Leitura:
1 Pedro 4:1-11
Introdução
Há um caminho de transformação
espiritual acessível a todas as pessoas. Esse caminho é o caminho de Jesus,
nosso mestre divino, mas também humano, que já andou e anda por este caminho
diante de nós. Ele nos convida a simplesmente segui-lo. Este caminho conduz as
nossas vidas para a eternidade.
O caminho começa onde estamos e como nós
somos – não importa quão desesperadora a nossa situação possa parecer aos olhos
humanos. Adquirimos entendimento sobre como e por que o caminho funciona e
recebemos um poder muito além de nós mesmos quando damos os passos simples de
aprendizes confiantes, vivendo em seu Reino – o Reino dos Céus.
O estudo da Nova Vida em Cristo
apresenta uma poderosa revelação de quem somos em Cristo - o que significa ser
uma nova criação. Produzirá libertação de sentimentos de culpa, condenação,
inadequação e inferioridade. Far-nos-á entrar ousadamente numa revelação
excitante e transformadora do que significa sermos um com Jesus Cristo.
Com esta poderosa revelação, como
crentes começamos a caminhar numa nova e excitante dimensão de liberdade,
autoridade, ousadia, poder e vitória na nossa vida e ministério.
A Primeira Epístola de Pedro 1:3 diz: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus
Cristo que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva
esperança mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos”. Toda a
obra de Deus na graça foi planeada de acordo com a Sua misericórdia em amor.
Sua graça é dirigida por Sua misericórdia, e Sua misericórdia é dirigida por
Seu amor. É segundo a Sua grande misericórdia que Deus nos regenerou para uma
viva esperança mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos. Assim
sendo, tanto a regeneração como a viva esperança estão relacionadas com a
misericórdia. Por existir a misericórdia, existe a graça.
Quando ouvimos o Evangelho e o
aceitamos, o poderoso Espírito de Deus entra em ação e gera em nós a poderosa natureza
de Deus. Por isso, o apóstolo insta-nos a que rompamos definitivamente com o
pecado. Assim como o túmulo do Senhor jaz entre Ele e a vida que Ele levou
antes da morte, assim também deveria haver um pronto rompimento entre a nossa
vida de crentes e a nossa vida anterior no mundo, que era dominada por paixões
desenfreadas. Algumas vezes Deus emprega o ácido da perseguição ou do
sofrimento para corroer os laços que nos prendem ao passado. Aceitemos ambos
com bom ânimo. A única condição para reinarmos em Cristo entronizado é
submeter-nos à cruz. Naturalmente importa que morramos para os instintos
animais, para os prazeres do mundo e para as tentações do diabo; mas também é
muito importante que morramos para o nosso egoísmo, esteja ele vestido de
branco ou de preto!
Para experimentar a nova vida em Cristo, suprema
esperança de todos os redimidos, precisamos de colocar em prática a nossa
confiança nEle e aprender como fazer melhor o que cremos que Ele deseja que
façamos. Seu caminho se mostrará verdadeiro para todo aquele que, aberta e
persistentemente colocá-lo em prática.
Deus nos conclama a uma vida de oração
em praticamente
cada página da Bíblia. A decisão de Atos 6:4 precisa de ser a nossa também: “…quanto a nós, nos consagraremos à oração e
ao ministério da palavra”. O avivamento não terá prioridade enquanto a
oração não tiver prioridade. Mas, para cultivarmos o fervor na oração, devemos
ser sóbrios e criteriosos; amorosos; e fieis na mordomia de todos os dons que
Deus nos confiou. Cultivemos o firme hábito de tirar os olhos de nosso serviço,
seja ele de que tipo for, e pedir a Deus a capacidade de fazê-lo para a glória
dEle.
Deus nos dá tudo de que precisamos para
termos uma vida profundamente espiritual através do conhecimento de Jesus. As
promessas são grandes e preciosas, só temos que nos apropriarmos delas e
assimilá-las, se quisermos partilhar da natureza divina através delas. Nossa
redenção foi conquistada por nosso Salvador, mas precisamos de crescer
constantemente e aumentar os elos de ouro já seguramente ligados pela fé.
Podemos vivenciar isso por fé, em todas
as áreas da nossa vida. A operação da fé não é uma caraterística da velha
natureza; é uma habilidade que Deus colocou em nosso espírito nascido em
Cristo. É
com o nosso espírito humano renascido que podemos funcionar na fé, pois a fé é
o funcionamento da nossa vida espiritual. É pela fé que podemos viver em Deus, reconhecer
Deus em todos os nossos caminhos (Pv. 3:6), e é por ela que praticamos a
Palavra de Deus, que significa submetermo-nos à sua soberania em todas as áreas
da nossa vida (família, negócios, lazer, espiritualidade), que significa buscar
a Deus em primeiro lugar na certeza de que as demais coisas nos serão
acrescentadas (Mt. 6:33). Na vida do cristão não há separação entre o sagrado e
o profano. Em tudo o que somos e fazemos, Deus é o Senhor soberano e a ele
devemos prestar contas.
1.
A Santidade no
Amor
Fomos regenerados por uma semente
incorruptível, através da bendita Palavra de Deus. Porque esta palavra é viva e
eficaz, pois ela é capaz de fazer o que Deus pretende na vida do ser humano.
Ela produz efeito e dá bons resultados (Is. 55:11). Diz que é mais cortante do
que qualquer espada de dois gumes, ela entra no homem e age de dentro para for.
Ela penetra até o ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, isto é,
age nos nossos sentimentos, pensamentos e mexe com as nossas emoções, no nosso
interior.
A Palavra de Deus trás à nossa consciência
o que realmente somos. Ela é apta para discernir os pensamentos [desejos] e
sentimentos [intenções] (Hb. 4:12-13). Este texto contém a essência de tudo o
que a Palavra de Deus pode fazer nas nossas vidas. Isso é algo tremendo e
fantástico! Deus através da Sua Palavra gerou em nós a Sua natureza. Ao
nascermos de novo, nascemos de Deus, pois a Sua semente nos regenerou no
espírito, pelo poder do Espírito Santo. Jesus em João 6:63 disse: “As palavras que eu vos tenho dito são
espirito e são vida”. A palavra pronunciada por Deus, sempre se coloca numa
posição superior a todas e demais palavras.
Sentimos que o apelo a uma vida santa se
torna mais forte se considerarmos o grande preço da nossa redenção bem como a
grande esperança que se abre diante de nós. Jesus é a graça de Deus manifesta
ao mundo e sob a Sua direção está posta a nossa esperança. Em sua vida está o
exemplo de como construir a nossa salvação, trabalhando a cada dia o nosso
caráter, construindo uma transformação de mente e coração fundamentados no
ensino que Ele nos traz, de maneira a nos expormos ao sol escaldante da
santidade de Deus.
