Texto:
1
Samuel 17:4, 24, 26, 32-35, 37, 41, 42, 46-50; 13:1-13
Introdução
A
coragem é um elemento essencial para conseguirmos atravessar e adiantar todo o
caminho de nossa vida. Ela nos leva à maturidade, que é saber controlar a ira
ou resolver as diferenças sem violência nem destruição; que significa
paciência; que é a liberdade de recusar um prazer momentâneo em nome de uma
felicidade duradoura; que é perseverança e habilidade para a realização de um
projeto, apesar dos obstáculos ou dos fracassos desanimadores; que é a
capacidade de enfrentar desgraças, frustrações, incômodos e derrotas sem
lamentações nem prostrações; que é humildade, que é ter a coragem de reconhecer
quando se está enganado ou, se a razão estiver do nosso lado, não experimentar
a satisfação de dizer “eu o avisei”; que é tomar uma decisão e sustentá-la.
As
pessoas imaturas passam a vida explorando, possibilidades sem fim e terminam
por não fazer nada de positivo; que significa cumprir com a palavra.
As
pessoas imaturas são mestras em dar desculpas, vivem confusas e não sabem como
se organizar; suas vidas se transformam em uma longa corrente de promessas
quebradas, de amizades passageiras, de negócios inconclusos e de boas intenções
que nunca se materializam; que é a arte de viver em paz com situações imutáveis
ou ter a coragem de mudá-las quando as circunstâncias exigirem.
A
maturidade só pode fazer-se presente na história de quem tiver honestidade o
bastante para lidar com as reais consequências do que escolheu, pois, ao
contrário, a infantilidade será uma contínua companheira que o fará olhar –
sempre e em tudo – contemplar a vida sob uma ótica imprecisa e auto-piedosa.
Hoje
é mais do que necessária a coragem para levar a vida; diante das mudanças
morais o ser humano tende a se isolar e nunca vivemos um período onde tantas
pessoas sofrem pela solidão.
Hoje
em dia, diante de um mundo marcado por indiferenças, individualismos e
banalidades muitas vezes inexplicáveis, de tantas mudanças de comportamento e
de escolhas, a coragem para compreender é fundamental; aquela coragem cordial,
pessoal e amigável que ajuda a construir e que nos faz aconselhar. Precisamos
de compreender melhor a grandeza dessa atitude conquistada para tornar a nossa
vida mais autêntica e natural; poder falar sem medo de dizer e ajudar sem medo
de errar. Esse amadurecimento nos permitirá enxergar o mundo com outros olhos,
ouvir e expor nossas ideias com respeito e dignidade.
As
passagens bíblicas do primeiro livro de Samuel mostram-nos a história de um
jovem que, aos olhos humanos era um simples pastor de ovelhas, mas que aos
olhos de Deus era um Rei, era a menina dos Seus olhos.
De
suas grandes virtudes a primeira a chamar a atenção de Deus foi á capacidade de
se entregar pelas suas ovelhas, como na vez em que livrou as suas ovelhas de um
urso e depois de um leão, tudo isso por que de facto dava a vida por suas
ovelhas. Mas quando falamos de Davi logo nos lembramos de sua bravura e
valentia, quem nunca ouviu falar dos “valentes de Davi”, era comandante de
grandes exércitos, homem que vivia em guerras, se tentássemos imaginar Davi,
viríamos um homem bruto, rústico, um típico comandante de guerra!
A
coragem na maturidade é intensa e faz da vida uma eterna fonte de realizações e
vivências conscientes, capazes de alimentar a alma de maneira total e
satisfazer a vontade de forma incomum. Davi enfrentou as feras reais - o urso,
o leão e o gigante - mas as venceu para que eu e você possamos vencer os leões,
os ursos e os gigantes que se deparam na trajetória de nossa vida, pois os
obstáculos da vida não são maiores do que o Senhor nosso Deus (1 Sm. 17:37).
A
coragem é importante para todos aqueles que muitas vezes passam por situações,
onde têm que enfrentar os ursos, leões e gigantes da vida e que querem crescer,
e vencer seus obstáculos e progredir. O corajoso se destaca dos demais e se
torna digno da admiração. Ela é a virtude que nos alimenta para enfrentarmos a
ansiedade e conquistar a liberdade. Necessitamos de coragem para sair da
dependência paterna e coragem para enfrentar hoje aquilo que não dá mais tempo
de resgatar.
O
leão, o urso e o gigante, representam três coisas que em algum momento e de
alguma forma sempre aparecerão em nossas vidas. E para entendermos melhor esses
personagens figurativos, conheçamos um pouco acerca deles.
1. O Leão
O
leão é chamado de o rei dos animais ou o rei das selvas por se encontrar - em
condições naturais e normais no topo da cadeia alimentar, dos amimais que
habitam em terra seca. Diariamente, alimenta-se com cerca de sete quilos de
carne e tem, em média, cinco horas de atividade. É um mamífero grande e
imponente, medindo de 2,6m a 3,3m, com aproximadamente 300kg, de coloração
castanho-amarelada, da família dos Felídeos, de cauda longa e terminada em
mecha. Vive entre 10 e 14 anos na natureza - um período de vida relativamente
curto, por causa dos ferimentos sofridos em constantes combates com machos
rivais. Já em cativeiro, pode alcançar até 20 anos.
