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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Entrada do Pecado - Perda da Humanidade


        Introdução
O pecado não se originou no Jardim do Éden, como algumas pessoas prematuramente deduzem. Sua origem é mais antiga e começou em outro lugar. O pecado se iniciou em um coração não humano, em um coração angelical, no coração de um dos anjos de Deus, no coração de um querubim ungido, no coração daquele que viria a ser chamado de Diabo, Satanás, Serpente, Inimigo de Deus e da humanidade, mas que um dia já foi um anjo dos mais próximos de Deus. Este se ensoberbeceu e a partir de então caiu em estado de condenação, se afastando eternamente do reino da luz para viver nas trevas morais e espirituais.
Não mais se achando livre para instigar a rebelião no Céu, encontrou a inimizade de Satanás contra Deus um novo campo, ao tramar a ruína do género humano. Na felicidade e paz do santo casal do Éden, contemplou um quadro da ventura que para ele estava para sempre perdida. Movido pela inveja decidiu-se a incitá-los à desobediência, e trazer sobre eles a culpa e o castigo do pecado. Mudaria o seu amor em desconfiança, seus cânticos de louvor em exprobrações a seu Criador. Assim não somente mergulharia estes seres inocentes na mesma miséria que ele próprio suportava, mas lançaria desonra a Deus, e ocasionaria pesares no Céu.
Deus preparou esta Terra para ser um lar para os Seus filhos e providenciou todo o alimento físico que Adão e Eva poderiam escolher para comer. Adão e Eva foram escolhidos para serem as primeiras pessoas a viverem aqui. Eles seriam os primeiros pais.
Nossos primeiros pais não foram deixados sem avisos do perigo que os ameaçava. Semelhantes aos anjos, os moradores do Éden haviam sido postos sob prova. As duas árvores no meio do jardim simbolizavam a grande lição de vida que a humanidade deve aprender. Uma das árvores foi chamada a árvore do conhecimento do bem e do mal. Deus lhes disse para não comer do fruto daquela árvore, porque ao fazê-lo, morreriam.
Deus os fizera recetáculos de ricas bênçãos; mas, se desatendessem a Sua vontade, Aquele que não poupou os anjos que pecaram, não os poderia poupar; a transgressão privá-los-ia de seus dons, e sobre eles traria miséria e ruína.
O feliz estado de nossos primeiros pais apenas poderia ser conservado sob a condição de fidelidade para com um mandamento expresso de Deus. Poderiam obedecer e viver, ou desobedecer e perecer. Enquanto fossem obedientes a Deus, o maligno não lhes poderia fazer mal; pois sendo necessário, todos os anjos do Céu seriam enviados em seu auxílio. Se com firmeza repelissem as suas primeiras insinuações, estariam tão livres de perigo como os mensageiros celestiais. Se, porém, cedessem uma vez à tentação, sua natureza se tornaria tão depravada que não teriam em si poder nem disposição para resistir a Satanás.
A fim de realizar a sua obra sem que fosse percebido, Satanás preferiu fazer uso da serpente como médium, disfarce este bem adaptado ao seu propósito de enganar. A serpente era então uma das mais prudentes e belas das criaturas da Terra. Tinha asas, e enquanto voava pelos ares apresentava uma aparência de brilho deslumbrante, tendo a cor e o brilho de ouro polido. Pousando nos ramos profusamente carregados da árvore proibida, e saboreando o delicioso fruto, era seu objetivo chamar a atenção e deleitar os olhos de quem a visse. Assim, no jardim da paz emboscava-se o destruidor, a observar a sua presa.
Colocado diante de uma situação em que podia manifestar obediência a Deus, falhou. Não mostrou amor para com quem o amou. Buscou os seus próprios interesses, desconfiando da vontade divina e crendo num ser estranho. A queda do primeiro casal teve dois passos: primeiro, foram levados a duvidar da palavra de Deus; segundo, descreram da palavra dita por Deus.
Depois que Adão e Eva pecaram, ao fazerem uma escolha que era boa aos seus próprios olhos (por suas próprias escolhas e raciocínio), tomando daquilo que Deus disse que eles não deveriam tomar, eles poluíram as suas próprias mentes - o seu raciocínio. O pecado contamina a mente e leva à doença espiritual. Ele atrapalha o processo do pensamento e polui a saúde mental. O pecado é a escolha de desobedecer a Deus – ignorando as instruções de Deus de como viver a vida, de tal maneira que esta produza tudo o que é bom. É idolatria (contra Deus), pois “exalta” o próprio pensamento, fazendo as coisas de maneira diferente ao que Deus nos ordena.
Deus, então, os expulsou do jardim e lhes cortou o acesso à árvore da vida - o acesso aos contínuos ensinamentos de Deus, ao Seu Espírito e ao relacionamento pessoal com Ele. Deus mostrou-lhes qual havia sido o seu pecado, explicando que eles se tornaram “como Deus”, quando começaram a decidir por si mesmos o que era certo e o que era errado na vida, em vez de olhar para Deus, o único que pode revelar a verdade sobre essas coisas.
A árvore da ciência se tornara a prova de sua obediência e amor a Deus. O Senhor achara conveniente não lhes impor senão uma proibição quanto ao uso de tudo que estava no jardim; mas, se desatendessem a Sua vontade neste particular, incorreriam na culpa de transgressão. Satanás não os acompanharia com tentações contínuas; poderia ter acesso a eles unicamente junto à árvore proibida. Se eles tentassem examinar a natureza da mesma, estariam expostos aos seus ardis. Foram admoestados a dar cuidadosa atenção à advertência que Deus lhes enviara, e estarem contentes com as instruções que Ele achara conveniente comunicar-lhes.
A Escritura revela que Adão e Eva escolheram desobedecer a Deus. Isso foi pecado. “Então, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, comeu, e deu a seu marido, e ele também comeu” (Gn. 3:6).
Foi pela desobediência às justas ordens de Deus que Satanás e seu exército caíram. Quão importante, pois, que Adão e Eva honrassem aquela lei pela qual somente é possível manter-se a ordem e a equidade!
