“A tua casa e o teu
reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será estabelecido para
sempre” (2 Sm.
7:16).
O contexto da aliança davídica é crucial para o
entendimento das palavras ditas por Jesus: “o
Reino de Deus está próximo” (ou, como diz o original, “ao alcance das mãos”). A aliança davídica é a aliança do reino.
Inerente a esta aliança está a realidade fundamental do relacionamento com
Deus. Esta passagem mostra como Davi responde às palavras de Deus (através do
profeta Natã) em oração. Nós não conseguimos orar verdadeiramente sem nos
relacionarmos com Deus. E a aliança serve como um laço formal através do qual o
Reino de Deus vem para o seu povo. Embora o termo hebraico berith
(frequentemente traduzido como aliança, pacto ou convenção) não apareça nesta
passagem ou na passagem correspondente em 2 Samuel 7 não pode haver nenhuma
dúvida de que uma aliança estava sendo estabelecida neste momento da história
de Israel. Tal pacto estava baseado no relacionamento que Davi tinha com o seu
Criador. No coração da aliança davídica está o “Princípio do Emanuel” – sabemos que nosso criador está connosco e é
por nós em nossa jornada cristã, chamada vida.
A proposição principal da aliança com Abraão era a
respeito da “descendência”, isto é, Cristo (Gl. 3:6). Esta aliança com Davi
trata da linhagem do Messias. Jesus é o “filho
de Davi” (Mt. 1:1), e o soberano que se assentaria no seu trono (Lc. 1:32,
33).
1.
A História Desta Aliança
Durante o tempo de Samuel, uma grande mudança ocorreu na história de
Israel. Desde a morte de Josué, cerca de 1365 a.C, os juízes tinham governado
em Israel. Estes foram ordenados por Deus, e muitas vezes agiram como líderes
militares ou coordenadores em tempos de crise nacional. Mas não havia governo
central para o povo de Israel. A nação de Israel ainda era uma confederação de
12 tribos. A participação em eventos nacionais dependia da cooperação de
líderes tribais.
O povo de Israel se sentia descontente com o facto
de ter Jeová como seu rei, pois desejava ter um rei humano, como as nações
pagãs que o rodeavam (1 Sm. 8:5), e por isso pediu a Samuel que lhes desse um
rei. Este ponto de viragem foi um dia triste. Isto em nada agradou ao Senhor,
que ordenou ao profeta Samuel que os advertisse “solenemente” (1 Sm. 8:7-9).
Deus viu isso como uma rejeição Dele e de Seu domínio sobre a nação (1 Sm.
8:7). Tragicamente, o povo de Israel pediu isso para que eles pudessem ser “como todas as nações” (1 Sm. 8:5). A
deceção foi a de que Israel se tornou como as nações, mais do que apenas a sua
escolha de domínio por um rei, Israel também seguiu os seus vizinhos no pecado.
Assim, a história do reino de Israel foi uma batalha em curso contra a
idolatria e falta de ser o povo santo de Deus.
Desde os tempos de Abraão, Israel havia sido uma
teocracia, única entre todas as nações. “Feliz
és tu, ó Israel! Quem é como tu? Povo salvo pelo Senhor, escudo que te socorre”
(Dt. 33:29).
Entretanto, Deus terminou por acolher o desejo
negativo de Israel de ter seu próprio governo e deixou-o seguir o seu
caminho, indicando
Saul para ser seu rei. Embora escolhido por Deus e ungido por Samuel, Saul não
assumiu as pesadas responsabilidades de fazer de Israel um reino divino. Deus
viu a desobediência de Saul como uma rejeição da Sua Palavra, que resultou na
rejeição de Saul como rei por Deus (1 Sm. 15:26; 1 Cr. 10:13-14). De teocracia,
uma nação governada por Deus, tornou-se numa monarquia, uma nação governada
pelo homem. Seu reinado foi desastroso para a nação.
Mesmo quando Saul ainda reinava, Deus dirigiu
Samuel para ungir o sucessor de Saul, um novo rei que não era filho de Saul (1
Sm. 16:1). A dinastia da casa de Saul durou apenas uma geração, cerca de 40
anos (veja Atos 13:21).
Embora pecaminoso em sua origem, a misericórdia
divina fez desse reinado de Israel um meio de revelar novos aspetos de Seu
propósito: natureza e extensão de Seu reino e exaltação do Messias.
Escolheu então para soberano do reino um homem que
implicitamente obedeceria à Sua vontade - Davi.
