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Adoração, É um sacrifício agradável no altar do Senhor!

Adoração,
É um sacrifício agradável no altar do Senhor!
Leitura: Romanos 12:1-2
No altar é onde se encontram os reis e os senhores. É um lugar de honra, onde o seu ocupante recebe adoração dos seus súbditos, e de onde o seu ocupante dá ordens e toma decisões. É no altar que são oferecidos os louvores, adoração, sacrifícios e ofertas, e que são feitas as petições. Quando não existe um altar, não existe lugar para adoração, para cultos e para manifestações divinas em favor do homem. Elias (quando enfrentou Jezabel, fugiu quando viu os altares de Deus derribados (1 Rs. 19).
É nossa responsabilidade, como sacerdotes da Nova Aliança, manter o altar de Deus, em nossas vidas, em perfeito estado, como o Senhor nos orienta, em Sua Palavra.
Devemos nos lembrar de tudo o que Deus fez, mas não devemos viver só do que Deus fez, Deus manda remover as cinzas para que haja mais louvor, mais adoração, mais sacrifícios. Quando nos apegamos às coisas do passado, e vivemos somente das experiências do passado, o nosso altar está cheio de cinzas, e apenas cinzas, mas Deus é um Deus inovador e renovador.
Com estes cuidados, nosso altar estará sempre pronto para que, nele, possamos oferecer e servir a Deus com sacrifícios agradáveis.
Oferecer sacrifício ao Senhor era um ato praticado pelos judeus no deserto, quando Deus instituiu o tabernáculo de Moisés. A palavra sacrifício, que requer humildade, e muitas vezes se manifesta corporalmente, ou seja prostrar-se com toda a totalidade de nosso ser ou de nossa existência, significa  oferecer em holocausto, abrir mão, abdicar, renunciar, sujeitar-se a... O sacrifício é  deixar a nossa própria vontade para que a vontade de Deus se cumpra em nós. O versículo acima nos diz que devemos oferecer os nossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável ao Senhor, que é o vosso culto racional.
1.     O holocausto: animais consumidos no altar!
Desde os tempos antigos, o sacrifício foi o ato central de adoração. Os povos primitivos ofereciam sacrifícios como forma de adoração. Eles levavam algo de valor para oferecer aos seus deuses; às vezes até a sua própria carne e sangue. Os antigos hebreus tinham um complexo sistema de sacrifícios que é expresso no livro de Levítico. O povo de Israel fazia ofertas e sacrifícios a Deus regularmente, assim como os cristãos hoje em dia tomam a comunhão na igreja, dão ofertas e oram. As ofertas judaicas eram: oferta pacífica; oferta pelo pecado, holocausto. Os sacrifícios faziam parte da adoração a Deus. Os Israelitas entregavam a Deus ofertas e sacrifícios para restabelecer um relacionamento com Deus. Eles faziam isso numa época específica do ano, como na lua nova e na colheita. Eles também o faziam quando um voto era quebrado ou quando uma pessoa era julgada suja por causa de um problema médico.
Alguns sacrifícios e ofertas eram feitos para comemorar alguns tempos chaves na história de Israel, como por exemplo a Páscoa. As regras quanto a ofertas e sacrifícios eram bem detalhadas e Deus esperava que os israelitas as seguissem minuciosamente.
Mas, por várias vezes os israelitas foram criticados pelos profetas, por causa do formalismo destes sacrifícios. Era uma adoração falsa, pois era oferecido mecanicamente. Assim também acontece hoje:
1. Existe adoração com forma mais sem substância – distante da verdade (2 Tm. 3:1-8).
2. Existe adoração de lábios, mas não de coração – Mt. 15:8, 9: “Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Em vão me adoram; seus ensinamentos não passam de regras ensinadas por homens”. Em Isaías 1:11-17, o povo de Israel orava, cantava, ofereciam sacrifícios de animais, mas não reconheciam o Senhor em seus corações.
3. Existe adoração com sacrifício, mas não com obediência (1 Sm. 15:22, 23). 
O sacrifício que glorifica a Deus não é um sacrifico formal, ou material, mas espiritual, isto é, um puro louvor que procede de um coração temente, obediente e sincero. 