A lei de Deus é tão sagrada como Ele próprio. É uma revelação de Sua vontade, uma transcrição de Seu caráter, expressão do amor e sabedoria divinos. A harmonia da criação depende da perfeita conformidade de todos os seres, de todas as coisas, animadas e inanimadas, com a lei do Criador. Deus determinou leis, não somente para o governo dos seres vivos, mas para todas as operações da natureza. Tudo se encontra sob leis fixas, que não podem ser desrespeitadas. Todavia, ao mesmo tempo em que tudo na natureza é governado por leis naturais, o homem unicamente, dentre todos os que habitam na Terra, é responsável perante a lei moral. Ao homem, a obra coroadora da criação, Deus deu o poder de compreender o que Ele requer, a justiça e beneficência de Sua lei, e as santas reivindicações da mesma para com ele; e do homem se exige inabalável obediência.
Eva havia sido advertida para que tivesse o cuidado de não se afastar do esposo enquanto se ocupavam com seu trabalho diário no jardim; junto dele estaria em menor perigo de tentação, do que se estivesse sozinha. Mas, absorta em sua aprazível ocupação, inconscientemente se desviou de seu lado. Percebendo que estava só, sentiu uma apreensão de perigo, mas afugentou seus temores, concluindo que ela possuía sabedoria e força suficientes para discernir o mal e resistir-lhe. Esquecida do aviso, logo se achou a contemplar, com um misto de curiosidade e admiração, a árvore proibida. O fruto era muito belo, e ela perguntava a si mesma por que seria que Deus os privara do mesmo. Era então a oportunidade do tentador. Como se fosse capaz de distinguir as cogitações de seu espírito, a ela assim se dirigiu: “É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim”? (Gn. 3:1).
Eva ficou surpresa e admirada quando assim pareceu ouvir o eco de seus pensamentos. Mas a serpente continuou, com voz melodiosa, com sutis louvores à superior beleza de Eva; e suas palavras não lhe eram desagradáveis. Em vez de fugir do local, deteve-se, maravilhada, a ouvir.
A queda do homem encheu o Céu todo de tristeza. O mundo que Deus fizera estava manchado pela maldição do pecado, e habitado por seres condenados à miséria e morte. Através do pecado, toda a humanidade sofreu uma tremenda perda.
1.   Perda de Comunhão
Antes da queda, Adão e Eva estavam separados de Deus apenas pelo facto Dele ser infinito e invisível, porém, podiam ter um relacionamento espiritual aberto e livre com o seu Criador através de uma intima comunhão pessoal que lhes proporcionava segurança e tranquilidade. A presença, o favor e a intimidade de Deus eram o seu bem maior. Depois da queda, com o afastamento de Deus, o homem passou a sentir insegurança, temor e dúvida, sua paz terminou e começaram a surgir os conflitos (Gn. 4:8-9). “Quando ouviram a voz do Senhor Deus, que andava no jardim pela viração do dia, se esconderam da presença do Senhor Deus...
Chamou o Senhor Deus ao homem, e lhe perguntou: Onde estás? Ele respondeu: Ouvi a tua voz... tive medo e me escondi” (Gn. 3:9-10). Que diferença! Antes, sentiam alegria e paz na presença de Deus. Agora, têm medo e escondem-se. Eles perderam o seu bem mais precioso, a sua relação e perfeita comunhão com Deus. As sentenças que foram pronunciadas contra Adão e Eva, a sua expulsão do jardim, e “o refulgir de uma espada que se revolvia para guardar o caminho da árvore da vida” (Gn. 3:16-24) seriam os sinais externos do desfavor de Deus e da perda da perfeita comunhão com Deus.
Repetidas vezes e de muitas maneiras, as Escrituras nos advertem: “As vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o Seu rosto de vós...” (Is. 59:2). O homem não redimido está “sem Deus no mundo” (Ef. 2:12). Um redimido é alguém em cuja vida o reino de Deus chegou, e, se o reino de Deus chegou, essa vida deve ser agora dirigida pelas regras desse reino.
Deus, na Sua perfeita santidade e justiça já não podia manter comunhão com Adão e Eva. A sua queda encheu o Céu todo de tristeza. O mundo que Deus fizera estava manchado pela maldição do pecado, e habitado por seres condenados à miséria e morte. Não parecia haver meio pelo qual pudessem escapar os que tinham transgredido a ordem de Deus. O seu pecado tornara-se uma barreira entre eles e Deus. A sua culpa e condenação levaram-nos a esconder-se de Deus.
O exemplo do que aconteceu com Adão e Eva se repetiu constantemente ao longo da história da Igreja de Deus. No entanto, existe uma grande diferença. Adão e Eva tiveram acesso ao Espírito de Deus desde o início, mas com o tempo eles fizeram a escolha de desobedecer a Deus, e foram separados desse poder que sustenta a vida espiritual e que permite ao ser humano “ver” o que é de Deus, e ser capaz de manter isso. Uma vez que o pecado entrou em suas vidas, seus olhos se fecharam e não puderam mais continuar nos caminhos de Deus.
Desde então, as pessoas tiveram que ser “chamadas” (convidadas) a ter um relacionamento com Deus, através da misericórdia e da graça, que Deus estende a elas. Quando a Igreja começou, os meios para o perdão dos pecados e o maior propósito que Deus estava trabalhando na humanidade (para que pudesse se tornar Elohim) foram manifestados através do sacrifício do Pessach. Ao serem chamadas à Igreja de Deus e receberem o sacrifício do Pessach em suas vidas, as pessoas têm acesso constante e contínuo ao Espírito de Deus, se elas se arrependem constantemente e mudam. No entanto, existem aqueles que ao passar por aflições e serem provados, deixaram de seguir a Deus, voltando ao velho pecado de decidir por si mesmos o que é certo e o que é errado, no modo de seguir a Deus. Estas pessoas foram separadas do Espírito de Deus, assim como Adão e Eva foram separados da árvore da vida. Mas quando alguém na Igreja faz isso, quando alguém se volta contra o que Deus estabeleceu, esta pessoa multiplica pecados sobre si mesma. Não somente por rejeitar a Deus, mas também por rejeitar o Seu sacrifício dado à humanidade - o Seu Filho, que se tornou o Pessach desta pessoa. O apóstolo João nos ensina que nesse momento estas pessoas se tornam anticristos, e continuam a sê-lo, a menos, ou até, que elas se arrependam de não seguir a Cristo aonde ele as conduz. Obviamente, isso não é pouca coisa para Deus.