Davi não tinha qualificações reais para ser rei. No
entanto, ele tinha qualidades pessoais que enchiam uma sacola de credenciais
extraordinárias que Deus desejava. Sua bravura foi um marco (1 Sm. 17). Davi se
tornou um líder militar vitorioso ao serviço de Saul, tão bem sucedido que Saul
ficou com ciúmes (18:6-9). David também era um músico talentoso (vs. 16:23), o
autor de muitos salmos. Foi com ele, o novo Rei de Israel, que o Senhor fez
esta aliança.
2.
A Aliança
Leia 2 Samuel 7:11-16.
A aliança de Deus com Davi é um tema importante no
Antigo Testamento. Não só a linha davídica de reis continue a reinar em
Jerusalém, sem interrupção por quase 400 anos, mas também os profetas de Israel
começaram a revelar que um futuro rei viria a partir da linha de Davi para ser
o redentor de Israel (compare Lc. 24:21).
Esta aliança foi estabelecida e garantida pelo
próprio Deus. É um dom para toda a humanidade, sendo certo que a humanidade não
merecia essas grandes promessas. Mas, Deus promete e garante a sua promessa.
Muito embora não se mencione neste texto a palavra
“aliança”, nele vamos encontrar todos os elementos a ela necessários:
contratantes, condições e promessa. Davi em 2 Samuel 23:5 o considerou como aliança:
“Não está assim com Deus a minha casa?
Pois estabeleceu comigo uma aliança eterna”.
Deus confirmou o facto em 2 Crónicas 7:17-18 na
sua resposta à oração de Salomão, filho de Davi.
Nós servimos a um Deus que interage com o seu povo
por meio de alianças. A aliança davídica é talvez a mais importante para os
cristãos, pois ela representa a fidelidade de Deus com o seu povo por meio do
presente que nos deu: seu Filho, Jesus Cristo, vindo para restabelecer o
relacionamento do homem com Deus. O Pai tem uma paixão ardente por seu povo,
representada poderosamente no presente de Cristo - o Messias prometido. Os
cristãos veem essa aliança poderosamente cumprida. “Ele edificará uma casa ao meu nome, e eu estabelecerei para sempre o
trono do seu reino” (7.13).
3.
Davi, O Rei
Davi, o filho mais novo de Jessé da real tribo de
Judá, descendente direto de Rute, a moabita, era muito jovem quando Deus o
escolheu para suceder a Saul, mesmo sendo o menor, aparentemente rejeitado, aos
olhos dos homens. Contudo ele esperou que o Senhor cumprisse a Sua promessa,
não fazendo nunca qualquer esforço para se autopromover, porque a chave era
conhecer a Deus como sua bússola interna.
A primeira missão de Davi como rei foi a de
estabelecer a paz em Israel. Derrotando os filisteus e outros inimigos ele
humilha seus adversários. Mas logo se volta para coisas mais importantes, nas
quais concentra os seus esforços: o lugar de adoração e a volta da arca da
aliança para Jerusalém.
4.
Significado Espiritual Da Aliança
Três vezes é encontrada a expressão “para sempre” em 2 Samuel 7:11-16. Ela
evidencia claramente que esta aliança vai além da posteridade natural de Davi,
levando a concretização dos eternos propósitos de Deus.
Novamente queremos lembrar o quanto é errado
interpretar estas promessas feitas aos patriarcas da antiga aliança num sentido
estritamente literal e nacional.
Prova desses elementos espirituais é a sequência
de acontecimentos: transferência do Reino para Salomão e depois para o seu
filho Roboão, quando cessa o governo da família de Davi sobre Israel, devido à
sua desobediência aos mandamentos e leis de Deus. “Para sempre” não equivale a três gerações. A promessa de Deus a
Davi de “um reino eterno”
aparentemente parecia quebrada. Mas não! O sentido era outro - não nacional,
mas espiritual.
Em nosso futuro estudo a respeito do Reino de
Deus, veremos que o reinado do nosso Senhor naquele reino e a concretização da
promessa da aliança feita a Davi, incluindo a reedificação de Seu tabernáculo (At.
15:16).
O significado espiritual da “casa de Davi” era para ele muito claro, conforme podemos apreender lendo
os Salmos. Dos Salmos messiânicos, os mais límpidos e minuciosos são o 2 e o
89. Todo o conteúdo, especialmente deste último, oferece uma exposição sobre a
aliança davídica. Os primeiros quatro versículos afirmam que o cumprimento
deste pacto está relacionado com o juramento de Deus (vs. 2b-4). A fidelidade e
o poder de Deus, os quais tornaram possível a aliança, são o tema deste salmo.