Pedro, na sua primeira Epistola,
desperta as nossas mentes para sabermos que uma vez nascidos de novo, largamos
as coisas do mundo para servir a Jesus. Passamos, também, a contemplar o que
isto transcende, o humano, o terreno. Pois a espiritualidade é simplesmente a
qualidade holística da vida humana como deve ser, no centro da qual está o
nosso relacionamento com Deus. Nós, que temos o privilégio de formar parte dela
espiritualmente, somos pessoas eternas, por isso devemos amar a Deus, devemos
estar vivos para Ele e devemos estar em comunhão com Ele. E temos de amar os
nossos semelhantes, estar vivos para eles como homens e estar em comunicação
num nível pessoal verdadeiro com eles. Jesus disse: “Jamais perecerão”. Este maravilhoso acontecimento se insere no
plano de Deus para satisfazer-lhe o coração.
Diga não à carne. A carne é como a erva,
é como as flores que na primavera nascem, é como os campos que ficam floridos,
mas depois vem o sol, vem o verão, seca-se a erva e cai a sua flor, é assim a
glória humana é assim a vida de quem não tem Jesus. A glória humana é
perecível, corruptível e se destrói (1 Pe. 1:24-25). Mas quando passamos a
contemplar a eternidade e a nossa vida presente, do que hoje estamos vivendo
aqui, ela ganha uma dimensão eterna quando conhecemos esta palavra.
A cura Bíblica para o mundanismo entre
os cristãos é encher o coração e a vida com as bênçãos de Deus, de modo que
haverá uma alegre preocupação e um desprendimento das coisas que não são
espirituais. Uma folha morta não pode continuar onde um novo broto está
desabrochando, nem a mente mundana pode permanecer onde as bênçãos do Espírito
estão fluindo.
Na plena redenção da vida, operada por Cristo,
a personalidade humana incorporada é aceite e realmente transformada num todo.
Quem vive segundo a carne tem a mente voltada para o que a carne deseja; mas
quem vive de acordo com o Espírito, tem a mente voltada para o que o Espirito
deseja, vive para cada impulso do Espírito Santo de Deus. A mentalidade da
carne é morte, mas a mentalidade do Espirito é vida e paz; a mentalidade da
carne é inimiga de Deus porque não se submete à Lei de Deus, nem pode fazê-lo.
Quem é dominado pela carne não pode agradar a Deus (Rm. 8:5-8).
Renunciar a uma vida impiedosa é algo
difícil para a maioria das pessoas. Resistir às tentações, construir uma vida
sóbria e piedosa, muitas vezes, nos faz repensar toda a nossa condição e como
nos colocamos diante da palavra de Deus que nos exorta a uma mudança em nossa
postura. Não se deixe enganar: de Deus não se zomba. Pois o que o homem semear,
isso também colherá. Quem semeia para a sua carne, da carne colherá destruição.
Cinjamos o nosso entendimento para não acontecer que os nossos desejos se
deixem arrastar pelas coisas proibidas ou sejam maculadas na lama de estrada.
Precisamos de ser santos, como Deus é; e só podemos consegui-lo quando
consentimos que Deus através do Seus Espírito Santo se derrame em nossa
natureza. Quem semeia para o Espirito, do Espirito colherá a vida eterna. E não
nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio colheremos, se não
desanimarmos (Gl. 6:7-9).
O grande valor de sabermos como somos
feitos no espírito, através do Evangelho, é sabermos como podemos viver aqui na
terra. Temos de tomar muito cuidado no entendimento de quais são as
alternativas e o que elas significam. Se eu sei como sou por dentro, em Cristo,
saberei que tipo de vida está disponível para mim hoje. Nasci de Deus através
do Espírito e da Palavra ao me arrepender e crer em Jesus, e é nesse nível que
posso viver através da graça de Deus.
Somos feitos por dentro da Palavra de
Deus, nascemos dela, nascemos da semente divina no nosso espírito; a poderosa
natureza de Deus foi gerada em nós, pois fomos regenerados por uma semente
incorruptível. De facto, como nos diz João, no capítulo 1, versículo 12: “Somos filhos de Deus, em Jesus”, e ainda
na primeira carta, o apóstolo João exclamou: “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que
havemos de ser, mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes
a ele, pois o veremos como ele é” (3:2). Deixe Cristo entrar em sua vida e,
no mesmo instante, terá o direito de ser chamado filho de Deus. Só Deus pode
nos transmitir o embrião dessa vida que nós compartilhamos com o próprio Filho.
O filho de Deus cresce para ser igual a
seu Pai. Ele odeia o que Deus odeia e ama o que Deus ama. Ele luta contra o
pecado e a tentação e, de todo coração, obedece aos mandamentos de Deus. Ele
aprende a amar com seu Pai; seu desejo é servir especialmente seus irmãos em
Cristo.
Amar como Ele nos amou, é o exemplo que
deve nortear o nosso horizonte. Amar sem preconceitos, senões, sem impor
nenhuma condição, simplesmente amar, de todo nosso coração, alma e
entendimento. Perdoar acima de quaisquer condições, mesmo que todas as
evidências sejam contrárias, nossa postura deve ser a de sempre agir com
misericórdia e compaixão, pois todos nós somos pecadores e carecemos da graça
de Deus. Fixemos os nossos olhos em Cristo, pois Ele é o exemplo que devemos
seguir, pois a nossa fé inicia e somente n’Ele se completará.
A nossa salvação foi conquistada ao
aceitarmos Jesus. Ela está sendo desenvolvida ao incorporarmos a imagem d’Ele e
será concretizada nos últimos dias. Mas precisamos de desenvolver a nossa vida
com Cristo todos os dias, construindo a santidade a partir de uma renúncia à
impiedade, para que a imagem de Jesus em nós seja manifesta. Construir uma vida
sóbria a partir da presença do Senhor em nós, da direção do Espírito Santo e da
transformação de atitudes, de posturas e ações que revelam uma natureza decaída
e pecaminosa, mas, principalmente, carente da graça de Deus.
O caminho de um homem só pode ser
endireitado e purificado pela observância à Santa Palavra de Deus. Porque ela é
puríssima, tem o poder de purificação; porque ela é santa, tem o poder de
santificação; porque ela é viva, tem o poder de regeneração. Igualmente, digna
de inteira aceitação por sua fidelidade é o facto de que esta Palavra “vive e é
permanente”. Os céus e a terra um dia passarão, mas esta Palavra não irá
passar, daí que todos os que foram regenerados por ela terão vida eterna em
Cristo Jesus. Louvado seja o Senhor pela regeneração mediante a sua Palavra que
vive e é permanente.
2.
Somos Feitos da
Palavra de Deus.
A Palavra de Deus é a espada do Espírito
que regenera. Nós aprendemos que, quando ao crermos em Jesus como nosso
Salvador e o recebemos em nosso coração, o Espírito Santo age pela Palavra plantada
nos corações daqueles que a recebem… e faz produzir no homem uma nova criatura,
com uma nova natureza, uma natureza segundo Deus. A Palavra de Deus tem poder!
