão o melhor de Deus para a nossa vida. Precisamos de
orar muito antes de tomar uma decisão, precisamos de consultar a Palavra, e
perguntar a Deus o que devemos fazer. Muitos perdem a bênção do Senhor em suas
vidas por tomarem a atitude errada. Buscam o caminho errado, fazem negócios que
Deus não mandou fazer e vão para lugares que Deus não mandou ir, e depois
choram e reclamam pensando que Deus não os abençoou.
A
precipitação é algo terrível em todas as áreas da nossa vida, por isso, é
importante que pensemos e reflitamos antes das nossas decisões. Antes de
tomarmos as nossas decisões é necessário que tenhamos uma noite entre o pensar
e o decidir. Toda a tomada de decisão rápida é incoerente, e deixa cicatrizes
difíceis de serem curadas. Devemos tomar cuidado nas decisões que vamos ter que
tomar em nosso dia a dia por que se nos precipitarmos em tomá-las, a nossa vida
poderá ser arruinada. Quantas pessoas decidem precipitadamente, fazem de suas
vidas uma tempestade, um verdadeiro inferno. A palavra de Deus orienta-nos a “ter
pressa no ouvir e ser tardio no falar”, mas há muitas pessoas que respondem
antes de pensar, de refletir sobre a verdade. “O que responde antes de ouvir é tolo e passa vergonha” (Pv. 18:13).
Ao meditar naquele
texto bíblico veio também ao meu espírito a situação do filho pródigo, um
personagem bíblico, o qual nos mostra a infelicidade de uma pessoa que tomou
decisões precipitadas e sofreu duramente por isso, e não só ele sofreu, mas
todos os que fazem parte do seu nível de relacionamento mais próximo, a sua
família.
Quantas
pessoas que por não pensarem direito sobre algo e não pedirem orientação a Deus
sobre as decisões a tomar, quebram princípios da palavra de Deus, desonram ao
Senhor e jogam fora tudo o que conquistaram em sua vida, simplesmente por terem
tomado decisões precipitadas ao longo de sua vida. Precisamos de pedir a Deus
sabedoria e conselho em nossas decisões, pois “onde não há conselho fracassam os projetos, mas com os muitos
conselheiros há bom êxito” (Pv. 15:22).
Existem
situações em que a vontade de Deus não é evidente e temos que buscá-lo para ter
o discernimento para onde devemos ir. Nesses momentos, muitas vozes nos rodeiam
e podem nos confundir facilmente. Situações em que precisamos de tomar uma
decisão importante e precisamos da direção de Deus, e é nessas situações que
precisamos de nos calar, calar as vozes que nos rodeiam e ouvir a voz de Deus,
porque só Ele sabe o que é melhor para nós. A vontade dele é perfeita, sem
falhas, sem erros, e é nela que precisamos estar para estarmos seguros e
abençoados!
Existe uma
palavra profética flutuando nos céus sobre as nossas cabeças, a qual devemos tomar por divisa, e a qual nos deve impulsionar para esperarmos pelo sobrenatural
de Deus em todas as áreas da nossa vida. Diz-nos o Senhor que os nossos olhos não viram, nem nossos ouvidos
ouviram, nem jamais penetrou no nosso coração o que Ele tem preparado para nós,
para os que O amam (1 Co. 2:9). Há um selo da parte de Deus sobre nós, que
nos separa para a bênção e nos habilita para conquistarmos o sobrenatural de
Deus. Aleluia!
No entanto, como temos refletido, não
entraremos no campo do sobrenatural de Deus de qualquer maneira. Há um caminho
a ser percorrido diante de nós! Um caminho que, ainda que atravesse o vale
tenebroso, certamente, vai levar-nos a contemplar a fidelidade e o poder de
Deus. O Senhor sabe para onde quer conduzir-nos e tem poder para o fazer,
apenas requer de cada um de nós uma postura adequada e ajustada aos Seus
propósitos. Aleluia! Alimentemo-nos da Palavra de Deus, dia-a-dia, e ela se
tornará uma lâmpada a iluminar os nossos caminhos. À luz da Palavra, nossos
passos serão seguros, vigorosos, e não precisaremos mais de recuar diante do
desconhecido. Nada será obstáculo diante das promessas de Deus que alimentam o
nosso coração com a fé.