Isso revela uma das lições mais importantes e mais básicas da vida. As leis de Deus, Seus caminhos, a verdade e Sua palavra são espirituais, e só podem ser aprendidos e mantidos pelo Espírito de Deus – pela constante presença de Deus em nossas vidas. O pecado corta este fluxo constante do Espírito de Deus, e na Igreja devemos nos arrepender constantemente, mudar (nos converter) nosso próprio modo de vida (crescer espiritualmente), e aplicar o modo de vida de Deus em nossas vidas.
Se alguém hoje fica separado do Espírito de Deus, esta pessoa não pode mais ouvir o que ela podia ouvir antes. A altamente necessária remoção da maldição que está sobre as mulheres pode, então, ser vista como uma questão de dor física no momento do parto, e não como o resultado espiritual do pensamento errado, como consequência da ausência do Espírito de Deus, e da confiança em si mesmo para tomar decisões sobre o que é certo ou errado na vida. Ao invés de ver a Deus como sua “rocha” de proteção e segurança, as pessoas vão olhar para um lugar físico chamado Petra para sua proteção e segurança. Ao invés de ver quem é o homem do pecado na Apostasia da Igreja, as pessoas vão começar a ver ao Papa da igreja católica como o homem do pecado ou como “o anticristo”. Esta lista poderia continuar e continuar, porque foram estas coisas que aconteceram com as pessoas que já tiveram a vida de Deus e de Cristo habitando nelas, mas que como Adão e Eva, se separaram do Espírito de Deus.
Se uma pessoa peca e não se arrepende, ou se alguém deixa de aplicar o que está aprendendo, então a presença de Deus, Seu Espírito, deixará de viver na vida desta pessoa. Ela não poderá continuar a aprender o que Deus revela progressivamente, mas começará a perder rapidamente o que aprendeu. Ninguém é capaz de se manter nas verdades espirituais e nos caminhos de Deus sem o Seu Espírito habitando nele. Parece algo muito simples, mas quando uma pessoa se separa do Espírito de Deus, ela já não tem a capacidade de ver o que é espiritual - o que é de Deus.
Arrependei-vos (pense de modo diferente), pois, e convertei-vos (mude, através da transformação), para que sejam apagados os vossos pecados, de sorte que venham os tempos de refrigério, da presença do Senhor, e envie ele (Deus) o Cristo (quando somos chamados, ambos podem habitar em nós), que já dantes vos foi indicado, Jesus, ao qual convém que o céu receba até os tempos da restauração de todas as coisas, das quais Deus falou pela boca dos seus santos profetas, desde o princípio” (At. 3:19-21).
Uma vez que o Reino de Deus seja estabelecido, a “restauração de todas as coisas” virá para toda a humanidade, através de Jesus Cristo. Esta palavra “restauração” em grego significa literalmente “reconstituição”, e seu significado original é “restaurar novamente”. Deus vai restaurar novamente o que Ele começou a ensinar e revelar no princípio. Através do tempo, Deus tem estado restaurando progressivamente a verdade - Seus caminhos e propósitos - para a humanidade. Como estamos quase no final desse período, Deus tem acelerado a restauração de Seus caminhos, para ajudar a preparar e a pavimentar “o caminho” para a restauração de todas as coisas.
O homem antes fora criado para refletir Deus, agora após a queda, precisa de ter esta condição restaurada, precisa de uma revelação do seu espírito criado de novo e, através dela, Deus restaurará a sua alma e corpo para voltar a desempenhar as funções para as quais Deus o criou. Restauração esta que se estenderá por todo o processo da redenção. Esta renovação da imagem original de Deus no homem significa que o homem é capacitado a voltar-se para Deus, a voltar-se para o próximo e também a voltar-se para a criação para governá-la. Ao agir assim, “santificamo-nos em tudo” e “conservamo-nos irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”.
Em vez de o nosso Deus desviar de nós o Seu rosto, rejeitando-nos, permanece à espera que nos aproximemos d’Ele. Ele quer abraçar-nos e beijar-nos como expressão do Seu grande e extraordinário amor. O nosso espírito é a nossa parte que tem consciência de Deus e se relaciona com o domínio espiritual - o elemento que nos leva a manter um relacionamento e comunhão com Deus.
Sendo espiritual na hora da tentação, podemos desviar-nos do mal e sermos amparados na hora da aflição com a Sua graça. Há perigo no pecado para qualquer pessoa, mas especialmente para o crente. Se desejar afastar-se do pecado, chegue para mais perto de Deus. Tendo feito tudo para resistir, sede firmes. Graças ao Cordeiro de Deus podemos chegar na presença do Senhor Todo-poderoso.
2.  Perda da Vida de Deus
Adão e Eva ao comeram o fruto proibido, morreram espiritualmente, isto é, foram separados da vida de Deus, tendo perdido a vida de Deus em seu espírito, o homem que era espiritual passou a ser homem natural. Deixaram de ter em si a vida de Deus.
Então, por causa do pecado, o homem foi privado de comer da árvore da vida. Porque se o homem houvesse comido da árvore da vida, ele iria viver para sempre. Ele iria viver para sempre nesse corpo de iniquidade. E seria impossível haver redenção. O homem ficaria praticando o mal para todo o sempre. Por isso, o senhor tomou a medida de expulsá-lo do seu jardim. Ele queria tirar o pecado e a morte que passou a existir no jardim. “Deus, por isso, o lançou fora do jardim do jardim do Éden, a fim de lavrar a terra” (Gn 3.23). Ele diz que expulsou o homem a fim de lavrar a terra. Ele queria começar novamente a cultivar a vida no seu jardim, sem a presença do homem agora com o pecado. O homem perdeu seu privilégio de morar no paraíso de Deus.
