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domingo, 18 de junho de 2017


No Monte Carmelo Deus Responde Com Fogo!

(1 Reis 18:41-45)



Introdução

Israel estava sob o reinado do rei Acabe. Embora em seu governo houvesse conquistado um grande avanço po­lítico, por outro lado trouxe enorme prejuízo na área religi­osa. Todos os reis, desde Jeroboão, desconsideravam por completo as leis divinas e se inclinavam para a idolatria, levando Israel a cada dia para mais longe do Senhor. A crise religiosa sufocava a nação. O povo não tinha compromisso com Deus.

Três longos anos haviam passado desde que Elias se havia posto diante do rei Acabe anunciando o juízo de Deus sobre seu reino, que nem orvalho nem chuva haveria segundo a palavra do Senhor. Um altar para Baal tinha sido erguido no Monte Carmelo, localizado no lado noroeste da Palestina, referenciado na maioria das vezes como um símbolo de beleza e fertilidade, - “Florescerá abundantemente, jubilará de alegria e exultará; deu-se-lhes a glória do Líbano, o esplendor do Carmelo e de Sarom; eles verão a glória do Senhor, o esplendor do nosso Deus” (Is. 35:2). No entanto, muito antes ele foi erguido para o Senhor, mas por muitos anos estava em ruínas. Este lugar era proeminente e acessível. Deus estava prestes a fazer algo muito surpreendente para provar quem Ele era para uma nação que tinha seguido após deuses falsos... Ele queria que todos vissem e aprendessem.

Foi nesse contexto que o profeta Elias, nascido em Tisbé e contemporâneo do rei Acab e da rainha Jezabel e que estava vivendo um momento extremamente crítico em seu ministério profético, apareceu em cena na história religiosa de Israel. Percebendo tudo o que acontecia, ele não apenas repreende o rei como conclama o povo a uma tomada de posição quanto à fidelidade a Deus. Foi então que promoveu uma verdadeira batalha espiritual no monte Carmelo, desafiando em nome de Deus os profetas de Baal e do poste-ídolo (chamado de Aserá), as deidades da moda daquela época em Israel, que levaram à apostasia e na sequência da qual Deus havia enviado três anos e meio de seca, para definir quem era o Deus verdadeiro: Baal ou o Senhor dos Exérci­tos.

Elias não se intimidou em nenhum momento. O profeta estava determinado a provar sua posição. “À hora do sacrifício, o profeta Elias colocou-se à frente do altar e orou: Ó Senhor, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, que hoje fique conhecido que tu és Deus em Israel, e que sou o teu servo e que, segundo a tua plavra, fiz todas estas coisas. Responde-me, ó Senhor, responde-me, para que este povo saiba que tu, ó Senhor, és Deus e que fazes o coração deles voltar para ti” (1 Rs. 18:36-37).

 A oração de Elias foi simples, mas foi uma oração de fé. Apenas um pedido direto para que Deus provasse por si só que ele era o Senhor. Então fez descer fogo do céu, que consumiu por duas vezes os cinquenta soldados com o seu capitão, que o rei Acazias tinha mandado ali para prender o profeta, em virtude de ter este feito parar os seus mensageiros que iam consultar Baal-Zebube, deus de Ecrom (2 Rs l:9-15), derrotando-os e atraindo a glória de Deus de maneira surpreendente.

Nesta demonstração em que o clímax está na descida de fogo do céu para queimar o seu sacrifício ensopados de água, o povo de Deus, que havia sido levado à ruína pela adoração a baal, introduzida por Abizebel, Jezabel e seus profetas, havia sido convocado a largar a idolatria, o sincretismo religioso que em muito havia afetado a Israel, ceifando muitas vidas, seja pela espada dos profetas de baal, seja pela seca ou pela fome naquela terra, e a voltar ao primeiro amor, ao caminho reto trilhado por seus antepassados, estava prestes a ver o Senhor derramar as chuvas novamente sobre a nação, encerrando assim um longo período de seca, enviado por Deus como castigo por causa dos pecados do rei e do povo.

O relato bíblico afirma que havia três anos que não chovia sobre a terra de Israel (1Rs.17-18). Depois de um forte confronto com os profetas de Baal, Elias buscou ao Senhor em favor do seu povo porque viu o seu arrependimento e ouviu a sua confissão: “Só o Senhor é Deus”. Ele sabia que aquela terra havia sido amaldiçoada pelo pecado, mas estava disposto a clamar a Deus por um milagre. É provável que ele tenha passado por lugares desertos que outrora eram rios e fontes, mas que naquele momento estavam sequíssimos. Ele devia estar cercado pela miséria, fome e desespero. Diante daquela situação crítica, ele colocou o rosto entre os joelhos e começou a orar (1 Rs. 18:42).

A visão da seca não favoreceria a fé naquele momento, por isso, o profeta então retorna ao cume do Carmelo, juntamente com seu servo, se prostra na presença de Deus em oração. Depois de pedir a Deus a chuva, Elias recebe um comando no seu espírito: as chuvas já estavam se movendo no campo espiritual e seria uma questão de tempo para chegarem ao plano físico. Então ele ordenou ao seu servo que subisse o monte e olhasse para a banda do mar. A visão das águas era propícia à fé. Seis vezes o servo volta com a informação de que não havia nada lá. Na sétima vez, ele trouxe um relatório um pouco diferente, dizendo que uma pequeníssima nuvem se levantava do mar. Naquele momento Elias havia rompido o ciclo da maldição. Ele se levanta e manda avisar o rei Acabe para que se apressasse em retornar para casa, afim de que as abundantes chuvas não obstruíssem seu caminho. Elias é tomado de uma força sobrenatural, a ponto de correr diante do carro do rei até chegar em Jezreel.

Subamos também nós ao Monte Carmelo e vejamos pela fé o nosso milagre! Não olhemos para a direita, nem para a esquerda, caso contrário nos desviaremos do propósito. Não precisamos fraquejar sob o peso das tristezas e dos sofrimentos, porque o Senhor prometeu ser nossa força, nosso escudo e nosso cântico. Não devemos temer os incontáveis desafios da vida. Nosso Deus é um Deus que sempre será nosso Cuidador. Ele é nosso Conforto, nossa Âncora, nosso Refúgio e nosso Encorajador.

A lição que aprendemos com Elias, já neste instante em que ele surge nas Escrituras, é de que devemos estar sempre comprometidos com o estudo da Palavra de Deus, com a busca da presença de Deus. Por isso, busquemos a Deus em oração sem cessar e estejamos certos do que esperamos receber Dele. “E esta é a confiança que temos nele, que se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve, e se sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que já alcançamos as coisas que lhe temos pedido” (1 Jo 5:14-15). Sejamos específicos no nosso pedido e aguardemos. O milagre, depois de concebido em nosso espírito, cresce e vem à luz se formos perseverantes. Deus sabe que estamos aguardando sua resposta e no momento certo Ele agirá em nosso favor! Oremos insistentemente até que as chuvas comecem a descer sobre a nossa vida. Contemos aos que não acreditaram no milagre que os céus estão se movendo por nossa causa e que Deus nunca desampara aqueles que confiam em Seu poder. “A súplica de um justo pode muito na sua atuação” (Tg. 5:16)...

Elias e seu Moço São Uma Referência para nós Hoje.

Muitas vezes ficamos tão fascinados com o registo bíblico sobre homens e mulheres de Deus que acabamos esquecendo que todos eram humanos! Passamos a enxergá-los como heróis e como tal acreditamos que eles não tinham falhas. Todavia, a Escritura mostra os homens de Deus como de facto são - homens fiéis, vigorosos, destemidos, corajosos e ousados - mas ainda assim humanos. Com Elias também foi assim. Ele foi um profeta que deixou seu legado na história bíblica como um gigante espiritual. Um servo de Deus de profunda convicção espiritual e consciente de sua missão profética. Por causa disso enfrentou soberanos, falsos profetas e o coração de um povo dividido. Isso deixou uma sobrecarga sobre ele, e foi isso que fez aflorar na vida do profeta de Tisbé todo o seu lado humano, frágil e carente da ajuda divina.

