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segunda-feira, 13 de agosto de 2012

A ALIANÇA DO SINAI


“Nada acrescentareis à palavra que vos mando, nem diminuireis dela, para que guardeis os mandamentos do Senhor vosso Deus, que eu vos mando” (Dt. 4:2).

Após 340 anos de escravidão no Egito, Deus liberta Seu povo através do Mar vermelho. Israel viajou até ao monte Sinai, uma jornada de mais de dois meses (19:1).

Chegando ao monte Sinai o povo acampou diante dele. Moisés subiu ao monte para se encontrar com Deus. Ali Deus informou-o que entraria numa aliança com Israel para que este se tornasse propriedade sua entre todos os povos. Deus anunciou a condição: “Se diligentemente ouvirdes a minha voz, e guardares a minha aliança” (19:5).

A aliança do Sinai é um momento decisivo na história da revelação. Não pode ser compreendida a não ser à luz de todo o processo histórico, cuja meta e acabamento ela constitui. Javé, que provara a Israel o seu poder e a sua fidelidade livrando-o do domínio egípcio, pela Aliança, faz desse povo sua propriedade e torna-se chefe da nação.

1.     Os Elementos Desta Aliança

A promessa de Deus. - Ex. 19:5, 6.

O Êxodo menciona muitas alianças, mas refere-se geralmente, de modo direto ou indireto, àquela que foi concluída no Sinai. Ela encontra-se no centro de numerosas passagens proféticas.

A passagem das Escrituras leva-nos à aliança de Deus com o povo de Israel, no Monte Sinai. Os versos de Êxodo 19 começam a contar a história sobre como a aliança foi dada ao povo. Israel é convidado a um relacionamento especial com Deus, descrito por três fases: uma propriedade peculiar dentre todos os povos, um reino de sacerdotes e uma nação santa. Israel deve ser separada de todas as outras nações para o serviço de Deus, assim como os sacerdotes eram separados dos outros homens. Como sacerdotes, deveriam ter uma qualidade de vida comparável à santidade da aliança que faziam com Deus. Israel aceita o convite para entrar em aliança com Javé, afirmado solenemente: “Tudo o que o Senhor falou, faremos (v. 8).

Já o capítulo 24 narra como se confirmou por Deus e por seu povo. A aliança é rectificada por uma cerimónia solene. Aqui, o juramento é reafirmado, sendo sancionado por um sacrifício e pela aspersão de sangue, para lembrar que o valor da aliança é de vida ou morte.

Os primeiros dois versos do capítulo 19 ajudam-nos a determinar o contexto histórico desses eventos. Três meses depois de o Senhor libertar seu povo do Egito, os israelitas não eram mais escravos de seus captores anteriores. Eles eram, agora, livres para escolherem o seu próprio estilo de vida. Este era, então, um momento oportuno para Deus lhes mostrar o estilo de vida que desejava para eles. O leitor sábio perceberá que Deus conduzia o seu povo às bênçãos e a uma intimidade com o criador. Também é possível ver esta aliança de Deus como o cumprimento da aliança do Senhor com Abraão.

As palavras de Deus, em Êxodo 19:3, servem como um preâmbulo para a aliança do Sinai. Deus estava chamando Moisés para a tarefa de comunicar a sua aliança ao seu povo. O verso 4 contém as primeiras palavras que Moisés diria aos israelitas. Tais palavras divinas recordaram o povo da situação deles há tempos. Elas também desafiaram-no a se lembrar de como Deus os tinha libertado daquela terrível escravidão, e de como o trouxera para estar com ele. O começo do verso 5 dispôs a demanda de Deus de completa obediência a ele para que a aliança fosse mantida. A conclusão desse trecho e o começo de verso 6 esboçam as bênçãos da aliança que os israelitas, se escolhessem obedecer, receberiam - seriam o povo especial de Deus. Finalmente, os versos 7 e 8 mostram que o povo, no Sinai, aceitou a aliança de Deus. Fez a promessa de obedecer ao Senhor, e Moisés comunicou isso a Deus.

