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segunda-feira, 12 de março de 2012

Em suas Dificuldades, Precisa do Socorro de Deus

Lança sobre Jeová a tua carga, e ele te sustentará” (Sl. 55:22).
Que palavra maravilhosa, que Deus nos está mandando!
Neste Salmo, o grande Poeta Davi estava pedindo livramento a Deus acerca dos seus inimigos, pois era o que ele mais tinha!
Quantos de nós já passamos por situações de extrema angústia. Momentos de dificuldades que fogem da nossa vontade e controle? Muitas enfermidades físicas e psicossomáticas são causadas pela ansiedade. A carga é uma carga pesada - é a carga da dor, da doença, da fadiga, da miséria, do remorso, da passagem por desertos e de noites escuras que nunca amanhece ou das mil preocupações da existência.
O pior é que a ansiedade é pecado. O Senhor nos adverte sobre a ansiedade em sua palavra, porque quer nos poupar de enfermidades e sofrimentos desnecessários. Quando ficamos ansiosos é como se estivéssemos inconscientemente dizendo para Deus: se eu estivesse em seu lugar agiria de forma diferente. Porém, devemos aprender que a nossa ansiedade não antecipa os planos de Deus. São tantas as nossas cargas! O que faremos com as que nos oprimem? Então, o que podemos fazer para vencer este pecado?
Nas aflições da vida não adianta ficarmos desesperados, com depressão, chorando pelas ruas, contando aos vizinhos as nossas lutas, porque eles nada podem fazer a não ser criticar, zombar atrás das nossas costas e sentir pena! Por isso, o salmista que sabia que somente Deus pode nos socorrer, ao nos aconselhar a lançarmos o fardo sobre o Senhor, está nos lembrando de que Deus não apenas cuida de nossas necessidades, ansiedades, cuidados, preocupações... que nos fazem perder o equilíbrio e são buracos na estrada que levam os cristãos a tropeçarem, mas que também nos vê como pessoas valiosas, dignas de receber seu apoio e ajuda.
Lancemos sobre o Senhor do céu e da terra o nosso fardo e Ele orientar-nos-á acerca do que fazer com os nossos cuidados, as nossas preocupações. Ele, que nos criou, sabe bem qual é a nossa estrutura, por isso a Sua Palavra aconselha-nos a não estarmos inquietos por coisa alguma (Fp. 4:6a). Ora, todas as orientações divinas devem ser levadas a sério. Devemos, obedecer ao nosso “Fabricante”, nosso Criador, pois quem agir desse modo terá bom êxito em qualquer situação.
Há pessoas que procuram esquecer a carga nas distracções e nos prazeres oferecidos pelo mundo. Só que passada a hora de distracção, a carga parece mais pesada do que nunca. Outros atiram-na fora, fogem para longe de seu peso. Mas este sistema também não funciona. Uma carga é inevitável, e se dela nos desembaraçamos antes de cumprida a sua missão, outra bem mais pesada nos será imposta.
Certamente carregam outros as suas cargas; fazem-no, porém, murmurando, levam-nas como rebeldes. Não é melhor este sistema do que os procedentes. Rebeliões e murmurações jamais aliviaram alguém, antes, exasperando mais e mais o carácter, formam pouco a pouco outra carga mais insuportável do que a primeira.
Outros atiram o fardo sobre os ombros de seus amigos. Mas esses ombros, mesmo quando voluntariamente oferecidos, cansam-se tão depressa! Querem outros levar a carga a sós, completamente sós, em orgulhosa mudez, na solidão do seu desespero. Infelizes! O peso dela os esmagará! É um preço demasiadamente caro a pagar por não dar atenção às ordenanças do Senhor.
Que fará da sua carga que o esmaga? Hesitará porventura diante do suave convite que o Senhor Lhe dirige? Interrogue o passado! Não tem Deus já amparado os seus vacilantes passos? Não o tem sustentado com a sua poderosa mão? Os espinhos, arranhões e indignidades, as desconsiderações e calúnias que sofremos na vida, longe de nos ferir, de nos tornar endurecidos de coração, longe de nos tornar a vida bela ou mais miserável, devem ser colocados inteira e completamente nas mãos do Senhor. Lance sobre Jeová a sua carga e ela tornar-se-á em nada, ele o sustentará! Ela estará sobre Ele e não sobre si. Será sustentado de tal maneira que a carga será uma bênção. Leve o assunto ao Senhor e se manterá de pé sob esse peso que, em si mesmo, o aniquilaria.
Não há sacrifício mais agradável a Deus do que um coração contrito, nem oferta mais preciosa que um espírito quebrantado. Seria impossível calcular todos os muros já edificados, todas as Jerusaléns já abençoadas, todas as congregações já despertadas, todos os avivamentos já alcançados por homens e mulheres pecadores, que pelo poder do amor de Deus, saíram do poço e foram reintegrados no claro esplendor do perdão e do favor divino. A Bíblia nos diz que “perto está o Senhor dos que têm coração quebrantado; e salva os que têm espírito esmagado”. Deus não despreza “um coração quebrantado e esmagado”, mas promete “reavivar o espírito dos humildes e... o coração dos que estão sendo esmigalhados” (Sl. 34:18; 51:17; Is. 57:15).
