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sábado, 31 de agosto de 2013

Ainda há Esperança!

Porque há esperança para árvore, pois, mesmo cortada, ainda se renovará, e não cessarão os seus rebentos. Se envelhecer na terra a sua raiz, e no chão morrer o seu tronco, ao cheiro das águas brotará e dará ramos como uma planta nova (Jó 14:7-9).
A nossa presente era é marcada pelo perigo de bombas nucleares, dos ataques terroristas, das tragédias naturais, das famílias em crise e da aceleração da ruína moral da sociedade. Porém diante de tudo isso a esperança que vem da parte de Deus pode mudar a nossa visão do presente e do futuro, trazendo alegria e paz ao nosso coração. A esperança é o único meio que nos auxilia a banir as incertezas da mente, ela gira em torno de expectações de um bem que se deseja, comumente é manifesta no individuo que mantém a fé, sobretudo a esperança de dias melhores. No meio de qualquer situação, lembre-se: Cristo é a única esperança para o ser humano. Neste estudo discorreremos sobre a importância da esperança à luz das escrituras sagradas.
O texto em foco está baseado na esperança do cristão no meio das adversidades da vida, bem como a expressão de Jó ao fazer uma analogia sobre a árvore (planta) e o homem. A árvore mesmo cortada, mas com as suas raízes “vivas”, e como diz a palavra ao cheiro das águas brotará novamente, e não cessará de dar frutos, mas o homem não é como a árvore maravilhosa que aflora em nova vida a partir das raízes e assim volta à vida por si mesma. Contudo para Jó uma árvore cortada tinha esperança, mas um homem cortado ia-se para sempre, mas vale salientarmos que a esperança do cristão não morre.
Davi, o Salmista, descobriu esta esperança por isso foi um homem vitorioso e segundo o coração de Deus! Davi declara em Salmos 71:5. “Pois Tu és a minha esperança, Senhor Deus, Tu és a minha confiança desde a minha mocidade”. Deus é a nossa esperança! E sendo o Senhor nosso Deus a nossa esperança, sabemos que ela nunca morre, porque o Senhor já dominou a morte!
A esperança do cristão está diretamente associada a uma fé em Deus, sendo ela a mola propulsora que nos leva a ver a vitória sobre o impossível, embora passemos por alguns momentos em que não recebemos as bênçãos do Senhor e blasfemamos, nos iramos, chegamos a dizer muitas vezes que Deus não olha para nós! Antes de Tudo é preciso observar se temos olhado para Deus ou se temos deixado que algo se tenha colocado entre nós e Deus! Porque que tudo o que se coloca na nossa vida acima de Deus é pecado de idolatria. E a palavra do Senhor em Isaías 59:2 diz: “Mas as vossas iniquidades (pecados) fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça”.
As pessoas sem esperança acabam dominadas pela ansiedade, pelo desânimo e pelo medo de viver. Algumas deixam de planejar e de Sonhar, pelo facto de não terem forças para continuar. Muitos passam por tal situação, onde olham para o mundo ao seu redor e só conseguem ver adversidades. Olham para o futuro e não enxergam nada que lhes traga esperança. Alie-se a Deus e obterá sucesso! Há situações que são semelhantes à seiva, que circula pelas diversas partes dos vegetais, e se esse líquido secar a árvore ou a planta morre. Existem situações nas nossas vidas que fazem com que a nossa esperança seque como a de uma árvore. Na Bíblia temos a História de um profeta chamado de Jeremias que passou por essa experiência. Em Lamentações 3:18 ele declarou: “Já pereceu a minha força, como também a minha esperança”. O profeta Jeremias estava vivendo dias muito difíceis e havia perdido toda a sua esperança. Talvez esse seja também o quadro em que você se encontra hoje, diante situações difíceis na família, no trabalho, na vida sentimental, nos estudos e principalmente na vida espiritual. Mas o nosso Deus é o Deus do impossível e Ele veio em carne e osso, se fez homem para nos mostrar que “No mundo teremos aflições, mas, tenhamos bom ânimo (tenhamos esperança) porque o Senhor venceu o mundo”. Ele é a esperança viva! Ele é especialista em causas impossíveis, entregue-se a Ele, e deixe-O trabalhar na sua vida e viverá um tempo de milagres, pois a esperança verdadeira nunca morre!
O Profeta Jeremias não desistiu de lutar por seus objetivos! Em Lamentações 3:21 ele diz: “Quero trazer à memória o que me pode dar esperança”. Por que razão alguém declararia não ter esperança e de repente se esforçaria para se lembrar de algo que pudesse restituí-la? Jeremias responde: “A minha proteção é o Senhor, diz a minha alma; portanto esperarei Nele” (Lm. 3:24). A mudança radical de Jeremias vem do facto de que ele se lembrou de Deus. No meio da desesperança, ele disse a si mesmo: “Eu esperarei no Senhor”. A esperança não será a prova de um sentido oculto da Existência, mas será uma coisa que merece que se lute por ela? Jeremias encontrou esperança em Deus. A palavra esperança está ligada ao verbo esperar. A psicologia demonstra que aí está um grande problema para a humanidade: não saber esperar. O futuro parece aos olhos humanos como algo inserto e inquietante. Por exemplo: que curso fazer, qual será o meu futuro profissional, conseguirei alcançar os meus objetivos e com quem casarei?
