“Mas eu sou como a oliveira verde na casa de
Deus; Confio na misericórdia de Deus para sempre, eternamente” (Sl. 52:8).
Introdução
Por que Davi
desejou ser como uma oliveira verde na casa de Deus? Não poderia ele ter
escolhido outra planta para representar a sua presença no templo?
Existem muitos
estudos com uma abordagem bem completa sobre o referido Salmo. Não existe,
portanto, muita coisa nova que possa ser dita a respeito da passagem. O estudo
não é original, não pertence a mim, mas, tomei a liberdade de fazer algumas
modificações a partir da fonte consultada.
O certo é que,
novidade ou não, a legenda deste salmo explica o facto que o inspirou. O
contraste que ele apresenta está cheio de ensinamentos para nós. As revelações
contidas na passagem: “Oliveira verde na casa de Deus” cabem na vida de todo aquele
que deseja ser agradável ao Senhor. O ímpio muitas vezes é um homem poderoso,
aos olhos do mundo. Ele se gloria de seus atos iníquos; a sua língua se
assemelha à navalha, que inflige cortes penetrantes e profundos; as suas
palavras devoram reputações, a paz familiar e almas.
Temos neste salmo
um belo contraste que constitui o crente humilde que confia, não na riqueza que
perece mas na misericórdia de Deus que permanece para sempre (vs. 1, 8). Como
as oliveiras crescem ao redor do humilde santuário da floresta em Nobe, onde
ocorreu a tragédia que inspirou este salmo, e foram santificados pelo santuário
que elas circundavam, assim cresce o crente, e se sente seguro na amorosa
comunhão com o seu Amigo todo-poderoso. Estejamos entre as verdejantes
oliveiras de Deus, extraindo dele a nossa nutrição, assim como as raízes se
aprofundam no rico solo. O salmista está tão certo da justiça divina, e da
destruição da maldade que celebra a intervenção de Deus antes que ocorra, e a
considera já executada.
Assim, para compreender, porque Davi desejou ser uma
oliveira que floresce na casa de Deus, precisamos de ter uma ideia mais
abrangente, sobre a oliveira. Esta planta já cultivada pelos israelitas no período
contemporâneo ao Rei Davi possuía características multiformes em se tratando
das aplicações de seu fruto. Informações obtidas pelo instituto de pesquisa
cristã localizado em Israel, dão conta de que, nos tempos de Davi, existia em
Israel um local conhecido como Moenda, onde a azeitona, fruto da oliveira era a
matéria-prima utilizada para produzir quatro tipos de azeite, e cada tipo tinha
a sua função. A extração era processada numa grande prensa, composta de uma
tora de madeira maciça e de quatro grandes pedras. Estas as quatro grandes
pedras giravam esmagando as azeitonas da seguinte forma:
Primeira Pedra - Primeiro Azeite
A primeira pedra
era colocada no braço da prensa; esta descia até os frutos, espremendo-os e
extraindo o primeiro azeite, que, sendo o primeiro, logicamente seria o melhor.
Esse azeite da primícia, que era o mais especial, era usado no templo como
azeite da unção e da adoração ao Senhor, o Deus de Israel. Em Levítico 8:12,
vemos Moisés ungir Arão.
Davi desejou ser um
verdadeiro adorador de Deus, mesmo sabendo que para isto muitas vezes teria que
passar por pedras, (vide Job 4:23). São estes procurados por Deus.
Este era o azeite
que aparece no livro de II Reis, capítulo 4, quando a viúva do profeta Obadias,
vem até o profeta Elizeu, e este lhe pergunta: O que é que eu posso fazer por
ti? Diz-me o que é que tens em casa? E naquele momento ela se lembra da botija
de azeite que seu marido deixara depois que morreu, o azeite da unção.
David estava
desejando que de sua vida fluísse a unção que contagiaria as vidas das pessoas,
uma unção que também pode sair de sua vida, caro leitor.