Após a batalha, Elias libera a palavra de que voltaria a chover em Israel. Ele libera a palavra e sobe ao monte para interceder. O texto diz que o profeta se inclinou por terra, e meteu o seu rosto entre os seus joelhos. Elias intercedia pelo fim da sequidão.

O profeta chama a seu servo, e o manda ir mais adiante, de onde pudesse ver o mediterrâneo. E ele foi, e ao longe, contemplava o horizonte, onde céu e mar pareciam se unir em um contínuo e límpido azul. Nenhuma nuvem, nenhum sinal de chuva. Mas Elias sabia que tudo aconteceria no tempo de Deus, era necessário fé e insistência. Por isso ele volta a orar e ordena que seu servo retornasse a olhar o céu por sete vezes. “E disse ao seu servo: Sobe agora, e olha para o lado do mar. E subiu, e olhou, e disse: Não há nada. Então disse ele: Volta lá sete vezes” (1 Rs 18:43).

Interceder pode não ter resultado na hora, e muitos podem dizer que não estão vendo nada, mas persevere na intercessão que o resultado esperado virá como veio para Elias. Uma pequena nuvem do tamanho da mão de um homem.

A notícia que Elias recebe de seu servo demanda fé. A nuvem avistada subindo do mar era pequena, “como a mão de um homem”, mas para o profeta intercessor, já era o sinal do início da manifestação de Deus à sua oração, pois ele tinha a certeza de que a chuva estava chegando, não porque ele ouvira um som de chuva proprianente dito, nem mesmo de um trovão à distancia, mas porque ele estava chamando pela promessa feita por Deus.

Pela meteorologia, uma nuvem do tamanho da mão de um homem nada podia representar em termos de mudança climática, porém Elias já enxergava uma grande e abundante chuva, que encheria os poços, e regaria toda terra, trazendo alívio, crescimento das sementes, fartura e prosperidade ao povo de Deus. Isso foi suficiente para o profeta que logo mandou avisar o rei Acabe: A chuva está chegando!

Gradualmente aquela pequena nuvem se fortaleceu, se multiplicou e encheu o céu. A chuva de bençãos voltava a se derramar sobre Israel. Quanta alegria, muitos ajoelhados choravam e agradeciam! Deus não havia abandonado o seu povo.

Nasce um novo cântico de louvor na boca dos israelitas, a vida voltava a brotar na terra prometida, era a chuva do Senhor, a chuva de bençãos finalmente chegou! Multidões saem para as ruas pulando e salmodiando no meio do aguaceiro e da chuva de Deus! “E sucedeu que, entretanto, os céus se enegreceram com nuvens e vento, e veio uma grande chuva; e Acabe subiu ao carro, e foi para Jizreel” (1 Rs 18:45).

Nesses tempos de sequidão espiritual, o Senhor levantará homens e mulheres que também sejam perseverantes na intercessão. Que orem pelo fim da sequidão espiritual, através do derramamento do Espírito Santo. Pessoas que acreditam que a intercessão é esperança no meio do caos.

Observe que ninguém ouviu, exceto Elias, o barulho da grande chuva que o Senhor estava para enviar naquele momento (18:41). Realmente, só Elias discerniu o que Deus estava por fazer. E a explicação é simples: porque as coisas do Espírito se discernem no espírito, jamais na alma, na carne. O espírito regenerado recebe a Palavra e a revelação de Deus como verdade e nela se apoia, mas nossa alma precisa de sinais para crer que a revelação vai-se cumprir.

Elias precisou permanecer firme no propósito de atrair a glória de Deus para aquele lugar, mantendo os olhos físicos fechados para não receber impressões contraditórias do meio externo. Ele precisou manter seus olhos espirituais fixos na palavra liberada, nas abundantes chuvas que certamente chegariam.

Elias precisou perseverar na fé até que seu moço lhe desse um relatório positivo, coerente com o que Deus tinha falado. A determinação espiritual de receber o sobrenatural de Deus e a perseverança na fé de que Deus vai se mover, subjugam a nossa alma e arrancam dela todo discurso contrário.

 Parece que a igreja e os crentes modernos só se movem com terremotos de poder e maravilhas fantásticas. Corremos atrás de grandes números, de estádios cheios, de ministérios milionários. Perdemos a habilidade de ver Deus nas pequenas coisas e como consequência raramente o vemos. E pior ainda, concluímos que Ele está ausente. Precisamos urgentemente de renovar nossa fé. Esta fé que consegue enxergar uma tempestade vendo apenas uma nuvem do tamanho da mão de um homem e saber que ali está a resposta da oração de três anos!

Momentos dificéis é algo natural para aqueles que estão em Cristo Jesus; ele mesmo disse: “Tenho vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom animo; eu venci omundo” (Jo. 16:33). A paz que vem de Jesus é sobrenatural, não existe algo capaz de substituir essa paz, só Ele a pode dar. O tempo, as dificuldades tentam nos mostrar que o impossível não será real, que nossos sonhos não serão realizados, que a hora já passou, que é tarde demais para recomeçar ou conquistar. Mas olhando para a palavra do Senhor Jesus, entendemos que quando há o impossível aí é que Ele tem prazer em concretizar em nossas vidas. Porque a glória é D’ele e para Ele. Nada acontece sem que seja a sua vontade.

E aquele servo do profeta desceu dali daquele monte e diz ter visto ao longe uma pequena nuvem, do tamanho da mão de um homem subindo do mar; sete vezes e a vitória virá sobre minha e a tua vida, aleluia! Temos que começar a enxergar com os olhos espirituais as promessas do Senhor, as coisas não acontecem nas nossas vidas devido à incredulidade,... por não acreditarmos em pequenas nuvens, que se mostram em nossas vidas, como algo vitorioso, que trará extrema satisfação e o nome do Senhor será exaltado e glorificado para todo e sempre!

Temos que deixar, como homens, todo o orgulho de lado, toda a religiosidade, todo o desânimo e toda a afronta dos inimigos, deixar para trás nosso passado de derrota e vícios diversos, nossas vontades e luxúrias e vaidades de uma carne fraca e altamente corruptível... Não é fácil... mas tem de ser feito e com urgência. Elias ouvia a voz do Senhor seu Deus, teve momentos de fraquezas e de querer largar tudo, mas ele tinha o Senhor no coração. “E ele se foi ao deserto, caminho de um dia, e veio, e se assentou debaixo de um zimbro; e pediu em seu ânimo a morte e disse: Já basta, ó Senhor; toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que meus pais” (1 Rs 19:4).        

O mundo, que jaz no maligno, quer nos aborrecer e fazer-nos desacreditar das promessas de nosso salvador, quer repetir constantemente que não somos capazes, que ninguém é por nós, mas Jesus é aquele que veio para nos dar esperança, pois Ele venceu o mundo e pede para termos bom animo e paciência, pois já está chegando o dia e a hora da sua vinda, basta estarmos atentos para pequenas nuvens que se levantam no meio dos mares de afrontas e dificuldades, nuvens carregadas da água da vida, do amor de Cristo; nuvens da certeza da vitória em nome do Senhor Jesus. “ De maneira que, irmãos, somos devedores, não à carne para viver segundo a carne, porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis” (Rm 8:12-13).

Jesus quer nos transformados, não seduzidos pela carne e suas concupiscências, mas pelo Espírito Santo. “Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz” (Rm. 8:6).

Precisamos aprender a depender do Senhor. Precisamos descansar em suas poderosas mãos para recebermos Dele a resposta que tanto precisamos no momento certo. A nossa oração deve ser: “Senhor eu não sou nada e o Senhor é tudo. Como servo dependo de ti. Cuida de mim e cumpra seus planos em minha vida”. Ele jamais deixará de abençoar seus filhos. Deus é Fiel!