Segundo o psicólogo Americano Myers, “A ansiedade é um frio na alma”. Esta é realmente a sensação de quem está ansioso e inquieto. Há um remédio para vencermos essa sensação: a consciência de que Cristo cuidará de nosso futuro. Jesus Cristo prometeu estar connosco todos os dias (Mt. 28:20). Ele também disse: “não vos inquieteis com o dia de amanhã” (Mt. 6:34). A ansiedade tem causado stress, depressão e desejo de cometer o suicídio.
 A Bíblia diz que Deus nos oferece uma “viva esperança” (I Pe. 1:3). Por que não vivê-la no nosso dia-a-dia? Pessoas sem esperança são pessimistas, negativas e fatalistas. Para Aristóteles, “A esperança é o sonho do homem acordado”. Muitos depositam a sua confiança em homens, alguns na sociedade e outros na religião. Mas nem o homem, nem a sociedade e nem a religião podem trazer uma perspectiva de dias melhores para o ser humano. Só Cristo é a real esperança para esta sociedade hodierna. Aonde tem depositado a sua esperança?
1.     A Esperança do Crente
Eis que os olhos do Senhor estão sobre os que o temem, sobre os que esperam na sua misericórdia, para livrar a sua alma da morte e para os conservar vivos na fome” (Sl. 33:18-19).
A esperança, pela sua própria natureza, diz respeito ao futuro (cf. Rm. 8:24-25). Porém, ela abrange muito mais do que uma simples vontade ou anseio por algo futuro. Esta esperança consiste numa certeza na alma, isto é, uma firme confiança sobre as coisas futuras, porque tais coisas decorrem da revelação e das promessas de Deus. Noutras palavras, a esperança do crente está intimamente vinculada a uma fé firme (Rm. 15:13; Hb. 11:1) e a uma sólida confiança em Deus (Sl. 33:21-22). O salmista expressa claramente este facto mediante um paralelo entre “confiança” e “esperança”: “Não confieis em príncipes nem em filhos de homens, em quem não há salvação. Bem-aventurado aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxílio e cuja esperança está posta no Senhor, seu Deus” (Sl. 146:3, 5; cf. Jr. 17:7). Por conseguinte, a esperança firme do crente é uma esperança que “não traz confusão” (Rm. 5:5; cf. Sl. 22:4,5; Is. 49:23); a esperança, portanto, é uma âncora para o crente através da vida (Hb. 6:19-20).
Ela também está associada a uma fé em Deus, sendo ela a mola propulsora que nos leva a ver a vitória sobre o impossível, embora em certos momentos pareça que a nossa esperança nas coisas terrenas vão se definhando a ponto de nada mais esperarmos nesta vida (Jó 17:1-16). Há situações que são semelhantes à seiva (glória), a nossa esperança vai secando como de uma árvore (Lm. 3:18). “A esperança demorada enfraquece o coração, mas o desejo chegado é árvore da vida” (Pv. 13:12). “A esperança do crente jamais deve morrer e ainda ele morrendo deve ter esperança” (Pv. 14:32; Jó 13:15; 2 Co. 1:9; 2 Tm. 4:18). A esperança de Jó alcançava uma vida pós-túmulo, que certamente seria justificado, mesmo que aqui não fosse (Jó 14:7; 14.14).
2.     A Base da Esperança do Crente.
O alicerce da esperança segura do crente procede da natureza de Deus, de Jesus Cristo e da Palavra de Deus.
As Escrituras revelam como Deus sempre foi fiel, no passado, ao seu povo. O Salmo 22, por exemplo, revela a luta de Davi numa situação pessoal crítica, que ameaça a sua vida. Todavia, ao meditar nos feitos de Deus no passado ele confia que Deus o livrará: “Em ti confiaram os nossos pais; confiaram, e tu os livraste” (22:4). O poder maravilhoso que o Deus Criador já manifestou em favor do seu povo está exemplificado no êxodo, na conquista de Canaã, nos milagres de Jesus e dos apóstolos, e em casos semelhantes, os quais edificam a nossa confiança no Senhor como nosso Ajudador (cf. 105; 124:8; Hb. 13:6; ver Êx. 6:7 nota). Por outro lado, aqueles que não conhecem a Deus não têm em que se firmar para terem esperança (Ef. 2:12; 1 Ts. 4:13).