O Altar cristão é de natureza espiritual e não material. Assim sendo, os únicos sacrifícios que podem fazer são espirituais. Por consequência, como Cristo, Cabeça e Mestre, é o verdadeiro altar, também os seus membros e discípulos são altares espirituais, nos quais se oferece a Deus o sacrifício de uma vida vivida em santidade.
Para compreendermos melhor a mensagem de Romanos 12:1-2, precisamos de reflectir um pouco sobre Levítico 1:3-17, a respeito dos holocaustos. Holocausto é uma oferta queimada de aroma agradável ao Senhor, sempre feita com animais domésticos (conhecidos e observáveis), geralmente touros, que substituíam o adorador diante do Senhor. Simbolizava a consagração integral do adorador ao serviço do Senhor e servia para cobrir os pecados do adorador.
Entretanto havia um importante diferencial: o animal deveria ser queimado sem o seu couro. Ao dizer que o sacerdote deveria esfolar o animal, o Senhor ordenou que fosse tirado o couro do animal antes que ele fosse consumido pelo fogo do altar (“esfolará” (Lv. 1:6 e 7:8). Esfolar significa retirar toda a aparência, despir-se de tudo o que é belo aos olhos. Jesus em sua glória, por amor despiu-se de toda a sua formosura e glória para se fazer homem (Is. 53:4-5). Isto aponta para o facto de que esta oferta deve ser feita de modo transparente, com nada encoberto pela aparência. Por isso, era também uma oferta agradável ao Senhor, isto é; tinha aroma suave ou aroma que acalma. Esta expressão faz referência ao acto de o pecador, completamente exposto diante de Deus, fazer algo que agrada ao Senhor porque aplaca a Sua ira (que surge por causa do pecado do ofertante contra o Senhor).
2.     Adoração: discípulos do Senhor consumidos no altar!
Deus quer crentes santos. Não podemos ficar na mesma. Vem ano, vai ano e alguns vão levando a vida cristã com a barriga. O Senhor nosso Deus é um Deus de amor, mas também é um Deus de Justiça.
Vamos reflectir agora no texto de Romanos 12:1-2, tendo em mente que ao usar as expressões contidas no texto, o Espírito Santo faz um paralelo com o holocausto de Levítico 1:3-17.
a)    Adoração é um acto responsável
b)    O louvor é o propósito de toda a criação.
O Sl. 150 diz: “Louvai-O no firmamento, obra do seu poder” (v.1) e: “Todo ser que respira louve ao Senhor” (v.6).
Deus criou todo o Universo para que este testemunhasse do seu poder e da sua glória, louvando-o com a sua própria existência. “Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos” (Sl. 90:1). Mas Deus não queria apenas o testemunho silencioso da natureza ou a obediência dos seus anjos expressa no Salmo 103:20: “Bendizei ao Senhor todos os seus anjos, valorosos em poder, que escutais as suas ordens e lhe obedeceis à palavra”. Ele queria um ser que O louvasse ativa e conscientemente e por isso criou o homem. “Louvai a Deus” é uma ordem constante através de toda a Bíblia.
Nosso sacrifício diário consiste no louvor a Deus, não apenas o louvor de lábios, mas também inclui o louvor da vida, a vida consagrada. A vida consagrada é também uma vida de obediência à vontade de Deus. Glorificar a Deus é também servi-lo, fazer a vontade e a obra de Deus. É compreender e reconhecer seu infinito valor.
  No texto há duas expressões que nos chamam à responsabilidade de adorar, enquanto seguidores de Jesus:
1- Rogo-vos: há um sentido de súplica ou um pedido muito sério aos crentes em Jesus, para que se posicionem e ajam como adoradores. Mostra que a responsabilidade de se consagrar como adorador é do próprio adorador.
2- Apresenteis: é colocar-se voluntariamente na presença do Senhor, num acto característico da apresentação do animal a ser sacrificado, pelo ofertante, diante da tenda da congregação. Agora, já não é mais alguém apresentando um animal, mas o próprio discípulo apresentando-se como adorador diante do Pai.
3.     Adoração é um sacrifício de aroma agradável