Quando Deus expulsou o homem, não devemos ver como um castigo, mas como uma graça da parte de Deus. Imagine, o mundo cheio de pessoas vivendo para sempre e praticando todo tipo de maldade. A terra seria o próprio inferno. Um lugar de maldade e escravidão. Onde o diabo estaria reinando. Mas, graças a Deus isto não aconteceu.
Porém, essa expulsão do homem também mostrou uma outra consequência dura na vida humana. A primeira foi não poder comer da árvore da vida por causa do pecado e não mais poder viver no jardim de Deus. E qual foi a segunda consequência? O caminho de acesso ao Senhor foi fechado.
O homem tinha livre acesso a Deus. Ele caminhava com Deus. Falava com Deus. O senhor era a sua vida. Seu bem maior bem. O homem possuía uma intimidade única com Deus no paraíso. Ele como portador da imagem e semelhança, representava o próprio Deus aqui na terra. Ele foi criado e ornado de justiça e retidão. Em tudo ele era capaz de cumprir as ordenanças de Deus. Era fácil para o homem no lindo jardim do Éden, fazer a vontade de Deus.
Porém, o homem por sua rebeldia jogou tudo fora. Ele se privou a si mesmo dos dons maravilhosos que Deus lhe tinha concedido. Ele não mais, após a queda, era capaz de satisfazer a justiça de Deus, que é uma justiça santa, sem defeito e pura. Mas, o homem quis colocar os seus próprios limites para a sua vida. Ele mesmo quis decidir o que era e o que não era bom para a sua vida. Privando-se ele mesmo dos dons maravilhosos de Deus e a todos os seus descendentes.
Por causa de nossos primeiros pais, Adão e Eva, não temos acesso ao senhor como eles tinham no paraíso. Em Adão nós morremos. Em Adão estamos mortos em delitos e pecados. Não somos capazes de fazer bem algum. Porque em Adão todos morrem. Em Adão todos provam a separação de Deus. Por causa do pecado de Adão, é como se tivesse um abismo sem fim, fazendo a separação entre Deus e os homens. Foi por isso que o Senhor colocou querubins para proteger o caminho para o paraíso. O texto diz: “E, expulso o homem, colocou querubins ao oriente do jardim do Éden e o refulgir de uma espada que se revolvia, para guardar o caminho da árvore da vida” (Gn. 3:24).
Após a queda o caminho de acesso a Deus foi fechado. Os querubins são os protetores da glória de Deus. Os querubins eram responsáveis para expulsar qualquer homem de entrar no jardim do Éden e comer da árvore da vida. O homem perdeu o privilégio de viver no jardim de Deus, o paraíso do senhor. Assim, nenhum homem podia aproximar-se de Deus.
O desenrolar do propósito de Deus com a criação do homem foi seriamente afetado pelo pecado. Deus desejava que o homem, criado conforme Sua imagem e semelhança, se multiplicasse e enchesse a terra com muitos filhos semelhantes a Ele, enchendo-a de Sua glória. Adão tinha uma perfeita comunhão com Deus, andava em Sua luz, refletia Sua glória e se relacionava livremente com Ele. Vivia sob Sua autoridade e desfrutava da vida, do bem-estar e da segurança que Ele lhe oferecia. Deus também lhe deu uma esposa, uma companheira em sua missão e formou a primeira família, a célula mãe de todas as famílias da terra. Eles deveriam continuar puros, em direção ao alvo proposto sem se desviar. Porém, quando pecaram, ao comeram o fruto proibido, não somente se desviaram, mas também desencadearam uma série tragédias físicas, morais e naturais que transtornaram o plano original de Deus e a Sua criação. Morreram espiritualmente. Deixaram de ter em si a vida de Deus.
“Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porquanto todos pecaram” (Rom. 5:12).
Os seus espíritos tornaram-se espiritualmente mortos. Os seus espíritos tornaram-se inertes. O sopro do Espírito de Deus, que Deus tinha soprado para dentro de Adão, não estava mais lá.
Após a queda do homem no pecado, o caminho a Deus ficou fechado. Era impossível chegarmos a presença de Deus. Porém, hoje, nós temos acesso a Deus. Porque o nosso Sumo-sacerdote, Jesus Cristo, abriu o caminho à presença de Deus de uma vez para sempre. Ele nos levou à presença de Deus com seu sacrifício na cruz. Graças a Cristo temos o direito de chamarmos Deus de Pai. Aquilo que perdemos em Adão ganhamos em Cristo, o direito à presença de Deus e de morar no seu paraíso, que é chamado agora em Apocalipse de Nova Jerusalém. Graças ao Cordeiro de Deus podemos chegar na presença do Senhor Todo-poderoso.
3.   Perda da Glória de Deus
A glória de Deus é um dos aspetos da imagem de Deus. Quando o pecado não existia, a criação de Deus contemplava e refletia a glória de Deus. O homem foi criado com o mesmo propósito. Antes da queda ele tinha o seu caráter santo manifesto em forma de um visível e sensível resplendor de luz em seu corpo, estava revestido de uma cobertura de luz e glória, tal como a usam os anjos. Era um brilho natural resultante de sua santidade, a qual refletia a santidade de Deus. Enquanto vivesse em obediência a Deus, esta veste de luz continuaria a envolvê-lo.
Assim, Deus fez o homem com um caráter semelhante ao Seu, santo, e podia visitá-lo na viração do dia (Gn. 3:8), podia conversar com Deus face a face, até que pecou e o caminho de acesso a Deus foi fechado, com a colocação de  querubins protetores da glória de Deus, que seriam os responsáveis por impedir qualquer homem de entrar no jardim do Éden e comer da árvore da vida. O homem perdeu o privilégio de viver no jardim de Deus. O paraíso do senhor. Assim, nenhum homem podia se aproximar de Deus.