A plenitude da revelação do novo concerto em Jesus Cristo acresce mais uma razão para a esperança inabalável em Deus. Para o crente, o Filho de Deus veio para destruir as obras do diabo (1 Jo. 3:8), que é o “deus deste século” (2 Co. 4:4; cf. Gl. 1:4; Hb. 2:14; ver 1 Jo. 5:19 nota). Jesus, ao expulsar demónios durante o seu ministério terreno, demonstrou o seu poder sobre Satanás. Além disso, pela sua morte e ressurreição, Ele esmagou o poder de Satanás (cf. Jo. 12:31) e demonstrou o poder do reino de Deus. Não é de se estranhar, portanto, o que Pedro exclama a respeito da nossa esperança: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos” (1 Pe. 1:3). Jesus é, pois, chamado de nossa esperança (Cl. 1:27; 1 Tm. 1:1); devemos depositar nEle a nossa esperança, mediante o poder do Espírito Santo (Rm. 15:12-13; cf. 1 Pe. 1:13; ver Êx. 17:11 nota).
A Palavra de Deus é a base da esperança. Deus revelou sua Palavra através dos profetas e apóstolos no passado; Ele os inspirou pelo Espírito Santo para escreverem isentos de erros (2 Tm. 3:16; 2 Pe. 1:19-21). Pelo facto de que a sua eterna Palavra permanece firme nos céus (Sl. 119:89), podemos depositar a nossa esperança nessa Palavra (Sl. 119:49, 74, 81, 114, 147; 130:5; cf. At. 26:6; Rm. 15:4). De facto, tudo quanto sabemos a respeito de Deus e de Jesus Cristo vem da revelação infalível das Sagradas Escrituras.
3.     Regozija-te Porque Há Esperança Para o Teu Futuro
“Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não são para comparar  com a glória a ser revelada em nós” (Rm. 8:18).
Há muitas  pessoas  desiludidas,  sem esperança, sem paz, desesperadas, achando que não há solução para as suas angústias e problemas. Existe um ditado popular que diz que a esperança é a última a morrer. Contudo, há um provérbio bíblico   que  contradiz   esse   dito   popular:  “O Justo ainda morrendo   tem   esperança” (Pv. 14:32).  A desesperança é característica de quem não tem Deus.
O homem que acredita em Deus alimenta-se diariamente da esperança que está fundamentada na Palavra de Deus: “Sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos da parte de Deus um edifício, casa não feita por mãos, eterna, nos céus” (2 Co. 5:1).
A esperança de muitos está fundamentada nos prazeres do mundo: nos bens desta vida, na vaidade da vida, na fama, no sucesso, nas pessoas, no dinheiro e na riqueza, no Ter e não no Ser. Jesus não disse que os ricos são bem-aventurados, porque a esperança não está centrada em coisas externas. As riquezas não satisfazem.
Essa esperança não é verdadeira. “… Naquele tempo, estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo” (Ef. 2:12).
Essa esperança finda na morte. “…Porque qual será a esperança do ímpio, quando lhe for cortada a vida, quando Deus  lhe arrancar a alma. Acaso ouvirá Deus o seu clamor, em lhe vindo a tribulação”? (Jó 27:8-9).
Define-se esperança como confiança no cumprimento de um desejo ou de uma expectativa. No Novo testamento as palavras gregas elpis e elpizein significam “expectativa” e “esperar”. O conceito de esperança é plenamente desenvolvido nos escritos de Paulo – especialmente no livro de Romanos. O paradoxo de Romanos 4:18 “esperando contra a esperança”, é uma expressão de circunstância que tanto ameaça quanto impede, e de uma esperança que resiste. Paulo diz sobre o patriarca Abraão que “sem enfraquecer em sua fé, ele enfrentou o facto de que seu corpo estava praticamente morto – já que ele estava com cerca de cem anos de idade – e que o ventre de Sara também estava morto. Entretanto, ele não vacilou, pela descrença, quanto à promessa de Deus, mas foi fortalecido em sua fé e deu glória a Deus, estando plenamente persuadido de que Deus tinha poder para fazer o que havia prometido” (Rm. 4:19-21).
Devemos nos regozijar na esperança (Rm. 12:12) e considerarmo-nos benditos do Senhor (Jr. 17:7). A nossa esperança em Cristo não deve se limitar apenas a esta vida, pois se assim for seremos os mais infelizes de todos os homens (I Co. 15.19). Se a nossa esperança estiver firme, seremos como uma árvore plantada junto a um ribeiro de águas, cujas folhas não murcham (Jr. 17:8; Sl. 1:3).