O
leão é forte, ágil, corajoso e não se intimida em enfrentar um adversário. A
sua pata pode abrir feridas de mais de dez centímetros de profundidade. Ele é
voraz, devorador e um especialista em quebrar o pescoço de suas vítimas. É dono
absoluto de tudo o que acontece em seu território, não hesita em demarcá-lo,
zela por ele e não se deixa apanhar desprevenido, mas está sempre vigilante.
Diz-se
que o rugido do leão, mais frequentemente ao anoitecer, é o mais impressionante
e grandioso dos sons dos animais selvagens, atravessando a mata por quilómetros
para avisar os outros animais que aquele território está ocupado, tem dono, tem
liderança, tem governo. Em condições favoráveis, este rugido, que se propaga em
sons fortes, roucos e violentos, pode ser ouvido até a nove quilómetros de
distância. É um animal com uma aparência majestosa e imponente, com apetite
voraz e devorador, além de ser muito bravo e perigoso.
O
leão é citado 89 vezes na Bíblia, sendo 83 no Antigo e seis vezes no Novo
Testamento. Os textos bíblicos de Provérbios 26:13, 1 Reis 20:36 e 1 Pedro 5:8,
são exemplos onde ocorrem referências ao animal. Na época do Antigo Testamento,
os leões eram comuns nas florestas da Palestina, por isso as diversas citações
bíblicas a respeito do felino.
Embora
já extintos na Palestina, nos tempos antigos os leões eram bem numerosos ali.
Podiam ser encontrados na área das cordilheiras do Antilíbano e do Hermom (Ct.
4:8), nos matagais ao longo do Jordão (Jr. 49:19; 50:44; Zc. 11:3), e na terra
de aflição e de condições difíceis. Contudo, nada sabemos com precisão sobre a
época de seu desaparecimento da Terra Santa.
Houve
ocasiões em que os pastores tinham de proteger o rebanho dos leões. Davi, certa
vez, abateu corajosamente um leão e salvou a ovelha que ele pegara (1 Sm.
17:34, 35). Isto, contudo, foi algo excepcional. Não raro, até mesmo “o pleno
número de pastores” não conseguia afugentar um leão novo jubado (Is. 31:4). Às
vezes, o pastor só conseguia recuperar da boca do leão uma parte do animal
doméstico (Am. 3:12), podendo assim apresentar a necessária evidência para
livrá-lo de ter de fazer uma compensação (Êx. 22:13).
Embora
Davi, Sansão e Benaia sozinhos tenham matado leões (Jz. 14:5-6; 1 Sm. 17:36; 2
Sm. 23:20), outros não escaparam das garras do leão (2 Rs. 17:25-26). Jeová
empregou leões para executar seu julgamento sobre um profeta que lhe tinha
desobedecido (1 Rs. 13:24-28) e sobre um homem que se recusara a cooperar com
um de Seus profetas (1 Rs. 20:36).
As
Escrituras repetidas vezes fazem referência às características e aos hábitos do
leão, incluindo o seu potente rugido trovejante e seu bramido (Pv. 19:12; 20:2;
Am. 3:4, 8). Em geral, o leão não ruge quando caça animais selvagens. Contudo,
quando tenta atacar animais domésticos confinados num cercado, o leão não raro
ruge. O som aterrador visa provocar uma debandada que quebre a cerca protetora
e isole alguns animais do rebanho. O leão tem passadas firmes (Pv. 30:29-30). A
sua força é proverbial (Jz. 14:18; Pv. 30:30). Um único golpe da forte pata dum
leão é suficiente para quebrar o pescoço de um pequeno antílope. O leão
consegue matar e arrastar animais maiores do que ele próprio, e suas mandíbulas
curtas e fortes estão equipadas de dentes com força suficiente para despedaçar
grandes ossos (Sl. 58:6; Jl. 1:6; Is. 38:13). Pouco é de admirar que o
preguiçoso seja representado como se desculpando por deixar de agir, usando as
palavras: “Há um leão lá fora!” (Pv. 22:13; 26:13). No entanto, sendo
carnívoros, os leões podem perecer por falta de presas (Jó 4:11; veja também
Sl. 34:10). E “melhor está o cão vivo (embora desprezado) do que o leão
(outrora majestoso, mas agora) morto” (Ec. 9:4).
O
leão geralmente passa parte do dia dormindo na sua toca, e faz a maior parte da
caça à noite. Ao procurar seu alimento, ele recorre a uma emboscada, ou então
se aproxima furtivamente da presa até que se encontre suficientemente próximo
para uma curta investida (Jó 38:39, 40; Sl. 10:9; Lm. 3:10). Ele pode então
locomover-se a uma velocidade de cerca de 65 km/h. Para ganharem a necessária
experiência em matar as presas, os filhotes de leões começam a acompanhar a mãe
nas caçadas aos três meses de idade. Eles são desmamados depois de seis ou sete
meses, chegam à maturidade sexual no quarto ano e atingem o pleno porte físico
em seis anos (Ez. 19:2-3).
Nos
tempos antigos, leões famintos eram empregados para infligir a pena capital.
Protegido pelo anjo de Yehowah, o profeta Daniel escapou deste destino (Dn.
6:16-17, 22, 24; compare isso com Hb. 11:33). No primeiro século EC, o apóstolo
Paulo foi livrado da “boca do leão”, quer em sentido literal, quer figurado (2
Tt. 4:17).
O
leão representa para nós hoje as lutas, as adversidades que são mais poderosas
do que as nossas forças. Um dos inimigos cruéis e violentos, que tentam
afastar-nos da presença de Deus. Só com grande demonstração de coragem que
evidencia uma verdadeira transformação na prática do dia-a-dia, podemos vencer
todos os leões de nossa vida.