Vamos dar uma olhada mais detalhada nas bênçãos desta aliança, como listadas em Êxodo 19:5-6. Primeiramente, o verso 5 diz que, se os israelitas obedecessem fielmente a Deus, seriam a sua propriedade peculiar. Deus acentuou a ideia de que havia muitas nações, dentre as quais poderia ter estendido esse favor, mas seu desejo era honrar apenas uma nação: Israel. O que o motivou a fazer isso? Por que escolheu Israel, excluindo todas as outras? Deuteronómio 7:7-9 ajuda-nos a entender a questão: “O Senhor não se afeiçoou a vós, nem vos escolheu porque fosseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos, mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor tirou-vos com mão poderosa e resgatou-vos da casa de servidão, do poder do faraó, rei do Egito. Saibam, portanto, que o Senhor, o vosso Deus, é Deus; ele é o Deus fiel, que guarda a aliança e a misericórdia até mil gerações aos que o amam e cumprem os seus mandamentos”. Foi, portanto, o amor especial do Senhor por Israel que o levou a escolhê-lo como sua possessão peculiar.

Acompanhando o fim do verso 5 e do 6, vemos um componente do propósito da escolha de Deus: “Embora toda a Terra seja minha, vós sereis para mim um reino de sacerdotes...” Essa é a segunda faceta da bênção dessa aliança. Percebendo que um sacerdote serve como um ponto de conexão entre Deus e a humanidade, somos relembrados da aliança de Deus com Abraão: o povo escolhido de Deus tornar-se-ia uma bênção para o resto da população do mundo (Gn. 12:3). Pelo povo de Israel, então, o Senhor alcançaria o restante da humanidade!

A promessa era que a nação de Israel seria separada à parte das demais nações, seriam para Deus uma nação santa. Esse seria um desenvolvimento adicional da primeira bênção: Israel seria a possessão peculiar de Deus. O termo hebraico, traduzido por “propriedade peculiar” (v. 5), fala de um objeto que, diferente de uma propriedade real, pode ser movido de um lugar para o outro. Através dessa imagem, podemos entender melhor que Deus - de facto - separou os israelitas. De certo modo, ele estava “movendo” o seu povo de uma localização regular para uma especial, santa. E podemos ver a nova localização como sendo uma mais próxima ao coração de Deus: estava, portanto, atraindo o seu povo para si.

É importante observar, no verso 6, como era plano de Deus tornar toda a nação num reino de sacerdotes e não apenas uma das tribos de Israel. A idolatria da nação tornou necessária a separação de uma tribo e uma família para exercer as funções sacerdotais.

A resposta de Israel – Êx. 24:7, 8.

Aparecem aqui dois elementos especificamente mencionados sobre os quais mais tarde se falará com pormenores: o livro da aliança e o sangue da aliança.

Após a aliança ter sido dada ao povo de Deus, no Monte Sinai, ela foi confirmada por Deus e por seu povo. Os versos de Êxodo 24 mostram como isso aconteceu. É interessante notar o papel do sangue nesse processo de confirmação. O sangue veio dos animais sacrificados no altar construído por Moisés, ao pé do Monte Sinai. Ele aspergiu metade do sangue ali, e a outra metade sobre o povo. Tem sido dito que essa divisão sanguínea sublinha dois aspetos. Primeiramente, o aspergido no altar era um sinal de que Deus aceitara a oferenda e, portanto, perdoara as transgressões dos israelitas. E, em segundo lugar, o aspergido sobre o povo era um sinal do juramento de sangue que as pessoas estavam fazendo. Essa jura foi confirmada por eles, verbalmente, nos versos 3 a 7. Todavia, ser borrifado pelo sangue era uma confirmação mais visceral dessa promessa!