O texto de Levítico 1:3-17 mostra qual era a função do sacerdote no período patriarcal. Ele dá-nos a explicação de como funcionava o holocausto. Era uma oferta oferecida ao Senhor para obter o favor divino. Conforme Levítico 1:9, esta era a oferta queimada, de aroma agradável ao Senhor. Talvez essa não fosse a tarefa mais fácil para os sacerdotes, pois o fogo deveria ficar sempre acesso. Essa também era uma das formas de prestar adoração ao Senhor. E para que isso funcionasse, precisava haver compromisso em mantê-lo acesso. Não poderia ser ocasional, ou seja, aceso apenas quando o sacerdote quisesse. A exigência era: “Não deve ser apagado”.
Hoje Deus ainda espera que o aroma agradável chegue à sua presença, mas não mais através de sacrifícios de animais, como antigamente. Esse aroma agradável vem de nossas vidas, através da adoração. Entretanto, Deus ainda a espera de forma contínua como antigamente. Esta é a forma correta, pois adorar, não se resume apenas a momentos de culto em alguns dias da semana. Assim como o sacerdote deveria manter o fogo do altar sempre acesso, os adoradores devem adorar regularmente e não apenas raramente. Já pensou naquele que tem sido a sua forma de adoração? Ela é contínua ou eventual? Ela somente será recebida como aroma agradável por Deus se houver compromisso de mantê-la acesa na sua vida em todos os momentos.
Assim, como o era para os sacerdotes, também talvez para nós não seja a tarefa mais fácil de manter o fogo aceso, pois é necessário estar atento em todos os momentos; olhar para a chama “cada manhã”. Se houver advertência é porque existe o perigo de o fogo se apagar. Não importa se é um líder cristão ou não: todos precisam cuidar para que o fogo da adoração não se apague. É preciso considerar que os descuidos podem apagar a chama e talvez seja mais complicado acendê-la novamente do que ficar atento e não deixá-la extinguir-se.
 Para ser um sacrifício de aroma agradável ao Senhor, precisa mostrar dois aspectos importantes:
1- O vosso corpo por sacrifício: não há substituição, não há mais um animal no altar, mas o próprio adorador como oferta de adoração ou holocausto.
2- O próprio adorador, sem obscuridades em sua vida, se derrama no altar, para que a sua carne seja consumida pelo fogo santo do Senhor – é um acto de renúncia e entrega total ao Senhor.
4.     Adoração é um sacrifício que tem um padrão definido
Há três aspectos a considerar no texto de Romanos 12:1-2:
a) Sacrifício vivo: Primeiro, afirmamos que Deus não deseja rituais, sacrifícios abstratos, místicos, sentimentais. O que ele quer é algo bem prático. Ele espera que apresentemos a nós mesmos diante dele, com atos concretos, práticas diárias e contínuo viver segundo a sua vontade. Sacrifício vivo é a oferta que se expressa com a vida. Nessa mesma carta, Paulo já ensinou: “Porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte, mas se, pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo, certamente, vivereis” (Rm. 8.13).
Aqui está o sacrifício vivo que nos é pedido: porque não é colocado morto no altar, mas vai de livre e espontânea vontade à presença do Senhor para ser consumido pelo fogo dele. Adoração é uma decisão pessoal do discípulo de ser consumido no altar do Senhor.
Without sacrifice there is no true offering and no true worship.Sem sacrifício não há oferta de verdade e nem a verdadeira adoração. Sacrifice also means death. É a sua vida que é o ato de adoração. Cada ato de seu corpo em vida é um ato de adoração. Isto é, cada ato de seu corpo vivo é uma demonstração de que Deus é o seu tesouro. É em cada ato de sua apresentação como corpo vivo que Cristo é mais precioso para si do que qualquer outra coisa. Cada ato de seu corpo vivo é uma declaração de morte a tudo o que desonra a Cristo. Ser sacrifício vivo ao Senhor requer uma postura irrepreensível, uma obediência incondicional e um coração puro, pois só assim acharemos graça perante o Senhor.