Mas ela só operara a regeneração em nós se permitirmos. Leia a parábola do
semeador em Mateus 13 que fala de cada tipo de solo (beira do caminho, entre
pedras, entre espinhos e terra boa). O que caiu em boa terra, este deu fruto a
cem, a sessenta e a trinta por um. Não há como receber a Palavra de Deus sem
experimentar a regeneração, pois a semente é a Palavra. Vejamos o que diz a
Palavra de Deus em João 1:12-13: “Mas, a
todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a
saber, aos que creem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da
vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus”.
Deus quer fazer a Sua Palavra brotar em si,
mas a si compete-lhe recebê-la… A semente será plantada em seu coração, e a Sua
Palavra se cumprirá. Então poderemos dizer: “Em Cristo, somos regenerados”. Nós
nascemos de novo espiritualmente. Paulo diz, em 2 de Coríntios 5:17, que: ”E, assim, se alguém está em Cristo, é nova
criatura {criatura; ou criação}, as
coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas”. Portanto se alguém
diz ser um cristão mas não é uma nova criatura, ele não é nascido de Deus. Qualquer
coisa que contenha vida só pode florescer se abandonar a si mesma em favor do
que há além de si, perdendo-se como um ser separado, embora continue vivendo em
relação com os outros. A vida é o poder interior de alcançar e viver “além”. Esta
é uma das passagens mais lindas da Bíblia. Se Alguém se converte, se alguém tem
a sua vida regenerada, se alguém nasce de novo, se alguém é regenerado, o texto
diz que é nova criatura. Então o que é ser uma nova criatura? É ser um
regenerado, é nascer de novo. Graças a Deus por isso! Isto é um mistério
tremendo, é uma revelação tremenda.
Pela Sua misericordiosa graça Deus nos
gerou de novo, dando-nos um novo coração, tirando o nosso coração de pedra e
dando-nos um coração de carne através de nossa morte e ressurreição em Cristo.
“E dar-vos-ei um coração novo, e porei
dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e
vos darei um coração de carne. E porei dentro de vós o meu Espírito, e farei
que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis”
(Ez. 36:26-27). Esta profecia foi cumprida plenamente pelo Evangelho de nosso
Senhor e Salvador Jesus Cristo. “Porque
já é manifesto que vós sois a carta de Cristo, ministrada por nós, e escrita,
não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas nas
tábuas de carne do coração. E é por Cristo que temos tal confiança em Deus”
(2 Co. 3:3-4). E através de qual instrumento o Senhor aplica esta obra de
regeneração em cada um de nós?
Respondo biblicamente: pela Palavra de
Deus. “Porque a palavra de Deus é viva e
eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à
divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir
os pensamentos e intenções do coração.” (Hb. 4:12). Entre todos os
instrumentos mais eficazes e poderosos do mundo, nenhum se compara à Palavra de
Deus. Ela é o martelo que esmiúça a penha, é a espada do Espírito, é o capacete
da salvação, é o poder de Deus que gera vida. Deus criou os céus e todo o exército
deles pelo sopro de sua boca. Ele disse: “Haja
luz, e houve luz...”. O Senhor criou, cura, regenera, santifica e sustenta
pela sua Palavra. Digna de inteira aceitação é a Palavra do Senhor. Também por
ela os homens serão julgados diante do tribunal do Justo Juiz e Senhor de
todos. A Palavra de Deus tem o poder de realizar tudo aquilo para o qual foi
designada. Quando a palavra do Senhor é pronunciada de acordo com a Sua
vontade, Ele mesmo vela sobre a mesma para o seu inteiro cumprimento. “E disse-me o Senhor: Viste bem; porque eu
velo sobre a minha palavra para cumpri-la” (Jr. 1:12).
O Espírito Santo usa a Palavra de Deus
para criar nova vida no coração humano. Uma vez que um ser humano nasce de
novo, ele instintivamente clama a Deus pois agora ele é um filho do Pai.
Arrependimento, fé e vida piedosa são os sinais de que o cristão está “vivo e
bem”. A Bíblia mostra-nos que o Espírito Santo não apenas vem para nos iluminar
e mostrar os nossos pecados, a nossa posição perdida e a nossa injustiça diante
de Deus e dos homens, mas este Espírito é também enviado de Deus e derramado
sobre toda a carne com o propósito de que o homem, em todo o lugar, seja salvo
por Sua atuação (At. 2:17-18, 21).
O Apóstolo Paulo explicou quem nós
éramos antes de ter Jesus. Efésios 2:1-2 diz: “Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos
quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da
potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência”. Somos,
na realidade, uma nova criação. Não somos mais quem éramos. É essa a
expectativa ardente da criação.
O desejo de Deus é que todos tenham
comunhão com Ele, mas isto só é possível através da regeneração, ou, novo
nascimento. Disse Jesus: “… Em verdade,
em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de
Deus” (Jo. 3:3). É impossível alguém dizer que está em comunhão com Deus,
mas continua a viver seu modo de vida antigo, sem a experiência da regeneração,
ou do novo nascimento.
3. Somos Feitura ou Seja da Mesma Espécie de Jesus
Cristo (Ef.
2:10).
A Epístola aos Romanos apresenta
claramente a posição do crente em Cristo Jesus: está colocado além de toda a condenação.
Não obstante, não podemos compreender verdadeiramente essa posição sem entender
o que é a nova criação. Estamos nEle porque somos criados nEle. “Somos feitura dEle, criados em Cristo Jesus”
(Ef 2:10). A velha criação era obra de Deus. Foi criada pelo Filho, mas não
criada nEle. O pecado pôde introduzir-se nela, mas jamais entrará na nova criação,
porque esta recebe de Cristo a vida e a natureza dEle.
O final de 2 Coríntios 5 mostra que
existe estreita relação entre a reconciliação e a nova criação (ver também Ef.
2:15-16). A reconciliação consiste em que todas as coisas fiquem em harmonia
com Deus. Isso só é possível por meio de uma nova criação que extraia tudo de
Deus, uma criação em Cristo. Contudo, esta não pode ser estabelecida senão
sobre uma base justa, depois de ter sido julgado o pecado que marcou a velha
criação. A nova criação, como a reconciliação, tem a sua origem no amor de Deus
e se fundamenta na justiça dEle.
Assim como a reconciliação é um dos frutos da obra de Cristo por nós, a nova criação é o fruto da obra de Deus em nós, como demonstra 2 Coríntios 5 e Efésios 2. Todos estávamos espiritualmente mortos, é a mesma comprovação (2 Co. 5:14; Ef. 2:1). Deus nos deu uma vida nova e nos estabeleceu em Cristo; tal é a obra de Deus em nós: “Somos feitura dele”. A nova criação tem como fundamento a ressurreição de Cristo. Deus opera maravilhosamente nos crentes, os quais serão eterno testemunho de Sua justiça (2 Co. 5:21) e da “suprema riqueza da sua graça” (Ef. 2:7).
Assim como a reconciliação é um dos frutos da obra de Cristo por nós, a nova criação é o fruto da obra de Deus em nós, como demonstra 2 Coríntios 5 e Efésios 2. Todos estávamos espiritualmente mortos, é a mesma comprovação (2 Co. 5:14; Ef. 2:1). Deus nos deu uma vida nova e nos estabeleceu em Cristo; tal é a obra de Deus em nós: “Somos feitura dele”. A nova criação tem como fundamento a ressurreição de Cristo. Deus opera maravilhosamente nos crentes, os quais serão eterno testemunho de Sua justiça (2 Co. 5:21) e da “suprema riqueza da sua graça” (Ef. 2:7).