É
salutar esclarecer que existem dois leões distintos na Bíblia Sagrada: Um é o
pseudo-leão, o Diabo; o outro é o Leão verdadeiro, o Leão da Tribo de Judá,
Cristo Jesus.
a) Comecemos
pelo falso leão:
O
diabo é o falso leão. O seu rugido é para causar medo, dano, desespero,
insegurança e morte. O seu rugido trás abalos na vida das pessoas. Qual o
segredo para não se abalar? É ficar no esconderijo do Altíssimo (Sl. 91:1-16).
O
falso leão representa os desejos mais profundos da natureza humana – força,
poder, justiça, orgulho, autoconfiança, dinheiro e sexo. Também representa a
imponência e o orgulho. Os populares costumam dizer que se se quer conhecer bem
uma pessoa, dê-lhe dinheiro e poder. Provérbios 6:16 diz que “há seis coisas
que o Senhor odeia, e sete que a sua alma abomina...” Olhos altivos (soberba) é
a primeira delas. Davi sabia que o Deus não se agrada da soberba e pediu que o
Senhor o livrasse disso em Salmos 19:13: “Também da soberba guarda o teu
servo...”. O falso leão representa os inimigos cruéis, poderosos e violentos
que podem nos afastar da presença de Deus.
As
Escrituras alertam que Satanás, como um leão, é um predador que ataca
incansavelmente as suas vítimas. O Apóstolo Pedro, que aprendeu por experiência
própria o que é ser usado pelo Diabo, declarou: “Sede sóbrios; vigiai; porque o
diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem
possa tragar” (1 Pe. 5:8). Pedro compara o inimigo de nossas almas a um leão e
revela que o desejo desse ser maligno é nos devorar, testificando o que João já
havia dito, que o Ladrão que representa o Diabo, só vem para roubar, matar e
destruir (Jo. 10:10).
Este
leão é um símbolo de furor, raiva, ódio e rancor. Na vida do cristão esse leão
é o diabo e tem propósitos bem definidos: Ele quer nos destruir e aniquilar
tudo o que Deus fez com perfeição. Ele quer roubar a nossa paz e alegria frente
aos problemas da nossa vida. Ele quer aniquilar a nossa esperança. Ele quer
impregnar a nossa mente com acusações do nosso passado para paralisar o nosso
presente e destruir o futuro glorioso que nos está proposto. Ele quer matar o
nosso ministério por meio do desânimo e das provações. Por isso, precisamos de
ter coragem para nas situações de luta vencermos e matarmos ‘um leão todos os dias’,
porque se esse leão que representa o Diabo quer nos arruinar, o Leão
verdadeiro, chamado Jesus Cristo não permitirá que isso se concretize naquele
que foi lavado e remido pelo seu sangue derramado na cruz do calvário.
b) O
Leão verdadeiro, chamado Jesus Cristo
O
profeta Amós verbalizou uma verdade indubitável: “O leão rugiu, quem não
temerá?” (Am. 3:8a).
A
primeira comunidade cristã passou a considerar Jesus como a imagem do Leão da
tribo de Judá que venceu o inimigo, foi morto na cruz, mas ressuscitou,
derrotando a morte. O evangelho de Marcos é caracterizado pela figura do Leão,
que mostra Jesus, o messias esperado, que vem salvar a humanidade.
Jesus,
o Leão de Judá, rugiu poderosamente diante do poder do mal, declarando a sua
derrota. Na Sua ressurreição, Jesus mostrou ao inimigo que Ele é a autoridade,
dele é o Governo na terra e que o poder do mal já está derrotado, ele não tem
lugar no território de Deus.
O
evangelista Marcos contrapõe o poder do mal simbolizado pelo Império Romano e o
poder de Jesus, Leão da tribo Judá, que assegurará a vitória da comunidade
cristã perseguida em Roma.
Tiago
disse: “Chegai-vos a Deus, resisti ao Diabo e ele fugirá de vós” (Tg. 4:7). Não
se trata de uma tentativa ou possibilidade. É uma afirmação fiel e verdadeira, digna
de toda aceitação. Tenhamos apenas coragem. Ao contrário do falso Leão, veja o
que o Leão verdadeiro (Jesus Cristo) quer fazer em nossas vidas: O Diabo quer
nos destruir, mas Jesus quer restaurar a nossa comunhão junto ao Pai. O Diabo
quer roubar a nossa paz, mas Jesus é a paz que excede todo o entendimento. O
Diabo quer aniquilar a nossa esperança, mas Jesus Cristo é a esperança da
glória. O Diabo quer nos acusar, mas Jesus é o nosso advogado e intercede por
nós junto ao Pai. O Diabo quer matar o nosso ministério, mas Jesus é a fonte de
vida e poder para todo aquele que deseja fazer parte das fileiras do exército
celestial.
A
primeira vez que a palavra igreja aparece na Bíblia Sagrada é em Mateus 16:18.
Foi estabelecida por Jesus e para Ele que, mesmo até agora, continua a
edificá-la, fazendo menção de que as portas do inferno não prevalecerão contra
ela. Temos aqui uma óbvia reivindicação de Cristo de que Ele é Deus.
