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segunda-feira, 31 de outubro de 2016

A Cruz de Cristo: A Maior Expressão da nossa Vitória!


(Colossenses 2:13-15)

Se a morte de Cristo na cruz é o verdadeiro significado de sua encarnação, então não existe evangelho sem a cruz. O nascimento de Cristo, por si mesmo, não é a essência do evangelho. Mesmo a ressurreição, embora seja importante no plano geral da salvação, não é o cerne do evangelho. As boas-novas não consistem apenas no facto de que Deus se tornou homem, ou de que Ele falou com o propósito de revelar-nos o caminho da vida, ou de que a morte, o grande inimigo, foi vencida. As boas-novas estão no facto de que Deus lidou com nosso pecado (do que a ressurreição é uma prova); que Jesus sofreu o castigo como nosso Representante, de modo que nunca mais tenhamos de sofrê-lo; e que, por isso mesmo, todos os que crêem podem antegozar o céu. Gloriar-se na Pessoa e nos ensinos de Cristo somente é possível para aqueles que entram em um novo relacionamento com Deus, por meio da fé em Jesus como seu Substituto. A ressurreição não é apenas uma vitória sobre a morte, mas também uma prova de que a expiação foi satisfatória aos olhos do Pai (Rm. 4:25) e de que a morte, o resultado do pecado, foi abolida por causa desta satisfação.

Somos, por natureza, pecadores e estamos absolutamente sujeitos ao julgamento e juízo de Deus. Nada podemos fazer a esse respeito. No entanto, numa demonstração de amor sem precedentes, Deus toma a iniciativa de mudar nossa história, apesar de toda a nossa rebeldia contra Ele. Um bebé nasce em Belém da Judeia, um menino destinado a virar o mundo de cabeça para baixo. Ali, a eternidade entra no tempo. O céu desce à terra. Deus se esvazia de sua glória e se faz homem. Um homem obstinadamente decidido a morrer para livrar o homem da morte. Morte eterna; morte física, espiritual e moral.

A maior declaração de amor da história não saiu da pena de um poeta, nem foi envolvida com notas de suave melodia. A maior declaração de amor da história foi pavimentada com sofrimento e abandono; foi provada com dor e sacrifício; foi selada com sangue na cruz: “Mas Deus prova o seu próprio amor para connosco pelo facto de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm. 5.8). Ele ama-nos, mas não escreveu isso em letras de fogo nas nuvens. Ele revelou esse amor na cruz do seu Filho. Ela é a mais eloquente expressão de seu amor por nós. Ele mesmo disse: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigénito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo. 3.16). Isaías descreve essa expressão de amor ao profetizar a respeito do sofrimento do Cristo (Is. 53.1-12).

Sua morte não foi determinada por factores circunstanciais. Jesus não foi morto porque Judas o traiu, porque os sacerdotes o prenderam, porque Pilatos o entregou ou porque os soldados o pregaram na cruz. Judas o traiu, por ganância; Pilatos o sentenciou por covardia e os soldados o pregaram na cruz por crueldade. O Filho foi à cruz porque o Pai o entregou por amor de nós. “O Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós” (Is 53.6b). Ele não foi obrigado. Antes, em amor se entregou voluntariamente: “Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si” (53:4).

Seu amor é constrangedor. Nos deu tudo, sem nos pedir nada. Amor sacrificial. “Ele foi trespassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” (53:5). Foi moído por nossas transgressões e morreu pelos nossos pecados; na cruz, recebeu o cálice da ira de Deus e a espada da lei caiu sobre ele. Foi humilhado. Seu corpo, rasgado. Seu rosto, desfigurado. Seu corpo, ferido. Seus punhos, trespassados.

Os açoites eram nossos. A Cruz era nossa. A vergonha e dor pertencia-nos. Mas, em silêncio, Ele tomou o nosso lugar “e como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca” (53:7). Tudo por causa de seu grande amor por nós.