Outro sinal interessante foi a manifestação de fogo vindo do céu, autenticando que o sacrifício oferecido tornou o povo aceitável de Deus. Ambas as alianças referem-se ao estabelecimento de um relacionamento de Deus com seu povo em santidade e amor. A Aliança do Sinai era com os descendentes de Abraão segundo a carne, sob o signo da circuncisão e a observância estrita da lei. A Nova Aliança no sangue do Cordeiro é com os que se assemelham a Abraão em sua fé, sob o manto da graça transbordante de Yahweh. A segunda tornou sem efeito a primeira, pois é perfeita e eterna.

Tanto a aliança do Sinai como a do Calvário foram firmadas com sangue. Naquela, de animais. Nesta, o de Jesus Cristo, autor e consumador da salvação de todos os que Nele creem e aguardam na esperança da ressurreição.

Isso constrói a noção da Ceia do Senhor para os cristãos. Normalmente, durante o ato da ceia, o ministro que está oficiando desafia-nos a reafirmar nosso próprio juramento a Deus, como mediado por nossa aceitação do sacrifício de Jesus por nós. Além disso, a cerimónia deveria recordar-nos que Deus também aceitou completamente a Cristo como um sacrifício digno. Outro aspeto é este: nossa obediência a Deus, nossa habilidade para obedecer à sua lei, só é possível pelo sacrifício do seu filho por nós. É esse sacrifício que nos traz o perdão de nossos pecados e, então, liberta-nos da escravidão do pecado. É o sangue de Jesus Cristo que estabelece e mantém nossa aliança com Deus.

As exigências desta aliança - Êx. 20:1-17.

Deus chama Moisés ao cume da montanha para receber um conjunto de tábuas de pedra contendo as leis e instruções adicionais.

Então Deus dá a Moisés instruções para construir um tabernáculo no qual Deus poderá dormir permanentemente entre os hebreus, assim como instruções para as vestimentas dos sacerdotes, o altar e seus pertences, o ritual a ser usado para ordenar os sacerdotes, e os sacrifícios diários a serem oferecidos. Arão é escolhido como o primeiro sacerdote. E todos os futuros sacerdotes deveriam vir de sua linhagem. Então Deus dá a Moisés as duas tábuas de pedra com as instruções, as quais foram escritas pelo próprio dedo de Deus.

A entrega da lei e dos mandamentos marcou o início de uma nova era na história da raça humana, quando o Senhor Deus começou então a revelar Seus padrões morais.

A punição pela desobediência - Dt. 28:15-68.

Em Deuteronómio 28:1-14, encontramos uma longa lista de bênçãos que Deus prometeu que derramaria sobre o povo de Israel se este andasse em obediência em todos os Seus preceitos, conforme Ele diz logo no verso 1: “E será que, se ouvires a voz de Yahweh teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que eu hoje te ordeno, Yahweh teu Deus te exaltará sobre todas as nações da terra”.

Porém, se andassem em desobediência, Yahweh os castigaria com grandes aflições e males, conforme podemos ler em Deuteronómio 28:15-68. A História regista os inúmeros e graves castigos e perseguições que o Seu povo sofreu ao longo dos séculos, por ter abandonado o caminho que Yahweh lhes havia proposto através dos Seus servos os profetas, uma vez que, tal como está profetizado nos versos 64-66 – Yahweh vos espalhará entre todos os povos, desde uma extremidade da terra até à outra; e ali servireis a outros deuses que não conhecestes, nem tu nem teus pais; ao pau e à pedra. E nem ainda entre estas nações descansarás, nem a planta de teu pé terá repouso; porquanto Yahweh ali te dará coração agitado, e desfalecimento de olhos, e desmaio da alma. E a tua vida, como em suspenso, estará diante de ti; e estremecerás de noite e de dia, e não crerás na tua própria vida”.

Repare que esta secção de Deuteronómio 28:16-68 é mais do que três vezes maior que a primeira. Leia o capítulo 4:24 e o Salmo 9:17. Mas devemos de nos lembrar também que é só pelo facto de que na cruz o Senhor Jesus sofreu as maldições mencionadas nestes versículos, que qualquer bênção poderia ser derramada tanto sobre os Israelitas como sobre os gentios. Todavia, precisamos de nos lembrarmos também de que apesar de eles e nós recebermos estas bênçãos como uma dádiva, isso não nos dá a liberdade de fazermos nossa própria vontade. Se o crente obedece à Palavra de Deus, é feliz e irá crescer em sua alma.