Lendo
o texto que se encontra em 1 Pedro 5:8: “Sede sóbrios, vigiai. O vosso adversário,
o Diabo, anda em derredor, rugindo como leão, e procurando a quem possa
tragar”. Devemos entender primeiramente que: derredor é diferente de redor,
derredor é distante da gente, pois ao redor dos que temem a Deus se encontra um
anjo (Sl. 34:7). O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os
livra. Assim sendo para o diabo chegar até nós ele tem que passar pelo anjo que
está nos guardando, e isto só é permitido com a autorização expressa de Deus, e
com limites, como no caso de Jó. Partindo desse princípio vamos entender na
prática o que o versículo quer dizer.
A
sua vida é território do Leão da Tribo de Judá e o falso leão, a saber, o
Diabo, não é bem-vindo e vai ter que bater em retirada. Se o Diabo, esse falso
leão quiser devorar a sua vida, você que é uma nova criatura, ele terá que
enfrentar o Leão da tribo de Judá que jamais perdeu um combate.
Apocalipse
5.5 diz: “Não chores; eis que o Leão da Tribo de Judá, a raiz de Davi, venceu
para abrir o livro e os seus sete selos”. O Leão da Tribo de Judá quer marcar
território na sua vida. Ele deseja libertar os oprimidos, os doentes, os
viciados, os desesperados, os homicidas, todos os que estão com problemas.
O
Leão da Tribo de Judá vai bramir e devorar tudo aquilo que o tem impedido de
desfrutar do evangelho pleno. E quando ele bramir quem não temerá? Por isso
tenhamos coragem e nenhum mal nos vai acontecer, pois Jesus Cristo é Aquele que
nos pode valer, e se na fornalha entrar, Ele estará pronto para o livrar. A fé
em Jesus Cristo e em Seu sacrifício por nós vale mais do que toda a riqueza do
Mundo e é a única coisa que pode salvar (Is. 8:19-22; Rm. 10:2-4; Jo. 3:16-18).
2. O Urso
Primeiramente,
vamos conhecer um pouco da vida e hábitos de um urso. A Bíblia diz que é um
animal astuto (Lm. 3:10); o urso defende furiosamente suas crias (II Sm. 17:8);
tem muita força em suas patas (I Sm. 17:37).
O
urso é um animal mamífero, e se caracteriza por ter um corpo pesado, pelagem
espessa, a cauda curta e as orelhas pequenas e arredondadas. E geralmente um
animal onívoro, isto é, alimenta-se tanto de produtos de origem animal como
vegetal. Tem caráter solitário, e os laços familiares só existem entre a fêmea
e as suas crias. Vive em média de 15 a 30 anos. Durante o inverno, ele busca
covas ou cavernas para entrar em estado de letargia, que pode durar até sete
meses, fenómeno também conhecido como hibernação. Durante esse período, as
funções vitais do organismo do urso são reduzidas ao absolutamente necessário à
sobrevivência, utilizando energia apenas de sua gordura acumulada.
O
urso, ainda maior que o leão, é um animal que pode pesar mais de 750 quilos e
medir até 1,20 m até a 1,9 de altura. Um único golpe da pata de um urso pode
esfacelar a cabeça de um homem ou animal e um abraço dele pode matar uma pessoa
por asfixia. O urso representa situações imprevisíveis ou surpresas que surgem
inesperadamente para assustar a pessoa para que erre, é um animal imprevisível.
Parece tranquilo e quieto, mas pode estourar e atacar a qualquer momento sem
motivo algum aparente. O urso sagaz e ágil, representa os problemas que nos
prendem, nos afligem e que não sabemos como sair. É o espírito de competição, a
traição e a injustiça. Tanto o leão quanto o urso não têm medo do homem.
Quando
surgirem situações imprevisíveis conte com o Deus que pode superar todas as
coisas e lhe dar a saída que precisa. Para conquistar progresso em todos os
setores da vida, é preciso que esteja sempre bem firme em Jesus Cristo, apoiado
em Seu sacrifício por nós, que é o fundamento do templo espiritual de nossa
vida e que muda o nosso intelecto, as emoções e a vontade, se assim não for,
será levado à esterilidade, desinteresse, infidelidade, vacilação, pobreza de
espírito, fracasso, frivolidade, vaidade, falta de senso prático, perda de bens
materiais, futilidade e abandono.
A
Bíblia nos ensina a confiar no Senhor em todo o tempo para que nas horas
incertas tenhamos firmeza. Não precisamos de nos preocupar, pois quem confia em
Deus “não se atemoriza de más notícias; o seu coração é firme, confiante no
Senhor” (Sl. 112:7). A vigilância é a melhor maneira de reagir nestes momentos
(Mc. 14:38). Para isso podemos nos preparar com a armadura espiritual (Ef.
6:10-17).
Um
grande perigo para o crente é pensar que tudo vai dar certo sem calcular os
perigos, dificuldades ou o que pode não dar certo. Sempre precisamos de ter um
plano ‘b’ em caso do projeto principal dar errado. Jesus nos ensinou a ser
“prudentes como as serpentes e símplices como as pombas” (Mt. 10:16) e avaliar
antes de começar um propósito (Lc. 14:28).
3. O Gigante
Golias
tinha aproximadamente três metros. Só a ponta de sua lança pesava quase 8kg e sua
couraça pesava 70kg. Golias desafiou Israel durante 40 dias, pela manhã e à
tarde. Ele simboliza algo impossível ou inalcançável. Para o povo de Israel
seria improvável vencer um exército tão terrível como os filisteus,
principalmente por que tinham um gigante que sozinho seria capaz de exterminar
centenas de seus soldados. O povo estava dominado por medo e não tinha coragem
para lutar.
