“Porque eis que passou o inverno; a chuva cessou, e se foi; Aparecem as
flores na terra, o tempo de cantar chega, e a voz da rola ouve-se em nossa
terra. A figueira já deu os seus figos verdes, e as vides em flor exalam o seu
aroma; levanta-te, meu amor, formosa minha, e vem” (Ct. 2:11-13).
“Enquanto durar a terra não deixará
de haver sementeira e ceifa, frio e calor. Verão e Inverno, dia e noite”
(Gn. 8:22).
Introdução
É interessante como a natureza conhece as suas estações e compreende a
linguagem de cada uma delas. Cada estação do ano tem as suas características
bem específicas e nos revelam a beleza presente na harmonia dos contrastes. O
outono é a estação dos ventos fortes e das folhas que caem. É a vida que se
renova. O inverno é a estação das chuvas fortes, do frio e da pouca luz. É a
vida que se retrai. Na primavera, as cores revestem a natureza de uma beleza
rara. É a esperança que desponta. E no verão, o brilho do sol e a força da luz
exaltam a criação. É a vida em plenitude.
Tal como a natureza, que tem sempre muito a nos ensinar, e uma grande lição
nos é dada pelas estações do ano, a vida humana também tem as suas estações. Temos que
entender que espiritualmente dizendo passamos por cada uma dessas estações. É
claro que não podemos aplicar o tempo delas na nossa vida, porque na nossa vida
é diferente, quem define o tempo é Deus. Existem pessoas que passam pelo
inverno da vida cristã durante muitos anos, outros somente alguns meses, e
assim acontece com as outras estações. Só Deus pode determinar o tempo de cada
estação na vida do cristão. Para o povo de Israel foram quarenta anos de
caminhada no deserto de intenso “outono e inverno” preparando-os para a chegada
de um novo tempo, a “primavera e o verão”.
Cada estação dura aproximadamente três meses e possui características
específicas, como o calor e o frio. Outro ponto interessante é que elas seguem
ciclos anuais, pois a terra está constantemente em um movimento de Translação.
A nossa existência precisa de ser compreendida, também, a partir dos seus
contrastes. Em nossas vidas, passamos por fases que chamo de estações da vida.
Perdas e danos; frio e calor; escuridão e brilho, fazem parte das múltiplas
facetas da vida que se renova, que se refaz, e que triunfa vitoriosa, ainda
que, de tempos a tempos, conheça a dor, as derrotas e o sofrimento. São as
estações da vida, como momentos, necessários, da nossa existência.
Já tentou imaginar um ano só de frio ou de intenso calor? Pois é difícil
até de imaginar devido ao país em que vivemos. Se de facto isso acontecesse
mesmo com a estação climática todos seriam afetados, pois cada estação é encarregada
de alguma coisa na natureza, bem como, são fundamentais para a agricultura,
hortifruticulturas e também a pecuária. O Deus soberano, conhecedor de todas as
coisas, pensando nisso, fez um ano com quatro estações, a saber: “Primavera,
Verão, Outono e Inverno”, pois precisamos de cada mudança e transformação que
as estações trazem... ninguém aguenta um inverno tão longo e tenebroso; ninguém
suporta um verão tão intenso e interminável. Precisamos do aconchego da
primavera e do outono; pra equilibrar os invernos e os verões de nossas vidas!
As estações não existem só para embelezar a sacada de seu apartamento ou
para deixar o seu pomar na sua quinta mais bela, é claro de acordo com a
estação. Não! Elas são encarregadas de muito mais do que isso, cada uma dessas
estações tem uma função específica e todas juntas dão o equilíbrio que a
cidade, estado, país e o mundo precisam para plantar, colher e etc.
Ao meditar no texto maravilhoso acima referenciado, analisando estas
verdades acerca das estações, sem dúvida alguma que elas são encarregadas do
equilíbrio climático do nosso mundo.
Salomão ao escrever aqueles versículos
diz: “Porque eis que passou”. Isto significa que muitas coisas na nossa vida
são transitórias e passam, como: dinheiro, amigos, fama, status, tudo isso
passa, mas a Salvação, a Fé e a Esperança permanecem.
1. O que Podemos Aprender com a Natureza?
Podemos aprender sempre algo com essa analogia. A natureza é sábia e sempre
encontra uma forma de nos advertir quando há agressões, por ela imposta, fora
dos limites. Veja se não é assim com a nossa saúde: se desequilibramos com o cuidado
do nosso corpo, logo algo ocorre para compensar e garantir o bom funcionamento
do organismo. Se excedemos os limites do trabalho, ficamos stressados e
adquirimos doenças e temos que repousar para recuperar. Se ficamos algumas
noites sem dormir, o organismo enfraquece e teremos que repor as energias.
As quatro estações do ano, primavera, verão, outono e inverno, podem ser
chamadas de: O ciclo reprodutivo da terra. Mas elas também podem ser aplicadas
na vida do Cristão. É claro que não podemos aplicar o tempo delas na nossa
vida. Nas estações climáticas todas elas operam dentro de um ano e cada uma é
de três meses. Entretanto, na nossa vida é diferente, quem define o tempo é Deus.
Só Deus pode determinar o tempo de cada estação na vida do cristão. Para o povo
de Israel foram quarenta anos de caminhada no deserto de intenso “outono e
inverno” preparando-os para a chegada de um novo tempo, a “primavera e o
verão”. Existem pessoas que passam pelo inverno da vida cristã durante muitos
anos, outros somente alguns meses, e assim acontece com as outras estações.
Mas, se há estações naturais, há também estações espirituais. Creio que as
estações do ano podem se aplicar a fases de nossas vidas e de um modo geral a
toda a nossa existência. Não há como fugir das estações da vida espiritual,
pois elas são indispensáveis para o processo de Deus na nossa frutificação.