A nova criação não é um “remendo” da
velha natureza que é baseada no egoísmo, que vive para si mesma. As coisas
velhas desaparecem e dão lugar às novas, que são inteiramente de Deus. Fundamentalmente,
a nossa vida de crentes tem como centro a Cristo: não vivemos mais para nós
mesmos, mas sim para Ele, estando constrangidos pelo Seu amor (2 Co. 5:14-15). Isso
é também verdade com respeito a Cristo. Ele se humilhou uma vez nas
circunstâncias da velha criação, estando entre nós segundo a carne (Rm. 9:5).
No final de Sua vida perfeita e santa, morreu sob a sentença que condenava a
velha criação, “o justo pelos injustos”
(1 Pe. 3:18). Dessa forma, Ele estabeleceu os fundamentos da nova criação nEle
mesmo, ressuscitando dentre os mortos. Adquiriu, assim, um caráter novo e
celestial.
Se aceitou Jesus como seu salvador
pessoal e Senhor com certeza muita coisa já mudou em sua vida, todas as coisas
se fizeram novas. Uma delas é a de ter sido recebido como filho de Deus. No
sentido verdadeiro da Palavra quero dizer que você é um filho de Deus agora, recebeu
uma vida de natureza diferente. O espírito de Deus o guiará a toda verdade que
está na Palavra de Deus para que possa tomar posse de tudo o que Jesus
conquistou para si na cruz do calvário. Através de sua morte e ressurreição. Em
Cristo você é mais do que vencedor. O Senhor nos conhece desde antes da
fundação do mundo. Ele nos predestinou em amor, nos criou para as boas obras. É
isso o que diz em Efésios 2:10: “Pois
somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para as boas obras as quais Deus de
antemão preparou para que andássemos nelas”.
Somos “feitura” de Jesus Cristo e não do
diabo; esse é o sentido da palavra grega aqui traduzida como “obra”. Fomos
criados para as boas obras, elas foram planeadas para nós, e a nós apenas nos
incumbe vivê-las.
Tudo o que existe passou a existir por
meio da Palavra de Deus. Deus falou e as coisas foram criadas. Sempre que
tomarmos a palavra viva que sai da boca de Deus e nós a recebemos estamos
recebendo o próprio Deus dentro de nós, portanto, alguma coisa que não existia
passa a existir. Isso é realmente maravilhoso. Deste modo, podemos dizer que o
material que Deus usou para nos regenerar foi a Sua Palavra, e o lugar onde
fomos criados espiritualmente foi Jesus. Paulo disse que partir e estar com
Cristo é muito melhor do que continuar nessa terra amaldiçoada pelo pecado (Fp.
1:23). Ou seja, devemos viver a vida apenas como uma jornada em direção ao céu…
para a qual devemos subordinar todas as outras questões da vida. Quando fixamos a
nossa mente no céu e vemos o presente à luz da eternidade, mesmo as pequenas
escolham tornam-se tremendamente importantes.
Agora percebo que a vida não é apenas
tempo nem apenas matéria, que as minhas origens estão muito para além do acaso
e da energia, por causa d’Ele. Para mim Jesus é muito mais do que Mestre ou do
que um Modelo e Exemplo de vida. Mais do que o Mestre, o Modelo e o Exemplo,
Ele é o Salvador, o que me tirou e tira de uma vida sem sentido, vazia e
condenada à morte. Ele é a fonte da minha esperança. Acreditemos n’Ele com os
olhos abertos e com os olhos fechados. Ele abriu e abre a nossa mente muito
para além do que nós podíamos pensar por nós mesmos. Ele dilata os nossos
horizontes muito para além do que nós podíamos ver. Ele expande o nosso coração
muito para além do que nós podíamos alcançar através do nosso próprio esforço.
Ele leva-nos a sentir muito mais do que nós seria capazes de sentir contando
apenas com a nossa capacidade. Em Efésios diz que fomos criados em Cristo Jesus
– fomos feitos n’Ele. Ele é o lugar da nossa criação no espírito. Somos, de facto,
da família de Deus.
Perante Ele não é possível manter a
ideia de que a vida é um absurdo, um acidente, produto do acaso, uma viagem do
nada para o nada, sob o signo da morte, porque Ele mesmo a Si mesmo se
apresentou como a vida. Em Jesus temos a exaltação da vida. Ele é a vida. Ele
veio para que tenhamos vida e vida com abundância. Ele é o pão da vida e a água
viva que alimenta o esfomeado e mata a sede do sedento. A vida que Ele é e dá,
não se restringe ao tempo, é eterna porque é Deus.
Na criação da mulher, lá no Éden, as
Escrituras dizem que o Senhor fez cair profundo sono a Adão e, tomando uma das
costelas e fechando o lugar com carne, a transformou numa mulher. Ao ver a
mulher, Adão disse: “Esta, afinal, é osso
dos meus ossos e carne da minha carne; chamar-se-á varoa, porquanto do varão
foi tomada”(Gn. 2:23).
Deus veio e tirou Eva de Adão. Eva foi
feita de Adão. O material que Deus usou para fazer a mulher estava em Adão,
em vez de
usar o pó da terra. E quando Deus trouxe a mulher que Ele havia construído para
Adão, este ao vê-la, com certeza que vibrou, reconhecendo, que ela afinal era osso
dos seus ossos e carne de sua carne. Esse facto estabelece uma analogia linda para
o estabelecimento de criação, e formação da Igreja de Cristo, que era para ser
a noiva do segundo Adão, Jesus Cristo, pois, da mesma forma que Eva foi criada
de Adão, a Igreja foi criada em Cristo. Hoje quando Jesus olha para a igreja,
ele pode ter o mesmo sentimento de Adão e dizer: “essa afinal é osso dos meus ossos e carne da minha carne”.
No hebraico, a palavra para ‘osso’ é a
palavra “etsem”, e dois dos seus significados são: ‘essência e substância’, que
espiritualmente refere-se ao âmago de nosso ser. Ou seja, somos da mesma
essência e substância de Jesus, o nosso Senhor. O que Deus nos quer mostrar é
como os filhos d’Ele são por dentro, no espírito. Há uma natureza em nosso
interior, em nosso espírito humano, que é formada da Palavra de Deus e tem em
si a substância da Palavra de Deus. É a natureza de Deus, vencedora contra as
doenças...
4.
Permanência em Cristo
A permanência em Cristo é essencial para
a oração que agrada a Deus e consegue respostas. Tentar cultivar a oração sem
intimidade com Cristo e sem permanência Nele é como tentar cultivar palmeiras
na Sibéria. O clima está errado. Permanência quer dizer manter em harmonia a
vida que compartilhamos com Cristo, ou seja, tentar ao máximo seguir os Seus
passos e obedecer aos Seus ensinamentos; “Se
permanecerdes em mim e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que
quiserdes, e vos será feito.”