O
gigante representa o que se apresenta maior e mais forte do que nós. São os
desafios da nossa vida, seja em casa, nos estudos, no trabalho ou em qualquer
situação. No entanto, não podemos nos esquecer de que podem se levantar, leões,
ursos e gigantes, mas Deus é superior a todos eles juntos. Ele nos guarda e vai
à nossa frente, dando coragem e nos preparando para vencer todas as
dificuldades.
A
receita de Davi para enfrentar e vencer o leão, o urso e o gigante é a coragem.
A coragem não é a ausência do medo, e sim, a resistência ao medo e o controle
sobre ele, o julgamento de que algo é
mais importante do que o medo. Davi não olhou para o gigante, para o exército
numeroso, para a dificuldade do deserto, para o medo dos seus companheiros e
nem para si mesmo para contemplar a sua pequenez diante de Golias. Davi somente
contemplou a grandeza de seu Deus. Encheu-se de confiança lembrando-se de como
conseguiu vencer o leão e o urso e creu que o mesmo Deus o capacitaria para
vencer novamente. Ele deixou bem claro que lutaria “em nome do Senhor” (v. 45).
É
como quando uma pessoa decide, no parque de diversões, ir à montanha russa ou
outro brinquedo radical. A grande maioria sente medo, mas o que as faz
experimentar tais diversões é passar por cima desse sentimento. Exemplos à
parte, a diferença entre o corajoso e o medroso está no controle do medo. A
falta de controle do medo pode nos levar ao pavor.
A
coragem nos dá energia, desata nosso potencial psicológico e ativa nosso vigor,
nos fazendo avançar e conquistar grandes vitórias em todas as áreas. A coragem
aumenta o nosso potencial, enquanto que o medo nos neutraliza.
A
vida de Davi foi marcada por batalhas e lutas, por isso ele foi um vencedor.
Nunca lutava para perder. Lutava para vencer. Se você também tem lutado
constantemente, saiba que é um guerreiro e que vencerá. Mesmo que perca uma
batalha não perderá a guerra porque no final tudo dará certo.
No
dia-a-dia sempre haverá leões, ursos e gigantes, mas com Jesus podemos lutar
sabendo que a vitória é garantida.
Mas como ser corajoso como Davi? A palavra de
Deus nos diz que devemos “trazer à memória o que nos pode dar esperança” (Lm.
3:21) e encher o nosso coração de fé e confiança em Deus para enfrentar as
dificuldades do dia-a-dia. Se já vencemos a fúria do inimigo (leões) e os
imprevistos da vida (ursos) podemos também derrubar os gigantes que nos
afrontam “porque para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas”
(Lc. 1:37).
Se
você enfrentar situações impossíveis, não contemple apenas a dificuldade,
lembre-se de que Deus já lhe deu muitas vitórias e continuará sustentando-o.
Lute em nome de Jesus porque este nome tem poder (At. 4:12).
A
palavra de Deus nos dá algumas dicas para sermos corajosos e termos grandes
conquistas.
1) Não
se esqueça de usar as suas habilidades e dons (1 Sm. 17:39-40).
Todos
nós somos abençoados com talentos e habilidades e com oportunidades de
desenvolvê-los. É essencial que descubramos e desenvolvamos nossos talentos. O
apóstolo Paulo disse: “Não desprezes o dom que há em ti” (I Tm. 4:14). No
entanto, descobrir e melhorar de nossos talentos exige esforço e coragem.
Deus,
o Pai Eterno, dotou-nos com talentos e tempo, com habilidades latentes e com
oportunidades para usá-las e desenvolvê-las em Seu serviço, para a honra e
glória dEle. Deus espera que usemos nossos talentos, pois podemos ter muita
alegria e proporcionar a felicidade aos que nos cercam quando usamos nossos
talentos com propósitos justos, para o benefício de outros, bem como para o
nosso. Ele, portanto, espera muito de nós, Seus filhos privilegiados”.
Quando
os usamos corretamente, eles se expandem e desenvolvemos novas habilidades, por
meio de novas oportunidades. É importante que nos lembremos de que nossos
talentos são dons de Deus, e que somos responsabilizadas pelo que fazemos com
eles.
Davi ao se preparar para enfrentar o Golias,
foi vestido com uma armadura e deram-lhe uma espada. Mas Davi, mal conseguia
andar com os aparatos. Então, decidiu usar o que conhecia bem: pegou em 5
pedras, a funda e foi de encontro ao filisteu.
2) Muitos
podem-no subestimar, mas não dê ouvidos às palavras redutoras (1 Sm. 17:33).
Palavras redutoras são aquelas palavras que
vêm para nos fazerem desistir de nossos objetivos. Por exemplo: “você não tem
jeito para isso”, “não é capaz”, “desista”, “não tem solução”!
O
próprio Saul subestimou Davi, avaliando-o pelas aparências. É possível que
muitos se tenham rido de um jovem como Davi, que aceitara tão grande e, para os
homens, impossível desafio.
Grandes personalidades do mundo foram
subestimadas, mas não deram ouvidos às palavras redutoras e se tornaram pessoas
de grande sucesso. Deus nos vê como pessoas de sucesso e é assim que devemos
agir.
Precisamos
de ser surdos para as palavras redutoras que nos rodeiam para não perder a
visão da palavra de Deus! Ouvir pessoas com palavras redutoras pode nos deixar
doentes “mentalmente” e espiritualmente”, isso porque elas costumam sugar as
energias positivas, emitindo pensamentos e sentimentos que não agregam valor.