Ele não perdeu a vida biológica, mas a sua natureza espiritual morreu. Ele perdeu o Espírito Santo. Deixou de ter o “caráter do Criador” e deixou de ser o templo do criador. Perdeu a glória da divindade, que era a sua cobertura, desapareceu de repente. Era essa glória, que o tornava ser, “à imagem e semelhança” do Criador. Isto está de acordo com o Salmo 8:5 que diz que Deus fez o homem e o “coroou de glória” e com Romanos 6:23, onde somos informados que “todos pecaram e estão destituídos da glória (doxa) de Deus”.
De repente, perceberam que estavam nus. “Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus...” (Gn. 3:7ª). Perante tal descoberta, escondem-se, assumem a consciência da sua nudez, pois ao caírem em pecado, haviam perdido a cobertura de Deus, o vestido que Deus lhes tinha posto e que era o da glória de Deus. Ao ficarem “destituídos” da glória de Deus, afirmam, escondidos atrás de uma árvore, que estavam com medo dEle (Gn. 3:10), certamente algo como uma “certa expectação horrível de juízo e ardor de fogo que há-de devorar os adversários” (Hb. 10:27).
Este foi o mesmo sentimento do povo de Israel ao ver o rosto de Moisés brilhando, refletindo a glória de Deus (Ex. 34:29-30), de maneira que “tiveram medo de aproximar-se dele”, mesmo sendo isso só um reflexo “desvanecente” da glória original (2 Co. 3:7). Moisés teve de cobrir o seu rosto com um véu para que o povo pudesse ficar perto dele (Ex. 34:33). E este é o mesmo sentimento que terão todos aqueles que tiverem de encontrar-se com Jesus em Sua vinda, pelo que dirão, aterrorizados: “escondei-nos da face dAquele que está assentado sobre o trono” (Ap. 6:17), indagando sobre quem poderia subsistir a tal manifestação.
Ao tentarem recuperar a cobertura (o vestido), tecem um avental de folhas de figueira. Isto não agradou a Deus, pois recuperar a glória será um longo caminho através da cruz. Deus lhes dá a primeira lição de redenção ao sacrificar um cordeiro e vestir a nudez deles com a pele de um animal inocente. A inocência do cordeiro é transferida ao pecador e a culpa do pecador é transferida ao cordeiro inocente. É uma ação do Deus que salva e não do que o homem pode fazer.
O tema da cobertura de Deus é encontrado extensamente difundido em toda a Bíblia. A desgraça maior do ser humano é ficar descoberto da glória de Deus e a glória maior é morar debaixo da sua coberta.
A redenção nos põe no caminho de volta à glória, em um olhar contínuo com o rosto descoberto a glória do Senhor. Mediante essa contemplação de sua glória, é que somos transformados em sua própria imagem pelo Espírito Santo de Deus. A justificação é o início, e a santificação, através da cruz carregada dia a dia, é o caminho de volta à glória. Sem a cruz não há glória; amar a glória dos homens é desprezar a glória de Deus.
O apóstolo Paulo, no capítulo 1:3-14 de Efésios diz que o Pai nos escolheu para o louvor da sua glória, que o Filho nos redimiu para o louvor da sua glória e que o Espírito Santo nos selou para o louvor da glória de Deus.
Muitas vezes tomar a cruz significará perder a glória humana. Precisamos de aprender que sem a cruz não haverá glória; por isso precisamos de valorizar a cruz, ao ponto de nos gloriarmos na cruz de Cristo. Toda a glória que não passa pela cruz, é completamente vã e não tem outro fim que extinguir-se nas trevas. É Cristo em nós a esperança de glória; a sua vida partilhada em nosso espírito é a que nos leva de glória em glória, mesmo que para isso nos faça passar pelo fogo e pela água; não obstante, o fogo não nos queimará e a água não nos submergirá.
Por isso, todos nós temos a imagem do primeiro Adão. O apóstolo Paulo escreveu: “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”. (Rm. 3:23). Esta é a razão. Todos nós somos gerados segundo a imagem e semelhança do primeiro Adão, após o pecado. Como está escrito: “Adão viveu cento e trinta anos, e gerou um filho à sua semelhança, conforme a sua imagem, e pôs-lhe o nome de Sete” (Gn. 5:3). Embora o texto fale apenas de Sete, sabemos que, também, refere-se a todos os descendentes de Adão. Sete representa a linhagem perfeita, da qual veio o Messias. E se ele foi gerado à semelhança e imagem de Adão, então, como podemos imaginar os outros descendentes de Adão?
A Glória de Deus, a presença de Deus é sem dúvida a maior manifestação que podemos ter em nossas vidas. Isto acontece quando se tem a plena convicção de que entendemos os reais propósitos do criador em nossas vidas e a interligação que temos com o Ele através da pessoa de Jesus Cristo, seu Filho que veio ao mundo para salvar a todo aquele em quem nele crê. A Bíblia nos diz: “Que fomos criados para o louvor de sua Glória” (Ef. 1:12). Isto quer dizer que a nossa existência está intrinsecamente relacionada ao conhecimento e a encarnação desta verdade. Quando o fazemos de forma voluntária, pela fé, o Espírito Santo nos assegura de que somos filhos e como filhos, temos acesso em total liberdade a uma comunicação plena e saudável como o nosso Pai Celestial.
Entendemos assim a afirmação bíblica de que, no dia da vinda de Jesus, “quando vier na Sua glória e na do Pai e na dos anjos” (Lc 9:26), os homens meter-se-ão pelas fendas das rochas, e pelas cavernas das penhas, por causa da presença espantosa do Senhor, e por causa do esplendor da Sua majestade, quando Ele Se levantar para sacudir a Terra” (Is 2: 20-21). Isto mostra que o homem não suporta a manifestação da glória celeste, e é por isso que tem que ser “glorificado” pelo poder de Deus. Enquanto esse dia não vem, o próprio Deus vai restaurando o homem que O aceita pela operação sobrenatural de Seu Espírito, o que chamamos de santificação, “sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12:14). ”Mas todos nós, com o rosto descoberto 31 , refletindo a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor” (2Co 3:18).