Permanecer em Jesus é essencial para
viver e frutificar. “Permanecei em mim, e
eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não
permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em
mim. Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse
dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (15:4-5). Não se trata de
duas coisas distintas: de um lado a videira, do outro, os ramos. Não! Videira
sem ramos não existe. Nós somos parte de Jesus. Jesus é o todo. Para que um
ramo possa produzir fruto, deve estar unido à videira. Só assim consegue
receber a seiva. Assim, também, Cristo provê a vida e a força de que precisamos
para uma vida de obediência, vida produtiva, e vida de oração eficiente. “Sem Ele
não podemos fazer nada”! Para produzir fruto precisamos de manter uma ligação
ininterrupta, uma relação ativa e constante com Jesus.
Essa porção do ensino de Cristo fala da
necessidade de frutificação, algo que todos os que professam fé Nele deveriam
desejar. Esta frutificação está crucialmente ligada à permanência em Jesus
Cristo; e é uma das formas de testemunhar de um verdadeiro relacionamento com
Deus no poder do Espírito Santo. É desta forma que o cristão fiel é diferido do
cristão nominal. Este capítulo traça uma linha bastante clara entre religião
cristã (marcada por certos hábitos que pretendem confirmar a fé em Cristo), e
relacionamento vital com Cristo (marcado pela prática constante de uma
dependência do Senhor e de frutificação Nele).
Assim como um ramo tira a sua fonte de
vida da videira, os crentes devem permanecer ligados a Cristo para a sua vida
fluir através deles, acendendo neles a chama ardente do desejo pelo maior dom
que podemos receber mediante a oração, que é uma experiência mais rica com o
próprio Deus, que é experimentar um relacionamento íntimo com o Senhor
Todo-Poderoso, e produzir frutos espirituais. Ou seja, nós somos a extensão de
Jesus na Terra. Este é a maior dádiva, o maior privilégio de quem é membro de
Seu Reino, e de Sua família.
Deste modo, nós precisamos
constantemente do auxílio do Espírito Santo para obtermos o entendimento de que
estamos nos trilhos com o Senhor. Nós necessitamos do poder do Espírito Santo
para a frutificação em nossas vidas. Nós devemos exercitar a salvação que o
Senhor nos concedeu e buscarmos em constante dependência e permanência em
Cristo, a frutificação que Deus Pai tanto espera. Lembremo-nos da parábola do
‘joio e do trigo' (Mt. 13:36-43). Todos os que se chamam cristãos podem até
possuir a mesma aparência, pois o joio é muito parecido com o trigo e vice-versa.
Contudo, somente o trigo pode produzir frutos, frutos estes que alimentam e
abençoam vidas e que glorificam ao Senhor. Oremos para que o Senhor no ajude
neste processo de frutificação, pois este milagre em nossas vidas é resultado
unicamente do poder do Senhor agindo em nós (2 Co. 3:5).
Paulo, debaixo desse entendimento,
colocou a Igreja como o Corpo de Cristo. Ele é a Cabeça e nós somos o Corpo. Os
ramos têm a mesma essência do caule, e o corpo tem a mesma essência da cabeça.
Paulo diz, em 1 Coríntios 6:17: “Aquele
que se une ao Senhor é um espírito com ele”. Os ramos “vivem e se movem e
têm seu ser” (At. 17:28) apenas pela vida da videira.
Permanecer em Cristo significa,
portanto, chamar a força sobrenatural da presença do Senhor e caminhar a cada
momento na liderança do Seu Espírito (Sl. 62:5). Enquanto cultivamos o nosso
relacionamento com Cristo, Ele remodela os nossos pensamentos e desejos para
que estejam em harmonia com os Dele.
A permanência em Cristo é baseada na fé,
na confiança Nele, para que nos dê força e vitória, direção e eficácia.
Significa dependência, ao invés de independência. Paz e descanso Nele no meio
das pressões e perturbações que nos assolam. Significa pensar e agir na
convicção de que é Ele quem controla, não nós ou as circunstâncias. Se
permanecermos Nele não precisamos de empurrar as coisas, nem manobrá-las num
auto-esforço frustrante. Permanecer Nele significa dizer não ao desespero e ter
a certeza de um desfecho gracioso.
Quando fomos salvos, Deus não apenas nos
regenerou e nos deu vida eterna, mas Ele nos fez um espírito com o Senhor. A
Primeira Epístola aos Coríntios diz-nos que não somente nos tornamos um
espírito com Cristo, mas que também nos tornamos membros do Seu Corpo (12:27).
Em 1 Coríntios 6:15 temos a mesma palavra. Essa passagem diz que nosso corpo é
membro de Cristo. Assim, quando um incrédulo é salvo, recebeu não apenas regeneração
e a vida eterna de Deus, mas ao mesmo tempo é unido ao Corpo de Cristo para se
tornar um membro do Corpo de Cristo. A Bíblia diz que nós somos o Corpo de
Cristo.
A Bíblia mostra que fomos criados pelo
poder criador de Deus, através da Sua Palavra, e a condição da verdade é o
nosso ‘habitat’ no espírito. Nascemos de novo e através das Sagradas Escrituras
aprendemos que Deus providenciou tudo para desfrutarmos uma vida espiritual
rica e plena; entretanto, esse potencial está sujeito a crescer, a
desenvolver-se e a amadurecer.
Quando alguém convida o Espírito Santo
para assumir e manter o controle da sua vida, está tomando uma posição para se desenvolver
espiritualmente, pois passa a receber nutrição espiritual e a viver num
ambiente que estimula o seu crescimento. Ele amadurece quando reage
positivamente à vontade do Espírito que o leva a ter experiências espirituais
mais profundas. Podemos hoje viver espiritualmente do que Deus nos diz,
exercendo a fé a cada dia, pois o justo viverá por fé (Hb 10:38). Fé é a
condição que Deus deu ao nosso espírito humano de operar n’Ele.
Tudo o que era necessário fazer para a
plena e completa restauração do homem, para entrar pela porta da fé na nova
vida em Cristo, um novo e mais elevado plano de vida, o Senhor Jesus o fez
através da Sua obra redentora na cruz e na ressurreição. Precisamos de nos
unirmos a Cristo. Há um reservatório de poder à nossa disposição, e não devemos
permanecer na escura, fria e sombria caverna da descrença, ou não seremos
alcançados pelos brilhantes raios do Sol da Justiça. Tudo está feito. A obra
está consumada, e um dos maiores trabalhos do Espírito Santo é nos conduzir,
passo a passo, para dentro da nossa herança em Jesus.
A velha natureza herdada em Adão não tem
nenhuma condição de acesso às coisas do Espírito, enquanto não for crucificada
e sepultada com Cristo (Rm. 6:6). Ela é, na verdade, contrária ao Senhor.
Porém, na nova natureza Deus colocou a fé, que é o caminho de entrada na
herança deixada para nós no Evangelho. Quando Jesus morreu, Ele abriu um novo
caminho de entrada para o homem, para se unir a Cristo (1 Co. 6:17), para ser
como Ele (1 Jo. 4:17), para dentro de Deus, onde tudo é possível.
