“Nada
acrescentareis à palavra que vos mando, nem diminuireis dela, para que guardeis
os mandamentos do Senhor vosso Deus, que eu vos mando” (Dt. 4:2).
Após 340 anos de escravidão no Egito, Deus liberta Seu
povo através do Mar vermelho. Israel viajou até ao monte Sinai, uma jornada de
mais de dois meses (19:1).
Chegando ao monte Sinai o povo acampou diante dele.
Moisés subiu ao monte para se encontrar com Deus. Ali Deus informou-o que
entraria numa aliança com Israel para que este se tornasse propriedade sua
entre todos os povos. Deus anunciou a condição: “Se diligentemente ouvirdes a
minha voz, e guardares a minha aliança” (19:5).
A aliança do Sinai é um momento decisivo na história da
revelação. Não pode ser compreendida a não ser à luz de todo o processo
histórico, cuja meta e acabamento ela constitui. Javé, que provara a Israel o
seu poder e a sua fidelidade livrando-o do domínio egípcio, pela Aliança, faz
desse povo sua propriedade e torna-se chefe da nação.
1.
Os Elementos Desta Aliança
A promessa de Deus. - Ex. 19:5, 6.
O Êxodo menciona muitas alianças,
mas refere-se geralmente, de modo direto ou indireto, àquela que foi concluída
no Sinai. Ela encontra-se no centro de numerosas passagens proféticas.
A passagem das Escrituras
leva-nos à aliança de Deus com o povo de Israel, no Monte Sinai. Os versos de
Êxodo 19 começam a contar a história sobre como a aliança foi dada ao povo. Israel
é convidado a um relacionamento especial com Deus, descrito por três fases: uma
propriedade peculiar dentre todos os povos, um reino de sacerdotes e uma nação
santa. Israel deve ser separada de todas as outras nações para o serviço de
Deus, assim como os sacerdotes eram separados dos outros homens. Como
sacerdotes, deveriam ter uma qualidade de vida comparável à santidade da
aliança que faziam com Deus. Israel aceita o convite para entrar em aliança com
Javé, afirmado solenemente: “Tudo o que o Senhor falou, faremos (v. 8).
Já o capítulo 24 narra como se
confirmou por Deus e por seu povo. A aliança é rectificada por uma cerimónia
solene. Aqui, o juramento é reafirmado, sendo sancionado por um sacrifício e
pela aspersão de sangue, para lembrar que o valor da aliança é de vida ou
morte.
Os primeiros dois versos do
capítulo 19 ajudam-nos a determinar o contexto histórico desses eventos. Três
meses depois de o Senhor libertar seu povo do Egito, os israelitas não eram
mais escravos de seus captores anteriores. Eles eram, agora, livres para
escolherem o seu próprio estilo de vida. Este era, então, um momento oportuno
para Deus lhes mostrar o estilo de vida que desejava para eles. O leitor sábio
perceberá que Deus conduzia o seu povo às bênçãos e a uma intimidade com o
criador. Também é possível ver esta aliança de Deus como o cumprimento da
aliança do Senhor com Abraão.
As palavras de Deus, em Êxodo 19:3,
servem como um preâmbulo para a aliança do Sinai. Deus estava chamando Moisés
para a tarefa de comunicar a sua aliança ao seu povo. O verso 4 contém as
primeiras palavras que Moisés diria aos israelitas. Tais palavras divinas
recordaram o povo da situação deles há tempos. Elas também desafiaram-no a se
lembrar de como Deus os tinha libertado daquela terrível escravidão, e de como
o trouxera para estar com ele. O começo do verso 5 dispôs a demanda de Deus de
completa obediência a ele para que a aliança fosse mantida. A conclusão desse
trecho e o começo de verso 6 esboçam as bênçãos da aliança que os israelitas,
se escolhessem obedecer, receberiam - seriam o povo especial de Deus.
Finalmente, os versos 7 e 8 mostram que o povo, no Sinai, aceitou a aliança de
Deus. Fez a promessa de obedecer ao Senhor, e Moisés comunicou isso a Deus.