4.   Perda da Perceção Espiritual
A vida através da fé e da obediência foi o princípio regedor da comunhão que Adão tinha com Deus no Éden. Adão foi advertido de que morreria se transgredisse a vontade de Deus e comesse da árvore da ciência do bem e do mal. Este risco de morte tinha de ser aceito por fé, tendo por base aquilo que Deus dissera, posto que Adão ainda não tinha presenciado a morte humana.
O mandamento de Deus (Gn. 2:16-17) a Adão foi um teste moral. Esse mandamento significava para Adão uma escolha consciente e deliberada de crer e obedecer, ou descrer e desobedecer à vontade do seu Criador. A legitimidade do teste está na necessidade de se comprovar a força física e espiritual.
Enquanto Adão cresse na Palavra de Deus e a obedecesse, viveria para sempre e em maravilhosa comunhão com Deus. Se pecasse e desobedecesse, colheria a ruína moral e a ceifa da morte (Gn. 3:17). O teste de obediência determinado a Adão era fácil, o que torna ainda mais indesculpável a sua transgressão.
E foi justamente isso que aconteceu, o homem pecou, após transgredir o mandamento divino. A sua alma deixou de estar viva para Deus, morreu espiritualmente. Os seus pensamentos deixaram de ser os de Deus. A sua fonte de perceção passou do seu espírito, que estava agora morto, para o que podiam sentir através dos seus corpos naturais. E assim perdeu a sua comunhão harmoniosa com Deus. O relacionamento que tinha com Deus no princípio da criação foi afetado por causa do pecado. Tornou-se um ser surdo e mudo sob o aspeto espiritual, ou seja, ele perdeu a verdadeira perceção espiritual. Por isso, através da sua própria consciência e dos meios naturais que foram criados por Deus, ele não pode alcançar um nível de revelação que o levasse ao conhecimento do seu Criador.
Começou a intervir no domínio natural através dos seus cinco sentidos. A realidade e a verdade tornaram-se o que podia ver, ouvir, cheirar, provar ou tocar. Ele perdeu a perceção sobre a identidade do verdadeiro inimigo. Ele transferiu para Deus e para a sua mulher a culpa por seu fracasso (Gn. 3:12).
Resta-nos ouvir o conselho do Espírito Santo: “Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar” (1 Pe. 5:8). Adão não vigiou e comprometeu sua casa.
Se uma pessoa não crescer em graça e no conhecimento de Deus, então até o conhecimento que de facto tenha pode ser corroído com o tempo, expondo-se à deceção. A Bíblia avisa-nos claramente contra a estagnação e o declínio espiritual, pois constituem o oposto de crescer em graça e em santidade: “Segui…santidade …procurando diligentemente que ninguém se prive da graça de Deus; e que nenhuma raiz de azedume brotando, vos cause problema com que muitas pessoas sejam contaminadas” (Hb. 12:14-15).
As pessoas que se afastam da verdade estão a fazer o jogo de Satanás, pois acreditam  em mentiras e em falsas interpretações das verdades das Escrituras: “Agora, o Espírito afirma expressamente, que  nos tempos do fim alguns vão afastar-se da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demónios” (1 Tm. 4:1).
Tais pessoas abandonam a verdadeira fé e abraçam ensinamentos falsos. E isso constitui rejeição da salvação baseada na morte substitutiva do Senhor Jesus. Nos tempos modernos há muitos teólogos que já não acreditam no nascimento virgem, no papel redentor do Messias, e na divindade do Senhor Jesus. Os pregadores que andam a proclamar estas e outras heresias, estão espiritualmente perdidos e arrastam muitas pessoas consigo no caminho da deceção. Pedro refere-se a pregadores que a princípio estavam salvos (comprados pelo Senhor) mas que mais tarde negaram Cristo e o que Ele na realidade é. Os pregadores apóstatas também atacam e desacreditam os crentes evangélicos que continuam a agarrar-se à verdade. “Mas havia também profetas falsos entre o povo, assim como haverá falsos professores entre vós, que trarão heresias destruidoras, negando mesmo o Senhor que os comprou e trazendo assim sobre si súbita destruição. E muitos vão seguir os seus caminhos de destruição, por causa de quem o caminho da verdade será blasfemado” (2 Pe. 2:1-2).
5.   Perda da Saúde Perfeita
Os corpos de Adão e Eva deixaram de ter a vida de Deus a fluir pelas suas veias. Ficaram agora sujeitos à doença, enfermidade e deterioração. No momento em que pecaram, começaram a envelhecer e a morrer fisicamente.
O pecado destrói tudo aquilo que é saudável e consciente em nós, conduzindo a alma para um estado de massificação existencial. No lugar de uma consciência renovada, de um olhar curado, de palavras revigoradas, e um coração cheio de amor, o pecado conduz o homem a um estado de passividade para com o bem e pró-atividade para com o mal. Ou seja, de maneira sintetizada, as consequências do pecado são caracterizadas pela inatividade da vida de Deus gerada pelo Espírito Santo em nós, e o desencadeamento cadenciado dos frutos da carne, que, por conseguinte causara a morte em todos os níveis possíveis (Rm. 6.23).
O pecado rouba o alvo da vida, desumaniza o coração, insensibiliza a alma, adoece a mente, deflagra a maldade, deturpa a consciência e gera morte. O processo muitas vezes é lento, com inúmeras contingências que começam a passar despercebidos pelo olhar clinico do espírito. De modo que, aquilo que parecia ser apenas uma pequena concessão casual ao engano, começa a perfurar camadas estruturais de caráter, e consciência existentes no coração.