Nós somos feitos um com Jesus, estamos
nele, e ele está em nós. Nós temos a sua natureza, o seu caráter, a sua
autoridade, o seu poder e todo Ele dentro de nós. A vida cristã é sobre vivermos
o que Deus tem realizado dentro de nós. Isso é o que Paulo queria dizer quando
ele disse: “Andai em Espírito, e não
satisfareis os desejos da carne. Andai de acordo com a vossa nova natureza.
Pensai nas coisas do alto e não nas coisas terrenas; a vossa vida está oculta
com Cristo em Deus” (Cl. 3:1-3). Sempre que Deus nos diz para fazer alguma
coisa, também é seguido pela vontade de fazê-lo. A parte 'vontade' da equação é
a nova natureza que Deus coloca dentro de nós quando nascemos de novo (Ez.
36:25-27).
Há uma herança conquistada para nós na
cruz. Quando Jesus pendurado na cruz disse: “está consumado”, Ele completou a obra. Hoje, podemos ter acesso ao
descanso que temos no Evangelho em todas as áreas das nossas vidas. Tudo é uma
questão de crermos e vivenciarmos a nossa fé no nosso dia-a-dia com a
simplicidade da criança que confia no que seu pai afirma. Se Deus diz que está
consumado, então está. Em Cristo somos perdoados, sarados, libertos,
enriquecidos... e recebemos tudo o que precisamos para servir a Deus em plena
vitória.
O amor de Deus nos mostra a provisão de
Deus. Se houver somente a necessidade sem a provisão, nada pode ser feito. Mas
se existe a provisão sem a necessidade, aquela será desperdiçada. A salvação é
cumprida e o evangelho é pregado devido aos dois maiores factos do universo. O
primeiro é que o homem pecou e o segundo é que Deus ama o homem. Estes dois factos
são imutáveis. São dois factos enfatizados na Bíblia. Se for derrubada qualquer
uma das extremidades, a salvação se perderá. Não há necessidade de que ambas as
extremidades sejam derrubadas. Uma vez que uma delas se vai, não haverá a possibilidade
de a salvação ser realizada. Deus tem o amor e o homem tem o pecado. Por haver
estes dois factos, existe a salvação e existe o evangelho.
Quando vemos a cruz, é correto dizer que
ela é a justiça de Deus. É também correto dizer que ela é a graça de Deus. A
cruz significa a justiça de Deus e ela também significa a graça de Deus. Para
Deus, a cruz é justiça; para nós, ela é graça. Hoje quando vemos a cruz, nosso
coração descansa, pois sabemos que a graça que recebemos foi recebida mediante
a maneira justa de Deus. Sabemos que a nossa salvação é clara, completa,
adequada e justa. Nossa salvação não vem mediante contrabando ou fraude. Pelo
contrário, ela vem pelo julgamento sobre o pecado. Louvado seja o Senhor! A
cruz resolveu o problema do pecado e a ressurreição confirmou que a solução é
de facto verdadeira.
O Espírito Santo em nós tem dois
aspectos. Por um lado, Deus põe Seu Espírito Santo em nós como selo para provar
que Lhe pertencemos; por outro, Deus O coloca em nós como penhor (garantia) a
fim de que possamos saber que tudo o que Ele nos dá é garantido. Qualquer
pessoa pode ver que esses dois aspectos são diferentes. Por um lado, o Espírito
Santo faz com que Deus saiba que pertencemos a Deus; por outro, o Espírito
Santo faz com que saibamos que pertencemos a Deus. Já vimos o Espírito Santo
como o selo, agora queremos vê-Lo como o penhor.
5.
A bênção do
Senhor Enriquece
Tenho pena de quem não consegue se
libertar das assolações de Satanás. Ele adora distorcer tudo, fazer com que o
ser humano se enfie num poço de vergonha e ainda quer fazer as pessoas
acreditarem que com ele estão no melhor caminho. Não sei como ele conseguiu
convencer um terço dos anjos do céu a seguirem-no para o inferno. E o pior é
que ainda hoje, ele consegue convencer muito de que Jesus não é o melhor
caminho para uma vida abundante e completa.
Só há uma forma de vencermos as
baixarias de Satanás na família, no emprego, na vida financeira, na vida
espiritual, enfim, em todas as áreas da nossa vida: é fazer do Deus altíssimo o
protetor das nossas vidas e de tudo o que nos pertence.
A Bíblia é categórica ao ensinar que o
povo cristão é um povo abençoado. Fomos abençoados com todas as bênçãos
espirituais em Cristo Jesus (Ef. 1:3). Portanto, ser próspero segundo o
planeamento de Deus é muito mais do que semear sementes financeiras no seu
Reino; é abraçar um estilo de Vida e praticar uma devoção sincera e contínua a
Deus. As sementes financeiras fazem parte desse contexto e precisam de ser
semeadas por pessoas em devoção e comportamento pautado pelos princípios da
palavra de Deus. Dessa forma haverá plena e total prosperidade e o desejo do
apóstolo João sobre a vida de Gaio torna-se uma realidade concreta sobre todos
os crentes: ” …desejo que te vá bem em
todas as coisas, e que tenhas saúde, assim como bem vai a tua alma” (3 Jo.
2).
No Salmo 91 Deus diz que aquele que faz
dEle o seu refúgio será guardado pelos Seus anjos, a violência não chegará
perto da sua casa, seus pés não serão feridos nas pedras.
Este texto me alegra muito, porquanto
podemos estabelecer um padrão a respeito do que é e do que não é bênção do
Senhor, porque quando é bênção do Senhor o resultado tem que ser
enriquecimento, de qualquer natureza, mas sem que haja desgosto, outra tradução
diz: “não traz consigo dores”. Sendo
assim, podemos entender que esse enriquecimento não é aquele trazido pelo
sofrimento como muitos poderiam sugerir. Basta que exerçamos a fé e nos
apropriemos da bênção.
Quando Cristo nos prometeu salvação, ele
nos prometeu uma salvação total e completa, em todas as áreas das nossas vidas,
seja ela sentimental, material ou espiritual. Fomos comprados na cruz, libertos
na cruz, abençoados na cruz, curados na cruz, perdoados na cruz, resgatados do
reino das trevas e trazidos para o reino da luz, somente por isso já teríamos
motivos de sobra para crer no poderoso amor de Deus. Crer no poder da cruz, é
crer no poder sobrenatural desse amor de Deus, é crer que somos o que somos
porque Ele nos amou.
O texto de Efésios 1:3 garante-nos que
Deus já nos abençoou com toda a sorte (tipo) de bênção (discurso de
prosperidade). Ora, isso quer dizer que seja lá qual for a bênção que almejamos
alcançar, a boca de Deus já liberou a Palavra necessária para que isso se
manifeste em nossa vida. Sua Palavra não volta vazia (Is. 55:11), pelo
contrário ele mesmo vela para cumprir a sua Palavra (Jr. 1:12). A palavra de
Deus vem para realizar o que lhe agrada e para progredir em todo o propósito
para a qual Deus a enviou.