4.     Otimismo na Esperança
O que devemos esperar de Deus? Devemos esperar a Salvação de nossas almas. “Porque, na esperança, fomos salvos. Ora, esperança que se vê não é esperança; pois o que alguém vê, como o espera? (Rm. 8:24). Devemos esperar a vida eterna na presença de Deus. Na esperança da vida eterna que o Deus que não pode mentir prometeu antes dos tempos eternos” (Tt. 1:2). Devemos esperar o prémio, o galardão nos céus. Pois quem é a nossa esperança, ou alegria, ou coroa em que exultamos, na presença de nosso Senhor Jesus em sua vinda? Não sois vós?” (I Ts. 2:19). Devemos esperar a vinda gloriosa de Jesus. “Aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus”. Tito 2:13 Devemos esperar a vitória contra as forças espirituais do mal. “O Senhor me livrará também de toda a obra maligna” (2 Tm. 4:18).
Portanto, as perspectivas que devemos ter ante os sofrimentos sejam as melhores, não permitamos que o desânimo nos roube a esperança, pois, mesmo diante de todas as dificuldades há sempre uma saída. “Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não são para ser comparados com a Glória por vir a ser revelada em nós” (Rm. 8:18). Se ainda não a encontrou, acredite que a encontrará muito em breve, busque o Senhor através da oração, da leitura da sua palavra e certamente Deus lhe mostrará um caminho excelente. “Mas Sião diz: o Senhor me desamparou, o Senhor se esqueceu de mim. Acaso pode uma mulher esquecer-se do Filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas, ainda que esta viesse a se esquecer dele, eu, todavia não me esquecerei de ti” (Is.  49:14-15).
Qualquer tipo de abatimento que nos atinja deve ser desconsiderado, temos um Deus que nos auxilia nos momentos mais difíceis, portanto devemos encarar com firmeza quaisquer obstáculos, não deixando que eles frustrem a nossa esperança, enfrentar os desafios é a melhor forma de vencê-los. Jeremias estava se queixando das dificuldades, entretanto Deus lhe disse que ele se preparasse para outras ainda maiores (Jr. 12:5). A nossa vida é pontilhada de perdas e vitórias. Tendo o Senhor na vida, após cada perda surge uma grande vitória. Só aprenderemos a lutar para vencer, lutando.
Nunca prive uma pessoa das fontes fundamentais da esperança; da Fonte geradora de esperança (Que é a Palavra de Deus), “… a fim de que, pela paciência, e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança” (Rm. 15:4) e da Fonte alimentadora da esperança (Que é Deus). “E o Deus da esperança vos encha de todo o gozo e paz no vosso crer, para que sejais ricos de esperança no poder do Espírito de Deus” (Rm. 15:13), pode ser a única coisa que ela tem.
5. Para os Que Colocam a Esperança em Deus há Seis Promessas
1) São ouvidos por Deus. “Esperei confiantemente pelo Senhor; ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro” (Sl. 40:1). O que pode a alma fazer se não esperar pacientemente até que o Senhor se incline e ouça? Deus não deixará um só filho Seu, que caminha em obediência constante, em consagração absoluta e em alegre submissão de sua vontade a Deus, ali; Ele o tirará de lá para colocá-lo sobre a rocha, com os lábios rompendo em cântico.
2) São libertos. “Não digas: Vingar-me-ei do mal; espera pelo Senhor, e ele te livrará” (Pv. 20:22). Porque mais doce do que a vingança é a certeza de que Deus é Salvador e Juiz.
3) São renovados espiritualmente e fisicamente a cada dia. “Os jovens se cansam, e se fatigam, e os moços de exaustos caem. Mas os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam” (Is. 40:30-31). Deus é a fonte inesgotável de força para os Seus, de forma que em todo o seu cansaço, Ele renova as forças deles. Deste modo, eles recebem dEle algo que ultrapassa em muito todo o poder humano. Para um povo que espera nEle, Ele sempre dá novas forças, de forma que ele pode ser comparado com a águia que, em seus voos altíssimos é figura de força incansável.
4) Alegrar-se-ão. “Naquele dia, se dirá: Eis que este é o nosso Deus, em quem esperávamos, e ele nos salvará; este é o Senhor, a quem aguardávamos; na sua salvação exultaremos e nos alegraremos” (Is. 25:9). Naquele dia, quando a festa será realizada para todo o povo do Senhor, quando o véu e a cobertura serão retirados, quando a morte será tragada na vitória, quando todas as lágrimas dos santos serão enxugadas, quando a sua repreensão será tirada do meio deles, o povo de Deus, exultante e feliz, celebrará o tão aguardado encontro de Cristo com Sua igreja. Naquele dia, contemplaremos o rosto de nosso tão amado Salvador, e viveremos para sempre com Ele.
5) São bem-aventurados. “Por isso, o Senhor espera, para ter misericórdia de vós, e se detém, para se compadecer de vós, porque o Senhor é Deus de justiça; bem-aventurados todos os que nele esperam” (Is. 30:18). O Senhor é Aquele que na hora da ira lembra-se da misericórdia, e porque ama tanto o seu povo anseia impacientemente por uma oportunidade de ser-lhe gracioso. Ele é de facto um Deus de justiça. Por isso, são considerados benditos os que nEle esperam, pois um dia Ele trará à plena luz do dia a justiça da causa deles.