O nosso principal temor é que a nossa prova nos desvie da senda do dever; isto, contudo, o Senhor nunca o permitirá. Se somos justos diante dEle, o Senhor não permitirá que a nossa aflição nos mova da nossa posição. Em Jesus, Ele aceita-nos como justos, e em Jesus, Ele nos conservará assim.
Ele tem tantos meios à sua disposição para sustentá-lo! Pode sustentá-lo tirando a carga dos seus ombros, ou dando-lhe forças para levá-la, ou iluminando-o com a sua luz, fazendo-o compreender as suas razões ocultas, constrangendo-o, assim, a dar o devido valor ao misterioso benefício da sua cruz. Lance sobre o Senhor a sua carga. Jamais somos desamparados! Temos sempre a segurança de um Advogado junto à Divina Presença! Nunca somos deixados à mercê de nossos inimigos! Somos abrigados com segurança nas horas de tribulação! Salmos 37:23-25; 68:1-6, 19.
A receita é, que confiemos no Senhor, haja o que houver na vida, surjam curvas ou encruzilhadas de perplexidade, nele nos deliciemos, deixemos a seu cargo o fardo de direcção da nossa vida, descansemos consolados e confiantes nele, esperemos pacientemente, sem inquietação ou ansiedade, a plena realização dos planos de Deus em nossa vida, certos de que, no término da carreira, ele não só está presente, mas nos terá preparado com suas próprias mãos de amor uma casa que alegrará eternamente o nosso coração.
Agora para todos quantos entregam o seu caminho ao Senhor e põem nas mãos dele a direcção de sua vida, não faltará nunca a fé, a confiança a esperança e a expectação. Cada dia, então, se desenrolará diante de nossos olhos, com a mesma porção de surpresa, de aventura e de factos desconhecidos, dando-nos cada vez mais a plena consciência de que estamos confiando naquele que conhece todo o caminho, que conhece bem a nossa estrutura, que nos ama entranhadamente, que tem um programa para a nossa vida, e que está realizando o seu propósito através desse programa.
A preocupação é um sinal de medo e o medo não é fé: “O medo produz tormento” (1 Jo. 4:18), e a falta de fé pode ser uma coisa terrível e assustadora, pois, faz-nos duvidar da bondade de Deus, e assim o nosso amor por Ele se esfria; faz-nos sentir desconfiança, e com isso afligimos o Espírito de Deus, de modo que as nossas orações tornam-se impedidas; nosso exemplo consistente, desfigurado; e nossa vida, egoísta. Portanto, a falta de confiança em Deus leva-nos a afastar-nos dele; mas se, por meio da simples fé e confiança em Deus e em Sua promessa, lançarmos sobre Ele cada fardo que nos chega, e não temos cuidado de nada, uma vez que Ele assume o cuidado por nós, mantemo-nos mais próximos dele e somos fortalecidos contra muita tentação. “Tu, Senhor, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque ele confia em ti” (Is. 26.3). Isso dá-nos uma sensação de descanso físico, paz de espírito, satisfação interior e bem-estar espiritual. É a fé que faz com que não nos preocupemos. É a fé que afasta o medo. Jesus disse: “Não se turve o vosso coração, credes em Deus, crede também em Mim” (Jo. 14:1). O começo da fé é o fim da preocupação! Se estiver confiando no Senhor, naquele que é amor, que é a fragrância que emana do Paraíso, sabe que Ele vai cuidar de si e não tem que se preocupar com nada, e que nunca será envergonhado, neste ou em outro mundo qualquer.
Não podemos realizar a obra enquanto estivermos curvados pelo desgaste provocado pela ansiedade e preocupações. Entregue tudo ao cuidado do Senhor, porque com o sustento divino, cumprirá a sua missão com sucesso. Que nenhuma carga quebre o descanso sabático do seu coração (Ne. 13:19). Quem quer, de facto, vencer o mal deve cumprir a receita divina: levante-se com fé sobre o que diz a Palavra de Deus, e a sua libertação será uma viva realidade. Deus sabe por que nos orienta a agirmos assim!
“Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, de amor e uma mente sã” (2 Tm. 1:7). Portanto, entregue o seu caminho, a sua vida, a sua mente, os seus pensamentos, o seu tempo e tudo ao Senhor! “Lance o seu cuidado sobre o Senhor e Ele o susterá” (Sl. 55:22)! Os ombros d’Ele são largos o bastante para levarem qualquer carga!
Dai crédito à palavra de Deus, dizendo: Ele me ama; deu a vida por mim; e Ele me salvará. …Olhai para fora de vós mesmo, para Jesus. Abraçai-O como vosso Salvador. Cessai de lamentar vossa situação desamparada pois onde o amor foi crucificado, havia um jardim; onde há amor, os desertos florescem como a rosa. Olhando para Jesus, autor e consumador de vossa fé, sereis inspirados pela esperança e vereis a salvação de Deus. Quando vos sentis tentados a lamentar-vos, forçai os lábios a proferir os louvores de Deus. “Regozijai-vos, sempre, no Senhor” (Fp. 4:4). Maravilhai-vos porque estais bebendo de fontes da eternidade! Não é Ele digno de louvor? Então ensinai vossos lábios a falar de Sua glória e a engrandecer o Seu nome... Busquemos decididamente tudo o que é verdadeiro, justo, puro e amável.
Hoje o Senhor vos diz: Não desanimeis, mas lançai sobre Mim os vossos fardos. Não podeis carregar vossos pecados. Eu os tomarei todos. ... Se confiardes em Mim, nenhum bem vos faltará. ... Aleluia!

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