A Alma Pode Roubar a Manifestação do Sobrenatural de Deus!

O “espírito do homem” é a sua parte eternal. Foi confiada a ele por Deus ainda no Jardim, e será requerida pelo Criador assim que deixar o corpo para traz. É nossa ligação direta com o mundo espiritual, e está sempre inquieto por Deus, já que por essência, se opõem aos desejos carnais.  Se corpo e espírito são contrapontos de uma batalha épica dentro do homem, a “alma” é o fiel da balança, decidindo quem será o grande vencedor. O livro do Génesis nos conta que após ter formado o homem do pó da terra, Deus soprou o fôlego de vida em suas narinas (espírito), e ele se tornou “alma vivente”. É exatamente em nossa alma que estão centralizadas as emoções, os sentimentos, os desejos e o intelecto. 

A alma é o epicentro de nossa vontade, e também de nossa personalidade. Nela é forjado nosso caráter, estabelecida nossa postura e definidas nossas inclinações. A alma pode ser ambígua, funcionando tanto quanto uma âncora para o corpo (Lc. 12:19-20) ou uma alavanca para nosso espírito (Sl. 42:1). A alma está em constante ebulição, intempestiva e imprevisível. Uma prova desta verdade pode ser constatada nas páginas do livro dos Salmos. Em primeiro lugar, precisamos compreender que este compilado de cânticos e poemas são oriundos dos sentimentos e anseios de seus compositores. Por isso, quando iniciamos sua leitura, é como se embarcássemos numa verdadeira “montanha russa emocional”, num sobe e desce frenético de emoções e sentimentos.  Se um verso expressa  Salmo 4:3 é radiante em felicidade, dizendo que na presença de Deus os justos se regozijam e folgam em alegria e o Salmo 116:3, expressa uma angústia profunda, já que o salmista se sente “amarrado com cordas de morte, apoderado pelas angústias do inferno, vivendo em aperto e tristeza”. Paradoxal? Nem tanto. Os Salmos são reflexos da alma humana, cheia de sombras e suscetível às intempéries da vida. Nossa verdade absoluta muda ao sabor das circunstâncias e acabamos influenciados por elementos externos e seculares. Nossa fé por vezes se mostra oscilante, o ânimo se torna dobre e mãos esforçadas insistem em fraquejar.

Podemos dizer que a guerra começa no interior do homem, pois a sua alma é sede dos sentimentos (Sl. 42:2). Na alma está centrada a inteligência, os desejos, a vontade, o intelecto e o querer, as paixões e o temperamento. Ao contrário da alma, que busca mais um relacionamento com as coisas fisicas, o espirito do homem procura conduzi-lo ao sentimento de desejar Deus e a sua palavra.

Para que o homem natural vença a vida pecaminosa, ele precisa que seu espirito interior seja vivificado pelo Espirito Santo de Deus, o qual convence do pecado.

Tendo a alma relacionamento com a vida fisica por meio do corpo, o espirito, que é a janela aberta para Deus, busca servi-lo, mas não consegue porque não há no seu ser a presença do Espirito Santo, razão pela qual o homem sem Deus sempre se volta para as coisas do mundo e para os desejos do seu corpo. Quando o espirito humano é fortalecido pelo Senhor passa a ter a certeza de que é filho de Deus e começa a produzir os frutos do Espirito Santo (Rm. 8:16).

Os resultados das manifestações sobrenaturais faziam a Igreja crescer segundo Atos 5:14-15 que diz “E a multidão dos que criam no Senhor, tanto homens como mulheres, crescia cada vez mais. De sorte que transportavam os enfermos para as ruas, e os punham em leitos e em camilhas para que ao menos a sombra de Pedro, quando este passasse, cobrisse alguns deles”.

Até o capítulo 5, nós vemos grandes manifestações e milagres pelo poder do Espírito Santo acontecendo. A Igreja orava incessantemente, estava unida em um só coração e propósito. E como resultado disso, a Igreja se fortalecia e crescia espiritualmente e também em números.

A estratégia que Satanás usa para paralisar o mover de Deus e impedir que a Palavra de Deus fosse proclamada com mais ousadia é a divisão e a contenda.

 Em geral a alma precisa de sinais para crer no sobrenatural de Deus. Por isso, em muitos casos, vemos uma verdadeira guerra entre o espírito e a alma, pois enquanto o espírito está apto para crer, a alma se põe a duvidar da revelação de Deus.

Como resultado dessa guerra, vemos muitos cristãos desistidos, desanimados e descrentes em relação ao mover sobrenatural de Deus, tanto em suas vidas como no contexto em que vivem. Há pessoas cuja alma é tão convincente, que ela é capaz de calar a sua voz profética e cegar os seus olhos da fé.

Em relação à verdade espiritual, via de regra, toda a alma tem um discurso contrário. Nossa alma (carne) precisa ser diligentemente disciplinada, para que não se torne um obstáculo ao mover espiritual em nossas vidas. Por seis vezes Elias ouviu um discurso contrário ao que Deus disse que faria, mas ele não esmoreceu e perseverou na postura profética de quem não abre mão do mover sobrenatural de Deus.

O Senhor nos chama para darmos um basta aos relatórios contrários de nossa alma. É tempo de rompermos no sobrenatural de Deus e colecionarmos as vitórias que nos estão reservadas na dimensão espiritual. Precisamos adestrar nossos olhos e ouvidos espirituais para nos posicionarmos segundo os propósitos de Deus, resistindo a todo relatório contrário aos projetos do Senhor para nós.

Carmelo: o Lugar da Fé, da Esperança e do Sobrenatural de Deus!

Se der uma olhada panorâmica na Palavra de Deus, observando a maneira como Deus preparou seus servos para a realização de tarefas importantes, logo perceberá que a escola de Deus possui um campus onde seus servos são treinados. Deus ordenou a Moisés que fizesse um retiro espiritual no Monte Sinai, Elias esteve no Monte Carmelo, Jacó se encontrou com Deus no deserto, num lugar que foi denominado Betel, Paulo esteve em Damasco e Jesus no Getsemani. Na verdade o importante não era o lugar, mas as circunstâncias preparadas por Deus a fim de que seus servos estivessem concentrados nele. Não devemos estranhar, nem fugir, de lugares e situações diferentes, pois pode ser que num desses momentos ou lugares tenhamos um encontro pessoal com Deus. Depois que Moisés se encontrou com o Senhor, no Sinai, passou a ser um homem diferente, pois nem mesmo toda a cultura e capacidade recebidas como filho da filha de Faraó eram suficientes para o que Deus tinha a fazer por meio dele. Elias teve uma experiência sobrenatural com Deus no Monte Carmelo e Jacó passou a sonhar uma nova realidade em sua vida depois que dormiu no deserto.

Os homens de Deus também têm conflitos. Padecem também dos males comuns a todos os mortais. Todavia, é percetível que o servo de Deus conta com uma forma de auxílio diferenciado - ele não está sozinho neste mundo. Por isso, não depende apenas dos recursos humanos que são tão limitados. O Senhor faz-se presente nas horas conflituosas da vida e presta-nos o seu auxílio. Lemos nos Salmos: "Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia" (Sl. 46.1).

Passamos por momentos diferentes daqueles considerados ideais na cultura coletiva, mas são nessas oportunidades que surge o campus onde Deus nos treina para algo maior que pretende fazer em e através de nossas vidas!

Lembre-se que nossa alma quer constantemente nos fazer descer do Carmelo, do lugar do fogo de Deus, onde não só provamos da fidelidade de Deus, como também somos provados por Deus na fé, perseverança e determinação. Nossa alma quer nos fazer deixar aquele lugar especial, o monte da fé e da esperança, onde ela é vencida pelo governo do Senhor e a glória de Deus é manifesta. Ela insiste em que deixemos a nossa postura espiritualmente correta, de resistência aos seus relatórios adversos, para descermos ao nível do entendimento humano, emoções e sentimentos.