Este amor, provado com sacrifício e dor, não é vão. Seu sangue nos comprou a liberdade. Fez-nos livres do pecado para viver em vitória para Deus; livres das trevas, do poder de Satanás, da condenação eterna. Isaías diz ainda: “Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si. Por isso, eu lhe darei muitos como a sua parte…” (53:11-12). Somos o alvo e a recompensa de seu grande amor expresso na cruz. Não somos mais escravos. Somos filhos! E como filhos, somos, juntamente com Cristo, herdeiros da glória de Deus. Ele suportou tudo e nos libertou para seu louvor. Nosso arrependimento é a sua conquista. Nosso retorno a Ele em gratidão e submissão é a sua glória. Nós somos a sua recompensa. Entendamos o que Deus realizou na cruz, de modo que nos gloriemos tão-somente na cruz de Cristo.

A cruz de Cristo foi onde o mundo, a carne e o diabo foram vencidos (e continuam sendo). A cruz é a base da nossa salvação, o que inclui a santificação, a justificação, a redenção e a regeneração do pecador que recebeu e creu na mensagem que Cristo pregou através dela. Nela está também a nossa libertação a nossa cura e a nossa vitória.

Uma das passagens mais inquietantes, e até mesmo que provoca calafrios, é o relato no evangelho de Marcos sobre a exclamação do Messias ao estar na Cruz romana. Ele exclamou: Eloí, Eloí, lamá sabactâni? que, traduzido, é: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste (Mc. 15:34)?

À luz do que sabemos sobre a natureza impecável do Filho de Deus e de sua perfeita comunhão com o Pai, é difícil entender as palavras de Cristo, porém ainda assim encontramos expostas nelas o significado da Cruz, e encontramos a razão pela qual Cristo morreu. Para obter a salvação de Seu povo, Cristo não somente sofreu o terrível desamparo de Deus, mas Ele tomou a amarga copa da ira de Deus e teve uma morte sangrenta em lugar de Sua gente. Só então a justiça divina podia ser satisfeita, apaziguar a ira de Deus, e fazer possível a reconciliação.

Contemplamos aqui o Salvador submerso nas profundezas de Suas agonias e dores. Nenhum outro lugar como o Calvário mostra melhor as angústias de Cristo, e nenhum outro momento do Calvário está tão saturado de agonia como quando esse clamor rasga o ar: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste”? A debilidade física que lhe sobreveio naquele momento pelo jejum e pelos açoites se somou a aguda tortura mental que experimentou por causa da vergonha e da ignomínia que teve que suportar. Como culminante da dor, sofreu uma agonia espiritual inexprimível devido ao desamparo do qual foi objecto por parte de Seu Pai. Essa foi a negridão e a escuridão de Seu horror. Foi então quando penetrou nas profundezas das cavernas do sofrimento.

A cruz de Cristo é motivo de glória. O Sangue ali derramado faz com que estejamos aqui livres. Ele morreu, mas ressuscitou. Ele está vivo. A cruz nos trouxe vitória, vida, prosperidade,  saúde, liberdade no Cristo que ressuscitou. É importante que a igreja de Jesus acredite na vitória do Sangue na cruz e também acredite no poder da palavra do testemunho. Porque quando damos testemunho daquilo que Jesus fez por nós, daquilo que o Sangue fez em nossa vida, sobrenaturalmente, é libertado um poder espiritual superior a qualquer poder que destrói o adversário. O nosso testemunho tem um poder sobrenatural, porque a Bíblia diz que nós vencemos por causa do testemunho.

Naquelas palavras de nosso Salvador existe algo que tem sempre o propósito de nos beneficiar. A contemplação dos sofrimentos dos homens nos afligem e nos horroriza, mas os sofrimentos de nosso Salvador, ainda que nos movam ao pesar, estão revestidos de algo doce e cheio de consolação. Aqui, inclusive, nesse negro local de dor, enquanto contemplamos a cruz, encontramos nosso céu. Esse espectáculo que poderia ser considerado horroroso, torna o cristão alegre e feliz. Se bem lamenta a causa, se alegra devido às consequências.