No texto de
Rute vemos um homem, cujo nome era Elimeleque, que também tinha um selo de
nascença para viver no campo do sobrenatural de Deus e prosperar de forma
extraordinária, mas, infelizmente, porque tomou a decisão errada no meio da
crise, porque não tinha alguém que lhe dissesse que ficasse em Belém, não
conseguiu, mas neste
dia, como servo de Deus, eu lhe digo para permanecer na casa de Deus, seja fiel
na crise, por que Deus é fiel. Ele é a nossa Rocha, a nossa Fortaleza, confie
no Senhor e Ele tudo fará!
O homem pode fazer planos, mas a
resposta final vem de Deus. Temos que descobrir quais são os planos de Deus
para a nossa vida, pois, de contrário vamos fracassar.
1. Quem Era Elimeleque?
Elimeleque,
descendente
de Efraim, era
da tribo de Judá, e seu nome
quer dizer “meu Deus é rei”. Efraim, que pode ser traduzido por “duplo monte de
cinzas: eu serei duplamente frutífero”, era o segundo filho de José e teve a
preferência sobre o primogénito Manassés. Elimeleque era, pela graça divina, um
efrateu (frutífero).
Era casado com uma mulher especial, cujo nome
era
Noemi (Agradável,
Encantadora, Amável) – o judeu geralmente associava o nome à personalidade da
pessoa - e
tinha dois filhos homens, Malom (Fraco,
Doentio) e Quiliom (Tristeza). Vivia em Belém, que viria a ser no futuro a
cidade de Davi, e que quer
dizer em hebraico “casa do pão”, o lugar profético da provisão e do sustento e,
por causa do seu nome (Elimeleque: meu Deus é rei), recebeu de seu pai um selo
profético para a sua identidade de nobre, vitorioso e plenamente suprido pelo
Senhor dos Senhores. Como se pode ver, esse homem, sem muito esforço, tinha
tudo para prosperar e vencer, mas não conseguiu, pois ao determinar nomes como aqueles para
os filhos,
dava sinais
claros de que não tinha muito juízo. Dá para entender como a sua fraqueza era
algo grave.
2. Por que Elimeleque não prosperou?
Diz o texto
que, devido a uma grave crise na área económica da cidade, houve fome na terra
durante um tempo. Elimeleque (o meu Deus
é rei), servo de Deus, quando se viu em aperto com a sua família por causa
da crise (fome), o que é que ele fez? Resolveu sair da cidade “casa do pão”, com a esposa e seus dois filhos, da terra “que era um duplo monte de cinzas e duplamente frutífera”, para
morar na terra de Moabe. Porém ele fez a pior escolha, que resultou em
terríveis consequências. Saiu
da terra de seus pais e foi morar numa terra de um povo que adorava outros
deuses. Ele escolheu
fugir, ao invés de encarar a crise; como se fugir dos problemas, das afrontas,
mudar de cidade, de casa e igreja, fosse a melhor caminho. A sua alma era tão
enferma que ele chamou aos dois filhos que gerou de Malom (doente) e Quiliom
(desfalecimento). Por ter uma alma que só concebeu doença e desfalecimento, não
foi capaz de viver o tempo profético da provação e tomou a decisão errada de
não perseverar na terra da provisão, fugindo para a terra de Moabe e abortando
assim o sobrenatural de Deus para a sua vida e família. A terra de
Moabe foi originada a partir de um povo o qual teve origem numa relação
incestuosa de Ló e a sua filha primogénita, Ló tornou-se assim, o pai dos
Moabitas (Gn. 19:37). Moabe significa “família de um pai”. Esta terra
compreendia uma região fértil e bem regada dos planaltos que se estendem a
leste do mar morto, região chamada, atualmente de Transjordânia. Os moabitas
seduziram Israel em suas práticas idólatras. (Nm 25.1), eles adoravam ao deus Baal-peor
e Camos. O Senhor proibiu que deixassem um moabita entrar na sua assembleia (Nm.
13:1; Dt. 23:3).
Meditando
nestes versículos vê-se que o mandamento de Deus era para que não houve-se
nenhum tipo de contato entre o povo de Deus e o povo de Moabe, mesmo assim
Elimeleque contrário às orientações das escrituras e do mandamento saiu de
Belém e vai para a terra de Moabe, o que foi um erro para ele e sua família.