Sim, por causa da alma, muitos saem do lugar da vitória e vão para o lugar da acomodação, dúvida, desistência e derrota espiritual. Precisamos ser determinados e perseverantes e jamais descermos do nosso monte Carmelo, enquanto o sobrenatural de Deus não se manifestar. Não permita que a sua alma lhe faça descer do monte da fé e da esperança e provoque o aborto dos projetos de Deus em sua vida.

Resista e posicione-se como um discípulo da vitória, que discerne as questões espirituais pelo espírito. Exerça autoridade sobre a sua alma, levando-a a proclamar aquilo que já está estabelecido no reino do espírito, até que a realidade espiritual se torne uma realidade no plano físico.

Recuse-se a agir com base nas visões e leituras carnais, almáticas, porque elas são fatais para a fé e para a manifestação do sobrenatural de Deus. Creia que o Senhor hoje nos chama para rompermos os limites da alma, para sairmos do nível das emoções, sentimentos e razão humanas e entrarmos na esfera da verdade, do é possível de Deus. Afinal, nosso Senhor é Fiel e nEle não há variação, nem sombra de dúvida.

Hoje mesmo, o Senhor poderá liberar copiosas chuvas de bênçãos sobre sua vida, família, ministério, liderança, finanças, saúde etc. Basta crer, ser determinado e perseverante, apoiando-se na Palavra e nas promessas daquele que vive e reina para todo o sempre. Aleluia!

A experiência de Elias no Carmelo foi algo assombroso diante daqueles que foram testemunhas oculares do poder e glória do Senhor, pois um fogo devorador caiu do céu e tudo foi consumido.

Assim também acontece em nossa jornada cristã quando passamos por experiências similares onde o Senhor nos concede momentos de bonança e livramentos miraculosos; estes podem ser considerados o monte Carmelo, são os momentos do “lugar florido”.

Quando tudo corre bem somos audaciosos, corajosos, enfrentamos situações, não importa o que venha pela frente, basta tão somente o lugar estar florido, belo e com manifestação de poder. Até proclamamos “O Senhor está comigo, pois o meu jardim está florido, sinal de que Ele verdadeiramente está.”.

Sim! Verdadeiramente Ele está. É quando ouvimos muitas das vezes em nossas experiências de batalha a famosa expressão “O Senhor está no barco, fique tranquilo!”.

Vejamos agora de outra perspectiva. E se o Senhor não estiver no barco, muda alguma coisa? Ele deixa de ser Deus? Deixa de ser soberano? A resposta de todo filho é enfática: Não!

Às vezes Ele pode estar na areia da praia e os discípulos passarem uma noite inteira no barco e, não pescarem nada; todavia Ele tem um braseiro sobre a areia da praia com um pequeno peixe sobre ele e um pequeno pedaço de pão. Ele é Senhor e Deus da provisão. Ele é Senhor dentro ou fora do barco, Ele tem controle de tudo. Ele é totalmente Soberano.

Ele permite gastarmos por completo nossa própria força, mesmo que tenha que ser por uma longa noite, mas quando começa a despontar a luz da aurora, Ele surge, mesmo que tenhamos dificuldade de reconhecê-lo, Ele nos socorre e nos alimenta ( Jo.21).

Ele fez o mesmo com Jacó quando lutou com ele no vale. Jacó era muito forte, tinha muita força em si mesmo, então foi necessário ferir a sua coxa, o músculo de maior resistência e força, e mais uma vez quando rompe a luz da aurora, aparece outro homem: já não é mais Jacó e sim Israel. E nascia o sol, quando ele passou de Peniel (face de Deus); e coxeava de uma perna (Gn.32:31).

Creio que toda a vez que Jacó manquejasse daquela perna, com certeza se lembraria daquela noite de luta no vale do Jaboque, e do quão forte ele era em si mesmo. Quanta estratégia, quanto engano, quanta força no velho homem, mas certamente se lembraria também do seu novo nome: Israel. “Ao vencedor darei do maná escondido e lhe darei também uma pedra branca, e nesta pedra um novo nome escrito, o qual ninguém sabe senão quem o recebe” (Ap. 2:17).

O Senhor precisa ferir a nossa própria força, para que reconhecendo a nossa fraqueza, possamos aprender a confiar e a depender totalmente Nele e Dele.

No entanto na experiência do Monte Carmelo, não se passa muito tempo, e Elias é ameaçado por Jezabel. E o que ele faz? Foge com medo, e ainda assim pede a morte sobre ele, uma atitude de fraqueza e com perdão da palavra, “covardia”.

Às vezes pensamos que é uma atitude espiritual pedir a morte, como mártires do próprio ego, tudo isso para fugir dos problemas; homens e mulheres em profunda depressão, a doença do século, ousam até dizer: “Gostaria tanto de estar contigo Senhor!”

Isto não passa de uma atitude covarde, uma fuga das provas, que o Senhor nos concede para podermos entrar no Seu reino. O que nos falta é intimidade com o Senhor, leitura da palavra, oração e confiança nas promessas do Senhor, não como aquelas famosas caixinhas de promessas que você só retira passagens de benções; precisamos também de todas as demais passagens, até mesmo as de tribulações.

Então vemos nessa cena, mais uma vez o amor e a misericórdia do Senhor, quando em um braseiro Ele oferece provisão para Elias.


quarta-feira, 17 de maio de 2017

Da Caverna Para o Êxito!

(1 Samuel 22.1-2)