Há fases na nossa vida que mais parecem
as flores da primavera que ajudam a florescer e a valorizar as nossas
conquistas. Há ocasiões em que tudo dá certo, apesar de nem sempre as nossas
ações estarem alinhadas com a lógica. Nessas ocasiões, o melhor seria uma boa
dose de prudência, para não achar que há bem que perdure. Pois, como na
natureza, outras estações estão a caminho.
A Primeira Estação – Inverno - Tempo de Frio!
Após a preparação do outono, entramos no Inverno, que é caracterizado pelo
frio e pelo vento forte, que varre a nossa vida como se varresse árvores e
derrubasse os galhos enfraquecidos; que varre a nossa vaidade como se varresse
árvores e derrubasse os frutos amadurecidos e passados; que varre a nossa
arrogância e intolerância como se varresse toda a sujeira da rua e a deixasse
como uma passarela para uma nova era que chega. É nesta fase que podemos
crescer, pois assim como a árvore penetra as suas raízes no solo atrás de
nutrientes, para crescer, também nós precisamos de buscar nas bases
fundamentadas de nossas vidas para evoluir. Precisamos de saber onde buscar,
pois no inverno as fontes nutritivas são poucas. Certamente que se lembra da
história do gafanhoto e da formiga, onde o gafanhoto padece no inverno, pois
brincou e não se preparou para a estação. Em contrapartida as formigas estavam
bem, já que tinham armazenado alimento, (elas sabiam onde o procurar). Devemos
buscar e beber de Deus quando tudo parece chegar ao fim, quando a dor parece
não cessar, pois Ele está no controle e somos dEle.
Quando estamos mais bem preparados para o frio do inverno, nos revelamos
mais acolhedores, compreensivos, benevolentes, humildes e atentos ao calor
humano que ajuda aquecer a nossa alma. Contudo, não será fácil tolerar o vento
que estraga a nossa decoração, o nosso telhado e consome o que restou de nossas
energias tão necessárias para aquecer a água do chá, do banho e de nossa
autoestima. Mas, servirá para darmos mais valor às pequenas coisas que de tão
natural parecem não ser essencial, para nos lembrar que os tempos de bonança
são oportunidades para acumular energias e para suportar os vendavais que um
dia acabam chegando. Servirá, também, para nos lembrar que mesmo nos momentos
mais difíceis podemos vencer se nos mantivermos firmes em nossos propósitos.
Nós podemos nos divertir no verão, preparar-nos no outono, mas só
cresceremos no inverno. Em nossas vidas, só evoluímos no inverno, pois é nele
que nos encontramos mais íntimos com nós próprios. Podemos estar a passar por
um momento muito difícil de nossa vida hoje, uma fase de inverno, mas devemos
de nos lembrar que “O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela
manhã” (Sl. 30:5)!
O certo é que as estações existem e é mais sábio aprender a lidar e
conviver com elas do que resisti-las. Até porque, como diz o ditado popular,
não há bem que perdure e nem mal que nunca passe.
Não é difícil perceber a chegada do inverno. Pois ele é o tempo das
provações e das de lutas, o tempo em que o crente não tem folhas para se
agasalhar, a sua árvore está fraca. O inimigo também aproveita esta estação
para atacar e sem dó e sem piedade. No inverno escurece mais cedo, o frio e a
escuridão entristecem a alma, pois tudo é escuridão longe da casa de Deus. Os
dias são curtos, isto é, se tem alegria ela é passageira e falsa. O coração
reclama de uma lareira e um cobertor. É a estação da solidão, dos
questionamentos profundos, de agudas crises existenciais. Tudo parece escuro ao
nosso redor. Queremos algo que nos aqueça a alma e alguém que nos escute o
coração. Mas, o inverno não dura para sempre! A Bíblia também afirma que: “O
pranto pode durar uma noite, mas a alegria vem ao amanhecer”.
Nesta estação, muitos se esquecem de que Deus é fogo consumidor (Hb. 12:29)
e Jesus disse que veio lançar fogo sobre a terra (Lc. 12:49), o Espírito Santo
desceu como língua de fogo sobre a igreja (At. 02:03) e mais se parecem como
uma pedra de gelo, diante do frio e da solidão.
Saia agora mesmo da monotonia de ser um cristão abaixo da média, levante-se
e desperte de seu sono, pois o Senhor é Deus dos vivos e não dos mortos. Sabe
por quê? Por que o morto é gelado e o vivo tem sangue nas veias.
Para encerrar esta estação gostaria de vos lembrar de algumas palavras que
Jesus disse quando falava do fim dos tempos: “Rogai para que esse dia não
aconteça no inverno”. Ele sabia do que estava falando, a frieza espiritual
mata o homem físico. Amado não morra, Jesus veio para dar vida e vida com
abundância.
a) As Consequências do Inverno na Nossa Vida
No inverno, temos a época mais fria do ano, marcada pela neve (em algumas
regiões) e ausência de fertilidade. Assim como em nosso planeta, também em
nossas vidas, enfrentamos os invernos. O frio ocasionado pelo inverno nos faz
ficar mais retraídos, conversamos menos, falamos pouco com amigos, parentes,
cônjuge e até no culto, não porque somos frios por natureza, mas, porque estamos
retraídos por causa da estação que estamos vivenciando (inverno), ficamos
inertes diante das situações adversas, fechados dentro de nós mesmos e às vezes
literalmente fechados até mesmo dentro de nossas casas e quartos, não
conseguindo sentir o calor das pessoas, da motivação e do entusiasmo, não
conseguindo frutificar em praticamente nenhum sentido. E se existe algo que
aprendi na caminhada cristã é que as dificuldades, reveses ou agruras da vida
nos inibem.