O Salmista Davi no Salmo 51:8 levanta a sua voz num pranto, num lamento e choro que ecoa em todo o Israel daqueles dias, dizendo “...os ossos que esmagaste”. Ossos, segundo a cultura daqueles dias, significavam o corpo inteiro, pois eles dão sustentação ao corpo inteiro. Então, o Salmista enfrentava uma doença mortal que atingia todo o seu corpo e o fazia sofrer muito e ele considerava que essa doença era resultado do seu pecado.
Você acha que o pecado pode provocar doenças? Para o Salmista Davi sim! Ele inclusive escreve em um outro Salmo: “... nem há saúde nos meus ossos por causa do meu pecado” (Sl. 38:3). Ainda hoje, o seu lamento chega aos nossos corações, nos emocionando e nos advertindo quanto às consequências do pecado. Esse lamento também nos ensina o caminho do perdão, do apagar e purificar as nossas transgressões e de restaurar a alegria da salvação. A Bíblia nos ensina que “tudo o que o homem semear, isso colherá” (Gl. 6:17). É a Lei da Semeadura e da Colheita! Portanto, todos os nossos pecados recairão sobre as nossas cabeças, mais cedo ou mais tarde, de um modo ou de outro, se não pedirmos perdão ao Senhor Jesus!
Tem muita gente enferma como consequência dos seus próprios pecados! Cresce assustadoramente os casos de doenças psicossomáticas, isto é, doenças da alma. Precisamos falar para as pessoas que Jesus cura todas as nossas enfermidades e perdoa todos os nossos pecados! Creia em Jesus Cristo e o receba como seu e Salvador e Ele curará a sua alma e salvará o seu espírito!
Deus segura eternamente os Seus em Cristo, mas essa segurança não deve ocultar a verdade de que o pecado tem efeito na sua vida terrena. A Bíblia Sagrada nos diz que o pecado é a causa da morte. “O aguilhão que causa a morte é o pecado”, diz 1 Coríntios 15:56. Lembra-nos que a nossa herança pecaminosa também é responsável por doenças que sofrem. Neste sentido, o próprio Jesus mostrou existir uma relação direta entre a doença e o pecado, como na cura de um paralítico, ele disse: “Seus pecados estão perdoados” (Mt. 9:2-7).
O estado vegetativo provocado pelo pecado, só pode ser interrompido através do poder de Cristo Jesus, pela ação direta do Espírito Santo que resultará em arrependimento, quebrantamento, e mudanças de consciência. (Rm. 6:14).
Caso, queiramos desfrutar em vida o ápice do nosso potencial em todos os níveis imaginados, primeiramente precisamos nos desvincular das amarraduras do pecado.
 A liberdade cristã está diretamente condicionada com a maneira com que tratamos o pecado. Havendo radicalidade no rompimento com a prática do pecado, a liberdade sempre será um fruto da vida cristã, porém, existindo concessões em relação ao pecado, os condicionamentos de morte sempre se manifestarão. Observe que, a bíblia sempre atrela o pecado com a morte. Qualquer pessoa questionada sobre a morte, demonstra repúdio sobre o tema, mas quando o pecado é comentado, as expressões quase sempre são de descaso, ridicularização e indiferença.
Desassociar o pecado da morte seria como separar a vida da respiração – é impossível, de modo que, a pessoa que ame a vida sempre será inimigo do pecado, e todo o amante da morte, estará sempre associado com o pecado.
Por isso é que permanece firme um dos princípios bíblicos em relação ao tratamento com o pecado – “Portanto nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta” (Hb. 12:1).
O Pecado provoca tristeza e dor. Há muitas pessoas que carregam profundas mágoas, tristeza, dor por erros cometidos no passado e que não conseguem se livrar deles. São as chamadas “dores de consciência” que não as deixam ser felizes. Há pessoas assim que resolvem “afogar suas dores” nas bebidas, drogas etc. Outras buscam os gabinetes dos psicólogos que só as ajudam a conviver da melhor forma possível com os seus erros e pecados.
O Salmista conhecia um Deus que poderia apagar, limpar, perdoar e purificar todos os seus pecados (Sl. 51:7)! Ele não precisava de mais nada, senão do perdão desse Deus que é Misericordioso e Amoroso! Hoje, esse Deus amoroso nos estende a Sua Mão de Perdão e de Salvação. Você tem cometido algum pecado? Gostaria de receber o perdão para todos os seus pecados? Então confesse-os ao Senhor Jesus e decida abandoná-los agora e receberá o perdão e a alegria da salvação!
O homem em pecado está automaticamente separado de Deus (Is. 59:1-3). A morte espiritual é representada pelo afastamento de Deus e pela retirada do Seu Santo Espírito. O Apóstolo Paulo nos advertiu: “O salário do pecado é a morte” (Rm. 6:23). Davi, no Salmo 51, sente a sua própria morte espiritual e física e por isso ele clama desesperadamente: “Não me lances fora da Tua presença! Não retires de mim o Teu Santo Espírito”!
Deus é Santo e requer de nós a santificação (I Pe. 1:14-16; Hb. 12:14). Se alguém tem a consciência do seu pecado e decide deliberadamente permanecer em pecado, dessa forma está determinando a sua própria condenação e consequente morte espiritual. Mas há aqueles que estão vivendo em pecado, mas não querem permanecer assim, esses precisam de Libertação, precisam resistir ao poder da carne e tomar uma decisão de romper com o pecado, receber o perdão de Jesus e tornar-se um crente fiel ao Senhor Jesus!
Quebrante-se, agora, na presença do Senhor! Abra o seu coração, peça perdão a Deus e decida receber a Jesus como seu Salvador! E assim sentirá a alegria da salvação e a presença maravilhosa do Espírito Santo de Deus habitando em si!
6.   Perda de Autoridade
Quando Adão e Eva caíram, perderam a sua autoridade e domínio sobre esta terra, e a entregaram a satanás o domínio sobre o que governavam. Estavam agora a viver no reino deste, impotentemente sujeitos àquele que viera para “roubar, matar e destruir”. No princípio de tudo, somente Deus não estava sob o domínio da autoridade do homem.