Deste modo, gostaria
de ser um instrumento de adoração a Deus? Se sim, então será o primeiro a ser
moído pela grande pedra, para ser extraído o Primeiro Azeite; e quatro
condições caracterizará este primeiro azeite, em seu modo de viver:
1. A necessidade de oferecer o melhor para
Deus:
Devemos aprender a
entregar ao Senhor o melhor dos nossos bens e primícias, nosso tempo, nossa
adoração, nossa vida. Ou seja tudo o que temos de melhor e que ainda não foi entregue
ao Senhor. As nossas atitudes e atos devem ter como objetivo principal a
glorificação a Deus: “Quer comais, quer
bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus” I Co. 10:31).
Pois bem, como
poderemos ser instrumentos de adoração ao nosso Deus, (No louvor da Igreja, na
adoração, na Técnica de Som, no Diaconato, na intercessão, na limpeza da
Igreja, como professor, como Pastor etc.) se nossos corações porventura ainda
abrigarem ódio, rancor, desconfiança e falta de perdão, etc?
A Nossa maneira de
viver deve fazer com que outras pessoas glorifiquem a Deus: “Assim resplandece a nossa luz diante dos
homens para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem ao nosso pai que estás
nos céus” (Mt. 5:16).
Como tem sido a
nossa maneira de viver atualmente? No seu trabalho tem sido luz ou trevas
diante dos homens? No seu lar tem sido uma luz que alcança seu cônjuge, seus
filhos, sua parentela, seus vizinhos? Como tem sido dentro de sua casa? Quando
está longe de sua casa ou dos irmãos da igreja, que claridade tem emitido
diante dos homens? Tem dado o exemplo de vida com Deus ou tem acompanhado o
mundo em seus vícios de bebida e de fumo ou de drogas, palavrões, fornicações,
rebeldia, má educação etc...? Quem está sendo você nestas ocasiões?
Quando abrimos os
nossos lábios devemos louvar a Senhor em todo o tempo e o Seu louvor estará
continuamente em nossa boca. Saiba que todos procuram a Deus, mas há um grupo a
quem Deus está buscando constantemente “os
verdadeiros adoradores, que adoram o Pai em Espírito e em verdade”.
Como tem usado os seus
lábios ultimamente na rotina de sua vida? O que tem colocado em seus lábios
nestes últimos dias, tem glorificado o Senhor? Ou colocado coisas que destroem
sua vida física e espiritual? O que é que os seus lábios têm pronunciado tem
sido para glorificar ao Senhor? Ou para maldizer a vida de irmãos, líderes ou
pastores, ou até seu próprio cônjuge através de fofocas? Quem é você quando
abre os seus lábios?
Quando passamos
pela prensa de Deus e de nós flui o óleo do Espírito a nossa adoração é
perfeita, temos alegria em tudo o que fazemos na casa do Senhor, a casa do
Senhor não é mais vista como um mero local de reuniões sociais cristãs e
mecânicas. Há unção em tudo oque fazemos, se cantarmos, orarmos ou pregarmos a
manifestação do poder de Deus. É isto o que acontece quando nós saímos como, o
primeiro azeite da prensa de Deus.
Na simbologia da Bíblia o azeite é o Espírito Santo que
nos levará para uma condição de perfeitos adoradores, e assim seremos como
aqueles que Jesus mencionou serem procurados pelo Pai. “Mas vem a hora, e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão
o Pai em espírito e em verdade, pois o pai procura a tais que assim o adorem”
(Jo. 4:23-24).
Segunda
Pedra- Azeite de Alimentação
A Segunda pedra era
colocada sobre a primeira tornando a pedra mais pesada. Quando as azeitonas,
depois de passadas pela primeira pedra, chegavam à segunda pedra, eram novamente
esmagadas pelo mesmo processo e delas era extraído o segundo tipo de azeite,
aquele que era usado na alimentação dos judeus.
Em I Reis 17:14,
vemos o profeta Elias ter um diálogo de fé com a viúva de Serepta, onde ela
relata ter somente um pouquinho de azeite, que nem daria para um bolo, contudo
o primeiro alimento deveria ser para o profeta.