Introdução
Davi havia vivido um momento de glória, pois tinha sido ungido como rei escolhido por Deus, pelo profeta Samuel, sem o conhecimento de Saul. Ele estava de bem com o povo, e por estar de bem com povo, por ter caído nas graças do povo, por ter sua unção reconhecida e valorizada pelo povo, por todos adquirindo fama e confiança, principalmente, após derrotar o gigante Golias, levou as mulheres, em Israel, a cantarem, sem segredos: “Saul feriu os seus milhares, porém Davi os seus dez milhares” (I Sm. 18:7), o que despertou ciúmes, inveja e ódio em Saul, o rei escolhido pelo povo e que oficialmente reinava em Israel, mas que por desobedecer a Deus e lutar contra a Sua vontade (um sintoma evidente de um líder fracassado), estava em declínio, tendo começado a perseguir Davi, em ascensão, para o matar, pois sabia que ele seria o próximo rei de Israel.
Davi, o matador de gigantes, que na verdade era um líder naturalmente abençoado por Deus mas que só podia fugir de Saul, pois não o poderia matar por respeito ao ungido do Senhor, começa por se sentir, por causa das circunstâncias à sua volta, amedrontado e oprimido. Israel tinha um rei que perdera a unção e um líder que não podia reinar ainda. Nesse contexto Davi foge de Saul e se esconde na Caverna de Adulão, lugar bastante conhecido em Judá, a cerca de dezasseis quilómetros de Gate e vinte e quatro quilómetros de Belém, sua cidade natal.
Na verdade aquilo que era chamado de caverna de Adulão era um complexo de cavernas que ficava no vale de Elá. Segundo os arqueólogos e exploradores, existem partes desse complexo de cavernas que ainda não foram exploradas, e certamente caberia ali todo aquele exército que se ajuntou a Davi. Esse momento de fuga foi muito mais que a busca de um esconderijo, foi um momento especial e inesquecível na vida de Davi.
Foi nesse lugar que Davi ansiou por um pouco de água do poço em Belém e três de seus valentes passaram pelas linhas inimigas a fim de busca-la para seu líder (2 Sm. 23:13-17). Sabendo que aquela água havia custado muito aos três homens, que arriscaram a vida a fim de busca-la, Davi derramou-a como libação ao Senhor. Os grandes líderes não se esquecem do valor de seus seguidores nem tratam com descaso os sacrifícios que fazem além de seu dever.
Mas de repente ele ouve vozes e passos em direção à caverna. Eram os seus familiares que estavam preocupados com Davi. A sua família toda juntou-se a ele na caverna, o que significa que seus irmãos desertaram do exército de Saul e tornaram-se fugitivos como Davi. Eles ficaram felizes em saber que ele estava “bem” e começaram a abraçá-lo. Sabiam que Davi era o rei ungido de Deus, de modo que se ligaram ao futuro de sua nação.
Muitos outros, homens ameaçados de morte, homens que foram perseguidos, homens que um dia caíram no descrédito de muitas pessoas, homens amargurados por causa de dívidas, homens completamente alienadas da sociedade por problemas de caráter, homens que se encontravam em apertos e com problemas “psíquicos” (quem sabe!), homens descontentes com a forma de Saul governar Israel (ver 1 Sm. 14:29), que se sentindo ameaçados foram tomados de pavor, viram em Davi a única esperança de um reino bem-sucedido. No final Davi ficou com quatrocentos excelentes guerreiros, numero que posteriormente subiu para seiscentos. Alguns de seus valentes e seus líderes são relacionados em 2 Samuel 23:8-39 e em 1 Crónicas 11:10-41. Saul possuía um exército de três mil homens escolhidos (1 Sm. 26:2). A unção que estava sobre Davi falou mais alto do que a voz das circunstâncias à sua volta e diz o texto que “ele se fez chefe deles”.
Os verdadeiros líderes atraem as melhores pessoas, que veem neles as qualidades de carácter que mais admiram. As pessoas que cercaram Davi teriam passado despercebidas pela história se não se tivessem unido a ele, assim como os discípulos de Jesus teriam morrido no anonimato se não tivessem andado com Cristo. Deus não costuma chamar grandes e poderosos para serem seus servos, mas sim aqueles cujo coração está recetivo e se mostram ansiosos para obedecer à sua vontade (1 Co. 1:26-31).
Devemos observar que aqui, há uma correlação entre esta situação e o senhor Jesus e é algo que não devemos perder de vista. O senhor Jesus está chamando hoje um povo para levar o Seu nome, eles são os valentes de Deus.
Vivemos dias em que o Senhor Jesus é rejeitado, até o Seu próprio povo disse: “Eu não quero que este homem reine sobre nós”. Ele não tomou ainda sua posição no trono como Rei dos Reis e Senhor dos Senhores, Davi também foi um homem rejeitado, embora tenha sido ungido para ser rei em Israel quando Saul ainda reinava. Deus está chamando os seus valentes para servi-lo e fazerem a diferença, mas não se esqueça que é necessário sair da caverna, não importa quem seja você ou o que tenha feito no passado ou como está sua vida hoje.
Quem é que poderia crer ou imaginar que naquela caverna se encontrava o homem que havia sido escolhido para reinar sobre Israel, em quem um dia muitos encontrariam ajuda? Mesmo que Davi tenha começado de maneira tão humilde, esse era o caminho de Deus para ele, pois ele era o ungido do Senhor, o novo Rei de Israel. E apesar de não ter sido reconhecido como soberano quando se encontrava nessa situação, ele não deixou de sê-lo.
Veja como Jesus foi desprezado, cuspido, torturado e escarnecido quando se encontrava pendurado na cruz! Mas mesmo assim, o Rei nunca perde sua majestade, ele continuava sendo o homem da salvação, o verdadeiro Rei e o único refúgio para a humanidade perdida. Pedro testemunhou o seguinte aos fariseus incrédulos: “E não há salvação em nenhum outro; porque debaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (At 4:12). Jesus é o verdadeiro Filho de Davi. E Ele é o verdadeiro soberano e Senhor do Céu e da terra e rei dos Reis, mesmo que na cruz não tenha sido reconhecido.
 Onde Estão os Lideres que Deus Quer Usar?
Deus está à procura de homens e mulheres que estejam dispostos a sair da caverna. A história mostra que o rei Davi cercou-se de homens valentes, no começo, ninguém dava nada por eles, porém, eles eram leais, arriscaram suas vidas pelo rei, tinham convicções e tornaram-se soldados de seu exército. Hoje em dia, Deus está procurando por homens e mulheres valentes que Ele quer usar para fazer parte do Seu poderoso Exército, essencial para o crescimento do Seu reino.
A importância da disponibilidade e da disposição de se trabalhar para Deus pode ser mais claramente vista nas exigências que Jesus colocou sobre um homem que ele chamara para segui-lo. “Permite-me ir primeiro sepultar meu pai. Mas Jesus insistiu: Deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos” (Lc. 9.59-60). Para outro candidato que se oferecera seguir Jesus depois de despedir-se de sua família, Jesus disse: “Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás é apto para o reino de Deus” (vs. 61-62). Grandes recompensas estão reservadas para aqueles que deixam casas, famílias e campos para trabalhar para Deus (Mc. 10:29-30). Esse é o tipo de desprendimento que bons líderes necessitam. Quando olhamos o sucesso extraordinário que Jesus atingiu através de homens que ele escolhera, vemos a verdade nesta definição: “Um líder é uma pessoa comum com uma determinação extraordinária”.
É no meio das dificuldades que os valentes aparecem, eles dependem única e exclusivamente de Deus, e com certeza que eles não lutam com a força do seu braço, mas sim com a força que Ele dá.
É necessário colocar nossos olhos naquele que tudo pode, e, vencer será possível se deixarmos o nosso Deus ir diante de nós como poderoso gigante. Assumir a tarefa de conquistar com Sua ajuda e com o Seu poder às metas que estabelecemos, é estar preparado para tudo. Saiba que na batalha surgem imprevistos, mas também grandes vitórias.
Deus levanta lideranças nos lugares mais esquisitos. Onde ninguém imagina que possa se levantar uma liderança, ali Deus manifesta seu poder e levanta alguém para fazer uma diferença tremenda.