Precisamos de buscar a Deus com todo o nosso coração, alma, mente e força - não apenas enquanto estamos na igreja, mas durante toda a nossa vida. Esta adoração como sacrifício vivo exige disciplina, sacrifício e trabalho para mantê-la. Mas, a recompensa é grande para aqueles que seguem a Deus e fazem a vontade dele. Are you willing to choose to make all of the actions of your body pleasing to God?
b) Sacrifício santo: Ser santo é ser limpo, separado para Deus. A santidade é a mortificação da carne, do ego. 2 Tm. 1:9 e 1 Pe. 2:5: ”também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo”.  Precisamos entender que o sacerdócio de Deus está sobre nós e precisamos ser santos em todo o nosso proceder. As nossas ações devem espelhar a santidade e o amor de Deus em nós, repelindo toda a malignidade e maliciosidade. Quando estamos com Deus temos vida e paz, mas aqueles que andam em carnalidades seu final é a morte. Quem anda na carnalidade não pode agradar a Deus, e não é dele, pois somente os guiados por Deus  são filhos de Deus (Rm. 8:5-9, 14). Aqueles que ministram no altar devem ter temor a Deus, pois estão ministrando perante Ele, e tudo aquilo que não provem dele será exposto. Não pode esconder o pecado, porque tudo o que é podre exala mau cheiro.
Sacrifício santo: porque é separado e conhecido por Deus (o animal do holocausto era um animal doméstico). Fala de santidade, de não ter áreas encobertas diante de Deus, de ser plenamente exposto e conhecido pelo Senhor (esfolado), de estar em aliança com Deus.
“Apresentar um corpo vivo santo para Deus” significa dar a seus membros, seus olhos, sua língua, suas mãos e pés, dar o seu corpo para fazer justiça, não o pecado. Isso é o que faz um corpo santo. Um corpo é santo não por causa de sua aparência ou a forma em que está, mas por causa do que ele faz. Nosso sacrifício não somente é justo, mas também santo, o que significa que o sacrifício vivo já foi colocado sobre o altar, onde é queimado pelo fogo e consumido até se tornar cinzas. A cinza é pura, porque todas as impurezas já foram queimadas. Então, primeiro precisamos da consagração, como sacrifício; depois temos a justificação subjetiva e também a santificação disposicional.
Ofereçamos continuamente, conforme Hebreus 13:15, um sacrifício de louvor a Deus, isto é, o fruto de lábios que reconhecem o seu nome. Quando os lábios se juntam ao coração em louvor a Deus, o corpo torna-se um sacrifício santo, vivo.
Hebrews 13:16, “Do not neglect to do good and to share what you have , for such sacrifices are pleasing to God.” When you do good, in Jesus' name, with your mouth or your hands or your presence, your body becomes a holy, living sacrifice of worship.Hebreus 13:16: “Não deixar de fazer o bem e de compartilhar o que temos, porque tais sacrifícios são agradáveis a Deus”. Quando faz o bem, em nome de Jesus, com a boca ou com as mãos ou com a sua presença, seu corpo torna-se um sacrifício santo, vivo de adoração. Um corpo se torna um santo sacrifício de adoração, quando é dedicada aos propósitos de Deus de justiça e misericórdia. Quando do mesmo foram retirados todos os resíduos da velha vida que permanecem em nós e que nada mais significa para nós que vivemos, plenamente, a nova vida em Cristo.
c) Sacrifício agradável: é aceitável, tem aroma suave ou que acalma, porque satisfaz o propósito e a justiça de Deus, através da obediência e submissão ao Senhor.
Sacrifício agradável é fumaça santa, aquela que ao ser apresentada pode não satifazer o coração do homem, mas satisfaz o coração de Deus. Uma oferta agradável é aquela que cumpre o propósito (Sl. 107:21, 22). Qual é o propósito? Agradar a Deus. Temos que ter a consciência de que tudo o que fazemos é para agradar a Deus, por isso não podemos fazer de qualquer modo, tem que ser com responsabilidade, para saber qual a boa, perfeita e agradável vontade de Deus.