Davi, também
desejou que de sua vida fluísse o alimento para muitas pessoas, pois ele
desejava estar na casa de Deus servindo de alimento aos mais necessitados.
“Também ungirás a Arão e a seus filhos e os
santificarás para me administrarem o sacerdócio. E falarás aos filhos de Israel
dizendo: Este me será o azeite da santa unção nas vossas gerações” (Ex.
30:29-30).
Está na hora de
analisarmos as nossas vidas, pois hoje vemos pessoas que mais parecem uma
doença dentro das igrejas. A sua vida é um alimento para os outros?
O segundo azeite obtido era para uso na
alimentação. A lição que podemos aprender nesta ilustração é que alimentar é
também missão do Espírito Santo, Ele provê para a igreja o banquete espiritual
com o equilíbrio necessário para cada membro do corpo de Cristo. Aqueles que
recebem este tratamento espiritual, neste segundo estágio, além de serem
alimentados, recebem também de Deus para servirem a comida espiritual. “Havia em Cesárea um homem, de nome Cornélio,
centurião da corte chamada Italiana, piedoso e temente a Deus com toda a sua
casa, o qual fazia muitas esmolas ao povo, e de contínuo orava a Deus. Este,
quase à hora nona, viu claramente, numa visão, um anjo de Deus, que se dirigia
para ele e dizia: Cornélio! Cornélio fixando nele os olhos, e muito
atemorizado, perguntou-lhe: o que é Senhor? Respondeu-lhe o anjo: as tuas
orações e as tuas esmolas têm subido para memória diante de Deus” (At. 10:1-4).
A palavra de Deus é
alimento, quando a ouvimos, estamos comendo o pão dos céus. Mas as orações de
louvor que fazemos, os hinos que cantamos, nossas ofertas e os sacrifícios de
jejuns são atitudes espirituais que chegam até o Senhor com o bom cheiro suave,
assim como também chegavam os sacrifícios que eram oferecidos sobre o altar
pelos homens de Deus do passado.
Podemos também
observar o poder da alimentação trazido pelo Espírito, remetendo-nos aos dias
da igreja primitiva. Lá estava ela; tímida e cabisbaixa, enclausurada no
cenáculo esperando pela promessa. O Espírito Santo chegou e encheu o cenáculo
com um vento veemente e caíram línguas de fogo sobre os cristãos. Eles foram
totalmente tomados de poder e quando saíram do cenáculo foram para as ruas de
Jerusalém, alimentados - cheio do Espírito e de ousadia. Pedro publicamente vai
servir o alimento; a palavra do evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo,
composta com o azeite do Espírito Santo. Só de uma vez, quase 3.000 almas são
alcançadas para Cristo.
Quando descemos da
prensa de Deus neste segundo estágio temos forças espirituais para vencer as
doenças, os problemas e resistimos a Satanás e, ele foge de nós. Os enfermos
são curados, assim como Pedro ordenou em nome de Cristo a cura do paralítico
que pedia esmolas na porta do templo que se chamava formosa. Pedro cheio da
unção diz para o paralítico; nós não temos ouro e nem prata, mas o que temos,
isso sim, nós te damos; levanta-te e anda em nome do Senhor. Aquele homem ficou
curado, entrou para o templo saltando, glorificando a Deus e exclamando; fiquei
curado pelo poder de Deus.
Ser uma oliveira na casa de Deus, é poder alimentar e
também compor o alimento com a nossa fé e alegria, é viver e ser uma bênção.
Terceira
Pedra- Azeite da Luz
A terceira pedra
tornava a prensa muito mais pesada ainda, quase dobrando o seu peso. Agora pela
terceira vez o fruto da oliveira era prensado e extraia-se o terceiro tipo de
azeite que era usado nas lâmpadas para iluminação do templo. Era, portanto, uma
espécie de combustível utilizado para abastecer as lâmpadas, principal
instrumento de iluminação, naquele tempo.