As maldições que caem sobre os que desobedecem à lei moral de Deus são raramente lidas ou pregadas. Elas devem ser lidas com atenção por todos os que se rebelam contra Deus.

2.     A Aliança Nacional

Novamente temos que fugir à ideia de fazer desta aliança um ato isolado de Deus com Israel, julgando-a à luz dos factos passados e considerando ao mesmo tempo as futuras alianças.

Para se traçar a descendência do Messias, como a Abraão fora prometido, indispensável se fazia em se tornar nação separada a descendência natural do patriarca.

A fim de preservar-se o pleno conhecimento de Deus e de Sua adoração na terra, fez-se necessário o isolamento de Israel das nações pagãs. Vemos então Deus lidando com o “seu escolhido”, aquele de quem nasceria o Redentor.

Os dois milhões de membros das tribos formam uma única nação, abençoada com estes privilégios:

a) Uma revelação maior de Deus ao homem;

b) Uma revelação da vontade de Deus em relação ao Seu povo;

c) Um recebimento de leis e preceitos para a orientação de suas vidas, tanto no plano individual como no nacional.

d) Uma determinação da natureza e exigências da adoração divina. Veja Sl. 147:19, 20 e Dt. 4:7, 8.

A lei apresentada no Sinai equivalia à constituição que haveria de governar a nação. Tornaram-se eles um povo sob o governo de Jeová. Esta aliança, de caráter nacional, entretanto não tinha nenhuma relação com a salvação do indivíduo, significando tão-somente um modelo e uma “sombra” da aliança que viria depois.

Ao quebrar a nação a aliança, o Senhor declarou que faria uma nova com o Seu povo, gravando Sua lei em suas mentes e em seus corações. Jamais se vira isto acontecer na dispensação da lei, mas somente na da graça. Jr. 31:22-24; Hb. 8:7-12; 10:16, 17.

3.     A Aliança Espiritual

A fim de que compreendamos o relacionamento de Deus com o povo judeu, temos de reconhecer a dupla natureza desta aliança. Por um lado a aliança do Sinai garantia a Israel certas bênçãos materiais e nacionais sob a condição de uma total obediência a Deus e às Suas leis. É neste ponto que somos obrigados a considerar o aspeto espiritual desta aliança.

Durante os 1500 anos transcorridos entre o Sinai e Belém, Deus provou que, por mais favorecido que fosse por Ele a nação de Israel, jamais poderia ser tida como justa pelo simples facto de observar as leis. O profundo contraste entre a falha de Israel sob a aliança do Sinai e a obediência em amor de todos os que recebem a graça de Deus através de Jesus Cristo é o maior exemplo que Ele poderia dar da natureza espiritual de Suas alianças.

Esta aliança contem a mesma lei moral das anteriores, mas é agora apresentada com maior profundidade, mostrando que a obediência significa não apenas um ato externo, mas uma atitude interior. Apesar de perfeito na obediência à lei cerimonial de Moisés, Paulo compreendeu a exigência de santificação interior. Leia Romanos 7:8.

Muitos judeus chegaram a considerar a obediência à lei cerimonial – ao invés de à lei moral - suficiente para torná-los herdeiros das promessas de Deus. Durante o período da Igreja primitiva os legalistas judaicos tiveram este mesmo espírito, exigindo a circuncisão “física” dos novos convertidos.

4.     O Tabernáculo e o Sacerdócio

Quando Deus deu a Moisés instruções relativas à construção de um santuário para adoração, várias coisas Ele estava estabelecendo:

a) A garantia de que o próprio Deus habitaria no meio do Seu povo.

b) Uma forma visível de se desfrutar da comunhão de Deus.

c) Uma revelação dos aspetos mais espirituais da comunhão entre Deus e o homem. Por exemplo: O Altar de Bronze – O Vaso – A Mesa – A Lâmpada – O Altar de Ouro – O Propiciatório e a Arca – A Passagem – O Primeiro Véu – O Segundo Véu - tudo isto que profetizava sobre Cristo, Seu sacrifício e redenção através do Seu sangue.