Muito pelo contrário, apenas querem nos ver iguais a elas, ou seja, reclamando
da vida e achando que nada vai dar certo.
Se
alguém lhe disser que os seus projetos são impossíveis de serem realizados, e
que você tem que cair na realidade, motive-se ainda mais, creia mais, batalhe
mais, porque a sua vitória está próxima. Quando somos audaciosos superamos
desafios, vencemos o impossível! Não existem sonhos impossíveis, mas pessoas
incapazes de sonhar alto. Quando nos falarem que não vai funcionar o que
planejamos realizar, façamos com mais convicção de que tudo vai dar certo,
desejemos alcançar ainda mais! Porque quem vive pela fé não depende dos que o
rodeiam. Então não faz diferença se as palavras são positivas ou negativas,
pois quem tem o fogo da fé não dá ouvidos, nem desiste quando encontra o
imprevisto. Este é o verdadeiro poder da fé, não segue as multidões, apenas faz
a diferença. A fé vai contra o que se espera e desafia a forma normal de se
pensar. Dessa forma, quando alguém nos disser que o que queremos não tem
hipótese de acontecer, vamos seguir com mais força, porque Deus é connosco.
Davi
não deu ouvidos às mensagens negativas de seu irmão mais velho (Eliabe) que
tentou desencorajá-lo lembrando-o de que ele era apenas um pastor de ovelhas.
Parece algo que já conhece por experiência em sua vida? Todas as vezes que
empreendemos algum projeto, que tentamos colocar algum sonho em prática, há
sempre alguém que diz: “Você não pode”, “Você não consegue”, “Isto é
impossível”, “Desista, isto não vai dar certo”. Não é assim?
Davi
não deu ouvidos a isto. Ele estava decidido a lutar para defender a honra do
seu povo e receber a recompensa proposta pelo Rei Saul.
Mas
não para por aí. Durante a conversa com Saul, Davi foi novamente questionado a
respeito da sua experiência com lutas. Davi nem pensou duas vezes. Contou logo
que já havia enfrentado um leão e um urso que haviam atacado as ovelhas do seu
pai. Exatamente neste ponto da história eu aprendo uma importante lição:
lembrar-nos sempre das experiências positivas. Parece simples mas na verdade
não é. O que ocorre connosco é que temos muito mais facilidade de nos
lembrarmos dos fracassos do que das vitórias. Isto mesmo! Temos o péssimo
hábito de ficar remoendo as nossas falhas e dificilmente nos lembramos de
quantas vezes já vencemos grandes desafios. Confie na Palavra de Deus e não dê
ouvidos às palavras redutoras. Todos aqueles que falam palavras redutoras caem
no deserto.
Quanta
coisas deixamos de fazer por dar ouvidos às palavras redutoras dos outros?
Quantas realizações ficam apenas no imaginário porque as pessoas nos dizem que
é impossível chegar lá? Pense nas inúmeras ideias que temos todos os dias e que
logo descartamos porque alguém falou que eram absurdas.
Muitas
pessoas ficaram pelo caminho e não entraram para história porque deixaram de
ouvir o coração e desistiram. As palavras podem mudar o mundo e o rumo do
progresso. Milhões de pessoas dotadas de grande inteligência têm seu potencial
assassinato pela força das palavras redutoras.
Não
devemos perder o foco deixando de crer no sobrenatural de Deus. Ao passarmos
por problemas, muitas pessoas à nossa volta tentam nos fazer desistir,
abandonar a fé, enfim nos fazer acreditar no fracasso e não em Deus. Jairo
recebeu o milagre – “Tomando-a pela mão, disse: Talitá cumi!, que quer dizer:
Menina, eu te mando, levanta-te! Imediatamente, a menina se levantou e pôs-se a
andar; pois tinha doze anos. Então, ficaram todos sobremaneira admirados” (vs.
41,42).
A
plenitude na vida vem de ouvir a voz da alma, e não dar ouvidos a palavras
externas redutoras nem à voz limitante do ego.
3) Tenha
iniciativa (1 Sm. 17:40).
Ter
iniciativa é saber resolver, decidir, dizer sim ou não quando se fizer
necessário, é ter atitude e não ficar de braços cruzados, parado, esperando que
o acaso aconteça. Ter iniciativa diferencia vencidos e vencedores. Davi não
esperou por Golias, mas foi até ele.
Os
vencedores de gigantes não nascem, eles são feitos – Nesse processo não existe
sorte nem azar, mas confiança em Deus, determinação e muito trabalho.
Os
vencedores de gigantes não olham para os obstáculos, mas para as oportunidades.
Estava coberto de razão Henry Ford: “Obstáculos são aquelas coisas tenebrosas
que vemos quando desviamos os olhos de nossos objetivos”.
Os
gigantes existem. Eles estão espalhados por toda a parte. São numerosos e
opulentos. Uns são reais, outros fictícios. Uns nos atacam por fora, outros por
dentro. Muitos gigantes existem apenas em nossa imaginação. Nós os criamos e
eles se tornam mais fortes do que nós.
1
Samuel 17:1-53 fala sobre uma batalha de Israel contra os filisteus – Os dois
exércitos se posicionaram em dois montes separados por um vale. De repente
surge um gigante do lado filisteu. Era Golias. Tinha mais de 3 metros. Usava
uma armadura de mais de 80 Kg. A ponta da sua lança pesava mais de 12 Kg. Ele
desafiou os soldados de Saul. Todos ficaram com medo e fugiram.