Como é bom passarmos o inverno acompanhados por alguém, Paulo disse aos
Coríntios que queria passar o inverno com eles (1 Co. 16:6). O inverno em si já
é difícil, quanto mais passarmos sozinhos. Mas graças a Deus que
independentemente de algum amigo estar connosco nos momentos difíceis ou não, o
Senhor Jesus nos garantiu que: “Estaria connosco todos os dias até a
consumação dos séculos” (Mt. 28:20).
Se porventura está passando pelo inverno da vida, em que não há nenhuma
força natural, em
que sente que morre, não se desespere, ele não é permanente, pois ninguém será
capaz de experimentar o poder da ressurreição se não morrer antes. Mas sabe qual é
o propósito dessa estação? Deus quer produzir uma fé legítima, forte e
inabalável, que não pode ser mudada por circunstâncias exteriores. Mesmo que pareça que
não tenha fim tamanha prova enfrentada, ainda assim ela passa, Salomão disse: “Porque
eis que passou o inverno; a chuva cessou, e se foi; Aparecem às flores na
terra, o tempo de cantar chega”. O inverno vai passar, é tudo um ciclo que
começa e termina. E quando terminar vão aparecer as flores e o tempo de
“Cantar” vai chegar e tudo será novo. Creia! No nome de Jesus!
A grande diferença das estações climáticas para as aplicadas à nossa vida é
que: na primeira elas se aplicam a um contexto geral (mundo), e todos são
afetados por se tratar de algo coletivo. É claro dependendo do hemisfério, ex.:
quando é inverno aqui, é calor no Brasil.
Agora, nas estações aplicadas à nossa vida espiritual, elas são
individuais. Pode ser que eu viva hoje pelo outono e você pelo verão. Pode ser
casado, solteiro, pastor ou um simples membro, mesmo assim elas se aplicam
individualmente. Considerando que cada um precisa de fazer a leitura da sua
vida espiritual e entender por qual estação está passando, para poder assim
extrair todas as lições que elas podem nos ensinar.
No inverno as árvores são estéreis, os campos estão cobertos de neve e as
campinas são enrijecidas pelo frio. O cristão, portanto, precisa de estar
sóbrio, ou seja, lúcido e vigilante (2 Tm. 4:5a), para não ser tomado pela
letargia que é um efeito que acomete alguns animais e os fazem dormir o inverno
inteiro, que também é chamado de estado de hibernação (2 Tm. 4:21; Pv. 20:4;
Mt. 24:20). Normalmente o processo de Deus que visa tornar um crente frutífero,
começa com o Inverno. É no Inverno que as folhas das árvores caem
completamente, não tem flores e não tem frutos. As imperfeições da árvore são
manifestas, significando que nesse tempo, Deus começa por arrancar todas as
nossas máscaras e fachadas de espiritualidade, Deus permite situações para
expor totalmente a nossa realidade; é quando nossa sinceridade é conferida.
No Inverno, a árvore parece até que está morta, mas aquilo que parece a
morte da árvore, na verdade é essencial para a sua sobrevivência; a vida continua
dentro da árvore, os nutrientes que eram usados para manter as folhas, as
flores e os frutos, agora são canalizados para o seu fortalecimento interior,
preparando-a para um novo ciclo reprodutivo. Está provado cientificamente que
no Inverno, as raízes das plantas se desenvolvem substancialmente e dão maior
estabilidade para a árvore. Deus é especialista em nos fazer chegar ao fim de
nós mesmos, nos fazer despojar de tudo, inclusive da nossa justiça própria, que
não passa de um trapo de imundície (Is. 64:6). Deus pode nos isolar, tirar
nossa fama, nossa ostentação, sabedoria humana, orgulho, vaidades, cargos,
etc., e nos despojar de tudo o que são obstáculos para o nosso crescimento e
frutificação. Não nos desesperemos, pois logo após esta fase do inverno,
chegamos à primavera, que tem como característica as flores e os frutos.
Quando tudo parece perdido, e pensamos
não haver mais saídas, a semente começa a brotar. Nasce no coração uma
esperança. É a vida que ressurge na força dos sonhos e, com eles, a existência
se reveste de cores, outra vez. É a primavera chegando, trazendo a beleza que
pensávamos perdida. Tudo parece se revestir de um novo sentido, como um poema
de rara beleza.
A Segunda Estação – Primavera - Tudo se faz novo!
O termo primavera significa “princípio da boa estação”. Esta é a estação
mais florida do ano! Representa a época primeira, a estação que antecede o
Verão. A temperatura não é tão baixa e nem tão alta fazendo da primavera uma
época muito agradável, pois com o fim do inverno os dias voltam a ser mais
longos e quentes, este é o período em que os animais se reproduzem e fazem os
seus ninhos.
A primavera é tipicamente associada ao reflorescimento da flora e da fauna
terrestres. É a estação das flores. Ela emana carinhosamente os seus perfumes e
flores, pois tudo é festa, alegria e traduz um sentimento de esperança em nosso
coração. Ao sabor cálido e aprazível da primavera o que parecia morto
rejuvenesce uma vez mais, porque Deus assim ordenou a sucessão das estações.
Assim, também em nossa existência, a primavera é tempo de vigor, é tempo de
florescer, de dar frutos, de glória, de força, de juventude, de cantar, de
saltitar, de avivamentos, de alegria e de gozo (Sl. 103:5; Ct. 2:10-13). Por
isso, é tempo de sairmos de nossas prisões interiores; é tempo de acordarmos do
sono do período de hibernação; é tempo de voltar a sonhar, de ver o colorido da
vida, de fazer planos, de sair da clausura, de amar e de viver. A primavera
deve fazer renascer em nós a esperança de que em Deus tudo se faz novo! Aproveite
a chegada da primavera e se entregue a Deus. Nesta estação, nós podemos sorrir
facilmente, o que mostra como é fácil ser feliz, afinal tudo expande
entusiasmo, tudo é colorido, tudo é pura harmonia de ser. As palavras-chave
para esta estação são: espontaneidade e pura energia da alegria.