Quando Adão tinha essa autoridade, não havia enfermidades, terremotos, enchentes, desastres, fome ou pobreza. Enquanto Adão governava na autoridade e no poder de Deus – enquanto Ele andava com Deus – o próprio Deus lhe deu domínio sobre céus e terra. Porém, por sua transgressão, desobediência e pecado ele cedeu o seu lugar para o inimigo de Deus.
Quando satanás tentou a Jesus no deserto ele lhe disse: “dar-te-ei toda a autoridade e a glória desses reinos, porque ele foi entregue e a dou a quem eu quiser” (Lc. 4.6).
Deus havia dado autoridade a Adão e ele a perdeu para satanás. Quando Adão a perdeu tudo o que estava sob seu domínio foi afetado. Por exemplo: Os leões não devoravam os outros animais. As cobras não possuíam mordidas venenosas. Os cordeiros não temiam os lobos (Is. 65:25).
Depois da queda, nada na terra (seja natural, ou espiritual) escapou dos efeitos da desobediência. Os males como a morte, a pestilência, a iniquidade, as doenças, a pobreza, os desastres naturais, ou a fome, entraram na terra em consequência da perda da autoridade delegada por Deus a Adão.
Os filhos de Adão aprenderam a roubar, invejar, enganar, odiar, assassinar… O inimigo tomou posse de toda autoridade delegada e perdida e a usou contra toda criação para destruição e morte.
Na história da vida, um homem perdeu a sua posição de autoridade e somente um homem poderia retomá-la e restaurá-la.
Então Jesus nasceu – Emanuel – o Deus revelado a um homem. O facto de ser humano dava a Jesus Cristo o direito legal de recuperar o que o homem havia perdido. Por ser filho de Deus Ele estava livre do senhorio do inimigo. Ele revelou a vontade de Deus em tudo o que fez.
Os pecados eram perdoados porque em Sua presença o pecado não tinha domínio. A enfermidade e doença se curavam diante de Sua autoridade e poder e tinham que sair do corpo e da alma dos homens (Lc. 4:41).
Jesus através da obediência e sacrifício restaurou a autoridade dada por Deus a Adão. Ele restaurou também o nosso relacionamento com Ele. Antes de subir aos céus e voltar ao Pai Ele disse: “toda autoridade me foi dada nos céus e na terra. Portanto, ide e fazei discípulos de todas as nações, batizando em o nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho mandado e eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos” (Mt. 28:18-20).
Depois de restituir e revelar a sua posição de autoridade, Jesus disse: Portanto ide! Ele fez a relação da autoridade com o nosso chamado. Ele nos deu vida estando nós mortos em nossos delitos e pecados… E, juntamente com Ele nos fez assentar nos lugares celestiais com Cristo Jesus (Ef. 2:1-6). Esses lugares são onde os seus filhos devem habitar.
Que lugares são esses? Efésios 1:21 afirma: “acima de todo principado e potestade, poder e domínio e de todo nome que se possa referir não só no presente século, mas também no vindouro”.
O homem redimido, salvo e transformado em Cristo recebe a posição no espírito que está acima do diabo. “Eis que vos dei autoridade sobre todo poder do inimigo e nada vos causará dano” (Lc. 10:19).
7.   Tornaram-se não-regenerados
Uma mente não-regenerada e a mente de um crente que não tenha sido renovada pela Palavra de Deus estão em geral cheias de imaginações perversas, cheios de coisas que Deus detesta.
 Estas seis coisas aborrecem o Senhor e a sétima a Sua alma abomina: olhos altivos, língua mentirosa e mãos que derramam sangue inocente, coração que maquina pensamentos viciosos, pés que se apressam a correr para o mal...” (Pv. 6:16-18).
A natureza humana se tornou corrompida, totalmente depravada, completamente inclinada para o mal: “Viu o Senhor que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração” (Gn. 6:5). A livre-agência abrange o querer, o gostar e a predileção dos seres racionais, sempre de acordo com as inclinações dominantes da alma humana pós-queda. Isso significa que o querer do homem é mau, seu gosto é por aquilo que é mau, sua predileção está na corrupção, em virtude de ser continuamente má toda a inclinação da sua alma.
O apóstolo Paulo também descreve a pessoa ímpia, impura: “Pois do céu é revelada a ira de Deus contra toda a impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça. Porquanto, o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Pois os seus atributos invisíveis, o seu eterno poder e divindade, são claramente vistos desde a criação do mundo, sendo percebidos mediante as coisas criadas, de modo que eles são inescusáveis; porquanto, tendo conhecido a Deus, contudo não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes nas suas especulações se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se estultos” (Rm. 1:18-22).
Os homens não regenerados são impuros e estáveis; isto é, são permanentes na impureza. Os homens regenerados possuem duas tendências morais opostas, digladiando-se pelo domínio em seus corações. São lançados entre elas, contudo a tendência graciosamente implantada gradualmente por fim prevalece perfeitamente. Os homens glorificados são santos e estáveis. São todos livres e, portanto, responsáveis.
Sem sombra de dúvida! Os não-regenerados estão mortos para Deus, estão separados espiritualmente de Deus. Em resposta a alguém que desejava esperar para seguir o Senhor Jesus Cristo até que seu pai estivesse morto e enterrado, o Senhor disse o seguinte: “… Segue-me, e deixa os mortos sepultar os seus mortos” (Mt. 8:22).
Em outras palavras, a coisa mais importante era seguir a Cristo e deixar o sepultamento dos fisicamente mortos para aqueles que estivessem espiritualmente mortos! Apenas os poucos a quem Jesus chamou e deu a vida espiritual foram capazes de crer nEle e segui-Lo fielmente. As multidões viram os milagres e deram um consentimento intelectual temporário, mas eventualmente ficaram ofendidas pela Sua mensagem e “voltaram para trás, e já não andavam com ele” (Jo. 6:66), demonstrando vividamente, dessa forma, a morte espiritual em seus corações.

 

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