Quando entrego a minha oferta de sacrifício eu sou recompensado, e quando agrado a Deus Ele se revela a mim e mostra-me a Sua vontade. Não faça as coisas relaxadamente, pague o preço para fazer o melhor. Quando os olhos estão em mim eu roubo a presença de Deus, a adoração que é dele. O meu papel é ser um espelho que reflete a glória de Deus e leva o povo para Deus. Quando estou no altar preciso ter vestes santas, que dão liberdade de movimento, mas que não despertem a sensualidade e não defraudem meu irmão, pois ao invés de ser oferta agradável eu me torno um fogo estranho perante o Senhor.
Tenha um espírito quebrantado e um coração compungido e contrito, pois Deus terá prazer em si (Sl. 51:17). Fujamos dos ventos de doutrina que roubam a nossa visão de Deus e centra-nos no homem. Muitos desses ventos vem com pessoas que não tem conhecimento, estudo e/ou autoridade para ministrar. Para se fazer algo para Deus tem que haver sacrifício, temos que estudar e aprender e nos dedicar para fazer o melhor.
Deus quer nos ver como sacrifícios vivos, santos e agradáveis a Ele, não nos conformando com as coisas do mundo, mas transformados pelo poder do seu Espírito e da sua palavra em nós. Ele quer que vivamos em verdade e justiça, Ele quer nos encontrar aprovados, como guerreiros que não desistem. Ele é o nosso Pai, o amado da nossa alma e para Ele seja sempre a honra a glória e o louvor. Amém.
O livro de Levítico foi em muitos aspectos, um manual de culto, dá-nos em grande detalhe o modelo de culto de acordo com a Lei de Moisés. O Sacrifice was the heart of worship. Sacrifício foi o coração da adoração. Paulo declarou em Romanos 12:1 que o sacrifício de si mesmo é ainda adoração a Deus. Suas passagens sobre o sacrifício parecem se enquadrarem nessa categoria. Hence the question – how do the sacrifices stated in Hebrews coincide with New Testament worship as you know it?
Portanto, Romanos 12 é um convite a viver uma vida de misericordiosa, é um convite a viver uma vida de adoração. Ou melhor: Ao chamar-nos a viver uma vida misericordiosa (construída sobre a misericórdia de Deus em Cristo), o objetivo é que seja uma vida de adoração. E ele não brilha através de nossos músculos e curvas, mas através de nosso comportamento misericordioso.
5.     Adoração é um sacrifício que exige discípulos transformados
Há algumas expressões no texto muito significativas quanto à necessidade da transformação do discípulo para adorar ao Senhor.
1- Culto racional: Racional vem da palavra grega logikos. Nesta palavra, não é difícil ver a ideia da lógica ou raciocínio. Este adjetivo aparece, no Novo Testamento, somente aqui e em 1 Pedro 2:2, onde descreve o leite espiritual. A forma do substantivo (logos), porém, aparece mais de 300 vezes no Novo Testamento, e é traduzida por termos como palavra, conta, ensinamento, modo, ditado, testemunho, verbo e etc.. A ideia principal tem a ver com o discurso e o raciocínio.
O que é, então, o nosso culto racional? Uma vez que entendemos o que Deus tem feito por nós, faz sentido nos dedicarmos a ele em obediência e serviço. O uso da palavra “pois” em Romanos 12:1 mostra que este serviço razoável se baseia nas coisas anterioremente ditas. Paulo acabou de falar sobre a profundidade da riqueza de Deus, que nos criou e nos deu a salvação de graça (Rm. 11:33-36). Por isso, devemos nos dedicar ao Senhor.
Portanto, culto racional refere-se à consciência de adoração que se espera dos salvos em Cristo. A adoração é o resultado de uma decisão pessoal do discípulo!
2- E não vos conformeis com este século: fala de separação, de não tomar a forma do mundo, de não viver nos mesmos moldes do mundo, de não se ajustar aos paradigmas ou estruturas mundanos. Um adorador deve conformar-se com o reino de Deus e não ser modelado pelo mundo, uma vez que os padrões da adoração são divinos, bíblicos.
A questão fundamental aqui é a atitude do adorador, que vai revelar aquilo que ele tem por dentro, na sua alma. Nosso viver denunciará se somos adoradores ou não! Nossa adoração sempre será afectada pelo nosso grau de pureza e santidade. O pecado (lascívia, fornicação, adultério, mentira e etc.) tira-nos da posição de adoradores. Não conformar com o mundo é manter um elevado grau de santidade e pureza, reflectindo assim que nossa vida está sendo transformada, o que só conseguimos com a mudança de mentalidade, não mais agindo conforme a mentalidade mundana e, sim, conforme a mente de Cristo – o Perfeito Adorador!