Nosso Deus é um Deus de bênçãos e não de
maldições. É um Deus de paz e alegria e não de conflitos e tristeza. O Senhor
quer nos estabelecer como filhos e filhas benditos e abençoados na face da
Terra, como objetos do Seu louvor onde estivermos. Infelizmente,
muitos estão na Igreja de Jesus reclamando constantemente da vida, declarando
que eram mais felizes e viviam melhor quando não estavam na Igreja, quando
estavam afastados de Jesus. Contudo, é impossível que a presença de Jesus traga
infelicidade e dores à vida de alguém.
Servir a Deus é algo muito prazeroso
mesmo! Não estou dizendo que não há lutas e provações. Sim, elas existem e,
volta e meia, estamos envolvidos em alguma prova de nossa fé. Porém, isso não
significa que estaremos frustrados e sobrecarregados na obra de Deus, que
barganhemos com Deus, e queiramos que ele nos atenda no nosso tempo. Sim, há
momentos de lágrimas, durante os quais o Senhor compartilha um pouco connosco o
peso do Seu coração; porém, o sentimento íntimo de satisfação por estar fazendo
a vontade de Deus é algo simplesmente incomparável! Afinal, Cristo é a nossa
condição aqui na terra, Ele é a nossa habitação celestial para vivermos.
É verdade que o Senhor nos diz que neste
mundo teremos aflições, mas que também deveríamos ter bom ânimo, pois, como
Ele, venceríamos o mundo (Jo. 16:33). Também é verdade que Ele veio para nos
colocar por cabeça e não por cauda e para nos dar vida, e vida em abundância!
(Dt. 28:13; Jo. 10:10). Por isso, de certa forma, poderíamos dizer que é
inconcebível que alguém possa, ao mesmo tempo, estar com Cristo e com a
maldição, ou que, em sendo abençoado por Deus, esteja sofrendo.
Servir a Deus é lançar sobre Ele a nossa
ansiedade, e crer que Ele tem cuidado de nós. Soltemos o controle de nossas
vidas, porque já que temos controlado até hoje e nada tem dado certo, o que nos
resta é confiar na soberania de um Deus que não vemos mas que sabemos que existe,
por suas marcas em nossa vida, por suas marcas na história, por suas pegadas e
seu rasto que não nos deixa em duvida acerca de quem nos tem sustentado. Solte
o controle da sua vida nas mãos do mestre, Ele sabe como parar a tempestade, e
simplesmente creia, que pelo poder desse amor, pode chegar muito mais longe do
que tem chegado, e receber essa bênção, desse Deus que nunca nos pedirá nada em
troca por nos amar incondicionalmente. A obra que Deus planeou para que viva
aqui na terra terá todo o respaldo d’Ele e, saiba de uma coisa, a missão que o
Senhor tem para si aqui será recheada de muita alegria e contentamento no
Espírito Santo. As Escrituras dizem (Pv. 10:22): “A bênção do Senhor enriquece, e, com ela, ele não traz desgosto”.
Nosso Deus, através de Cristo Jesus, nos
introduziu no caminho da bênção, da conquista e da vitória, jamais da maldição,
do fracasso, da perda. Não é por meio dEle que chegamos às dores e à maldição,
senão por nós mesmos. A bênção e a maldição estarão sempre diante de nós e
viver uma ou outra é opção nossa, mas a opção de Deus é sempre a bênção para
seus filhos e filhas (Dt. 30:19).
Há um caminho para a bênção e outro para
a maldição e a escolha do caminho será sempre nossa. Um caminho estreito,
difícil, mas com um fim glorioso, de grande bênção e satisfação. A palavra do
Senhor nos revela que tanto a bênção como a maldição é oferecida por Deus
diante de nós, dando-nos a plena liberdade de escolha, e não há mistério nenhum
nisso. Ensina-nos que para vivermos em paz, para recebermos as suas bênçãos
aqui na terra e nos dias futuro a vida eterna, a única coisa que precisamos
fazer é ouvir a sua voz, guardar os seus mandamentos e segui-lo. Dependendo dos
princípios que sustentam a nossa caminhada, poderemos enveredar por um ou por
outro caminho. Se cremos em Jesus, que é o caminho para a vida, passamos do
caminho largo para o caminho estreito, que é o caminho da obediência e que
conduz à vida.
A única coisa que Deus espera de si é
que creia e se achegue a ele e receba de graça a paz que dura para sempre, e
tudo o mais que Ele conquistou para si na cruz do calvário. Olhe com atenção o
que está escrito em 2 Coríntios 8:9: “Porque
já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, por amor de vós
se fez pobre; para que pela sua pobreza enriquecêsseis”.
Todo o nosso relacionamento com o Senhor
é por fé, e é justamente esta fé que nos introduz e consolida nos planos
eternos e perfeitos de Deus (leia Rm. 1:17; Hb. 11:3 e 6). As bênçãos do Senhor
nos alcançam pela nossa fé neste Deus que nunca falha, porque é Perfeito em
toda a Sua essência. Quando de facto cumprimos todas as condições descritas na
Sua santa Palavra, o Senhor nos promete que todas as bênçãos nos alcançarão. Se
elas nos alcançarão, isso nos mostra que nós estamos correndo mais rápido e no
mesmo sentido delas. Então é nisso que nós devemos colocar os nossos olhos, é
na bênção de Deus, porque se temos a bênção do Senhor, vamos prosperar, a tempo
ou fora de tempo. Em tempo de crise ou em tempo de abundância, vamos ter sempre
o nosso quinhão. E não é só isso, vamos ter alegria, vamos ter paz e capacidade
de gozar a prosperidade que temos. E a Bíblia diz que isso é dom de Deus.
Muitos simplesmente não recebem as
bênçãos de Deus por causa da incredulidade que os visita e afasta do é possível
de Deus. Em Hebreus 11 vemos que foi pela fé que nossos irmãos do passado
entraram no território da bênção e da providência de Deus. Fé no Senhor é a
base principal para nosso relacionamento com Ele.
Em Cristo, todos os propósitos de Deus a
nosso respeito se cumprem, as bênçãos de Deus nos alcançam. Ter um propósito
firme é fundamental para o nosso sucesso. Em Cristo, somos mais que vencedores,
somos feitos filhos do Deus vivo, somos salvos da condenação eterna, vencemos o
maligno, a carne, o mundo, o pecado e somos libertos, curados, prósperos e nos
tornamos autoridades espirituais na Terra, isto é: agentes proféticos de
mudanças, ungidos e comissionados por Deus para atrairmos a Sua glória e
manifestarmos o Seu poder entre os homens. Se não entrarmos em aliança com
Deus, jamais veremos cumpridos em nossas vidas os Seus propósitos eternos.
Ao ficar pobre lá na cruz, o Senhor
Jesus liberou toda a sua riqueza para nós. Fomos enriquecidos em Jesus. Em
todas (mas todas mesmo) as áreas das nossas vidas.