Vamos dar uma olhada mais
detalhada nas bênçãos desta aliança, como listadas em Êxodo 19:5-6.
Primeiramente, o verso 5 diz que, se os israelitas obedecessem fielmente a
Deus, seriam a sua propriedade peculiar. Deus acentuou a ideia de que havia
muitas nações, dentre as quais poderia ter estendido esse favor, mas seu desejo
era honrar apenas uma nação: Israel. O que o motivou a fazer isso? Por que
escolheu Israel, excluindo todas as outras? Deuteronómio 7:7-9 ajuda-nos a
entender a questão: “O Senhor não se afeiçoou a vós, nem vos escolheu porque
fosseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os
povos, mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a
vossos pais, o Senhor tirou-vos com mão poderosa e resgatou-vos da casa de
servidão, do poder do faraó, rei do Egito. Saibam, portanto, que o Senhor, o
vosso Deus, é Deus; ele é o Deus fiel, que guarda a aliança e a misericórdia
até mil gerações aos que o amam e cumprem os seus mandamentos”. Foi, portanto,
o amor especial do Senhor por Israel que o levou a escolhê-lo como sua
possessão peculiar.
Acompanhando o fim do verso 5 e do
6, vemos um componente do propósito da escolha de Deus: “Embora toda a Terra
seja minha, vós sereis para mim um reino de sacerdotes...” Essa é a segunda
faceta da bênção dessa aliança. Percebendo que um sacerdote serve como um ponto
de conexão entre Deus e a humanidade, somos relembrados da aliança de Deus com
Abraão: o povo escolhido de Deus tornar-se-ia uma bênção para o resto da
população do mundo (Gn. 12:3). Pelo povo de Israel, então, o Senhor alcançaria
o restante da humanidade!
A promessa era que a nação de Israel
seria separada à parte das demais nações, seriam para Deus uma nação santa.
Esse seria um desenvolvimento adicional da primeira bênção: Israel seria a
possessão peculiar de Deus. O termo hebraico, traduzido por “propriedade
peculiar” (v. 5), fala de um objeto que, diferente de uma propriedade real,
pode ser movido de um lugar para o outro. Através dessa imagem, podemos
entender melhor que Deus - de facto - separou os israelitas. De certo modo, ele
estava “movendo” o seu povo de uma localização regular para uma especial,
santa. E podemos ver a nova localização como sendo uma mais próxima ao coração
de Deus: estava, portanto, atraindo o seu povo para si.
É importante observar, no verso 6, como era plano de Deus
tornar toda a nação num reino de sacerdotes e não apenas uma das tribos de
Israel. A idolatria da nação tornou necessária a separação de uma tribo e uma
família para exercer as funções sacerdotais.
A resposta de
Israel – Êx.
24:7, 8.
Aparecem aqui dois elementos especificamente mencionados
sobre os quais mais tarde se falará com pormenores: o livro da aliança e o
sangue da aliança.
Após a aliança ter sido dada ao
povo de Deus, no Monte Sinai, ela foi confirmada por Deus e por seu povo. Os
versos de Êxodo 24 mostram como isso aconteceu. É interessante notar o papel do
sangue nesse processo de confirmação. O sangue veio dos animais sacrificados no
altar construído por Moisés, ao pé do Monte Sinai. Ele aspergiu metade do
sangue ali, e a outra metade sobre o povo. Tem sido dito que essa divisão
sanguínea sublinha dois aspetos. Primeiramente, o aspergido no altar era um
sinal de que Deus aceitara a oferenda e, portanto, perdoara as transgressões
dos israelitas. E, em segundo lugar, o aspergido sobre o povo era um sinal do
juramento de sangue que as pessoas estavam fazendo. Essa jura foi confirmada
por eles, verbalmente, nos versos 3 a 7. Todavia, ser borrifado pelo sangue era
uma confirmação mais visceral dessa promessa!
Outro sinal interessante foi a
manifestação de fogo vindo do céu, autenticando que o sacrifício oferecido
tornou o povo aceitável de Deus. Ambas as alianças referem-se ao
estabelecimento de um relacionamento de Deus com seu povo em santidade e amor.