Deus lhe teria enviado pão. Mas Elimeleque foi para uma terra que não era a
sua, motivado pela fartura da terra, as bandejas da prosperidade humana e longe
da orientação de Deus.
Elimeleque
peca ao não crer na provisão de Deus em sua vida. Romanos 6:23ª diz: ”o salário
do pecado é a morte”, portanto, pela desobediência à palavra Elimeleque morre,
como era o cabeça da família ela paga as consequências de sua decisão. Moabe
representa o mundo com as suas ofertas e encantamentos de suas colinas
verdejantes e pastos bons para se plantar. Mas neste lugar habita um povo que
não é a congregação dos justos. 1 João 2:15 diz: “não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o
mundo, o amor do pai não esta nele”.
Por isso, o
caminho se tornou mais e mais escuro, por causa da sua alma que, diante das
adversidades, denunciou-se como enferma. Tudo em torno da vida daquele homem
era profético e apontava para a vitória e para a provisão abundante, mas ele
colheu derrota e morte. Como muitos de nós, ele tinha tudo para dar certo, mas
deu errado.
Nas terras
de Moabe eles não se deram bem, como já era esperado, já que saíram da proteção
do Senhor para buscar ajuda em terra estranhas. Todo o contexto profético de
bênçãos e vitórias em torno dele foi maculado pela sua alma doente. O texto diz
que depois de um tempo naquele país, morreu Elimeleque, e seus filhos
casaram-se com mulheres moabitas. Além da morte, ele também não presenciou à
providência de Deus em Belém. A Bíblia não fala o motivo de sua morte (algum
animal no campo que o feriu, não sabemos se foi uma cilada de bandidos), mas
sabemos que foi uma morte não-natural, não foi uma morte de velhice, pois o
texto diz que sua esposa ficou viúva com os dois filhos para serem criados.
Lembre-se que, toda a ação terá uma
reação. E, ele teve uma atitude infeliz, ele (fugiu, mudou-se, se ausentou de
Betel, para a terra de Moabe (terra amaldiçoada por Deus). E consequentemente,
recebeu o salário, o pagamento de sua escolha, que se diga de passagem, foi
baseada em fuga, desistência, precipitação! E não em Deus, nos seus conselhos,
na palavra. E o resultado da escolha foi a morte!
3. Quem está debaixo das bênçãos de
Deus não pode tomar o caminho que parece certo mas que é errado.
Porque as
decisões erradas trazem problemas. A mudança de Elimeleque parecia, a
princípio, uma mudança de residência e, com sinceridade de coração, ele pensou
que o melhor caminho seria ir para Moabe. Mas a Bíblia declara que logo após a
mudança, ele morreu e que alguns anos depois, seus filhos também morreram. Por
uma decisão que o pai tomou, a família inteira sofreu as consequências.
O marido é o
sacerdote da casa, é o ministro de Deus em seu lar e as decisões que ele tomar,
afetarão a vida de seus filhos e de seus netos. Tenha o temor de Deus em sua
vida e tome as decisões corretas. O homem morreu e sua esposa ficou
desamparada, sozinha longe de seu povo e tudo isso porque Elimeleque ficou com
medo da fome.
Elimeleque
tinha planos, tinha sonhos. Nós podemos sonhar, mas muitas vezes não é o sonho
que Deus tem para a nossa vida. O que Deus quer é que sonhemos com os planos
dEle para a nossa vida. Tenho visto pessoas tomarem decisões erradas e sofrerem
na vida, levando com elas os seus familiares. Por vezes, perde-se tudo o que se
tem porque fugimos da terra que Deus tinha para nós. Em determinadas situações,
Deus permite que a fome venha sobre o país, para que confiemos mais nEle e não
nas circunstâncias. Ter medo do diabo e da crise, não é de Deus. Esta não é a
decisão que temos que tomar. Muitos morrem mais cedo por decisões erradas.