3- A renovação da mente é a chave para a transformação do cristão. O cristão tem dentro de si tudo o que precisa para ser um adorador, porque Cristo habita em seu coração, mas para que a adoração flua de sua vida, é preciso uma mudança de atitudes, uma transformação, que vem pela renovação da sua mente.
Só pela renovação da nossa mente viveremos de modo agradável ao Senhor, num alto nível de pureza, santidade, obediência e submissão. A mente é a sede da alma humana, por isso, quando há uma renovação de mentalidade, há também uma transformação de vida. Se o cristão não tiver a mente renovada no Senhor, o mundanismo invadirá sua vida e afectará todos os seus relacionamentos (com o Senhor, a família, os grupos e a igreja).
Só conseguimos uma vida de adoração, reflectindo pureza, santidade, obediência e submissão, quando somos transformados pela renovação da nossa mente. Mente renovada no Senhor propicia transformação de vida, porque os velhos argumentos da alma são removidos e nos liberamos para viver conforme a vontade de Deus, prosperando segundo os Seus propósitos em todos os níveis.
6.     Adoração é um sacrifício que traz recompensas
Adoração é o resultado de uma guerra que travamos contra nós mesmos e, como toda a guerra que travamos no Senhor, tem seus despojos ou recompensas, sendo que a principal delas é experimentar a vontade de Deus para as nossas vidas. 
Experimentar a vontade de Deus é a grande recompensa do cristão e significa viver conforme a vontade do Senhor. No entanto, mesmo tendo consciência de que ter uma vida de consagração e obediência a Deus é o que se requer do cristão, muitos acham terrível e desagradável experimentar a Sua vontade. A razão para tanta insubmissão ao Senhor e desprazer em fazer a Sua vontade, está no facto de que muitos não foram convenientemente transformados, os velhos paradigmas persistem em suas mentes.
Para experimentar qual seja a boa, perfeita e agradável vontade de Deus, Ele colocou em nós a responsabilidade sobre as nossas atitudes. Não basta orar para ser transformado, é preciso tomar atitudes. Paulo usa a expressão que gosto muito: “uma coisa decidi...”. Transformação requer decisão. Se tomar a decisão de continuar a ser a pessoa que é assim será. Não adianta jogar a culpa em Deus como se Ele não fizesse Sua parte. Quantas vezes choramos aos Seus pés clamando por uma transformação, mas isso é só da boca para fora, pois lá no fundo estamos satisfeitos com a nossa vida. Alguns na hora da crise, depois de fazerem algumas asneiras, perderem os empregos ou os relacionamentos reconhecem que precisam de mudança. Afinal de contas é impossível que sempre tudo dê errado e sempre por causa do outro, que sempre sejamos injustiçados em todas as situações.
Filipenses 4.8 nos diz que devemos cuidar dos nossos pensamentos, carregando-os com o que agrada ao Senhor. Precisamos colocar um filtro em nossos olhos e ouvidos, que são portas enormes para abastecer nossos pensamentos. Seleccionarmos o que vemos e ouvimos é fundamental para permanecermos no altar. Porém, se falharmos, pelo arrependimento, confissão e pedido de perdão somos reconduzidos à posição de adoradores consagrados.
Sem uma vida transformada, consagrada ao Senhor, como adoradores, teremos dificuldade em reconhecer que a vontade de Deus para nós é boa, agradável e perfeita. Sem renovação da mente, o altar da adoração continuará sendo desagradável e um peso a mais para carregarmos. Precisamos de nos libertarmos das cadeias mentais para desfrutarmos do melhor de Deus para as nossas vidas. O altar da adoração é o lugar da nossa mais profunda e completa comunhão com Deus, é o lugar da providência sobrenatural do Senhor para nós.