Como na primavera, em que as árvores ficam cheio de vida expondo com
exuberância as suas folhas verdes e suculentas, renovamos os nossos ânimos. A
primavera é conhecida como a estação das flores. As flores que se abrem
perfumando o ar, falam de esperança de frutos, e esse é um tempo maravilhoso da
caminhada cristã, pois nesse tempo, os nossos sonhos são renovados, nossa vida
ganha novos propósitos, nos enchemos de esperança, ganhamos um foco, um
sentido, uma direção. É um tempo de harmonia, alegria, bênçãos, prosperidade,
muitos planos e nossos corações estão cheios de fé; é um tempo de querer
crescer e avançar em Deus; é um tempo em que tudo parece dar certo, em que Deus
lhe dá descanso, paz, abundante graça e nossos olhos brilham com facilidade, os
dias ficam maiores do que as noites, significando que é um tempo de menos
prova. Surgem novos rebentos em nossos galhos, o crescimento se manifesta, é um
recomeço.
O clima favorável nos leva a cuidar de nossa aparência como se fossemos as
flores do jardim. Ao se aproximar o verão, estamos revitalizados, seguros de
que estamos trilhando o caminho do sucesso. Vigorosos, entusiasmados e com ego
nas alturas ganhamos asas e cantarolamos como se fossemos cigarras. Precisamos
de ter cuidado para que nesse tempo, não nos esqueçamos do Senhor, pois há uma
tendência de que quando está tudo bem, perdermos a intimidade. Não se esqueça
que a primavera da vida é o resultado da chuva de Deus sobre si. É aqui que
queremos ficar; há certos momentos de nossas vidas que se pudéssemos, não deixaríamos
passar.
É o momento de colhermos os frutos do inverno, conhecer a vitória sobre as
adversidades da vida. Nesta fase, olhamos para trás e lembramo-nos de tudo o
que já passamos nas estações anteriores e nos alegramos pelos frutos. Quando a
primavera chegar em sua vida, aproveite o máximo possível da vitória, saia e
divirta-se, seja um testemunho da vitória sobre o inverno, pois deste modo pode
ajudar outras pessoas que estejam em outras estações da vida.
Precisamos de aprender a usufruir do
melhor na primavera da vida, mas se as outras estações chegarem, precisamos de estar
prontos para passar por elas sem desfalecer. Nunca se esqueça que depois da
primavera, teremos um novo verão, pois estamos vivos e sempre passaremos por
estações da vida. Então aprenda sempre a cada novo ano, confie no Senhor,
descanse nele, viva cada fase de sua vida e se prepare para a próxima.
A Terceira Estação –
Verão - Tempo de calor!
Esta é a estação onde a temperatura é a mais quente do ano, muito calor e
dias bem longos, as árvores estão verdes e carregadas de frutos, os dias são
claros e neste período a terra recebe mais chuva por causa da maior vaporização
das águas.
Há fases mais parecidas com o verão, em que o sol brilha em nossa vida, nos
induzindo a crer que a prosperidade será eterna. Se na primavera já estava bom,
imagine agora que temos mais riquezas, conforto, oportunidades de lazer e
momentos acolhedores. Devíamos saber que mesmo nos melhores momentos, a
prudência recomenda recarregar as baterias, mas ao contrário disso, desperdiçamos
energias e oportunidades como se fossem água ou areia que escapam por entre os
dedos.
No tempo certo, o sol volta a brilhar. À medida que a primavera vai se
transformando em verão, você está no embalo do que ouviu de Deus, nas promessas
dEle, da Palavra, da fé, da unção, da capacitação para o propósito profético. É o verão que está
chegando e com ele a luz que amplia a nossa visão, o calor que aquece os nossos
sonhos, e a força para resistirmos aos ventos fortes da dor. As palavras
proféticas que Deus deu, ao perfume e ao unguento da primavera, se cumprirão no
verão. Grande edificação, construção, avanço, coisas novas, novos sonhos e
projetos, fé ousada, passos decisivos que mudam épocas na nossa vida para
sempre. É um tempo de atitudes realistas, força, clímax, frutificação. Verão é
tempo em que estamos do lado de fora, em que vamos à luta. É a vida que triunfa.
É a vitória, afinal. A Escritura Sagrada proclama Deus como o Sol da Justiça; e
Jesus Cristo como a Luz da vida. Por isso, o verão é a estação da vida e da
luz. O Verão é puro sentimento de alegria, calor humano, beleza, o Sol que
aquece as nossas almas, renovam-se as promessas e ocorrem chuvas ocasionais
para refrescar aqueles nossos dias quentíssimos. As palavras-chave para esta
estação são: força de vontade e pura energia da leveza em nossa alma.
Seja qual for a estação pela qual esteja passando, confie sempre em Deus, o
Senhor todo-poderoso, pois Ele é o Senhor da natureza e da vida. Seu poder é
maior que a força dos ventos; sua presença embeleza a vida; seu Espírito aquece
a nossa alma e a Sua Palavra ilumina o nosso caminho. Sejam quais forem, as
circunstâncias, Ele tem poder para mudar o tempo e as estações.
Se alguém desistir no inverno, perderá as promessas da primavera, a beleza
do verão e a expectativa do outono. Não permita que a dor de uma estação
destrua a alegria de todas as outras. Não julgue a vida apenas por uma estação
difícil. Persevere através dos caminhos difíceis e melhores tempos certamente
virão, de uma hora para a outra.