Então,
aparece o jovem Davi. Era pastor de ovelhas. Mas inconformado com a insolência
do gigante, resolveu enfrentá-lo. Apesar das críticas de seu irmão Eliabe, da
descrença de Saul e da zombaria do próprio gigante, Davi venceu Golias e
tornou-se um herói nacional.
Os
gigantes não apenas parecem ser imbatíveis, mas são também insolentes. Os
gigantes nos afrontam e zombam da nossa força, da nossa fé e do nosso Deus.
Eles não têm respeito pelas nossas convicções. Eles escarnecem da nossa
religião. Eles não querem apenas nos humilhar, mas também banir Deus da nossa
mente. Eles querem não apenas prevalecer contra nós, mas também contra o nosso
Deus.
Os
gigantes são persistentes. Golias desafiou os exércitos de Israel durante 40
dias, duas vezes por dia. A moral dos soldados estava no chão. Estavam
desacreditados aos seus próprios olhos. Tornaram-se colecionadores de
fracassos. Acostumaram-se a fugir. Os gigantes podem tirar os seus olhos de
Deus e roubar do seu coração o sonho da vitória.
Os
gigantes precisam ser enfrentados e vencidos com coragem. Os gigantes estão em
cada esquina. Eles pensam que são invencíveis. Eles revelam quem somos:
covardes ou corajosos. A crise é assim: revela uns e abate outros; promove uns
e derrota outros; desmascara os covardes e aponta os heróis.
É
do útero da crise que despontam os grandes vencedores. Tire os olhos dos
gigantes. Coloque-os no Deus vivo e enfrente e vença os seus gigantes.
Vencedores
de gigantes não ouvem a voz dos pessimistas! Os pessimistas perdem a vida com
medo de vivê-la! Os pessimistas têm medo até da sombra. Eles têm medo da crise,
e se satisfazem em encontrar boas justificavas para o seu fracasso, em vez de
enfrentar o gigante e vencê-lo.
Aqueles
que nunca venceram um gigante vão dizer-lhe que os gigantes são invencíveis.
Fuja desses pessimistas inveterados.
Daniel
e os israelitas no cativeiro babilónico (Sl. 137), enfrentaram as mesmas
circunstâncias. Uns se assentam para chorar, para curtir a dor do passado e
para desejar um holocausto de vingança contra os inimigos no futuro. Daniel se
levanta para fazer a diferença na vida do império babilónico. A Babilónia caiu
e Daniel continuou de pé.
Antes
de vencermos os gigantes é preciso vencer as críticas! Antes de Davi vencer o
gigante Golias, venceu os seus críticos. Eles são inimigos de plantão que nos
espreitam a toda hora, mordendo-nos sem piedade. Estão dentro de casa, nas
ruas, no trabalho, na escola, e até na igreja. Eliabe por inveja desprezou
Davi. Saul por miopia subestimou Davi. Golias, por insolência zombou de Davi.
Mas, Davi triunfou sobre todos eles. Não será diferente consigo!
Há
pessoas que não conseguem celebrar a vitória dos outros. Entristecem-se sempre
que alguém é promovido. Eliabe irritou-se com a coragem de Davi. A coragem de
Davi era uma denúncia à sua covardia. Eliabe tinha pose, mas não tinha fibra,
tinha tamanho, mas não tinha caráter. Tinha cacoete de soldado, mas não a
têmpera de um vencedor de gigantes.
Em
vez de fugir do inimigo, avance contra ele! Davi não andou para a linha de
batalha, ele correu. Estava ansioso para ganhar, para vencer. Ele era um homem
determinado a vencer, e venceu. Davi não esperou que Golias o atacasse. Ele era
proactivo. Não era homem de retaguarda, mas de vanguarda. Não somos convocados
para fugir dos gigantes, mas para derrubá-los.
Davi
entendia que a guerra é do Senhor, que a vitória é do Senhor e que a vitória
deve ser dedicada ao Senhor. Não somos chamados a contar os inimigos, mas a
vencê-los em nome do Senhor dos Exércitos! Em vez de temer a derrota, não se
contente com nada menos que a vitória!
Ainda
há gigantes para vencermos e vitórias para celebrarmos. Ainda há pessoas
desanimadas para as encorajarmos, ainda há oportunidades para exaltarmos o nome
de Deus. A luta continua. O jogo ainda não acabou. A luta continua, mas a
vitória é certa. Tenha iniciativa e será um vencedor de gigantes!
4) Ter
a visão certa a respeito da vida e a convicção de que a fonte da coragem para
vencer é o Senhor (1 Sm. 46:47).
Devemos sempre ser dependentes de Deus e ter a
visão certa da vida. Isso pode ser um divisor de águas na vida de uma pessoa
que almeja a vitória. Muitas vezes, a fonte dos problemas está na forma como
vemos as situações. Davi nunca chamou Golias de gigante. Por cinco vezes o
chamou de filisteu e duas de incircunciso, mas jamais de gigante.
Além de ver as coisas da forma certa, Davi foi
dependente de Deus (1 Sm. 17:46-47). Leia os Salmos 20:7-8 e 125:1, onde Davi
nos mostra as vantagens de ser dependente de Deus.
Salomão
ensina que o ser humano precisa de aprender a existir com discernimento,
sabedoria e entendimento. Ensina a buscar sabedoria para viver os
acontecimentos ao seu tempo. A grande dificuldade do homem é aprender a viver a
experiência certa no tempo certo. É impressionante como ele sempre vive
desajustado, fora do tempo com os filhos, com o cônjuge, com Deus, com tudo.