Deuteronómio diz que devemos ensinar os nossos filhos a estudar a Palavra desde
pequenos. Mas, muitas vezes, nos esquecemos da Bíblia e lá no quarto ao invés
da Palavra, está a fotografia de uma banda de rock qualquer ou de um ídolo da
novela. A palavra de Deus nos mostra que, há muitos caminhos que ao homem
parecem corretos mas, o fim deles são caminhos de morte. A bíblia sagrada é uma bússola que
indica o caminho que o homem deve seguir
Tome cuidado
com as decisões que toma. Se forem decisões radicais, preste atenção, ore,
consulte a Deus, fale com irmãos maduros, não seja precipitado, seja humilde.
Deus vai falar consigo e então, tomará a decisão certa que irá mudar a sua
vida.
As decisões
que tomar podem fazer da vida de seus filhos uma bênção ou levá-los à perdição.
As palavras que fala podem ser de bênção ou de destruição. A semente que semeia,
o estilo de vida que tem em casa, o modo como trata a sua esposa, o modo como,
homem fala no trabalho com os seus amigos e o modo como trata dos assuntos
espirituais, podem afetar a vida de seus filhos e podem trazer bênção ou
maldição sobre a sua casa. Deus colocou na sua mão uma chave que fecha a porta
para o diabo agir. Deus lhe deu autoridade, use-a com sabedoria. Muitos entregam
o seu lar ao diabo, e deixam seus filhos assistirem a qualquer coisa na TV.
Muitos pais não aceitam que seus filhos levem bronca na escola, quando eles
fazem coisas erradas. Estas decisões vão afetar a sua vida, e nós não queremos
estas coisas em nossas vidas.
Diante das
crises e das adversidades precisamos de nos agarrar à palavra profética que
está liberada sobre nós e de nos consolidarmos no Deus da promessa. Elimeleque,
que não
percebeu e não entendeu a voz de Deus, não foi capaz de resistir à pressão da crise e
resolveu tomar algumas decisões que foram fatais para a sua vida e para a sua
casa. Porque se esqueceu quem era (“meu
Deus é rei”), resolveu não perseverar na “casa do pão”, “na terra
duplamente frutífera” e foi, com toda a sua casa, para o lugar da sua morte
e vergonha. Diante da crise, saiu da rota do sobrenatural de Deus, porque
certamente foi pressionado por algumas das enfermidades da sua alma, tais como:
o medo, a insegurança, a incredulidade e a precipitação.
Se temos um
selo profético de vitória sobre as nossas vidas, não podemos nos mover no tipo
de “unção de Elimeleque”, uma unção comprometida pelas destilações de uma alma
doente e desfalecida. Precisamos, sim, de perseverarmos, de maneira correcta,
com ousadia e determinação, no território da nossa promessa. Rejeite e lance
fora de sua vida, todo o medo, insegurança, incredulidade e precipitação. Creia
que seu casamento, sua família, seu ministério e tudo o mais que está debaixo
da palavra profética é “casa do pão”
e está numa “terra duplamente frutífera”.
“Mas os
olhos do Senhor estão sobre os que o temem; sobre os que esperam no seu
constante amor, para livrar as suas almas da morte, e para os conservar vivos
na fome” (Sl. 33:18-19). Se obedece à Bíblia e se consagra a Deus, esta
palavra é para si.
No dia da
fome Ele vai suprir as suas necessidades e não precisará de mudar de lugar para
ver as bênçãos de Deus, Ele o alcançará. Podem vir os planos económicos, a
crise, a fome, o desemprego, mas Deus diz que vai guardar a sua vida e o vai
suprir no meio da crise e fome. Esses factores se alinham de tal forma na vida
de pessoas como ele, que invariavelmente neutralizam a unção do conquistador e
vitorioso. A falta de perseverança o deslocou do território profético da
promessa para o território da maldição e do opróbrio. Não podemos ceder à alma
enferma nos tempos da crise, para não sairmos da rota do sobrenatural de Deus. Devemos
confiar no Senhor, na Sua palavra e não desanimar e nem voltar para trás, mas
permanecer firme.
“O Senhor conhece os dias dos retos, e a sua
herança permanecerá para sempre. Não serão envergonhados nos dias maus; nos
dias de fome se fartarão” (Sl. 37:18-19).
Deus nos quer
ensinar a confiar nele quando os nossos olhos não veem nenhuma solução para os
problemas. É crer para ver a glória de Deus. A Bíblia diz em Deuteronómio 11:13
– “Diligentemente”. Se obedecermos a Deus ele nos abençoará. Mas, a Bíblia também
diz a todos aqueles que se desviarem e forem atrás dos ídolos, Deus fechará os
céus e a chuva, e a terra não dará o seu alimento e, consequentemente, virá a
fome sobre a terra.