Não são os lugares e nem as circunstâncias que vão impedir Deus de levantar líderes. Não importam as adversidades. Deus olha para os seus ungidos e espera que eles se manifestem no tempo oportuno, expressando tudo aquilo que o Senhor os chamou para realizar. Não importa o tipo de caverna em que você se meteu, Deus pode arrancá-lo de lá e levá-lo a cumprir todo o Seu propósito em relação a você!
 Deus quer usar a todos os que nEle creem! Sobre cada santo de Deus há uma unção para atrair o poder do Senhor e arrancar das cavernas da vida todo aquele que está precisando ver a glória do Todo-Poderoso, inclusive os ungidos de Deus. O Senhor Jesus disse que coisas maiores que Ele fez nós faríamos. Aleluia!
Estamos debaixo de uma tremenda unção de conquista e liderança, capaz de levantar líderes valentes e ousados, mesmo nas cavernas mais escuras da vida. O Senhor nos plantou na Terra para exercermos influência do Reino de Deus sobre a vida das pessoas à nossa volta. Ele quer usar sua vida para arrancar das cavernas os que estão em aperto, os amargurados e os endividados, tanto material como espiritualmente. Creia que há muita gente esperando que você se levante para dar-lhe direção, para mostrar-lhe o caminho a seguir, arrancando-o das cavernas nas quais está se refugiando. Você é essa pessoa especial que Deus quer usar na Terra, para a glória do Seu nome.
 Faça como aqueles homens, saia da caverna, ficar lá dentro chorando, reclamando e procurando desculpas não vai ajudar em nada. Aqueles homens fizeram uma aliança com Davi, um ungido de Deus, e eles passaram de perseguidos a conquistadores. Hoje mesmo, aí onde você está, pode sair da caverna e fazer uma aliança não com um ungido de Deus, mas sim, com o próprio Deus, e com segurança, vai ver como será sua vida a partir de hoje.
Um líder é líder em todo o lugar e em qualquer situação. Líder sempre atrai multidões. Davi era um líder nato, mesmo fugindo de Saul ele liderou e cuidou de homens que precisavam de ajuda. Foi nesse lugar que Deus forjou um grande líder e um grande exército. Em Jesus encontramos esse refúgio quando estamos em aperto, porque quando achamos que chegamos no fundo do poço Ele nos tira de lá. Quando achamos que estamos endividados, Jesus já rasgou nosso escrito de dívida na cruz. E quando achamos que estamos amargurados de espírito devemos lembrar que o Espírito de Deus ungiu Jesus para derramar óleo de alegria sobre nossas vidas (Is. 60).
Vinde a Mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve” (Mt. 11:28-29).
1. Os Benefícios da Caverna de Adulão como Lugar de Refúgio e Segurança.
Deus que havia desistido de Saul devido à sua idiotice instruiu o profeta Samuel para ir a casa da família de Jessé, onde seria escolhido a dedo aquele que haveria de ser o herdeiro do trono do rei Saul sobre Israel. Esta escolha recaiu sobre Davi que era o menor da ninhada e em que nem mesmo seu pai o considerava um candidato ao trono, pois ele não conseguia ver o potencial do filho, mas Deus não.
Contudo, após se sentir praticamente rei de Israel, depois de triunfar sobre Golias, depois de ter a confirmação pela unção do profeta, Davi conheceu os porões do submundo. O ponto mais baixo da sua vida foi quando ele precisou de fugir da fúria de Saul, refugiando em Gate, e de lá, com medo de ser morto pelo rei desta cidade, afinal Davi matara o seu maior guerreiro, foi se esconder na caverna de Adulão. Davi fugiu para essa caverna como último recurso, onde ficou sozinho e totalmente perturbado.
Tais são os caminhos de Deus. Os caminhos pelos quais conhecemos a injustiça, vivemos a crise, passamos por isolamentos e as dúvidas crescem exponencialmente. Deus Se deleita em deixar que nos envolvamos em situações impossíveis, para que, quando Ele nos salve, fique bem claro que foi Ele que o fez.
Davi escreveu o salmo 142 para definir exatamente o que sentia nesse momento de sua vida. Derramo perante ele a minha queixa, à sua presença exponho a minha tribulação. Quando dentro de mim me esmorece o espírito, conheces a minha vereda. No caminho em que ando, me ocultam armadilha. Olha à minha direita e vê, pois não há quem me reconheça, nenhum lugar de refúgio, ninguém que por mim se interesse. Davi, em seus salmos, faz um retrato desolador de sua condição, e então prossegue descrevendo a maneira como Deus o resgata.
A libertação de Deus é mais do que temporal, mais do que apenas física; ela inclui a libertação da condenação eterna (Sl. 34:21-22; 56:13). É interessante que no Novo Testamento a palavra que muitas vezes é traduzida por salvo é usada com sentido muito mais amplo do que apenas salvação espiritual. É usada como cura física e outros atos de livramento. Em nosso texto, Deus salva a vida de Davi, mas, em seus salmos, ele informa aos leitores que esta salvação temporal é um protótipo da salvação eterna que Deus também realiza. O Deus que nos salva de nossas aflições e de nossos inimigos, é o mesmo Deus que nos salva de Sua ira eterna.
Vamos todos entrar na Caverna de Adulão em algum momento da nossa vida. A dúvida pode ser a tal caverna. A perseguição pode ser a tal caverna. A doença pode ser a tal caverna. Luto pode ser a tal caverna. Conflitos nos relacionamentos podem ser a tal caverna. No entanto, não há nenhuma caverna escura o suficiente para nos escondermos de Deus. Charles Swindoll descreve o papel que o isolamento da caverna fez na formação de um líder: Davi foi levado para o lugar onde Deus pode realmente começar a moldá-lo e a usá-lo. Quando o Deus Soberano nos leva ao nada, é para redirecionar as nossas vidas, e não para acabar definitivamente com elas.
É bem certo que alguns de nós vão entrar na caverna de isolamento pelos nossos próprios pecados. Alguns de nós vão entrar por causa do orgulho, da arrogância e da presunção. Mas ainda assim, Deus vai usar a caverna de isolamento para nos livrar da índole que nos levou a tomar decisões que nos levaram para a caverna de isolamento. Deus vai usar esse tempo para moldar as nossas vidas para que elas, nesse processo, tenham o efeito do chamado que ele tem para nós.
A caverna também é o lugar para processar a nossa dor e receber consolo de Deus para as nossas vidas e para o benefício de outros. Os resultados das experiências dos muitos dos servos de Deus que foram colocados na caverna são pérolas do pensamento cristão, como essas: Daniel 2:22 - Ele revela o profundo e o escondido. Ele sabe o que está em trevas, e a luz habita com ele. Isaias 45:3 - Eu te darei os tesouros das trevas e as riquezas escondidas em lugares secretos, para que saibais que eu, o Senhor, que te chama pelo nome. Eu sou o Deus de Israel. Jó 12:22 - Ele descobre coisas profundas das trevas, e traz à sombra da morte a luz.
A Caverna de Adulão foi aquele lugar especial que Deus colocou como um instrumento de solução para a hora difícil no meio da batalha. Davi fugiu e escapou para a caverna de Adulão. A caverna é um lugar de escape, é um lugar de refúgio e segurança que Deus concedeu no momento certo. Parece paradoxal a ideia de que um homem tão importante para Deus precisasse se esconder numa caverna. Porém, existem momentos que isso se faz necessário. O filho de Deus precisa se esconder nos braços poderosos do Pai. Existe uma diferença marcante entre a fuga psicológica dos problemas e a busca de um refúgio em Deus. Fuga psicológica é quando fugimos para não enfrentar nossos próprios medos e traumas. Fuga psicológica é fugir das próprias obrigações. Busca de um refúgio em Deus é quando precisamos de proteção e conforto do Pai celestial. Esta é uma realidade presente na vida de Davi. Como vemos no Salmo 131: “Senhor, o meu coração não é soberbo, nem os meus olhos são altivos; não me ocupo de assuntos grandes e maravilhosos demais para mim. Pelo contrário, tenho feito acalmar e sossegar a minha alma; qual desmamada sobre o seio de sua mãe, qual desmamada está a minha alma para comigo. Espera, ó Israel, no Senhor, desde agora e para sempre”. Como criança no colo da mãe ou o filho brincando com o pai. Deus oferece uma solução que é se refugiar sob as asas do Todo-poderoso. O Salmo 57 foi um cântico inspirado na Caverna de Adulão. “Compadece-te de mim, ó Deus, compadece-te de mim, pois em ti se refugia a minha alma; à sombra das tuas asas me refugiarei, até que passem as calamidades. Clamarei ao Deus altíssimo, ao Deus que por mim tudo executa. Ele do céu enviará