A estação do verão é caracterizada pelo calor. O verão é o tempo do lazer, das
férias tão esperadas, nele podemos ir à praia, viajar e nos divertir. Nesta
fase, devemos aproveitar o máximo do tempo livre para gastar as energias.
Muitas vezes nos verões da vida, nos preocupamos com muitos afazeres de nossos
trabalhos e deixamos de usufruir um momento de diversão. Todo o ser humano
necessita de um momento de férias, melhor de vários momentos, ele nos ajudam a
descansar, a planear, a viver melhor nas próximas estações.
Dá para reparar no tamanho da bênção em viver no verão da casa de Jeová,
lá, só lá, na igreja estando na presença de Deus encontraremos as altas
temperaturas, é por isso que Jesus disse que queria ter Israel debaixo de suas
asas como uma galinha acalenta seus pintinhos, para lhes dar calor.
Agora a chuva é mais abundante e a terra é mais regada, as árvores dão
sombra, nos mostrando que quem vive no verão da casa de Deus pode ajudar a
outros que estejam entrando no outono ou passando pelo inverno, pois já passou
pelas outras estações, onde adquiriu experiências, tem forças, folhas verdes,
flores e frutos.
Também vemos que os dias são mais claros e sabemos que quem caminha no
escuro tropeça, mas quem caminha na luz não tropeça, e no verão os dias são
claros e ensolarados. Viva cada dia na presença de Deus com toda a sua força e
tenha a convicção de que tudo o que fizer para alegrar o coração de Deus ainda
é pouco, pelo muito que Ele o tem abençoado.
Verão é para quem quer, mas se porventura estiver em outra estação que não
seja o verão, novamente eu volto a lembrá-lo de que Ele, somente Ele, Jeová,
pode mudar a estação de sua vida, tirando-o de qualquer situação e colocando-o
no verão da casa de Deus.
O verão é a estação aonde tudo vai bem. Uma estação em que chove muito
(chuvas passageiras), mas até as chuvas são benéficas para a nossa vida.
Secularmente dizendo, é nesta estação que a maioria das pessoas tira férias, e
espiritualmente não é diferente. Parece que estamos vivendo umas férias, não
existem problemas que nos afligem.
Salomão também cita esta estação: “A figueira já deu os seus figos
verdes”. É a estação onde o fruto aparece.
É no verão onde temos tudo à nossa volta. Amigos e dinheiro não nos faltam,
os problemas são quase nulos. Somos reconhecidos pelo nosso trabalho, os frutos
começam a aparecer e as pessoas veem e nos dão os parabéns por isso.
Entretanto, isso tudo não é permanente! Não teria graça sermos bajulados a todo
instante, ou não termos nenhum grande problema que possa nos angustiar.
O verão significa “tempo de frutificação”. Neste período, as temperaturas
permanecem elevadas, os dias são longos e as noites pequenas. Geralmente, o
verão é também o período do ano reservado às férias, é o tempo de desfrutarmos
do descanso e tranquilidade dos frutos colhidos. Em nossas vidas também, após o
florescimento da primavera, vem o verão, onde nossos sonhos começam a
frutificar e passamos a colher o que plantamos. No verão de nossa existência as
temperaturas de felicidade permanecem elevadas, os dias de alegria são longos e
as noites de tribulação são bem pequenas.
a) O Verão da Vida Cristã Também é de Provações
Sim! O Verão também é tempo de provações, tempo de vales, tempo de
tribulações, de sequidão, de aridez espiritual, de esterilidade, tempo de
transformações para a redescoberta e o aprofundamento do autêntico “discípulo
de Cristo” (Deus sustentou durante quarenta anos Israel no deserto, pois o
deserto é o palco para os milagres de Deus acontecerem em nossas vidas Êx.
16:1ss; Sl. 1:3; Pv. 30:25; Jr. 17:8). A espiritualidade das provações leva-nos
a viver com mais intensidade e profundidade a relação interpessoal com Deus.
Temos a tendência de não gostarmos do Verão da vida cristã, certamente é
porque não entendemos os propósitos do calor para a vida espiritual, pois sem o
Verão, os frutos não se desenvolvem.
No mundo natural, esse é um tempo em que o sol vem sobre a terra, buscar
água para gerar nuvens, que posteriormente cairão sobre a própria terra para
fazê-la frutificar. Esse é um tempo em que Deus nos dá a oportunidade de lhe
oferecer os sacrifícios de louvor, pois sacrifício é aquilo nos custa fazer. O
nosso louvor a Deus precisa subir justamente no tempo em que estamos no fogo da
provação. “Por meio de Jesus, pois ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de
louvor, que é fruto de lábios que confessam o seu nome” (Hb. 13:15).
Aquilo a que chamamos de crise, muitas vezes, Deus chama de propósitos.
Pode acreditar que Deus tem propósitos nas nossas crises, alias há duas pessoas
que podem tirar proveito dos momentos difíceis que vivemos: Deus ou o diabo. Há
uma grande expectativa no mundo espiritual, do bem e do mal sobre nós quando as
lutas vêm. O nosso adversário acredita sempre que nesse tempo, iremos nos
desorientar e perder o foco da vida cristã, perder a direção e a convicção,
desanimar, desiludir dos sonhos e amargurar o coração e finalmente murmurar
contra Deus.
O Verão é considerado um tempo de
deserto na vida de um cristão, porém no plano de Deus, quando um de seus filhos
está no deserto, não é para sofrer os flagelos do deserto e sim para aprender a
viver sobrenaturalmente. Estar num deserto não significa necessariamente ter um
deserto dentro de si.
A Quarta Estação – Outono - Tempo de colher os
frutos!