6) Herdarão a terra. “Porque os malfeitores serão exterminados, mas os que esperam no Senhor possuirão a terra” (Sl. 37:9). Apesar de florescem por um tempo, eles serão ceifados como a erva ou flor do campo, ou serão exterminados como os ramos de uma árvore frondosa, eles serão exterminados da terra, mas os que esperam no Senhor, os que se dedicam à sua palavra, à adoração e ordenanças, que obedecem aos seus mandamentos, que confiam em sua graça e misericórdia, que vivem na expectativa da glória celestial, herdarão o país celestial, a boa terra de longe.
Jesus Cristo é a maior segurança de esperança proporcionada no coração dos que nele confiam. “Paulo, apóstolo de Cristo Jesus, pelo mandato de Deus, nosso Salvador, e de Cristo Jesus, nossa esperança” (I Tm. 1:1), “…aos quais Deus quis dar a conhecer qual seja a riqueza da glória deste mistério entre os gentios, isto é, Cristo em vós, a esperança da glória”  (Cl. 1:27).
Conta-se que durante a II Guerra Mundial, na Alemanha, algumas pessoas pobres e perseguidas se refugiaram numa caverna escura e fria, depois de terem abandonado aquele lugar medonho, achou-se inscrito numa das paredes o seguinte pensamento: “Creio no sol, mesmo que ele não brilhe. Creio em Deus, mesmo que ele esteja em silêncio. Creio no amor, mesmo que ele esteja oculto”.
Onde tem depositado a sua esperança? Nas coisas deste mundo ou no Deus que tudo pode?
O Deus da esperança quer alimentá-lo a cada dia, para que, fortificado, possa vencer todas as lutas que surgirem. Com Deus, somos mais… mais… muito mais que vencedores!
“Há  esperança para teu futuro, diz o Senhor…” (Jr. 31:17). Uma ilustração que exemplifica bem o valor da esperança. Sabemos que a hora está adiantada e as coisas se tornando mais difíceis, mas o Senhor diz que não devemos perder a esperança, porque Ele é poderoso e pode trazer a todos os que se encontram distantes para perto de Si.
Por mais difícil que seja a nossa vida podemos confiar em Deus que nos diz: Há Esperança para o teu futuro!

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sábado, 24 de agosto de 2013

O Mediador Entre Deus e os Homens

“Há um Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo Homem, o qual se deu a si mesmo em preço de redenção” (I Tm. 2:5-6).
Introdução
Dois mil anos depois o mesmo ainda é verdadeiro. Ainda “não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (At. 4:12). Jesus Cristo ainda é “o caminho, a verdade e a vida”, e ninguém vem ao Pai, excepto através dele (Jo. 14:6). O próprio Jesus declarou que o destino eterno de todos os homens depende da crença deles nele: “se não crerdes que EU SOU (o nome actual para Deus, Jeová), morrereis nos vossos pecados” (Jo. 8:24). Portanto, qualquer que seja o interesse dramático da Bíblia; qualquer que seja o interesse que possamos encontrar em ouvir os eloquentes discursos dos eruditos, o valor final da Bíblia é mais profundo do que tudo isso. Verificamo-lo no facto do Verbo se ter encarnado e ter-se feito verdadeiro homem, sem deixar de ser verdadeiramente Deus. O único Redentor dos eleitos de Deus é o Senhor Jesus Cristo.
A natureza do homem precisa de Deus para se poder realizar plenamente. Aquilo de que o homem mais precisa não lhe pode ser garantido por lei. Para gozar de uma existência em plenitude, precisa de algo mais íntimo, que somente lhe pode ser concedido por Deus. Ninguém pode viver, no sentido total da palavra, a não ser que tenha uma relação consciente com Deus. É verdade que Deus relaciona-se com todos os homens. Não há meio de Lhe escapar. Não há uma só vida na terra que esteja fora do alcance de Deus. Ele é o Deus em quem nós vivemos, nos movemos e temos existência (At. 17:28). E isso independentemente da nossa atitude para com Ele. Podemos lembrar aqui uma velha e conhecida ilustração: na noite escura e fatídica em que Belsazar e seus grandes se entregavam à embriaguez e obscenidades, Daniel, antes de lhe apresentar uma interpretação do que havia sido escrito na parede por uma mão misteriosa, disse: “…A Deus, em cuja mão está a tua vida, e todos os teus caminhos, a ele não glorificaste (Dn. 5:23).
Este tipo de contacto com Deus não é suficiente para que uma vida se realize plenamente. O facto de que Deus faz brilhar o sol de maneira a curar e a abençoar, sem fazer depender isso do carácter da pessoa, não assegura só por si a plena realização duma vida. De facto, a vida só se torna completa quando o homem, como por um acto de rendição alcança o poder da cruz, para uma vida separada, tem uma conduta baseada em ter uma atitude certa para com Deus; quando se relaciona directa e conscientemente com Deus. É nisso que consiste a verdadeira dignidade da vida. Toda a tragédia do fracasso humano resulta do facto de que o homem se tem vindo a considerar mesquinho em vez de grandioso.