seu auxílio, e me salvará, quando me ultrajar aquele que quer calçar-me aos pés. Deus enviará a sua misericórdia e a sua verdade. Estou deitado no meio de leões; tenho que deitar-me no meio daqueles que respiram chamas, filhos dos homens, cujos dentes são lanças e flechas, e cuja língua é espada afiada. Sê exaltado, ó Deus, acima dos céus; seja a tua glória sobre toda a terra. Armaram um laço para os meus passos, a minha alma ficou abatida; cavaram uma cova diante de mim, mas foram eles que nela caíram. Resoluto está o meu coração, ó Deus, resoluto está o meu coração; cantarei, sim, cantarei louvores. Desperta, minha alma; despertai, alaúde e harpa; eu mesmo despertarei a aurora. Louvar-te-ei, Senhor, entre os povos; cantar-te-ei louvores entre as nações. Pois a tua benignidade é grande até os céus, e a tua verdade até as nuvens. Sê exaltado, ó Deus, acima dos céus; e seja a tua glória sobre a terra”. Aqui pode-se ver como Davi louva a Deus pelo seu lugar de refúgio e segurança. Jesus também orientou aos seus discípulos para que buscassem um lugar de descanso. “Ao que ele lhes disse: Vinde vós, à parte, para um lugar deserto, e descansai um pouco. Porque eram muitos os que vinham e iam, e não tinham tempo nem para comer. Retiraram-se, pois, no barco para um lugar deserto, à parte” (Mc. 6:31-32). Eles não estavam fugindo dos problemas, mas estavam buscando um refúgio para refazer as forças.
Deus, em Sua misericórdia nos deu um meio de escape. Os meios de libertação de Deus não nos lisonjeiam, mas sempre glorificam a Ele. Ele enviou Seu Filho à terra como homem (o perfeito Deus-Homem), para viver uma vida perfeita e morrer como inocente como pagamento por nossos pecados. A cruz não foi um acontecimento para inflar o ego. Foi a morte horrível de nosso Senhor em favor de pecadores culpados. Mas Deus levantou Jesus da morte, glorificando-O e aqueles que, pela fé, estão Nele. É pela fé em Jesus Cristo que pecadores indignos são libertados da morte eterna, para a glória de Deus. Você já recebeu o perdão de seus pecados, este presente da justiça de Deus em Cristo? Tudo o que precisa fazer é reconhecer seu pecado e confiar em Jesus como único meio de Deus para sua libertação. Eu o incentivo a fazer isto hoje.
 2. Um Lugar de Restauração de Vidas
Ajuntaram-se a ele todos os que se achavam em aperto, todos os endividados, e todos os amargurados de espírito; e ele se fez chefe deles; havia com ele cerca de quatrocentos homens”.
Um facto evidente é que a pregação do Evangelho nos nossos dias tem sido carregada de uma grande dose de positivismo. Para muitos crentes as pessoas que viveram na época bíblica não tinham problemas. Quando lemos a Escritura encontramos a realidade de pessoas que passam os mesmos problemas que todos nós. Para a caverna de Adulão também foram as pessoas que estavam em turbulência. Pessoas endividadas e amarguradas de espírito. Talvez na linguagem de hoje pudéssemos usar outras expressões, tais como pessoas deprimidas e sem esperança. Jesus sabia dessa realidade dura quando chamou a Ele todos: “vinde a mim, todos os que estai cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo e leve” (Mt. 11:28-13). Jesus pode ser comparado com esta caverna. Na caverna de Adulão há restauração das nossas vidas, há alivio para as enfermidades da nossa alma e salvação para a nossa alma. Temos que nos preocupar quando vemos a pregação do Evangelho sendo tão deturpada. Para muitos a fé cristã tem se tornado um jugo pesado demais para carregar e para outros uma vida sem compromisso nenhum com a ética e a verdade. Esse desequilíbrio gera uma confusão enorme nas pessoas e cria uma casta vacinada contra a verdadeira obra do Espírito Santo de Deus. Alguém disse que a Igreja de Jesus Cristo não é um museu de santos, mas um hospital de pecadores. Temos que buscar refúgio em Cristo para tratar nossas enfermidades e sarar nossas dores. Temos que fazer isso com humildade e sinceridade de coração. Não tenha medo de se esconder na caverna de Deus para ser totalmente restaurado pelo Poder de Deus. Outro detalhe importante que o texto revela é que houve também uma restauração na liderança e nos liderados. As pessoas que foram para a caverna desesperadas e enfermas encontraram um líder, Davi. E Davi encontrou força no grupo. Deus leva um líder ungido para a caverna e leva também pessoas sem referência e rumo. Deus restaura todos que foram para a caverna. Vejamos o que diz o escritor de Hebreus a respeito desses vitoriosos. Os verdadeiros heróis da fé. “Foram apedrejados e tentados; foram serrados ao meio; morreram ao fio da espada; andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras, necessitados, aflitos e maltratados (homens dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos e montes, e pelas covas e cavernas da terra” (He. 11:37-38). Deus nos leva para sua caverna para restaurar completamente as nossas vidas. Interessante é que cada um tem sua caverna. A caverna do profeta Jonas era um grande peixe.
3. Um Lugar de Reflexão Para Conhecer a Vontade de Deus.
Dali passou Davi para Mizpe de Moabe; e disse ao rei de Moabe: Deixa, peço-te, que meu pai e minha mãe fiquem convosco, até que eu saiba o que Deus há de fazer de mim. E os deixou com o rei de Moabe; e ficaram com ele por todo o tempo que Davi esteve no lugar forte. Disse o profeta Gade a Davi: Não fiques no lugar forte; sai, e entra na terra de Judá. Então Davi saiu, e foi para o bosque de Herete”.
Este é outro benefício maravilhoso da caverna de Adulão na vida de Davi e na nossa vida. Deus nos leva para algum lugar seguro, para nos restaurar e nos mostrar a Sua soberana vontade. “Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus” (Rm. 12:1-2). A maior bênção que um filho de Deus pode receber é ter certeza que está no centro da vontade de Deus. Davi tinha essa certeza. A presença na caverna era uma oportunidade de ouvir a voz do Senhor. Ele deixa sua família com o rei de Moabe “até que eu saiba o que Deus há de fazer de mim”. Mais tarde Deus falou através do profeta para que ele saísse da caverna. E ele saiu. Um exemplo clássico de alguém que se colocou na presença de Deus esperando uma resposta, foi Habacuque. No capítulo dois ele ora a Deus: “Sobre a minha torre de vigia me colocarei e sobre a fortaleza me apresentarei e vigiarei, para ver o que me dira, e o que eu responderei no tocante, a minha queixa. Então o Senhor me respondeu , e disse: Escreve a visão e torna-se bem legível sobre tabuas, para que a possa ler quem passa correndo. Pois a visão é ainda para o tempo determinado, e se apressa para o fim. Ainda que se demore, espera-o; porque certamente virá, não tardará. Eis o soberbo! A sua alma não é reta nele; mas o justo pela sua fé viverá” (Ha. 2:1-4). Depois dessa experiência magnífica ele recebe a revelação da doutrina mais importante da Bíblia. A salvação pela graça de Deus, mediante a fé. Outro momento importante em que vemos a direção de Deus é na segunda viagem missionária de Paulo. Foi um momento que eles não sabiam ao certo para onde ir e tiveram de fazer uma parada. “...e tendo chegado diante da Mísia, tentavam ir para Bitínia, mas o Espírito de Jesus não lho permitiu. Então, passando pela Mísia, desceram a Trôade. De noite apareceu a Paulo esta visão: estava ali em pé um homem da Macedônia, que lhe rogava: Passa à Macedônia e ajuda-nos. E quando ele teve esta visão, procurávamos logo partir para a Macedônia, concluindo que Deus nos havia chamado para lhes anunciarmos o evangelho” (At. 16:7-10). Deus geralmente fala de maneira muito especial quando paramos para ouvir a Sua doce voz.
Conclusão:
Assim, a maior lição que tiramos desse importante facto bíblico é que em alguns momentos da nossa vida precisamos nos esconder em alguma caverna. Davi foi um rei especial para a história de Israel e para a vinda do Messias. Davi foi bem sucedido pois entendeu a importância desse momento. Com certeza no caminho de Davi para o palácio real estava a Caverna de Adulão. Para sermos vitoriosos precisamos aprender a passar pelos lugares de refúgio, de restauração e de reflexão para saber qual a vontade de Deus. Estar na caverna é esperar no Senhor e amadurecer na fé. Deus seja louvado!


