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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

A ALIANÇA ETERNA



“O Cordeiro que foi morto, desde a fundação do mundo” (Ap. 13:8)
A Aliança Eterna á a mais importante de todas, pois nela se inclui todas as alianças. A prova a que Deus submeteu Adão havia sido por Ele prevista. Desde a fundação do mundo fora feita a provisão para cobrir o prejuízo provocado por sua desobediência, como também dos que se lhe seguiram.
Temos que ter sempre em mente que Deus é eterno. Ele não Se surpreende quando as coisas acontecem; para Ele, tanto faz passado ou presente - é tudo a mesma coisa. Como o próprio nome já diz, ele é eterno”. O que é eterno não sofre alteração em tempo algum. É o mesmo para todos os habitantes da terra através de todos os tempos. E este contrato terá a duração de todos os tempos, era após era, para a eternidade! It is, therefore, of utmost importance to every believer in the Almighty to learn about this covenant. É, portanto, de extrema importância para todo o crente no Todo-Poderoso saber mais sobre essa aliança. A longa jornada do Jardim do Éden ao Reino de Deus já havia sido por Ele previamente calculada quando da celebração dessas alianças que acabamos de estudar. Elas constituem partes de um todo.
O princípio central deste estudo é o seguinte: as alianças são, na realidade, uma aliança eterna, expressa ao homem em revelação progressiva, até Cristo, a revelação completa de Deus ao homem.
1.     A Promessa Da Aliança
Porei inimizades entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn. 3:15).
Imediatamente após a queda de Adão, desvendando este mistério para os anjos não caídos em perplexidade, para os mundos atónitos, pela queda de Adão; e para Satanás e seus demónios surpresos e desconcertados, Deus anunciou à serpente o ultimato de sua destruição através da obra do Redentor, revelando também ao homem pecador os elos pelos quais a salvação chegaria até ele. Isso se referia ao facto de que Jesus morreria, mas que, ao contrário do efeito sobre o diabo, sua morte seria derrotada pela ressurreição. Isso cumpriu-se literalmente (Rm. 3:24-25)
As sucessivas alianças com Noé, Abraão, Israel e Davi não eram senão amplificações da promessa de um Redentor. Somente ao reconhecermos este facto é que seremos capazes de interpretar corretamente o significado das alianças. Nenhum dos personagens mencionados poderia tornar-se justo pela simples obediência às suas condições. Pois sabemos perfeitamente, à luz das Escrituras, que a retidão vem pela fé, nunca pelas obras da lei. Leia Filipenses. 3:9; Gálatas 2:21; 3:6, 11.
Com esta perceção, torna-se compreensível a razão de assim se ter expressado Davi: “Pois estabeleceu comigo uma aliança eterna” (2 Sm. 23:5). Também se faz clara a linguagem de Paulo, ao chamar as velhas alianças de “alianças de promessa” (Ef. 2: 12), visto que elas se referiam ao Redentor que haveria de vir.
2.     O Tempo Das Alianças
Todo o plano foi pré-estabelecido e executado passo a passo na medida necessária para cada tempo. A primeira promessa de aliança foi feita no momento certo e na clareza e amplitude suficiente para o pecador compreender a dádiva da graça. O primeiro raio de luz foi o cordeiro morto para ensinar a graça para Adão e Eva. Com Abraão, a quem foi feita a promessa de tornar-se o pai espiritual da grande multidão de salvos pela fé na graça, foi adicionado o rito da circuncisão, que teria significado como sinal de identidade entre Deus e seus filhos até a cruz.
As cinco alianças do Antigo Testamento eram os marcos do relacionamento de Deus com os indivíduos e com Seu povo eleito:
a) Génesis 3:15 foi declarado imediatamente após a queda de Adão.
b) A aliança com Noé foi feita em seguida ao dilúvio.
c) Quando Deus chamou Abraão para tornar-se o pai da nação de Israel, foi com a aliança que Ele firmou Sua promessa.
d) Após a libertação do Egito, Deus fez a aliança do Sinai.
e) Harmonizando-Se com o desejo de Israel de se tornar uma nação, Deus entra em aliança com Davi.
Entretanto, apesar de estas alianças estarem relacionadas com importantes acontecimentos históricos, torna-se claro que seu significado transcende em muito ao da época a que pertencem.
Hoje o Redentor de Génesis 3:15 nos é conhecido; o arco-íris se estende nos céus para nos lembrar a fidelidade de Deus; pela fé, tal como Abraão, os homens continuam a tornar-se justos; Jesus Cristo é o soberano a ocupar o “trono de Davi” no novo Reino.
3.     A Aliança Entre o Pai e o Filho
Em versículo algum da Bíblia encontramos a afirmação de que o Pai celebrou qualquer acordo formal com o Filho, ou que, por Sua atuação em determinada tarefa terá recebido Este uma recompensa.
Contudo, chegamos à conclusão de que somente nestes termos é que muito do Novo Testamento pode ser compreendido. Pode-se definir a aliança da redenção como o acordo entre o Pai, dando o Filho como o Chefe e Redentor dos eleitos, e o Filho, tomando voluntariamente o lugar dos que Lhe foram dados pelo Pai. Jesus Cristo veio à terra a fim de atuar em cumprimento de um acordo de aliança feita com o Pai. Examinemos as evidências:
Porque o Filho do homem, na verdade, vai segundo o que está determinado, mas ai daquele por intermédio de quem Ele está sendo traído (Lc. 22:22).
Para que Jesus tivesse feito o que estava determinado parece-nos que algo devia ter sido previamente estabelecido. Isto poderia ter sido tão-somente uma parte do acordo de aliança com o Pai.
Porque Eu desci do Céu não para fazer a minha própria vontade; e, sim, a vontade dAquele que me enviou. E a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum Eu perca, de todos os que me deu” (Jo. 6:38, 39).
Neste texto, três coisas são facilmente reconhecidas:
a) Cristo havia recebido uma determinada missão do Pai, em benefício do género humano, que tão santamente desempenhou, tendo como último fim fazer que os homens cheguem a participar de uma vida bem-aventurada na glória eterna; e, como fim imediato, que durante a vida mortal vivam a vida da graça divina, que ao final se abre florida na vida celestial.
b) Ele viera à terra com o claro propósito de cumprir o que o Pai lhe entregara para fazer.
c) A promessa não significava exclusivamente uma bênção espiritual, mas sim a salvação de todos quantos através dEle vieram a Deus. Veja ainda João 17:24.
Romanos 5:12-19 e 1 Cor. 15:20-28, 45-47.
Este paralelo entre Adão e Cristo só pode ser compreendido à luz da responsabilidade de uma aliança. Da mesma forma que a promessa se referia a Adão e àqueles que ele representava, obviamente uma outra promessa foi feita a Cristo e àqueles que Ele por sua vez também representava.
4.     Os Títulos Da Aliança Dados a Cristo
Há uma aliança divina à qual Cristo está relacionado - isto é evidente nas Escrituras, pelos títulos ou nomes que lhe são dispensados. Vamos examiná-los:
a)    Jesus é chamado de Aliança.
Eu, o Senhor, que te chamei em justiça, tomar-te-ei pela mão, e te guardarei, e te farei mediador da aliança com o povo, e luz para os gentios” (Is. 42:6).
O original deste versículo diz: “... e te darei por aliança com o povo... “ O sentido de mediador encontra-se em outras passagens.
b)    Jesus é chamado o Mensageiro da Aliança.
Eis que envio o mensageiro que preparará o caminho diante de mim; de repente virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais, o Anjo da Aliança, a quem vós desejais, eis que Ele vem, diz o Senhor dos Exércitos” (Ml. 3:1).
Jesus é o mensageiro da aliança, posto que veio com o fim de instaurá-la e proclamá-la! Como mensageiro da aliança, Jesus proclamou as condições e os termos da Nova Aliança por ele estabelecida.
c)     Jesus é chamado o Fiador da Aliança.
Por isso mesmo Jesus se tem tornado fiador de superior aliança” (Hb. 7:22).
Como é de nosso conhecimento, o fiador tem a obrigação legal de cumprir aquilo que o contratante não pode fazer. Isto ele o faz no nome e em benefício da pessoa ou pessoas de quem se fez fiador.
Jesus nos trouxe uma Nova Aliança tendo destituído e cumprido a Antiga Aliança (Hb. 10:9). Jesus garante cada palavra da Nova Aliança. Ele é o grande intercessor da Nova Aliança.
A aliança das obras foi feita com a raça humana, no primeiro Adão; mas o primeiro Adão era falho, e fracassou bem rapidamente; ele não conseguiu suportar a tensão da sua responsabilidade, de modo que aquela aliança foi quebrada. Jesus Cristo é o Fiador da nova aliança, e Ele não tem falhas; é perfeito. O Senhor Jesus é o cabeça representativo dos Seus escolhidos, e Ele os representa; são considerados membros do Seu corpo, e Ele é seu cabeça, seu porta-voz, seu representante. Sendo que o Senhor Jesus representa todo o Seu povo fiel na aliança, é eterna essa aliança.
 Os que estão debaixo dessa nova aliança recebem a promessa da herança eterna, ou seja salvação! Além de estar como mediador, Ele também é o fiador, ou seja é Ele quem garante a aliança. Aleluia!
d)    Jesus é chamado o Mediador da Aliança.
Por isso mesmo, Ele é o Mediador da nova aliança, a fim de que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia sob a primeira aliança, recebam a promessa da eterna herança, aqueles que têm sido chamados” (Hb. 9:15).
Com base no seu Sumo-Sacerdócio e pela oferta do seu próprio sangue, Jesus aperfeiçoou a nossa redenção; satisfazendo as exigências de
justiça Ele abriu a possibilidade para que Deus desse ao homem vida eterna legalmente, fazendo-o justo e dando-lhe a posição de Filho. Ele é o Mediador da Nova Aliança. Ele é o Mediador e Sumo-sacerdote que apresenta os homens perdidos a Deus.
Só existe uma forma de entrarmos numa relação de aliança de sangue com Deus, por intermédio de Jesus Cristo, o mediador da Nova Aliança. É por seu intermédio que recebemos a promessa de nossa herança eterna.
Aprendi com isso que temos um Deus maravilhoso, relacional, que se importa connosco, que estabeleceu alianças para nosso bem e sua glória. Somos seus vice-gerentes, responsáveis pela terra que ele nos deu, pela família, pela cultura e pela preservação dos valores e da nossa história. Por um lado, é magnífico sabermos disso, por outro nasce um peso, o da responsabilidade. Apesar de Deus ser soberano, nós somos responsáveis e a Deus daremos contas de todas as nossas ações.

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