Com o outono chegam os momentos adversos. Para alguns as perdas trazem
sofrimento, a outros a oportunidade de se renovarem livrando-se dos
preconceitos, assim como as árvores se livram das folhas secas. Estranhamos um
pouco, pois as coisas já não são como antes. As chuvas, apesar de esporádicas,
humedece a nossa roupa e nos dá uma certa sensação de desconforto. Achamos que
passa logo e acabamos deixando de enfrentar os factos como eles realmente são.
O significado da palavra Outono é “tempo de ocaso”. Entre outras coisas,
ocaso significa “pôr-do-sol, poente, decadência, declínio, ruína, fim, final,
termo, morte”. O Outono é caracterizado por um abaixamento das temperaturas
médias e pelo amarelar e queda das folhas das árvores. Há fases em nossas vidas
que se parecem com o Outono. As expectativas que tínhamos começam a murchar, os
sonhos parecem declinar como o pôr-do-sol, nossos projetos parecem amarelar e
cair por terra, a deceção e a frustração aparecem. Os outonos das nossas vidas
não são muito agradáveis, mas são reais.
A estação do Outono, é caracterizada pela preparação. Nesta fase, o melhor
exemplo é dado pela natureza, através das árvores, pois elas “abrem mão de suas
folhas”, já que, estas consomem muita energia metabólica, e o que podemos
constatar é uma árvore ficando desfolhada. Isso porque ela percebe que virá o
inverno. Na bíblia, personagens como Davi e Moisés, antes de passarem para o
inverno de suas vidas, se preparavam. Daniel jejuou e orou mais, ao saber da
possibilidade de ser lançado na cova dos leões e Moisés, passou por 40 anos na
casa de faraó e 40 anos no deserto, antes de guiar o seu povo. Eles tiveram a
necessidade de se preparar. Muitas vezes, percebemos que em nossas vidas
surgirá uma adversidade, um momento de inverno, como uma prova de concurso, um
momento difícil, e negligenciamos isto. Quando nos depararmos com esta fase no
inverno o que acontecerá? Perderemos pelo simples facto de não nos termos
preparado, mas venceremos se nos tivermos preparado no Outono. Perder, aqui
significa não estar preparado para a batalha.
Em Efésios 6 somos convocados a utilizar a armadura que nos deixa protegidos
para vencermos as adversidades. Ninguém conseguirá vencer a satanás e o pecado
se não estiver revestido com a armadura do Senhor. Não é porque somos
inteligentes, fortes ou por nossos atributos que poderemos vencer o inverno,
mas a nossa força vem na “seiva” que somente vem de Deus por meio de sua
palavra. Assim como a árvore precisa de se nutrir, também nós precisamos do
Senhor para viver.
Se a natureza nos ensina isso porque é que negligenciamos tais factos?
Porque “gostamos” tanto de enfrentar situações difíceis sem preparo, e deixamos
de usufruir de momentos bons quando eles acontecem, focando nossa atenção em
factos e coisas supérfluas?
No Outono, os dias ficam mais curtos e mais frescos. As folhas e frutas, já
estão bem maduras e começam a cair no chão. Os jardins e parques ficam cobertos
de folhas de todos os tamanhos e cores, é preciso nos prepararmos para o
inverno que está chegando. Nesta estação os dias ficam mais curtos e mais
frescos, as folhas e frutas começam a cair.
Este é um tempo perigoso, pois começamos a nos relaxar com as coisas de
Deus e da Igreja, deixamos de lado os dias de culto, e sempre arrumamos uma boa
desculpa, tais como, tenho trabalhado muito, tenho chegado tarde, estou
reformando minha casa. Este é o tempo das desculpas esfarrapadas, tempo que
começa a anteceder aquilo que Jesus disse à igreja de Éfeso, “não sejas morno”,
é o tempo da mornidão, em que muitos vão à igreja uma vez por semana. Este
período antecede os dias maus, pois aparentemente nada acontece, nem de bom,
nem de ruim.
No Outono espiritual o crente fica indiferente á fé, já não ora mais, já
não lê mais a palavra de Deus, tudo é preguiça, e enquanto isso as folhas vão
caindo, os frutos que ainda restam também começam a cair, já não se pode
aproveitar muita coisa na vida do crente que está no Outono, pois as poucas
folhas que restam estão amareladas, prontas para cair.
Se estiver nessas condições, o meu desejo é que comece a buscar a presença
de Deus, esse é o melhor caminho para a intimidade com Deus. É como se as palavras
de Salomão fossem; “lembra-te do teu criador nos dias de Outono, antes que
venham os dias de Inverno”.
a) O Outono Espiritual a nossa Vida
Muitas vezes os ventos do outono sopram fortes contra nós, e, quais
folhas, nossos sonhos vão embora, ao sabor dos ventos. Parece até que a vida
vai sendo despedaçada e tudo vai desmoronar. São os ventos das grandes
provações. Eles veem em forma de enfermidades, lutos, perdas e desencantos.
Embora seja a estação das folhas que caem, o Outono é também o momento em que a
vida se renova. É
quando Deus nos tira da superficialidade, criancice, do egoísmo, da
carnalidade, alma complicada, complexa e que se debate sempre. A Bíblia diz: “Depois
da tempestade vem a bonança”. Suportar o Outono, com paciência, é renovar-se
para a vitória que chegará.
Esta estação nos prepara para a chegada do inverno. O outono espiritual é
onde as folhas começam a cair. Os amigos começam a se afastarem, pequenas
dificuldades já batem à nossa porta nos preparando para eventuais reveses
futuros (inverno).
Acabou tudo, acabou o céu azul, acabaram as nuvens claras, acabou o sol, as
folhas. Pela nossa ótica, não há frutos, mas, pela ótica de Deus, o Outono é
tempo de maior frutificação. Ele está produzindo frutos invisíveis. É agora que
o carácter de Cristo é formado na nossa vida, não é no tempo na distração, do
oba-oba e da festa da primavera, é na época do outono, quando as perdas começam.