A fome e a
seca vêm sobre uma nação quando ela é idólatra. Quando uma nação coloca alguma
coisa à frente de Deus - não apenas uma estátua de um santo, mas até mesmo
pessoas, objetos e passam a depender mais dessas coisas do que de Deus - Ele fica
irado contra essa nação, e haverá fome e seca, ela sofrerá as consequências de
sua desobediência.
Naquela
época, cada um fazia o que achava mais reto, e cada um fazia a seu modo.
Sobreveio a fome e Elimeleque, que era judeu, deveria confiar em Deus e ficar
naquela terra.
Não tome decisões apenas por que as situações
estão complicadas. Antes de decidir qualquer coisa pergunte a Deus, ore e
derrame o seu coração e a sua vida diante de Deus. Ore, jejue, levante-se de
madrugada e passe algum tempo em oração, pergunte a Deus qual é a decisão que deve
tomar. Diga a Deus: “Senhor eu não quero tomar a decisão errada, eu quero andar
de acordo com a tua palavra’; e se for sincero, Deus vai falar consigo de uma
maneira tremenda.
Deus pode falar por meios que,
muitas vezes, não são os meio convencionais. Deus fala através da Palavra,
através de um irmão, por profecias, por sonhos, por revelações, por palavras de
conhecimento, visões e de diversas formas. O mais importante é que ouça a voz
de Deus para a sua vida.
4. Deixar a unção de Elimeleque e
receber a unção de Boaz.
Precisamos de
deixar a unção de Elimeleque e receber a unção de Boaz, que além de ser parente
de Elimeleque (logo estava nas mesmas condições proféticas) e viver na mesma
geografia (logo estava exposto à mesma fome que visitou Elimeleque), não
fracassou e prosperou.
Boaz é
aquele que Deus levanta para investir em sua vida. Boaz é alguém que vem como
resposta de Deus a uma vida de honra. Boaz é alguém que vem para redimir de uma
situação de dificuldade e torna-se canal da bênção de Deus na vida dela.
Toda a pessoa
que vive no princípio da honra, um dia vai encontrar alguém que vai decidir
investir em sua vida. Essa é a unção de Boaz que virá sobre a sua vida! Boaz,
portanto é a unção do favor que vem de graça sobre a vida de uma pessoa. A
unção do investimento.
A unção de
Boaz, é a unção que honra o desprezado, o humilhado, o que não tem nada, o que
precisa de tudo. A unção que o favorece quando ninguém aposta em si.
Boaz (que
quer dizer “rapidez”, “nele está a força”) não deixou que as
debilidades da sua alma o conduzissem e, na hora da crise, perseverou como
frutífero, na casa do pão, na terra duplamente frutífera. Boaz, que como
Elimeleque era próspero, permaneceu, venceu o tempo da crise e prosperou ainda
mais, tornando-se um “guibor” ou guerreiro aprovado na batalha. Por causa
disso, Boaz tornou-se o remidor ou resgatador da casa de Elimeleque (Ler Rute
capítulo dois).
Creia que o
Senhor o está chamando para mergulhar na unção de Boaz, para se tornar um
“guibor” e senhor de muitos bens e resgatador da sua casa e genealogia. O
Senhor quer ungi-lo de tal forma, que tudo o que é ou está doente e desfalecido
em sua vida, casa ou família seja erradicado e substituído pela plenitude da
promessa.
Ainda hoje,
muitos que estão na Igreja, são geração de Elimeleque, porque durante boa parte
da vida, conviveram com pessoas e líderes (inclusive pais e mães) que só se
moviam debaixo da unção de Elimeleque, manifestando medo, insegurança,
incredulidade e precipitação, destilando palavras que promoveram em suas vidas
doença e desfalecimento, mas o tempo da mudança e do resgate chegou. Sua vida
será visitada pela unção do “guibor”, do guerreiro aprovado nas batalhas, e o
Senhor o usará para mudar os céus proféticos sobre a sua cabeça, família e
histórico e resgatar tudo o mais que esteve na terra de Moabe, para plantar na
terra duplamente frutífera da promessa.