Sabe…a
nossa vida é como um bordado tecido pelo próprio Deus. Olhamos antes de o
trabalho estar finalizado e vemos apenas fios confusos e desordenados, muito
distante de se tornarem um desenho bonito. Não obstante, na hora certa, Deus
nos coloca em Seu colo e nos mostra o bordado por completo… aí conseguimos ver
o que antes era algo “feio e bagunçado” , em seu estado finalizado: uma linda
obra de arte!
Precisamos
sempre de nos lembrarmos que Deus é soberano. Nossas vidas não estão à deriva.
Deus está no comando. Precisamos sempre de nos lembrarmos que Deus é sábio. Por
mais que nos autodivinizemos, como fazia o senhor do Egito, pouco sabemos sobre
a vida presente, nada sabemos sobre a nossa vida futura. Precisamos de nos
lembrarmos que podemos contar com os recursos divinos. Para interpretar os
sonhos próprios ou alheios, José podia contar com a sabedoria divina. Para
conviver com os factos que nos incomodam e adoecem, podemos contar com a
sabedoria de Deus; não estamos sozinhos, mas esta pode ser uma escolha: lutar
sozinhos.
Para
agir de modo certo, precisamos de uma visão certa de Deus. José tomou atitudes
certas porque tinha uma visão de Deus certa que lhe dava uma visão igualmente
correta da vida. Esta visão está clara pelos nomes que deu aos seus filhos
egípcios. Diz a Bíblia que antes dos anos de fome, Azenate, filha de Potífera,
sacerdote de Om, deu a José dois filhos. Ao primeiro, José deu o nome de
Manassés, dizendo: “Deus me fez esquecer todo o meu sofrimento e toda a casa de
meu pai”. Ao segundo filho chamou Efraim, dizendo: “Deus me fez prosperar na
terra onde tenho sofrido” (Gn. 41:50-52).
4. Porque Deus Permite Que Enfrentemos Leões,
Ursos e Gigantes?
As
experiências advindas de lutas e adversidades é que nos fazem crescer. Fomos
escolhido por Deus para sermos frutíferos, e abençoados, e com Cristo podemos
todas as coisas, pois já fomos abençoados, podemos confiar, podemos nos
regozijar, pois temos esperança em Deus.
Davi
cresceu espiritualmente e emocionalmente, foi o maior rei da história de
Israel. E fomos escolhidos por Deus para sermos frutíferos, e abençoados, e com
Cristo podemos todas as coisas, pois já fomos abençoados, podemos confiar,
podemos nos regozijar, pois temos esperança em Deus.
O
leão representa as lutas que enfrentamos contra a carne, o urso os problemas
que nos sufocam, e o gigante os problemas que são maiores do que nós e que
representam uma grande ameaça.
Romanos
5:3 diz: “Não somente isto, mas também no gloriamos nas tribulações, sabendo
que a tribulação produz perseverança, e a perseverança experiência e a
experiência esperança”.
Deus permite que enfrentemos leões, ursos e
gigantes, pois quer forjar o nosso caráter, fazendo de cada um de nós crentes
corajosos, pois só os corajosos alcançam a maturidade e a plenitude em suas
vidas. É como um fruto maduro, que tem o tamanho, sabor, aroma e textura
ideais. É agradável aos olhos, ao paladar e as suas sementes são próprias para
a multiplicação.
Gálatas 5:22 mostra-nos o fruto do espírito. O
fruto completo com as características daquele que tem a maturidade espiritual.
E a maturidade nos habilita a viver em unidade, como está escrito em Filipenses
2:1-5: “Portanto, se há algum conforto em Cristo, se alguma consolação de amor,
se alguma comunhão no Espírito, se alguns entranháveis afetos e compaixões,
Completai o meu gozo, para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo
ânimo, sentindo uma mesma coisa. Nada façais por contenda ou por vanglória, mas
por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não atente
cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos
outros. De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo
Jesus”.
Este
é o tempo da maturidade e unidade. Em Ef 4.13, Paulo fala que o alvo é que
todos da Igreja cheguem à maturidade espiritual que é a “plenitude de Cristo”.
E como isto pode acontecer? Trata-se de uma transformação de dentro para fora.
Quando alguém se converte de verdade, isto equivale a nascer de novo pelo poder
de Deus. Ocorre uma mudança de mente e de valores.
Com
coragem e dependência do Senhor, essa palavra profética se fará cada dia mais
presente em nossas vidas e não haverá leão, urso ou gigante capaz de parar
aquilo que o próprio Deus já colocou como vitória em nossas vidas.
Conclusão
Vivemos
num mundo onde somos estimulados a vencer, a acreditar em nosso potencial, em
nossa inteligência e em nossas habilidades. No entanto, nada disso servirá para
uma luta corpo a corpo com um leão, com um urso ou mesmo com um gigante. Será
preciso algo mais, algo que só Deus pode nos dar para que vençamos tal luta
corporal, pois somente na força do Senhor sairemos vitoriosos. E foi assim com
Davi. Ele acreditava não somente em si mesmo, mas em Deus. Já havia tido
experiências com o Senhor; tinha matado um leão e um urso, e enfrentaria um
gigante, pois sabia que, na força do Senhor, a vitória estava garantida. Em
nosso dia a dia, quantas vezes nos deparamos com problemas e situações que são
verdadeiros leões, ursos e gigantes, os quais percebemos que jamais os
poderemos vencer se não for pelo Senhor e que, se não nos colocarmos
inteiramente em Suas mãos, seremos devorados e destruídos.