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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

As preocupações da vida

 
“Não andeis cuidadosos da vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que as vestes”? (Mt. 6:25).
Estas palavras resumem o que Jesus desejava que a humanidade soubesse, baseado na sua mensagem de Mateus 6:25 em diante. As ideias transmitidas por Jesus são profundas, poderosas e frequentemente esquecidas. Nenhum ser humano decidiu adquirir a sua vida, porque se estamos vivos tal deve-se apenas ao poder de Deus.
A vida é um dom de Deus. Podemos imaginar que Deus nos deu a vida e depois simplesmente se retirou? Será que Deus se negaria a si mesmo, deixando a humanidade fora Daquele que mantém a vida? Será que o Criador negaria os meios que Ele próprio concebeu para manter e formar a vida?
Podemos estar seguros de que o Senhor tem os seus próprios métodos de fazer com que as coisas continuem. Podemos estar seguros que não nos temos que preocupar acerca da criação e das nossas próprias vidas. Mas não nos preocuparmos não significa ficar indiferente. Precisamos de seguir em frente: preparando, plantando e cultivando, e colhendo a seu tempo.
Deus providenciou o suficiente para a nossa existência mortal. Assim como Ele providenciou generosamente para nós o dom da vida, Ele dará com a mesma generosidade, para que essa vida se mantenha. A preocupação afasta-nos da providência divina. A palavra traduzida por “inquietação” ou “preocupação” significa ter uma preocupação obsessiva e que absorve tudo o resto; é por isso que Jesus pega neste tema no contexto das necessidades materiais. Esta preocupação sufoca o papel de Deus como garante principal das nossas vidas.
Quando nos lembramos que Deus é o garante de todo o Universo, inclinamo-nos a pensar que existe da Sua parte um plano para tudo aquilo que existe, incluindo para nós próprios. A Fé é o ingrediente necessário para que nos alegremos no plano de Deus. Cristo identificou bem o problema dos que andam preocupados de forma doentia: “Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é queimada, quanto mais vos há-de vestir a vós, ó gente sem fé?” (Mt. 6:30).
Quando acreditamos plenamente em Deus, as nossas ansiedades são vencidas. A vida do crente não é uma tentativa parta alcançar algo, ela deve ser vivida com a plena certeza de que existe em cada um de nós uma intenção de Deus. Essa intenção é que cada um de nós possa viver tirando o máximo pela comunhão com o Criador e, assim, vencer o medo e as angústias que sufocam a vida presente.
Jesus disse-o da melhor forma: “Portanto, não devem andar preocupados com o dia de amanhã, porque o dia de amanhã já terá as suas preocupações. Basta a cada dia o seu mal” (Mt. 6:34). Quando confiamos ao Senhor nas nossas vidas, podemos caminhar com Ele em paz. Essas preocupações dizem respeito a como viver daqui para frente, o que comer, o que vestir, o que fazer para ganhar dinheiro, e como viver a vida.
Aprender como viver um dia de cada vez é uma grande lição de sabedoria. De certa forma é importante esquecer o ontem e o amanhã, para que o hoje seja o mais importante dia das nossas vidas. Não necessitamos de anular a importância do dia presente com as preocupações quanto ao futuro. Devemos deixar a preocupação acerca do amanhã para Aquele que criou o amanhã. Quando lá chegarmos Ele já estará lá à nossa espera providenciando a nossa vida presente.
No texto de Lucas, encontramos o Senhor Jesus chamando a atenção dos discípulos para a necessidade de uma vida isenta de preocupações, mostra-lhes ainda, que a excessiva ansiedade não produz nenhum fruto proveitoso na edificação espiritual, pelo contrário, manifesta-se como resultado de uma vida desprovida de fé na providência divina.
Nos dias contemporâneos o quadro não é muito diferente. A ansiedade tem entrado nos corações com muita força, roubando o lugar reservado ao Espírito Santo de Deus; as causas são as mais diversas, entre elas:
a)                 Dificuldades financeiras (geralmente provenientes de negócios e ações realizadas por impulso, sem a devida analise de rendimentos. É muito fácil comprar, são os creditórios, cartões e etc. Mas, são compromissos que vencem e precisam ser honrados);
 