sábado, 21 de janeiro de 2017

Mensagem: Santidade

Santidade!
"Desperta, desperta, veste-te da tua fortaleza, ó Sião; veste-te das tuas roupas formosas, ó Jerusalém, cidade santa, porque nunca mais entrará em ti nem incircunciso nem imundo." Isaías 52:1
O ambiente da igreja é uma maravilha: a palavra de Deus, o louvor, a oração. Sentimo-nos renovados na comunhão com o Senhor! Parece até que os problemas nem existem.
O importante é levar consigo a palavra pregada para enfrentar os desafios que surgem e vencê-los, em O Nome de Jesus! Acorde: o que ouviu é para ser colocado em prática e não para ser esquecido no momento em que sai do culto. Para que a palavra seja posta em prática, ela deve permanecer na nossa boca e no nosso coração!
No versículo acima citado Isaías nos dá um alerta, revelando os segredos para impedir a entrada do mal.
Vestir-se de fortaleza
Eu creio que o olhar de Deus sobre mim é tão profundo e especial quanto sobre cada um de nós, sem excepção. Cada um de nós é um alvo certo para onde os olhos do Deus Eterno se lançam e sobre quem o Seu coração se derrama. Que coisa tão maravilhosa, não é verdade? Até parece difícil, em tantos momentos, podermos compreender tamanho amor, misericórdia e graça. Deus é tremendo!
Chova ou faça sol, mudem as estações, essa é uma verdade de Deus, uma realidade viva e acessível para todo aquele que crê! Para mim e para si! É simplesmente fantástico este senso de valor poder ser restabelecido, restaurado e resgatado por Deus dentro de nós, de maneira tão poderosa e eficaz.
É em pessoas como nós que Deus está confiando a conquista e a consolidação, nEle, e para Ele, desta geração e desta cidade, de Portugal e das nações da terra... Homens e mulheres, de todas as idades, de toda a raça, povo, tribo, língua e nação, conquistando esse poderosíssimo exército de valentes adoradores, profetas e discípulos de Jesus para escrever a história da redenção e a cura de Portugal até os confins da terra. 
Porém, preste atenção: Não podemos fingir que isso é uma fantasia: Isto é real! Não podemos fingir que não é connosco: É connosco, sim! Não podemos adiar o processo de transformação, de cura e libertação em nós: O tempo para isso tudo é hoje! Não podemos atrasar o relógio de Deus para o cumprimento de Seu propósito: O tempo para isso tudo é hoje! Não podemos negar o chamado de Deus para nós nesta geração: Ouça! Deus está-nos chamando!
Por isso, em o Nome de Jesus, eu declaro: Não desista: vá, prossiga para o alvo, para o prémio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus! (Fp 3.14)
Mantenha a convicção no Eterno, não se dobrando frente aos problemas e nem se curvando perante a aparência do mal. Não tema a má notícia, pois o Mestre nos disse que no mundo teríamos aflições, mas Ele já as venceu por nós! Nossa força vem de Jesus (a palavra) e todas as vezes em que nos mantemos nEle, encontramos poder e vitória. Glória a Deus por isso!
Vestir-se de roupas formosas
Quando mantemos a nossa posição espiritual frente ao Rei Jesus, obtemos dEle os nossos pleitos e muito mais do que pedimos ou pensamos.
"Sacode-te do pó, levanta-te, e assenta-te, ó Jerusalém" Isaías 52:2ª
Não adianta chorar de desespero quando a crise chega.
Mardoqueu, primo da rainha Rute, deprimiu-se profundamente quando soube do édito real que decretava a morte dos judeus. "Quando Mardoqueu soube tudo quanto se havia passado, rasgou as suas vestes, e vestiu-se de saco e de cinza, e saiu pelo meio da cidade, e clamou com grande e amargo clamor" Ester 4:1
Mardoqueu até chegou diante da porta do rei, mas ele não pode entrar pelas portas do soberano naquele estado, vestido de saco e cinza. "E chegou até diante da porta do rei, porque ninguém vestido de saco podia entrar pelas portas do rei." Ester 4:2
É preciso sabedoria, descobrindo o tempo e o modo correcto de chegarmos junto ao rei. Ester seguiu o caminho correcto, pediu que seu povo jejuasse e se vestisse de trajes reais para se achegarem ao rei. "Sucedeu, pois, que ao terceiro dia Ester se vestiu com trajes reais, e se pôs no pátio interior da casa do rei, defronte do aposento do rei; e o rei estava assentado sobre o seu trono real, na casa real, defronte da porta do aposento." Ester 5:1
O Senhor atenta para nós quando estamos revestidos de fé e confiança em Seu mover. O desespero de nada adianta. A forma correcta de chamar a atenção de Deus sobre nós é orar e agir sobre a palavra, Deus se empenha em cumpri-la, pois é fiel.
Quando mantemos a nossa posição espiritual frente ao Rei Jesus, obtemos dEle os nossos pleitos e muito mais do que pedimos ou pensamos.
"E sucedeu que, vendo o rei a rainha Ester, que estava no pátio, alcançou graça aos seus olhos; e o rei estendeu para Ester o ceptro de ouro, que tinha na sua mão, e Ester chegou, e tocou a ponta do ceptro. Então o rei lhe disse: Que é que queres, rainha Ester, ou qual é a tua petição? Até metade do reino se te dará." Ester 5:2 e 3
Nas próximas aflições e crises não se desespere mais, edifique-se em confiança naquilo que já aprendeu do Seu Senhor na palavra e assuma-a com convicção e Ele lhe trará as respostas, maiores e melhores do que você possa esperar.
Lembre-se daquelas revelações da Palavra que fizeram o seu coração ferver! Aquelas que o fizeram chegar às lágrimas, tal foi a sua profundidade e a intensidade como vos marcou.
Algumas revelações da Palavra que me fazem pular de alegria são: A revelação de que Jesus Cristo vive para sempre! (Lucas 24:23). Não preciso ter medo, porque Deus está comigo: "Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça" (Isaías 41:10),
Não estou indefeso: É Deus quem guerreia as minhas guerras (2 Crónicas 32:8). Não sou mais escravo: Deus é o meu libertador (Salmos 18:2, 40:17 e 70:5). Não estou só: Jesus está comigo todos os dias até a consumação dos séculos (Mateus 28:20)
Quais são as revelações que falam alto ao seu coração? Todas as vezes que recordá-las sentirá a força de Deus renovar-se dentro de si! A palavra revelada nos trás novo ânimo de vida!
Santidade
O Senhor vos chama hoje, a despertar do sono espiritual no qual se encontram, manda que se vistam de vestes formosas, alvas, compradas com o precioso sangue de Jesus, que simboliza a pureza, sem a qual, não entraremos no céu (I João Cap. 1 v: 7 “mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus seu Filho nos purifica de todo pecado”). 
Você se cingiu de força, quando abraçou os caminhos do Senhor, e cheio da unção, lutou para fazer a obra. Mas por algum motivo, caiu e hoje se encontra disperso, achando que não é mais digno de perdão, mas eu lhe digo meu amado(a): o Senhor, está sempre de braços abertos, pronto para o perdoar, para o receber de volta e fazer de si de novo uma bênção em suas mãos (Isaías Cap. 43 v: 25 ”Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim, e dos teus pecados não me lembro” e Cap. 51 vs: 12,15, 16 “Eu, eu sou aquele que vos consola; quem, pois, és tu, para teres medo dum homem, que é mortal, ou do filho do homem que se tornará como feno; Pois eu sou o Senhor teu Deus, que agita o mar, de modo que bramem as suas ondas. O Senhor dos exércitos é o seu nome. E pus as minhas palavras na tua boca, e te cubro com a sombra da minha mão; para plantar os céus, e para fundar a terra, e para dizer a Sião: Tu és o meu povo”). 
Ser tentado não significa pecar. As tentações vem para todos, mas não significa que tenha de aceitá-las, pois elas não são mais fortes que o Nosso Deus.
Expulse-as naquele mesmo momento em que surgem: "não adianta, eu estou morto para o pecado, fuja agora tentação, saia e não volte nunca mais, em Nome de Jesus!"
Minha oração é que guarde os tesouros que o Senhor derrama em sua vida através Sua Palavra em todos os lugares por onde você for! Porque esses são os seus trajes de santidade. Aleluia!
Que Deus o abençoe!
Pr. Manuel Rodrigues