Com esta certeza, temos também de enfrentar um senso universal de distância, ou de alguma discrepância entre Deus e o homem, de modo que o ser humano não consegue ter uma comunhão consciente com Deus. A oração parece ser uma afirmação do vácuo, sem que haja uma voz que responda. Por conseguinte, quando em virtude de tensões ou stress de qualquer tipo o homem se torna consciente da sua necessidade de comunhão com Deus, ganha no mesmo momento consciência da sua necessidade dum intermediário.
Paulo a afirma numa fórmula explicitamente dogmática: “Há um só mediador entre Deus e os homens” (1 Tm. 2:5). Isto é o evangelho resumido. Isto é fundamentalmente o cristianismo. A humanidade elementar, despertada para um senso da necessidade de Deus e para uma consciência de que não pode alcançar Deus, clama por alguém que se coloque entre ambos. Finalmente, e duma forma inconfundível, a resposta é encontrada na declaração de Alguém, “Jesus Cristo Homem, que se deu em resgate por todos” (6).
1.     Jesus Cristo,  o Mediador
Examinemos um pouco mais de perto esta afirmação. O termo “Mediador” significa um intermediário, ou, alguém que se coloca entre o homem e Deus; alguém que coloca a mão sobre Deus com autoridade, a autoridade do companheirismo e comunhão; autoridade do facto que é um com Deus e que penetra em todos os conselhos divinos, alguém que, ao mesmo tempo, coloca sobre mim a sua mão, com a mesma autoridade, autoridade baseado no facto da sua própria humanidade, de que Ele conhece a natureza humana não meramente com o conhecimento intelectual da Divindade, mas com o conhecimento experimental da encarnação. “Jesus Cristo Homem” põe assim a sua mão sobre Deus e sobre o homem.
Por outro lado, lemos a respeito deste Mediador, na Bíblia, que “se entregou em redenção”. Imediatamente atingimos o ponto fundamental e a interpretação. Não significa apenas que Ele é divino e humano, mas que por Ele foi feito algo que torna possível o acesso a Deus. À luz desta afirmação, poderíamos concluir: Jesus é o caminho de Deus e para Deus.
Este, portanto, que une o Criador infinito com a humanidade finita, que estabelece relações, que implora e consegue favores de Deus, que leva os nossos pedidos Àquele que é a santidade em si mesmo, – é o sumo e único Mediador.
a)  “Só Cristo é o perfeito mediador entre Deus e os homens, porquanto através de sua morte reconciliou o género humano com Deus”.
O que está implícito nesta declaração, “se entregou em redenção”, torna-se, na verdade, uma revelação. O que separa o homem de Deus? Um profeta hebreu, dirigindo-se um dia ao povo da sua própria nacionalidade, proferiu estas significativas palavras: “Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para que não possa ouvir” (Is. 59:1). Isto quer dizer que se o homem é incapaz de alcançar Deus, Deus pode alcançar o homem e ouvi-lo. O profeta deu então a razão desta impossibilidade por parte do homem: “As vossas iniquidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça” (Is. 59:2). É por este motivo que o homem não consegue chegar a Deus e manter uma relação com Ele. O homem ideal, isto é, o homem em harmonia com o propósito divino, não necessita de qualquer mediador entre si e Deus. Um homem sem pecado não precisa de qualquer Mediador. Não irá clamar por um mediador. O homem ideal anda com Deus e fala com Deus. Isto dava-se com o homem quando ele foi criado, de acordo com a revelação bíblica.
Quando passamos por cima dos séculos ou milénios encontramos o Segundo Homem de Deus. Ele não precisou de mediador entre si e Deus. Ele andava com Deus em qualquer parte: ouvia a beleza da mensagem divina nos cânticos das aves e via a glória divina a brilhar nas flores.
A razão por que o homem está consciente da sua impossibilidade de ter assim uma comunhão com Deus é que algo se interpôs entre os dois. Deu-se uma ruptura e, portanto, existe uma falta de articulação. O homem foi criado para andar e falar com Deus, para pensar em harmonia com os pensamentos de Deus. Todo o sucesso humano ao longo das linhas da ciência resulta simplesmente do facto de que o homem luta por conseguir isso. No entanto, sempre tem existido uma lacuna definida, uma brecha entre o homem e Deus. Ora, de acordo com o relato bíblico, essa ruptura surgiu quando o homem caiu do nível espiritual para o psíquico. Perdeu o contacto com Deus em virtude de sua rebelião, perdeu o senso de Deus e o senso da sua própria natureza espiritual. Isto não quer dizer que o psíquico ou mental esteja essencialmente errado; mas a verdade é que falha sempre quando se encontra divorciado do espiritual. Quando o homem, pela sua rebelião desceu ao nível do simplesmente mental, começou a buscar a Deus com os poderes da sua mente e nunca conseguiu encontrá-lo.