b)                Situação Profissional (Emprego em Portugal é extremamente difícil);
 
c)                Família (Educação de filhos, problemas conjugais e etc.);
 
d)                Espiritual (É comum encontrarmos irmãos ansiosos por verem as promessas de Deus cumprirem-se em suas vidas); e  etc.
O mandamento de Deus para as nossas vidas em relação à ansiedade/preocupação é extremamente claro, Ele proíbe que seus filhos abram seus corações para tais frutos da carne, que são portas abertas para a ação do inimigo.
Não se preocupe Jesus é o pão vivo que desceu do céu, ele cuida de nós, durma em paz, durma abraçado com o pão da vida Jesus. Ele mesmo disse:
“Por isso eu vos digo: Não andeis cuidadosos da vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que as vestes”? (Mt. 6:25). Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário”?
Como servos devemos cultivar em nosso coração a fé e a perseverança em Deus, confiando na Sua bondade e amor e jamais seremos desamparados! Seja qual for a situação, por mais séria que possa mostrar-se, a confiança deve ser inabalável nEle. “Por acaso faltou-vos alguma coisa quando eu vos enviei sem bolsa, sem sacola e sem sandálias? Não faltou nada, responderam eles” (Lc. 22:35). Afinal, quando aceitamos o Eterno como Salvador, entregamos-Lhe a nossa vida integralmente, isto significa que abrimos mãos da vontade própria, submetemo-nos aos seus desígnios, em consequência, somos agraciados por suas promessas. “…Contentai-vos com as coisas que tendes; porque ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei” (Hb. 13:5).
A ansiedade sempre nascerá nos corações dos santos, mas, não podemos deixá-la frutificar. “Bendito o homem que confia no Senhor e cuja esperança é o Senhor. Porque ele é como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e, no ano de sequidão, não se perturba, nem deixa de dar fruto” (Jr. 17:7, 8). Esta é a descrição de uma vida cheia do Espírito Santo e amparada pelo Pai. Quando a ansiedade frutifica, ela destrói a fé, a comunhão é abalada e abre espaço para o desespero. Ao primeiro sintoma de sua presença, devemos lançar-nos aos pés de Cristo, depositando sobre Ele os fardos pesados. “Entregue os seus problemas ao Senhor, e ele o ajudará; ele nunca deixa que fracasse a pessoa que lhe obedece” (Sl. 55:22); “Portanto, sejam humildes debaixo da poderosa mão de Deus para que ele os honre no tempo certo. Entreguem todas as suas preocupações a Deus, pois ele cuida de vocês” (1 Pe. 5:7, 8).
Uma vida tomada por ansiedades e preocupações é inútil à Obra do Senhor. O princípio de nosso compromisso é a confiança, se não há confiança (fé) é impossível agradar a Deus (Hb. 11:6) e consequentemente, sermos instrumentos úteis em Suas mãos. Não permitamos que o diabo nos engane, fechando nossos olhos para a grandiosidade da misericórdia de Deus, mostrando-nos uma realidade desprovida da graça de Deus. Temos que disciplinar a nossa pessoa, no sentido de entendermos que se entregarmos a Deus as preocupações, então elas estão nas mãos de Deus. Deixe Deus ser responsável por suas ansiedades. Pare de se preocupar e comece a confiar completamente nele. Ele não é um senhor suplementado. Jesus Cristo é o Senhor absoluto.
Tem problemas? Dificuldades? Provações? Falta-lhe alguma coisa? Olhe para o Senhor! Clame, busque, pague o preço de uma vida santa, reta e justa. Seja íntimo de Deus!
”Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças” (Fp 4:6).
Aquele que nos deu o ser, animando-o, com o sopro vital, de uma vida capaz de esperar, de amar, de regozijar-se, de aperfeiçoar-se infinitamente, dar-nos-á também as outras coisas.
Sigamos doravante os conselhos cheios de amor e de sabedoria de nosso Divino Mestre. E quanto ao mais, deixai que nos entreguemos confiantes, nos braços do Senhor no meio das tormentas, até que nos abrigue, afinal, no porto luminoso.
Pr. Manuel Rodrigues

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