Estas virtudes, além da retidão e da justiça de Deus, bem como do seu amor
leal, asseguram o cumprimento do pacto. No que diz respeito ao seu cumprimento
definitivo, a aliança é graciosa e incondicional. Não há a menor dúvida de que
estas passagens se referem à vinda do Rei dos Reis.
A promessa de um Redentor foi pela primeira vez
anunciada em Géneses 3:15. Gerações se passaram, tendo o Senhor feito alianças
com Adão, Noé, Abraão e Israel. Esta aliança com Davi é a última das antigas
alianças - a mais próxima ao Redentor prometido. Por conseguinte não deve
causar surpresa o facto de se tornar a revelação mais clara e definida. Em linguagem precisa, através desta aliança com Davi é profetizada a
natureza do governo de Deus sobre os homens.
É possível que somente Isaías, numa brilhante
visão do Messias, tenha visto mais claramente do que Davi a maneira como Deus
Se revelaria em forma humana. Assim se expressou ele: “Para que se aumente o seu governo e venha a paz sem fim sobre o trono
de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e o firmar mediante o juízo e a
justiça, desde agora e para sempre” (Is. 9:7).
5. Terreno Ou Celestial?
As muitas escolas de profecias são resultados de
ideias preconcebidas sobre as alianças do Antigo Testamento. Alguns sentem que
as promessas são estritamente nacionais: os judeus são ainda privilegiados
entre todos os povos, o templo em Jerusalém será reconstruído quando se cumprir
o tempo dos gentios, e Jesus irá, literalmente, assentar-se no trono de Davi.
Aqueles que sustentam este ponto de vista ignoram
completamente o ensino de Jesus, que disse que o Seu reino não era deste mundo;
que era um reino espiritual; e que falar sobre tronos ou sobre quem se sentaria
à sua direita ou à sua esquerda era uma incompreensão total da Sua missão e do
Seu destino divino.
CREIO QUE A ALIANÇA COM DAVI É ETERNA,VOU FAZER UMA COLOCAÇÃO QUE TODOS SE OMITEM EM FALAR,NO FINAL DO MILÊNIO GOGUE E MAGOGUE VEM NA LARGURA DA TERRA INVADIR O ARRAIAL DOS SANTOS EM ISRAEL, CREIO QUE TODOS ENTENDERAM, MAS AGORA É QUE VEM O X DA QUESTÃO. DEUS MANDA FOGO DO CÉU E CONSOME TODOS OS ÍMPIOS, MAS E OS JUSTOS ? O POVO SANTO QUE ESTÁVAM SOB O GOVERNO DE CRISTO A QUAL SERIA VÍTIMA DE GOGUE? NA MINHA CONCEPÇÃO E ENTENDER VEJO ESSA GENTE PROTEGIDA ,GUARDADA NO TABERNÁCULO , OS QUAIS DEUS ENXUGARÁ AS LÁGRIMAS, ,SÃO HOMENS,E NÃO IGREJA,A IGREJA JÁ ESTÁ COM SEU GALARDÃO, GLORIFICADA, O CIRCULO JÁ FECHOU, SUAS LAGRIMAS SERÃO ENXUGADAS,, EIS AI O TABERNÁCULO, FAÇAMOS TUDO DE NOVO, E ENTRA NOVO CÉUS E NOVA TERRA, ,COM MUITAS NAÇÓES ,ESTAS NÃO PODE SER A ESPOSA DE CRISTO FRACIONADA EM NAÇÓES E SIM ISRAEL E OS JUSTOS DO MILÊNIO,E TEM MAIS ,DEPENDERÃO DA ARVORE DA VIDA DAS SUAS FOLHAS QUE SERVIRÃO PARA A SAÚDE DAS NAÇÕES, ESTARÃO NUM ESTADO ETERNO COMO ADÃO ESTARIA SE COMESSE DO FRUTO DA ÁRVORE DA VIDA ANTES DE PECAR. A BÍBLIA SÃO RIQUISSIMAS DE PROMESSAS EXCLUSIVAS PARA ISRAEL NESSE LADO DE REINO ETERNO PRA DAVI.
ResponderEliminarexplicação excelente sobre a aliança!
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