A Aliança do Sinai era com os descendentes de Abraão segundo a carne, sob o
signo da circuncisão e a observância estrita da lei. A Nova Aliança no sangue
do Cordeiro é com os que se assemelham a Abraão em sua fé, sob o manto da graça
transbordante de Yahweh. A segunda tornou sem efeito a primeira, pois é
perfeita e eterna.
Tanto a aliança do Sinai como
a do Calvário foram firmadas com sangue. Naquela, de animais. Nesta, o de Jesus
Cristo, autor e consumador da salvação de todos os que Nele creem e aguardam na
esperança da ressurreição.
Isso constrói a noção da Ceia do
Senhor para os cristãos. Normalmente, durante o ato da ceia, o ministro que
está oficiando desafia-nos a reafirmar nosso próprio juramento a Deus, como
mediado por nossa aceitação do sacrifício de Jesus por nós. Além disso, a
cerimónia deveria recordar-nos que Deus também aceitou completamente a Cristo
como um sacrifício digno. Outro aspeto é este: nossa obediência a Deus, nossa
habilidade para obedecer à sua lei, só é possível pelo sacrifício do seu filho
por nós. É esse sacrifício que nos traz o perdão de nossos pecados e, então,
liberta-nos da escravidão do pecado. É o sangue de Jesus Cristo que estabelece
e mantém nossa aliança com Deus.
As exigências desta
aliança - Êx.
20:1-17.
Deus chama Moisés ao cume da montanha para receber um
conjunto de tábuas de pedra contendo as leis e instruções adicionais.
Então Deus dá a Moisés instruções para construir um
tabernáculo no qual Deus poderá dormir permanentemente entre os hebreus, assim
como instruções para as vestimentas dos sacerdotes, o altar e seus pertences, o
ritual a ser usado para ordenar os sacerdotes, e os sacrifícios diários a serem
oferecidos. Arão é escolhido como o primeiro sacerdote. E todos os futuros
sacerdotes deveriam vir de sua linhagem. Então Deus dá a Moisés as duas tábuas
de pedra com as instruções, as quais foram escritas pelo próprio dedo de Deus.
A entrega da lei e dos mandamentos marcou o início de uma
nova era na história da raça humana, quando o Senhor Deus começou então a
revelar Seus padrões morais.
A punição pela
desobediência -
Dt. 28:15-68.
Em Deuteronómio 28:1-14, encontramos uma longa lista de
bênçãos que Deus prometeu que derramaria sobre o povo de Israel se este andasse
em obediência em todos os Seus preceitos, conforme Ele diz logo no verso 1: “E será que, se
ouvires a voz de Yahweh teu Deus, tendo
cuidado de guardar todos os seus mandamentos que eu hoje te ordeno, Yahweh teu Deus te exaltará sobre todas as nações da
terra”.
Porém, se andassem em desobediência, Yahweh os castigaria com grandes
aflições e males, conforme podemos ler em Deuteronómio 28:15-68. A História
regista os inúmeros e graves castigos e perseguições que o Seu povo sofreu ao
longo dos séculos, por ter abandonado o caminho que Yahweh lhes havia proposto através dos
Seus servos os profetas, uma vez que, tal como está profetizado nos versos
64-66 – “Yahweh vos
espalhará entre todos os povos, desde uma extremidade da terra até à outra; e
ali servireis a outros deuses que não conhecestes, nem tu nem teus pais; ao pau
e à pedra. E nem ainda entre estas nações descansarás, nem a planta de teu pé
terá repouso; porquanto Yahweh ali te dará coração
agitado, e desfalecimento de olhos, e desmaio da alma. E a tua vida, como em
suspenso, estará diante de ti; e estremecerás de noite e de dia, e não crerás
na tua própria vida”.