Jó, no capítulo 11:7-8, diz: “Porventura alcançarás os caminhos de Deus, ou chegarás à perfeição do Todo-Poderoso? Como as alturas dos céus é a sua sabedoria; que poderás tu fazer? É mais profunda do que o inferno, que poderás tu saber?”
No mundo inteiro e em todos os tempos, as religiões engendradas pelo homem, se esforçam para abrir caminhos para Deus. Buscam agradar a divindade por meio de obras, rituais e sacrifícios. É uma tentativa desesperada e inócua de abrir caminhos da terra para o céu. Nomeiam uma infinidade de mediadores entre Deus e os homens, no propósito fracassado de conseguir o favor divino. As Escrituras, porém, são categóricas em nos dizer que há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo Homem. Só há um caminho que leva o homem a Deus e esse Caminho é Jesus. Só há uma porta de acesso ao céu e essa Porta é Jesus. Há outros caminhos que parecem ser caminhos de vida, mas no final são caminhos de morte.
A luta da humanidade no sentido de estabelecer contacto com Deus por meio de uma busca que emprega apenas o mental, é sempre um fracasso e um desastre.
É importante ponderar que, sendo Deus infinitamente superior a todos, e nós em relação a Ele infinitamente inferiores, necessário se tornava que o mediador tivesse algo de comum com Deus e com os homens. Isto se realizou perfeitamente em Cristo, que, sendo Deus, encarnou-se, tornando-se perfeitamente homem. Tudo o que pertence à essência da verdadeira humanidade é verdadeiro nEle. Jesus é tão verdadeiramente humano como todos nós, pois, exatamente como Ele possui todos os elementos da Divindade, Ele tem também todos os elementos essenciais à natureza humana: um corpo humano, uma alma humana, uma mente humana, uma vontade humana e emoções humanas. Sua mente humana não foi substituída pela mente divina. Em vez disso, Ele tem tanto a mente humana como a mente divina. Por causa disso, é errado usar frases como: “Jesus é Deus num corpo humano”, ou então: “Jesus é Deus na pele humana”.
A verdade descrita acima é fundamental, pois a compreensão dela dará ao pecador a garantia de segurança eterna, a salvação assegurada pelo trabalho de Cristo, o único mediador. Afinal, a Bíblia é conclusiva a respeito de Cristo, “Porque há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens: Jesus Cristo, homem” (I Tm. 2:5), o qual se deu como preço da redenção eterna, substituindo o miserável pecador na cruz, o justo pelo injusto, para que ao seu tempo venha servir de testemunho, a sua morte trouxe vida ao pecador merecedor do inferno “...o salário do pecado é a morte” (Rm. 6:23). Logo só ele é o legítimo mediador, todos os demais pretensos mediadores elencados (sejam católicos ou protestantes) neste artigo não passam de ladrões e salteadores, pois estão sequestrando uma função inerente exclusivamente ao nosso Senhor Jesus Cristo.
2.     Jesus Cristo é o nosso único e suficiente Mediador
Assim como existe apenas um Deus vivo e verdadeiro, existe também apenas “um Mediador entre Deus e os homens”, e esse Mediador é o homem Cristo Jesus. Em outras palavras, não há outra maneira pela qual os homens podem ser salvos, excepto mediante Jesus Cristo.
Cristo é declarado o único Mediador no mesmo sentido em que Deus é declarado o único Deus. Assim como só existe um Criador do homem, também só existe um Mediador para os homens. Há somente um Deus desde a eternidade; somente um mediador, cuja mediação tem a mesma data que a fundação do mundo, e corre paralela a esta.
Jesus é o único Mediador entre Deus e os homens porque Ele é Deus-Homem. Jesus é Deus e Homem ao mesmo tempo. Ele é perfeitamente Deus e perfeitamente Homem. É uma só Pessoa, mas com duas naturezas distintas. Jesus não deixou de ser Deus ao tornar-se Homem. Aquele que nem o céu dos céus pode contê-lo, desceu da glória, esvaziou-se e fez-se carne. Vestiu a nossa pele, nasceu numa manjedoura, cresceu numa carpintaria e morreu numa cruz. Ele é a ponte que nos liga a Deus, o caminho que nos dá acesso ao Pai e a porta de entrada da bem-aventurança eterna.
Há um Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo Homem, o qual se deu a si mesmo em preço de redenção” (I Tm. 2:5-6).
Uma análise do termo “em redenção” mostra que este se refere a uma actividade na qual e pela qual o pecado que nos separou de Deus é removido; é, portanto, uma actividade na qual e pela qual nós somos levados de volta, do âmbito do simplesmente mental para o âmbito do espiritual. Fica assim aberto o caminho para Deus. Por conseguinte, o ministério salvador de Jesus Cristo está resumido na afirmação de que Ele é o “Mediador entre Deus e os homens” (1 Tm. 2:5).