O apóstolo Paulo passou pelo Outono espiritual e relatou isso na segunda
carta a Timóteo (2 Tm. 4:11-21). Paulo pediu a Timóteo para vir até ele
depressa porque Demas o havia abandonado, pois amou o presente século, diz
ainda que só Lucas (médico amado) estava com ele. Ele pediu para que Timóteo
levasse consigo Marcos, pois lhe seria útil no ministério. O Outono para Paulo
havia chegado e ele percebendo isso começa a se preparar para o inverno e diz a
Timóteo: “Quando vieres, traz a capa que deixei em Tróade” (v. 13), “antes
que chegue o Inverno” (v. 21).
Muitas
vezes não vemos a perseverança que Deus está formando em nós. Nesse processo há
perigo de queda, pecado, retrocesso, de voltar ao Egito. No Outono, a fé parece
não ter sentido, é como se Deus tivesse desaparecido. Sabe, o choro pode durar
a noite inteira, mas virá o amanhecer, a aurora, com os cânticos dos pássaros,
um novo dia e um novo sol! O novo amanhã virá trazendo alegrias, diz o Salmos
30:5. Deus está ao nosso lado. É apenas para o crescimento! Outono faz parte! É
a maneira de nos levar daquele nível de meras sombras e promessas para a
realidade e prática espiritual.
O Outono tem a função dos nos preparar para o inverno. Temos que entender
que quando as coisas na nossa vida começam a não sair como desejamos, quem deve
fazer a leitura somos nós mesmos. As pessoas de fora podem até dizer que
estamos com problemas espirituais por não entenderem a estação que estamos
vivenciando. Porém quando fazemos a leitura correta da nossa vida, tomamos a
atitude como Paulo; nos preparamos para o Inverno com uma capa que nos proteja
do frio da adversidade.
Amado leitor prepare-se sempre em todas as estações, mas no Outono
principalmente, que nos remete para um período de muita reflexão, meditação em
nossa alma, profunda beleza, pois é a hora de se aproveitar cada ocasião, cada
minuto, aumentando a nossa fé, na leitura da palavra, na oração, na comunhão
com Deus para que quando chegue o Inverno estejamos com a nossa “capa” que nos
proteja do frio da incredulidade, frieza espiritual e outros problemas, pois a
reflexão e força interior estão nos ares. As palavras-chave para esta estação
do outono são: meditação, reflexão e força interior.
O Outono é o primeiro tempo da velhice, tempo de chuvas, tempo de murchar e
de caírem às folhas, de reflexão, de balanço, de silêncio, de tempestades, de
crises de identidade, de incertezas, de apreensão, tempo de pedir a morte (...
murcha a folha e Cai o fruto... (Ez. 47:12). Elias no deserto pede a morte a
Deus debaixo de uma árvore... (I Rs. 19:4 ss. Ele tinha ainda que se levantar
para efetuar os seus três últimos trabalhos).
É no Outono que a maioria dos frutos amadurece. Isto fala da consumação dos
processos de Deus na vida de uma pessoa. É quando colhemos o cumprimento das
promessas, é quando vemos os sonhos sendo realizados.
Podemos permanecer aqui por muitos anos ou até para a eternidade, desde que
Deus não veja necessidade de repetir o processo, o que não hesitará em fazê-lo
caso seja necessário.
Ouço as pessoas dizerem que se estivessem em outro lugar, poderiam
frutificar melhor para Deus, do que onde estão no momento, alguns acham que se
mudar de igreja ou mudar para um outro país, ou quem sabe mudar a aparência ou
coisa assim, poderão frutificar melhor. No entanto, nós somos o que somos onde
estivermos. Não é o lugar que faz uma pessoa, é uma pessoa que faz o lugar. Uma
vez que uma árvore é estabelecida em um lugar, dificilmente será removida e
transplantada em outro lugar, o que vai fazer a diferença, é a relação que
temos com Jesus.
“Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo
produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira; assim nem vós o
podeis dar, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira, vós os ramos. Quem
permanece em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis
fazer” (Jo. 15:4-5).
Creio que desde o nosso nascimento até à nossa morte, assim como a
natureza, passamos várias vezes por esses ciclos das estações. Passamos por
vários Outonos, Invernos, Primaveras e Verões. Saibamos viver com sabedoria em
cada uma dessas fases!
Gostaria, todavia, de terminar esta
reflexão com um pensamento sobre toda a nossa existência. Penso que o nosso
nascimento, infância e adolescência são uma espécie de primavera, ou seja, o
princípio da boa estação, o princípio da vida. Nesta fase o ser humano vai
crescendo, florescendo, amadurecendo, fazendo descobertas e desabrochando para
a vida. Na primavera da vida, nossos corpos estão exuberantes, nossa pele
linda, nossa feição bela e jovial. Depois, segue-se o verão da vida, ou seja,
aquele tempo em que frutificamos. Frutificamos biologicamente, gerando filhos;
profissionalmente, nos dedicando a uma profissão; financeiramente, adquirindo
bens; espiritualmente (que assim seja), frutificando em nossa relação com Deus.
No verão da vida temos vigor físico, temos energia e disposição, afinal, as
temperaturas de nossos sonhos estão elevadas e os dias para trabalho e lazer
são longos. Todavia a Primavera e o Verão não duram para sempre e chegamos à
alta maturidade, quando o período de Outono da vida entra em vigor. Neste
período já não temos mais a mesma saúde nem a mesma disposição de outrora. É o
tempo de ocaso, de declínio. Nesta fase, embora muitas vezes não queiram
aceitar, os homens e mulheres sabem que estão se aproximando da morte. As
folhas da saúde e da energia já começam a amarelar e a cair, e a temperatura da
existência começa a baixar. Então, inevitavelmente chega o Inverno. O tempo de
hibernar, o tempo das sombras, o tempo da morte. O Inverno pode demorar a
chegar, mas um dia ele chega para todos. E então nossos corpos outrora jovens,
cheios de beleza e energia, agora jazem em uma tumba fria, gelada e sem vida.