Repare que esta secção de Deuteronómio 28:16-68 é mais do
que três vezes maior que a primeira. Leia o capítulo 4:24 e o Salmo 9:17. Mas
devemos de nos lembrar também que é só pelo facto de que na cruz o Senhor Jesus
sofreu as maldições mencionadas nestes versículos, que qualquer bênção poderia
ser derramada tanto sobre os Israelitas como sobre os gentios. Todavia,
precisamos de nos lembrarmos também de que apesar de eles e nós recebermos
estas bênçãos como uma dádiva, isso não nos dá a liberdade de fazermos nossa
própria vontade. Se o crente obedece à Palavra de Deus, é feliz e irá crescer
em sua alma.
As maldições que caem sobre os que desobedecem à lei
moral de Deus são raramente lidas ou pregadas. Elas devem ser lidas com atenção
por todos os que se rebelam contra Deus.
2.
A Aliança Nacional
Novamente temos que fugir à ideia de fazer desta aliança
um ato isolado de Deus com Israel, julgando-a à luz dos factos passados e
considerando ao mesmo tempo as futuras alianças.
Para se traçar a descendência do Messias, como a Abraão
fora prometido, indispensável se fazia em se tornar nação separada a
descendência natural do patriarca.
A fim de preservar-se o pleno conhecimento de Deus e de Sua
adoração na terra, fez-se necessário o isolamento de Israel das nações pagãs.
Vemos então Deus lidando com o “seu escolhido”, aquele de quem nasceria o
Redentor.
Os dois milhões de membros das tribos formam uma única
nação, abençoada com estes privilégios:
a) Uma revelação maior de Deus ao homem;
b) Uma revelação da vontade de Deus em relação ao Seu
povo;
c) Um recebimento de leis e preceitos para a orientação
de suas vidas, tanto no plano individual como no nacional.
d) Uma determinação da natureza e exigências da adoração
divina. Veja Sl. 147:19, 20 e Dt. 4:7, 8.
A lei apresentada no Sinai equivalia à constituição que
haveria de governar a nação. Tornaram-se eles um povo sob o governo de Jeová. Esta
aliança, de caráter nacional, entretanto não tinha nenhuma relação com a
salvação do indivíduo, significando tão-somente um modelo e uma “sombra” da
aliança que viria depois.
Ao quebrar a nação a aliança, o Senhor declarou que faria
uma nova com o Seu povo, gravando Sua lei em suas mentes e em seus corações.
Jamais se vira isto acontecer na dispensação da lei, mas somente na da graça.
Jr. 31:22-24; Hb. 8:7-12; 10:16, 17.
3.
A Aliança Espiritual
A fim de que compreendamos o relacionamento de Deus com o
povo judeu, temos de reconhecer a dupla natureza desta aliança. Por um lado a
aliança do Sinai garantia a Israel certas bênçãos materiais e nacionais sob a
condição de uma total obediência a Deus e às Suas leis. É neste ponto que somos
obrigados a considerar o aspeto espiritual desta aliança.
Durante os 1500 anos transcorridos entre o Sinai e Belém,
Deus provou que, por mais favorecido que fosse por Ele a nação de Israel,
jamais poderia ser tida como justa pelo simples facto de observar as leis. O
profundo contraste entre a falha de Israel sob a aliança do Sinai e a
obediência em amor de todos os que recebem a graça de Deus através de Jesus
Cristo é o maior exemplo que Ele poderia dar da natureza espiritual de Suas
alianças.
Esta aliança contem a mesma lei moral das anteriores, mas
é agora apresentada com maior profundidade, mostrando que a obediência
significa não apenas um ato externo, mas uma atitude interior. Apesar de
perfeito na obediência à lei cerimonial de Moisés, Paulo compreendeu a
exigência de santificação interior. Leia Romanos 7:8.
Muitos judeus chegaram a considerar a obediência à lei
cerimonial – ao invés de à lei moral - suficiente para torná-los herdeiros das
promessas de Deus. Durante o período da Igreja primitiva os legalistas judaicos
tiveram este mesmo espírito, exigindo a circuncisão “física” dos novos
convertidos.
4.