Davi em sua
intimidade com Deus e ao observar a extração do azeite da luz entendeu que não
poderia servir ao Senhor e estar em trevas. David ousou ser luz para a sua
geração, pois em seu coração desejou que de si mesmo saísse luz, referência,
bênção, oposição às trevas. Luz é o que precisamos ser. “Vós sois a luz do mundo, não
se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte” (Mt. 5:14). Nós fomos
feitos para tirar o mundo das trevas, para que as pessoas vejam que o nosso
estilo de vida é superior e queiram segui-lo. Se andarmos em trevas, somos
trevas.
Filipenses 2:15
diz: “Para que sejais irrepreensíveis e
sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração corrompida e
perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo”.
Também em Mateus 25:1ª-13, na parábola das dez
virgens, Jesus fala da necessidade de manter azeite nas lâmpadas para aguardar
a chegada do Noivo.
Grande é a
responsabilidade que temos como lâmpada que somos. Jesus disse para os seus
discípulos, algo que hoje se aplica à sua igreja, “vós sois a luz do mundo”. Temos que brilhar nas trevas. Os ímpios
são as trevas e estão em trevas e, eles têm que ver a luz em nós. Nossas atitudes
têm que refletir esta luz. O conselho do apóstolo Paulo para os cristãos de
Filipo, é: “sejais irrepreensíveis”,
isto é não necessitar de correção, é ser um autêntico padrão da fé e do amor
cristão. Assim o cristão reflete o brilho do Espírito Santo e satanás não pode
atingi-lo com as suas flechas e com os seus dardos inflamados, porque os seus
olhos ficam ofuscados, impedidos de ver o alvo, e assim ele é derrotado.
Quando temos uma
vida cheia da luz de Jesus, influenciamos tudo e todos ao nosso redor.
O azeite da Luz representa ainda a chama do Espírito
Santo que Davi desejou manter sempre acesa. Quando alguém está sempre cheio do
Espírito discerne bem todas as coisas e mantêm a comunhão com Deus.
Quarta
Pedra- As borras de azeitona
Bem, chegamos à
quarta pedra e também a última que era colocada no braço da prensa, levando-a
ao seu limite máximo de peso. Novamente o fruto da oliveira era ali colocado e
prensado, extraindo-se o último azeite. Praticamente uma pasta de azeite - que
servia para fabricar sabão, que era usado para limpeza.
Talvez a esta
altura já tenha conseguido refletir sobre a sua vida espiritual, mas ainda lhe
falta passar por uma última pedra, um último esmagamento, assim como as
azeitonas que Davi estava a observar.
Então vejamos, após
três pedras, três vezes esmagadas, agora o que chegaria à quarta pedra era
quase nada, mas ainda assim elas, as anteriormente azeitonas, passariam pela
quarta pedra, por onde iria sair o quarto azeite. Este já vinha misturado ao
farelo da azeitona, uma massa de resíduo final da prensagem, que os serviçais
da moenda usariam para fabricar o sabão, utilizado na própria moinha e também
comercializado entre os judeus. Sim! Sabão é o que era feito com a sobra das azeitonas, e o que vejo nesse
tão fabuloso alimento é que tudo nela se aproveita.
Sabão aponta
para a limpeza e purificação etc. ”Porque
ele será como o fogo do ourives e como o sabão dos lavandeiros” (Ml. 3:2).
O Salmo 24:3 diz: “Quem subirá no monte do Senhor? Ou quem
subirá no teu santo lugar? Os de mãos limpas”.
Em Mateus 5:8 está
escrito: “Bem-aventurados os limpos de
coração, porque eles verão a Deus”.
Por isso eu admiro
Davi, homem segundo o coração de Deus. Ele quis estar se purificando e ser como
esse sabão, que purifica e limpa, servindo de purificação para outros. Desejou
ser motivo de inspiração na casa de Deus para coisas puras. Não tenha medo das
pedras, pois o produto final é o que importa para Deus.