Nessa estação não há trabalho nem fertilidade, mas inatividade e “sono”, e
nunca é demais lembrarmos que cada um de nós terá de enfrentá-la. Todavia, para
aqueles que creem em Cristo, o Inverno não é a última estação da existência.
Logo após o Inverno vem a Primavera e o Verão. Ainda que nossos corpos fiquem a
hibernar durante o inverno de nossa morte, um dia veremos o sol da Primavera da
ressurreição raiar e ressurgiremos em novidade de vida como o nosso Senhor Jesus
Cristo nos prometeu. Logo após a Primavera da ressurreição, aqueles que creem
em Cristo experimentarão a última estação de nossa existência. O interminável Verão
da vida eterna com o Senhor. Neste eterno Verão haveremos de frutificar por
toda a eternidade. Os tempos frios da dor e dos sofrimentos já não existirão e
as temperaturas da alegria e da bem-aventurança continuarão elevadas para todo
o sempre. Esse Verão interminável será o nosso período de férias eterno, quando
então teremos descanso de todo o nosso trabalho. Você quer viver este Verão
eterno? Conheça a Cristo e a sua presença estará garantida! Que Deus nos ajude
a passarmos por cada estação de nossa existência!
Conclusão
O próprio Jesus enfrentou cada uma dessas estações espirituais em sua vida.
Paulo disse que Cristo esvaziou-se de si mesmo, tomando a forma de servo,
fazendo-se semelhante aos homens (Ef. 2:7), e na condição de homem sentiu fome,
sede, sorriu, chorou, irou-se, e também passou por cada uma das quatro estações
na vida espiritual.
Aos doze anos ele aparece no cenário bíblico e demonstra que estava
passando pela Primavera na sua vida. Muito sábio, que fazia admirar até os
doutores da lei. É neste momento onde tudo começa a florescer na vida deste
menino que era o Salvador do mundo.
Ele aparece agora com trinta anos no cenário bíblico para começar o seu
ministério não mais na Primavera e sim no Verão da sua vida. Onde este período
perdurou durante dois anos do ministério de Jesus, que foram: primeiro ano da
divulgação e o segundo da popularidade do ministério de Jesus. Este ano foi o
verão de Cristo, aonde as coisas iam muito bem. As pessoas diziam: “E,
admirando-se sobremaneira, diziam: Tudo faz bem; faz ouvir os surdos e talar os
mudos” (Mc. 7:37).
No terceiro ano do ministério de Jesus é que veio a chegada do Outono,
terceiro ano da perseguição. É neste terceiro ano que Cristo enfrenta o Outono.
E finalmente na quinta-feira, a noite que antecederia o grande dia. É nesta
quinta, mais precisamente no jardim do Getsémani que começa o inverno para o
Mestre, porém era necessário. A angústia sentida no Getsémani foi tão grande
que Lucas disse que Ele suou gotas de sangue pelos polos sudoríparos, que o um
anjo veio do céu para o confortar. Foi açoitado, maltratado, humilhado,
cuspiram em seu rosto, “o castigo que nos
traz a paz estava sobre Ele”, era o inverno para Jesus. Levou o patíbulo da
cruz nas costas que pesava aproximadamente 36 a 40 kg até o gólgota. Todos os
discípulos o abandonaram somente um ficou João (o discípulo que Jesus amava).
Sentiu-se tão sozinho que disse: “Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste”.
Era Inverno.
Mas como disse Salomão: “Eis que
passou o Inverno”. Se o Inverno para nós não é permanente, quanto mais para
o Senhor Jesus Todo-Poderoso. Ele, no domingo pela manhã, como disse Paulo aos
Romanos 6:4: “Cristo foi ressuscitado pela Glória do Pai”, e hoje como
disse ainda Paulo aos Romanos “É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem
ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós”.
Hoje, nenhuma dessas situações se aplica a Cristo, pois Ele foi glorificado
e todo o Poder lhe foi dado no céu e na terra. Porém, Ele o entende muito bem
por isso. Pois passou por cada uma dessas situações pré-citadas acima.
Por isso, “Ele” vem saltando ao encontro da sua amada, é “Ele” que nos leva
a casa do banquete, a voz de Cristo soa chamando a igreja para estar com ele, a
igreja se alegra quando ouve a voz do seu noivo, é Cristo que anuncia o inicio
da Primavera e o fim do Inverno, o fim das dores, mas eu lhe digo que o tempo
de cantar chegou, onde os pássaros anunciam a entrada da estação mais esperada
por todos, as flores exalam o seu perfume e as árvores dão frutos em
abundância, estação onde tudo floresce, tudo se renova, tudo se cria e se
constrói!
Nós seremos ainda mais felizes se aproveitarmos de alma aberta a beleza e o
significado de cada estação, se amarmos a vida de acordo com a harmonia de cada
época, só assim seremos mais otimistas e seres com mais fé em nossos corações! Pense
nisso com carinho e muita fé!
ótimo texto!!
ResponderEliminarQue texto lindo!!! Muito edificante!!!!
ResponderEliminarmtooo lindoooooo seria otimo se tivessemo isso em audio para animar as pessoas..
ResponderEliminarmuito show...
ResponderEliminarExcelente texto! Muito edificante!
ResponderEliminarExcelente texto! Muito edificante!
ResponderEliminarMaravilhoso Deus abençoe
ResponderEliminarMuito bom
ResponderEliminarMuito edificante!!!
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