A maior e mais importante mensagem que jamais se ouviu, o “está consumado”, foi pregada por Cristo, no púlpito mais significativo do Universo, a sua cruz! É por isso, que não se pode conceber o verdadeiro cristianismo sem a cruz de Cristo. Realmente, a centralidade do Evangelho e a nossa vitória está na cruz de Cristo.

 Os Benefícios Advindos do Triunfo da Cruz de Cristo.

Deus, ao manifestar a sua graça comum para com os incrédulos através dos efeitos colaterais da cruz de Cristo, tinha em vista o bem dos seus eleitos, aqueles que seriam os beneficiários da salvação. Todas as bênçãos dispensadas sobre os réprobos contribuem para que a Igreja seja mantida segura na sua missão de testemunhar acerca de Cristo.

A ignorância a respeito dos nossos direitos como salvos por Cristo tem levado muitos a uma vida de derrotas e fracassos. A obra realizada por Cristo na cruz do Calvário foi perfeita, completa e suficiente para nos levar a outra dimensão, tanto espiritual como fisicamente. Por meio dela recebemos a vida abundante que Cristo nos promete como está em João 10.10: “O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”.

Na cruz de Cristo, temos os maiores benefícios para nossa vida.
“Somente conhecemos a Cristo, na medida em que conhecemos os benefícios de sua obra da cruz”. Se entendermos o que Jesus fez por nós, encontraremos mudança em nossa vida. Há provisões abençoadoras na cruz de Cristo. Rios de bênçãos fluem da obra de Cristo na cruz.

Além dos benefícios concedidos da salvação e da vitória na batalha espiritual, o cristão recebe também mais três benefícios tremendos: o perdão, a mudança do caráter e a nova identidade. Estes três benefícios nem sempre são reconhecidos e, às vezes, não são recebidos por muitos cristãos, o que os torna pessoas abaixo daquilo que Cristo projetou para suas vidas.

 a) Perdão:

Quando nós nos voltamos para Deus pela fé em Jesus Cristo, recebendo Jesus como nosso novo Senhor, Mestre e Comandante e Salvador de nossas vidas, então Deus nos concede um perdão, nos perdoando de todos os pecados e erros que já cometemos. E isso é maravilhoso, mas há algo ainda maior do que isso. O perdão que nós recebemos de Deus não é conquistado. Nós não temos que primeiro demonstrar que nos endireitamos antes que Deus nos conceda Seu perdão. A Bíblia diz em Efésios 2:5 que Deus: “estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo”.

Porém, para que a cura divina se realize em nós, se faz necessário que usemos do nosso livre arbítrio para nos arrependermos de alguns embaraços (pecados não confessados) e nos apropriemos com fé das promessas bíblicas dirigidas a nós cristãos.

A raiz do perdão divino está na cruz de Cristo. Nenhuma outra religião oferece perdão. Só Deus, em Cristo, oferece o perdão para os nossos pecados. Ao derramar o Seu sangue na cruz do Calvário, Jesus Cristo tomou o nosso lugar de pecador e pagou o preço da nossa condenação. A base do perdão está no sangue de Cristo derramado na cruz do Calvário. Fora da cruz, Deus não nos pode perdoar! O perdão que recebemos por graça divina, não foi barato, pois custou a Deus tudo o que Ele é e tudo o que Ele tem – o preço do perdão foi o sacrifício do Seu Filho, Jesus!

Por que é importante a revelação do perdão? O recebimento do perdão pelo cristão é fundamental para a vitória contra Satanás, que é também chamado de “o acusador de nossos irmãos” (Ap. 12:10). Porque muitos cristãos não recebem o perdão de Deus, vivem recebendo a acusação de Satanás, o que torna suas vidas um inferno.