“Quem subirá ao Monte do senhor ou quem
estará no seu lugar santo? Aquele que é limpo de mãos e puro de coração, que
não entrega sua alma a vaidade nem jura enganosamente” (Sl. 24:3, 4).
Davi desejou
ser “oliveira verde na casa de Deus” porque conhecia todas as funções que a
pequena azeitona teria na Casa de Deus, ele também sabia que isso lhe custaria
sacrifício, renúncia, mas, que compensaria.
O quarto
azeite era extraído impregnado ao resíduo que sobrava de todas as prensagens,
essa massa final era utilizada como componente principal para a obtenção de um
tipo de sabão. É bom considerar que na visão espiritual o sabão também aqui é o
Espírito Santo, este atuando juntamente com água que é a Palavra de Deus, produz
a purificação para a nossa vida. “Chegai-vos
a Deus, e ele se chegará até vós. Lavai as mãos, pecadores e vós de duplo
ânimo, purificai os corações” (Tg. 4:8-10). Para Nos limparmos fisicamente
precisamos de água e sabão. Na visão espiritual, a limpeza para ser completa
tem que ser feita com a palavra e o Espírito.
Alguns cristãos não consideram
a autoridade do Espírito Santo, leem a Bíblia, organizam sermões até
emocionantes, mas não atingem o objetivo principal que é oferecer a salvação e
a libertação concedida pelo Senhor a todos quantos ouvem a sua palavra e são
selados pelo Espírito. Jesus disse: “é
necessário nascer da água e também tem que nascer do Espírito”.
Conclusão
Talvez
esteja sendo esmagado por alguma prova ou luta. Sendo prensado por uma moenda,
ou esteja subindo ao Getsêmani de sua vida. Mas eu quero dizer-lhe uma coisa,
Deus está tentando extrair de sua vida um azeite raro e valioso. Deixe que Ele
o use da forma que ele quiser, aceite a prova e saiba que ela produz
perseverança. O nosso Senhor não dá prova maior do que podemos suportar. “Seja uma
azeitona nas mãos de Deus”
Jesus nos
conta a parábola das dez virgens, sendo cinco loucas e cinco prudentes, onde as
loucas ficaram no escuro por não terem o azeite da luz.
Com estas
informações podemos nos remeter aos tempos do rei Davi, mais ou menos 3.000
anos passados e entender a sua expressão: Sou uma oliveira que floresce na casa
de Deus! Ele sabia o que estava dizendo e, possuía conhecimento do plano
espiritual a que está ligada a sua expressão.
Quantos
podem repetir a expressão do patriarca Davi? Sou como a oliveira que floresce
na casa de Deus!
A análise
desta expressão num plano espiritual é muito profunda, e Deus certamente estará
tratando a sua vida com este estudo!
Para sermos
Oliveiras Verdes na Casa de Deus precisamos de estar dispostos a sermos moídos
por Ele, para produzirmos os quatro azeites de qualidade, para surgirmos como
azeite de restauração para o mundo.
Observem que
ele era o especial, era levado para o templo da glória de Deus. Sua aplicação
era na unção e na adoração ao Senhor. A lição que aprendemos aqui é: O melhor
de nossa vida é para o Senhor.
Aceitar ser
tratado na prensa de Deus, não é um ato de fé. Este processo é semelhante ao da
tribulação, Você sabe o que é tribulação no sentido literário da palavra? Esta
palavra advém de um vocábulo do latim; tribulum, ela está relacionada a uma
grade mecânica utilizada até a idade medieval, para apurar o trigo no processo
de moagem. Passar por tribulações, é ser moído, é ser experimentado e provado e
aqueles que são aprovados como o bom trigo, é muito abençoado.
Romanos
5.3-4 diz: “Não somente isto, mas também
nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança e a
perseverança a experiência e a experiência esperança. Quando o cristão passa
por uma tribulação, ele procura a casa de Deus, ora intensamente e é
determinado a vencer, ele é tratado pela palavra de Deus e pelo Espírito Santo,
sua fé o leva a vitória e ele, renovado, ama e espera com alegria a volta de
Cristo”.