Temos uma herança em Jesus. Não existe
nenhuma situação adversa que esteja passando que Jesus já não tenha vencido por
si na cruz do calvário. Saiba com toda a certeza e convicção: Jesus já venceu
essa exata situação que talvez esteja vivendo hoje.
Louvado seja o Nome do Senhor! Linda é a
nossa herança no Evangelho, pois no reino de Deus o Senhor preparou tudo o que
precisamos para viver em vitória. Não é suficiente ter um grande computador de
última geração, se não tiver o programa que faz a máquina operar. O nosso
espírito humano hoje, pela operação do Espírito e da Palavra, está habilitado a
receber a Verdade de Deus e a operar nela, assim como quando eu instalo um
programa no meu computador e ele pode então operar aquele programa específico.
Nosso espírito humano está habilitado a receber e a operar na Verdade de Deus,
através da obra redentora de Jesus na cruz. E a fé é o ambiente da nova
natureza. Quando recebemos a Palavra de Deus em nosso íntimo podemos nos lançar
nela, pelo exercício da nossa fé. Podemos viver na dimensão da nova natureza em
Jesus pelo nosso andar no Espírito Santo.
6.
Só Há Duas
Maneiras de Viver
Em toda a Palavra o Senhor trabalha para
fazer uma distinção clara entre a vida no Espírito e a vida na alma. As
Escrituras começam por nos apresentar, no primeiro versículo, dois níveis de
vida. Ela começa assim: “No princípio,
criou Deus os céus e a terra” (Gn. 1:1).
Podemos viver na dimensão celestial ou
na dimensão terrena. A dimensão da alma e a dimensão do Espírito são totalmente
reais e tangíveis em nosso viver diário. Ambas são alcançadas pela escolha que
fazemos. Portanto, a dimensão onde viveremos é escolha de quem nasceu de novo.
Há duas maneiras de viver. Isso se tornou possível depois da obra redentora de
Cristo. Podemos viver na dimensão da alma ou na dimensão do Espírito. E isso em
todas as áreas das nossas vidas. De acordo com o apóstolo Paulo em Romanos 8:13
podemos viver na dimensão celestial, “se
pelo Espírito mortificardes os feitos do corpo, certamente vivereis”, ou na
dimensão terrena, “se viverdes segundo a
carne, caminhais para a morte”.
Porque, enquanto estivermos neste mundo,
teremos sempre necessidade do uso de nossa mente, e de expressar nossos sentimentos
e emoções, e também de fazer um uso apropriado da nossa razão, que são
faculdades da alma, uma vez que enquanto permanecermos neste corpo de carne e
sangue, necessitaremos de usar a nossa mente para ajudar o espírito. Não a
mente natural e corrompida que herdamos de Adão, mas a mente renovada pelo
Espírito Santo e pela Palavra de Deus.
Se a vida eterna, a vida que Deus
planeou desde antes da fundação do mundo, para o homem, depende da habitação do
Espírito Santo no homem, e da plena comunicação do homem com o Espírito de
Deus, então, a conclusão lógica é que não haverá nenhuma vida onde Cristo não
estiver habitando pelo Espírito.
A ênfase de Paulo nessa carta é que esse
povo exclusivo, que é a Igreja de Jesus Cristo, tenha uma vida santa e piedosa,
para que Deus se manifeste ao mundo através de Cristo em nós. Podemos ter a certeza
de que Deus tem muitos planos maravilhosos para a nossa vida, porque Ele nos
escolheu para sermos parte de um povo especial e frutífero, através de quem Ele
se manifesta ao mundo.
No capítulo dois Paulo mostra os padrões
para viver como Cristo, e diz que isso envolve humildade, amor e igualdade: “Nada façais por partidarismo ou vanglória,
mas por humildade, cada um considerando os outros superiores a si mesmo”
(Fp. 2:3). Paulo não estava falando sobre timidez ou baixa estima, mas sobre um
tipo de amor altruísta e sobre a humildade que encoraja outras pessoas.
Pois ser cristão é viver na dimensão
celestial, na dimensão da eternidade. Jesus deixou claro que é possível viver numa
dimensão espiritual totalmente conectada ao Pai e ao Espírito Santo, sendo
assim, cabe a nós vivermos a nova identidade como filhos de Deus, assim o
sobrenatural será algo natural em nossas vidas.
Investir, porém, nas coisas invisíveis e
espirituais, é investir para a eternidade. Jesus diz que devemos ajuntar
tesouros lá no céu, pois o céu é a nossa origem e o nosso destino. O céu é o nosso
lar e a nossa pátria. Nosso Senhor está no céu. Muitos dos nossos irmãos já
foram para o céu e nós, que fomos remidos e lavados no sangue de Jesus estamos
a caminho do céu. Lá está o nosso tesouro. Lá está a nossa herança. É lá que
devemos investir o melhor do nosso tempo e dos nossos recursos. Atentar apenas
nas coisas que se veem e que são temporais é viver sem esperança no mundo; mas
buscar as coisas que os olhos não veem nem as mãos apalpam é viver na dimensão
da eternidade, com os pés na terra, mas com o coração no céu!
Antes do novo nascimento, não tínhamos
opção; estávamos mortos espiritualmente, e a Palavra do Senhor não podia nos
estimular no espírito como ela nos tem estimulado hoje. Antes que o Evangelho
entrasse em nós, o nosso espírito humano estava apagado, morto, sem a vida de
Deus. A nossa única opção era a vida da alma, e o natural era a nossa vivência
diária.
A velha natureza, ligada ao primeiro
Adão, é cega, perdida, e está irremediavelmente caída e mergulhada nas trevas;
só através do novo nascimento nos libertamos do poder da velha natureza. Mas em
Cristo tudo mudou! Ele é tudo em nós; estamos revestidos d’Ele. Ele é a nossa
condição! Como precisamos de entrar numa vida no Espírito para que a nossa alma
seja ganha para a Verdade! Como está escrito: “A lei do Senhor é perfeita e restaura a alma” (Sl. 19:7).
É possível que a nossa alma fique salva
do poder da velha natureza, mas só uma vida no Espírito Santo nos levará a essa
condição. Jesus disse: “É na vossa
perseverança que ganhareis a vossa alma” (Lc. 21:19).
Em Génesis vemos duas árvores
extremamente representativas: A árvore do conhecimento do bem e do mal –
representando a vida da alma – e a árvore da vida – representando uma vida no
Espírito. Esse padrão segue em vários lugares da Palavra de Deus de uma maneira
muito clara. Caim e Abel, Ismael e Isaque, Esaú e Jacó. Todas essas pessoas são
sombras que apontam para o facto de que podemos viver na alma ou no Espírito.
Hoje, pelo novo nascimento, podemos escolher uma vida em Deus, e não uma vida
na carne. A opção é nossa em Cristo Jesus, ou seja, pela graça que nos foi dada
n’Ele.
A nova criação, suprema esperança de
todos os redimidos, é o último ponto a que o Evangelho nos conduz. Logo será
vista concretizada no céu; mas nós já temos o privilégio de formar parte dela
espiritualmente.
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