O alvo do diabo é impedir que recebamos a plenitude da obra que Cristo consumou na cruz do Calvário, o que nos faz viver abaixo das expectativas do Senhor. O inimigo sabe que ao nos vermos debaixo da culpa, ficamos inibidos no uso da nossa autoridade espiritual e perdemos ou entregamos territórios valiosos para ele. Receber o perdão de Deus, conquistado para nós por Cristo na cruz do Calvário, é uma garantia espiritual, com reflexos no plano físico, de que nenhuma acusação há para nós e que, portanto, o acusador tem seus direitos quebrados em nossas vidas.

Outra vitória recebida através do perdão é a libertação e a cura para a nossa alma, que, sem a revelação do perdão de Deus, se fragiliza pela culpa e se torna uma lixeira para receber todo o lixo emocional que o diabo puder lançar nela, como falsa culpa, autopunição, rejeição e outros traumas e feridas. A cruz de Cristo, por causa do perdão libertado, torna-se a base da libertação e da cura da alma do cristão, permitindo, assim, que ele viva a vida abundante que vem pela salvação.

b) Mudança do Carácter

O carácter de Cristo em nós é formado pela Cruz. O caminho para o carácter de Cristo é o caminho da operação da cruz em nós. Não há outra maneira das marcas do carácter de Cristo serem formadas, a não ser pela cruz. É através da lei da cruz (Mt. 16:24) que somos formados em nosso carácter. Esta lei opera em nós, moldando-nos e ensinando-nos a vida do Espírito. A cruz é que opera em nós a beleza do Senhor. A cruz é o instrumento de Deus para moldar-nos à semelhança de Cristo. A cruz é que nos capacita para termos o carácter que suporta o poder de Deus.

Na cruz de Cristo o pior de nós foi trocado pelo melhor de Deus! Dá para imaginar uma troca como esta? Só Deus mesmo para realizá-la. Ao processar a nossa salvação, na cruz do Calvário, Jesus tomou o nosso lugar, fazendo-Se pecador por nós e tornando-nos justos, santos, redimidos e regenerados perante Deus.

Ali, na cruz, a nossa carne foi vencida, o Senhor tomou para Ele a nossa vida de pecado e derramou em nós a Sua vida, perfeita para Deus. Na cruz o Senhor trocou as nossas velhas características pelas características dEle, trocou o nosso caráter pelo caráter dEle. Aleluia!

 Assim, a partir da salvação, quando Cristo passou a viver em nós, o caráter dEle também passou a fazer parte de nós. Se temos Cristo em nós, temos também o Seu caráter em nós. Nascemos de novo em Cristo, tornando-nos Sua expressão na Terra, portanto, temos o dever de manifestar o Seu caráter que está em nós. O que efetivamente precisamos fazer é decidir viver a novidade de vida que temos em Cristo e não mais a velha criatura do pecado, que fomos antes dEle nos salvar.

 O arrependimento é uma mudança radical de interesses, afectos, vontades e prioridades. É uma transformação tão radical do coração que a Bíblia fala de conversão – somos mudados noutra coisa. Um novo nascimento (Jo. 3:3). Uma nova criação de Deus (2 Co. 5:17). Este tipo de arrependimento e tal transformação só podem vir de Deus (Jo. 1:13).

Esta mudança produz um impacto tão grande nos nossos corações e nas nossas mentes que os lábios que antes protestavam: “Não há Deus!” (Sl. 53:1)  agora alegremente confessam e proclamam que “Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai” (Fip. 2:11).

c) Nova Identidade

Nosso Deus por nos amar muito e desejar a nossa salvação, nos chama para um novo estilo de vida, onde estaremos pelo poder transformador da graça de Deus vivendo livres da escravidão do pecado. Nos chama para um novo estilo de vida no qual Ele possa reinar de forma absoluta e completa em nosso coração. Os cristãos que serão salvos, serão aqueles que alcançarão essa experiência com Cristo e que também estarão pelo poder de Deus renovando diariamente essa experiência com nosso Salvador. Não há vida sem Jesus. Somos susceptíveis ao pecado e, a qualquer momento que nos afastamos do Senhor, estaremos vivendo como escravos do pecado. 