O Tabernáculo e o Sacerdócio
Quando Deus deu a Moisés instruções relativas à
construção de um santuário para adoração, várias coisas Ele estava
estabelecendo:
a) A garantia de que o próprio Deus habitaria no meio do
Seu povo.
b) Uma forma visível de se desfrutar da comunhão de Deus.
c) Uma revelação dos aspetos mais espirituais da comunhão
entre Deus e o homem. Por exemplo: O Altar de Bronze – O Vaso – A Mesa – A
Lâmpada – O Altar de Ouro – O Propiciatório e a Arca – A Passagem – O Primeiro
Véu – O Segundo Véu - tudo isto que profetizava sobre Cristo, Seu sacrifício e
redenção através do Seu sangue.
Não há nenhuma parte da Escritura mais rica em
significado, mais perfeito no seu ensino do plano de resgate, que este edifício
concebido divinamente. Deus foi o arquiteto, e todos os pontos de detalhe
apontam para alguns aspetos do caráter e obra da pessoa de Seu Filho, Jesus
Cristo, e, em sua forma completa, é provavelmente a mais abrangente e detalhada
revelação de Jesus, o Filho de Deus, e do plano da salvação no Antigo
Testamento.
O Tabernáculo nos ensina muito sobre a justiça de Deus e
o que significa estar em Cristo. Através de Arão o povo era insistentemente
ensinado sobre o privilégio de aproximar-se de Deus. Um sistema de sacrifício
de animais foi estabelecido. Podemos daí extrair importantes lições, como as
seguintes:
a) Para o perdão fazia-se mister o derramamento de
sangue.
b) Não tendo por si só capacidade de remover os pecados
do povo, os sacrifícios tinham de ser contínuos.
c) Os sacrifícios asseguravam uma esperança futura de
perdão.
O erro fundamental do judaísmo é que ele, ao invés de
tratar dos aspetos interiores e subjetivos, trata simplesmente dos exteriores e
objetivos. É assim que para eles a religião tornou-se mera atividade de lavar
vasos, observar dias festivos e vãs repetições de orações, esquecendo o coração
puro e o amor para com Deus e o próximo.
5.
Os Modelos Da Lei
Um dos aspetos mais importantes da experiência dos
israelitas no Monte Sinai foi o de receberem a lei de Deus através do seu
líder, Moisés.
Passamos agora a
examinar as maneiras pelas quais a aliança do Sinai, bem como as leis e
ordenanças, prepararam o caminho para a vinda de Cristo e o estabelecimento da
Igreja. Tudo quanto se viu na lei de Moisés, através de símbolos, modelo e
sombra, passaria a ser totalmente revelado na pessoa dos Senhor Jesus Cristo.
Um relacionamento muito especial entre Deus e Israel foi
estabelecido. Assim como a Igreja se compõe dos escolhidos de Deus, também
Israel foi a nação escolhida. Através desta aliança, tal relação foi firmada.
A nova aliança seria a soma ou totalidade de todas as
alianças anteriores: a de obras, feita com Adão; a da graça, com Noé, e a da
promessa, estabelecida com Abraão.
Assim como Israel estava sujeito à lei, também os remidos
do Senhor estão por sua vez sujeitos aos rígidos padrões morais de Deus. Depois
de libertos da lei do pecado, já não nos tornamos “leis para nós mesmos”,
devemos tão-somente obediência Àquele que nos redimiu.
No caráter corpóreo da aliança do Sinai, vemos
profeticamente a maneira como Deus trata com Seu povo, a Igreja. Não obstante
as responsabilidades individuais - tanto na lei como na graça - Deus nos trata
como membros do Corpo de Cristo, ou seja como partes de um Todo.
Através das exigências da lei e dos mandamentos da graça,
Deus confirma a doutrina da santificação. Em Romanos 4 e 5
encontra-se a explicação doutrinária da justificação; em Romanos 6 a 8, a da
santificação, ambas com frequentes referências à lei da velha a aliança.
Tanto para Abraão como para Israel, o significado da
terra prometida tem um fac-simile perfeito na promessa do Evangelho - descanso
a ser descoberto no Reino de Deus, descrito em Hebreus 4. Não é apenas o Céu, o
futuro paraíso, que representa Canaã, mas o lugar onde hoje Deus governa -
símbolo perfeito do Reino de Deus.
Sem comentários:
Enviar um comentário