Jesus Cristo é a segunda Pessoa da Trindade, o Eterno que entrou no tempo, o Infinito e Imenso que se esvaziou, o Deus que se fez homem, o Senhor do universo que se fez servo. Sendo bendito fez-se maldição, para que nós, filhos da ira, fôssemos abençoados com toda sorte de bênção. Sendo santo fez-se pecado para que fôssemos resgatados da condenação, do poder e da presença do pecado. Jesus é o Verbo que se fez carne e vestiu pele humana para revelar-nos a graça e a glória do Pai. Jesus é o Caminho que nos conduz a Deus. É a porta de entrada do céu. É o Mediador que nos reconcilia com o Pai. Jesus é singular tanto pela natureza de sua Pessoa como pela exclusividade da sua obra.
Por essa mediação, Ele restaura a possibilidade duma comunhão directa e imediata com Deus. Quando o homem se entrga, não teoricamente mas de facto, o Homem Jesus Cristo, que é o Mediador, descobre que o mal que o havia cegado e o tornara insensivel a Deus é removido. Uma relação directa com Deus torna-se agora não apenas possivel, mas uma experiência autêntica. Como Paulo afirma noutra das suas cartas: “Temos acesso” por Ele ao Pai. Jesus Cristo é o nosso caminho de volta a Deus, por meio dele temos comunhão com o Pai, Ele promove a reconciliação e aproximação de Deus. Ele é o caminho, Ele faz a ligação da nossa vida a Deus. Além de ser o caminho é o único, pois é seguro, verdadeiro e suficiente. Tal acesso não significa unicamente conhecer muito a respeito de Deus, mas realmente conhecer Deus.
O clamor, nascido do nosso senso da falta dum contacto em primeira mão com Deus encontra a sua plena e completa resposta em UM da nossa humanidade, mas que é ao mesmo tempo UM com Deus, que se torna Mediador; colocando a Sua mão com suprema autoridade sobre Deus e sobre o Homem, trazendo-os, assim, a uma comunhão consciente.
Jesus é o único Mediador entre Deus e os homens porque é o nosso representante e fiador. Jesus veio ao mundo para ser nosso representante e fiador. Não veio apenas para estar ao nosso lado, mas em nosso lugar. Não veio apenas para falar por nós, mas para morrer por nós. Não veio apenas para nos defender, mas para nos substituir. Sua morte na cruz foi um sacrifício, um sacrifício substitutivo. Ele morreu a nossa morte. Ele pagou a nossa dívida. Ele sofreu o duro golpe da lei que deveríamos sofrer. Ele sorveu sozinho o cálice amargo da ira de Deus que nós deveríamos beber. Ele recebeu em si mesmo a merecida punição do nosso pecado. Ele cumpriu com todas as demandas da justiça divina ao morrer em nosso lugar, em nosso favor, para nos oferecer perdão e vida eterna.
Em Jesus Cristo, Homem e Deus, a humanidade liga-se de novo a Deus. Poderíamos dizer: Jesus é o caminho de Deus e para Deus. “Eu sou o caminho a verdade e a vida, ninguém chega ao Pai senão por mim” (Jo. 14:6).
Cristo mediador tem, em seu ser, a perfectibilidade da mediação, pois ele partilha de ambas as naturezas: a de Deus, pois é seu Verbo e seu Filho, e a dos homens, pois é Homem perfeito e nosso irmão maior – “o primogénito entre muitos irmãos”, como diz Paulo na Carta aos Romanos 8:29.
Jesus é o único Mediador entre Deus e os homens porque ressuscitou, venceu a morte, triunfou sobre os principados e potestades e nos fez assentar com ele nas regiões celestes. A morte de Cristo na cruz não foi um sinal de fraqueza e derrota, mas de retumbante vitória. Ele matou a morte e arrancou o seu aguilhão, quando ressuscitou dentre os mortos. A vitória de Cristo é a nossa vitória. Morremos com ele e com ele ressuscitamos. Estamos escondidos com Cristo em Deus. Estamos assentados com ele nas regiões celestes, acima de todo principado e potestade. Nele somos mais do que vencedores. Por meio dele temos livre acesso ao trono da graça e chegaremos ao Céu, ao Paraíso, ao Seio de Abraão, à Casa do Pai, à Cidade Santa, à Nova Jerusalém. Ele é o nosso irmão mais velho e seguindo as suas pegadas, entraremos pelos portais da glória trajando vestes alvas e com palmas em nossas mãos. Com ele, assentar-nos-emos em tronos e, com ele, reinaremos em seu reino de glória, para todo o sempre. Porque Cristo foi tudo para nós na terra, no tempo, na vida e na morte, ele será tudo para nós no céu, na glória e isso, por toda a eternidade.