Aos que receberem Cristo, que crerem em seu nome, dá-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram por descendência natural, nem pela vontade da carne, nem pela vontade de algum homem, mas nasceram de Deus. A obra da cruz, a salvação do pecador, fez-nos nascer de novo, isto é: fomos regenerados. Na velha natureza, tínhamos a identidade de pecadores, afastados de Deus, deformados pelo pecado e influenciados pela carne, pelo mundo e pelo diabo. Cristo, na cruz, tomou para Ele essa velha natureza, ou seja, essa velha identidade, a identidade de pecadores e, fez-nos nascer de novo, pelo Espírito e pela Palavra, gerando em nós a nova identidade, a identidade de filhos e filhas de Deus.

A obra de Cristo no coração não destrói as faculdades humanas. Cristo dirige, fortalece, enobrece e santifica as faculdades da alma. Por meio da obra da cruz o Senhor trocou a nossa identidade, tornando-nos filhos do Deus Altíssimo, irmãos de Cristo e co-herdeiros com Ele, como está escrito em Romanos 8:16-17: “O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co- herdeiros com Cristo”. Se nascemos de novo em Cristo, também em Cristo recebemos uma nova identidade, deixamos de ser criaturas governadas pelo pecado e nos tornamos família de Deus, sendo chamados pelo Seu nome.

Precisamos, portanto, compreender que pele fé em Cristo é nosso privilégio ser participante da natureza divina e livrar-nos da corrupção das paixões que há no mundo. Então somos purificados de todo pecado, de todos os defeitos de caráter.

Com a marca da salvação (o sangue de Jesus), passamos a ser identificados no Reino espiritual como príncipes e princesas do Deus Eterno, fomos revestidos de nobreza celestial, tornamo-nos autoridades espirituais no planeta, embaixadores do Reino de Deus na Terra! Deixamos de ser conduzidos pela carne e mentoriados pela mente maligna, para sermos dirigidos pelo Espírito, conforme a Palavra de Deus e conduzidos pela mente de Cristo que habita em nós! Nos tornamos factores de mudança onde estivermos e uma ameaça para o diabo e seus projetos.

A nova identidade nos habilita a sermos os verdadeiros embaixadores do Reino de Deus na Terra e a reproduzirmos o ministério de Cristo entre os homens. Nenhum cristão precisa mais de andar com a velha identidade, porque o cristão se tornou novidade de Deus na Terra. Por causa da velha identidade, herdamos a maldição e a derrota, mas com a nova identidade nos tornamos descendentes de Abraão, benditos na Terra e herdeiros conforme a promessa que ele recebeu (Gl. 3:29: “E, se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa”).

Ele nos chama “directamente para a herança espiritual e para as boas coisas celestiais, e designa para nós um reino” (cf. Lc. 22:29). Agora os crentes são “chamados eminente e enfaticamente filhos de Deus” (1 Jo. 3:2), como Isaías tinha profetizado (Is. 56:4,5), e o Espírito Santo testifica com os seus espíritos que é isso mesmo (Rm. 8:15-16). Deus é conscientemente Seu Pai pessoal, e este nome, “Pai, passa a ser o nome de Deus em relação à nova aliança, representado a família pactual à qual Ele Se obriga em favor dos Seus filhos, de modo que agora eles têm liberdade para clamar, “Abba, Pai” (Gl. 4:6).

Agora que estamos em Cristo, não temos o Espírito de escravidão, mas temos a certeza dada pelo Espírito Santo de que somos filhos de Deus e de que podemos aproximar-nos dEle confiadamente. O mesmo Espírito Santo, que habita em nós, também dá gemidos antecipatórios em nossa alma (ansiando) pelo estado de ressurreição e glória, que é a meta que Deus designou para nós”.

Qual a importância disso? Espiritualmente, a identidade aponta para um destino. Com a velha identidade estávamos destinados à morte eterna e ao inferno, com a nova identidade, fomos direccionados para a vida eterna e para as mansões celestiais!


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