Pr. Manuel Rodrigues

3 comentários:

  1. A música deve ser usada inteligentemente

    Ivone Boechat


    O cérebro humano está cansado e agredido pelo excesso de informações. A tv se encarregou de saturar, incessantemente, com sons irritantes; nas ruas, os motoristas buzinam estridentemente, e aceleram forte, produzindo barulho excessivo; os ruídos internos empurram o ser humano para o universo interior das cobranças sociais, e assim estressado pelo trabalho, ele se dirige aos templos para buscar a Palavra, a quietude, a reflexão. Quem não gostaria de orar silenciosamente ao entrar no santuário, ao som de uma musica suave? Quem não gostaria de ouvir um coral, ou cantar com a congregação um hino inspirativo, sem necessidade de tentar superar o barulho do que mais parece um “trio elétrico” de 90 decibéis, prejudicando a audição e a saúde?

    Ainda há tempo de reverter o horror que se instalou nos templos durante o culto. Autoridades especializadas no estudo dos efeitos do som indicam que ruídos em níveis elevados alteram o comportamento humano e não preparam o cérebro para ouvir a mensagem, pelo contrário, interferem na química cerebral, que fica muito alterada. Com toda essa adrenalina a pessoa torna-se incapaz de gravar a mensagem.

    A música é um poderoso fixador da memória: sensibiliza; emotiza (cria entusiasmo); prepara o cérebro para arquivar as mensagens; consola; tranqüiliza; desperta a atenção; estimula a produção dos hormônios que formam o padrão químico das inteligências.
    A música deve ser usada inteligentemente, como recomenda um dos maiores músicos da antiguidade, Rei David:

    “ Pois Deus é o Rei de toda a Terra; cantai louvores com inteligência.” Sl 47:7 .
    "Cantai-lhe um cântico novo, tocai com arte e júbilo." Sl. 33:3

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  2. A música deve ser usada inteligentemente

    Ivone Boechat


    O cérebro humano está cansado e agredido pelo excesso de informações. A tv se encarregou de saturar, incessantemente, com sons irritantes; nas ruas, os motoristas buzinam estridentemente, e aceleram forte, produzindo barulho excessivo; os ruídos internos empurram o ser humano para o universo interior das cobranças sociais, e assim estressado pelo trabalho, ele se dirige aos templos para buscar a Palavra, a quietude, a reflexão. Quem não gostaria de orar silenciosamente ao entrar no santuário, ao som de uma musica suave? Quem não gostaria de ouvir um coral, ou cantar com a congregação um hino inspirativo, sem necessidade de tentar superar o barulho do que mais parece um “trio elétrico” de 90 decibéis, prejudicando a audição e a saúde?

    Ainda há tempo de reverter o horror que se instalou nos templos durante o culto. Autoridades especializadas no estudo dos efeitos do som indicam que ruídos em níveis elevados alteram o comportamento humano e não preparam o cérebro para ouvir a mensagem, pelo contrário, interferem na química cerebral, que fica muito alterada. Com toda essa adrenalina a pessoa torna-se incapaz de gravar a mensagem.

    A música é um poderoso fixador da memória: sensibiliza; emotiza (cria entusiasmo); prepara o cérebro para arquivar as mensagens; consola; tranqüiliza; desperta a atenção; estimula a produção dos hormônios que formam o padrão químico das inteligências.
    A música deve ser usada inteligentemente, como recomenda um dos maiores músicos da antiguidade, Rei David:

    “ Pois Deus é o Rei de toda a Terra; cantai louvores com inteligência.” Sl 47:7 .
    "Cantai-lhe um cântico novo, tocai com arte e júbilo." Sl. 33:3

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  3. Meu Deus, como fui edificada!!! Deus abençoe sua vida! Ass: Lidiane

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