O patriarca
Davi, sabia o que estava dizendo. Eu sou como a oliveira que floresce na casa
de Deus. Davi queria dizer: Sou uma azeitona na casa de Deus, ou seja, sou o
azeite da casa de Deus.
Para ser uma
oliveira na casa de Deus precisamos de nos deixarmos amassar por Deus. Ele nos
esmaga e assim podemos produzir quatro azeites de qualidade! O próprio Jesus
nos deu o exemplo no Getsemani (que significa prensa de azeite). Jesus foi para
a prensa para produzir azeite de qualidade para nos abençoar. No getsemani Ele
se entregou sem reservas ao Pai num ato de Adoração incondicional. Ele
preencheu o vazio de nossas almas, dissipou todas as trevas que nos cercavam e
nos purificou de todo o mal. Ali no Getsemani Jesus como uma azeitona foi
amassado e espremido ao ponto de suar sangue pelos poros para nos dar a
oportunidade de presenciar em nossas vidas um verdadeiro derramar de azeite,
azeite puro, azeite de qualidade, azeite do trono de Deus. Jesus sendo Deus foi
para a prensa, será que nós conseguiremos êxito sem ela? Creio que não.
Submeta-se à prensa sem lamentar ou murmurar pois ao sair dela sairás amassado,
porém abençoado.
Que Deus nos capacite a sermos
oliveiras verdes na Casa do Senhor!
Os Quatro Benefícios Oferecidos
Pelo Senhor Jesus Cristo em Nosso
Favor
O primeiro benefício
é Jesus Cristo, a primícia de Deus, oferecido a nós todos para morrer em favor
de toda a humanidade, o melhor do pai amoroso para resgatar a raça humana da
condenação eterna. Segundo o Senhor, a primícia é a matriz da santidade e
honra.
O segundo
benefício é a sua palavra, a qual declara que Ele é o Pão Vivo que desceu do
céu. Recebemos Dele a palavra, a qual nos tem alimentado e fortalecido. “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a
palavra que sai da boca de Deus” (Mt. 4:4).
O terceiro benefício
é que Ele nos trouxe a sua luz, mostrando-nos o caminho da salvação. Ele é a
verdadeira luz que destrói toda a treva espiritual da vida de todo homem. “Falou-lhes
pois Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará
em trevas, mas terá a luz da vida” (Jo. 8:12).
O quarto benefício
é que, através da sua morte na cruz do calvário, o seu sangue de limpeza e
purificação de uma humanidade que estava condenada eternamente, foi derramado,
limpando-nos de todo o pecado. “Em quem
temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas
da sua graça” (Ef. 1:7).
O azeite
extraído na prensa do Getsêmani era utilizado para ungir, alimentar, limpar e
iluminar.
Jesus Cristo
no Getsêmani ungiu a nossa vida com o seu poder, alimentou-nos com a sua
palavra de plena obediência ao Pai Celestial. Ao derramar ali o Seu sangue,
usando de amor e misericórdia em nosso favor, iniciou o processo divino de nos
limpar por dentro e por fora, iluminando a nossa pessoa, os nossos passos,
fazendo de todos os que creem Nele a luz deste mundo e o sal desta terra. Foi
no Jardim do Getsêmani que o Senhor fez a escolha maior e mais forte do seu
ministério, esvaziando-se de todo o desejo de preservação da própria vida,
entregando-se sem nenhuma reserva em favor de todos os miseráveis pecadores,
gritando: “cumpra-se a sua vontade e não
a minha”. Getsêmani não é simplesmente o lagar de azeite, mas antes de todo
o lagar de sangue; ali, exatamente ali, começava o sacrifício do Cordeiro de
Deus, resgatando a humanidade da condenação eterna.
Hoje 12/08/17 - na Igreja foi pregado este sermão, mas a pessoa mencionou o 5o.azeite - que seria para cura...
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