Não há nenhuma parte da Escritura mais rica em significado, mais perfeito no seu ensino do plano de resgate, que este edifício concebido divinamente. God Himself was the architect, and every detail points to some aspect of the character and work of the person of His Son, Jesus Christ, and, in its complete form, it is probably the most comprehensive, detailed revelation of Jesus the Son of God, and the plan of salvation in the entire Old Testament.'' – MR DeHaan, MD, The Tabernacle . Deus foi o arquiteto, e todos os pontos de detalhe apontam para alguns aspetos do caráter e obra da pessoa de Seu Filho, Jesus Cristo, e, em sua forma completa, é provavelmente a mais abrangente e detalhada revelação de Jesus, o Filho de Deus, e do plano da salvação no Antigo Testamento.

O Tabernáculo nos ensina muito sobre a justiça de Deus e o que significa estar em Cristo. Através de Arão o povo era insistentemente ensinado sobre o privilégio de aproximar-se de Deus. Um sistema de sacrifício de animais foi estabelecido. Podemos daí extrair importantes lições, como as seguintes:

a) Para o perdão fazia-se mister o derramamento de sangue.

b) Não tendo por si só capacidade de remover os pecados do povo, os sacrifícios tinham de ser contínuos.

c) Os sacrifícios asseguravam uma esperança futura de perdão.

O erro fundamental do judaísmo é que ele, ao invés de tratar dos aspetos interiores e subjetivos, trata simplesmente dos exteriores e objetivos. É assim que para eles a religião tornou-se mera atividade de lavar vasos, observar dias festivos e vãs repetições de orações, esquecendo o coração puro e o amor para com Deus e o próximo.

5.     Os Modelos Da Lei

Um dos aspetos mais importantes da experiência dos israelitas no Monte Sinai foi o de receberem a lei de Deus através do seu líder, Moisés.

 Passamos agora a examinar as maneiras pelas quais a aliança do Sinai, bem como as leis e ordenanças, prepararam o caminho para a vinda de Cristo e o estabelecimento da Igreja. Tudo quanto se viu na lei de Moisés, através de símbolos, modelo e sombra, passaria a ser totalmente revelado na pessoa dos Senhor Jesus Cristo.

Um relacionamento muito especial entre Deus e Israel foi estabelecido. Assim como a Igreja se compõe dos escolhidos de Deus, também Israel foi a nação escolhida. Através desta aliança, tal relação foi firmada.

A nova aliança seria a soma ou totalidade de todas as alianças anteriores: a de obras, feita com Adão; a da graça, com Noé, e a da promessa, estabelecida com Abraão.

Assim como Israel estava sujeito à lei, também os remidos do Senhor estão por sua vez sujeitos aos rígidos padrões morais de Deus. Depois de libertos da lei do pecado, já não nos tornamos “leis para nós mesmos”, devemos tão-somente obediência Àquele que nos redimiu.

No caráter corpóreo da aliança do Sinai, vemos profeticamente a maneira como Deus trata com Seu povo, a Igreja. Não obstante as responsabilidades individuais - tanto na lei como na graça - Deus nos trata como membros do Corpo de Cristo, ou seja como partes de um Todo.

Através das exigências da lei e dos mandamentos da graça, Deus confirma a doutrina da santificação. Em Romanos 4 e 5 encontra-se a explicação doutrinária da justificação; em Romanos 6 a 8, a da santificação, ambas com frequentes referências à lei da velha a aliança.

Tanto para Abraão como para Israel, o significado da terra prometida tem um fac-simile perfeito na promessa do Evangelho - descanso a ser descoberto no Reino de Deus, descrito em Hebreus 4. Não é apenas o Céu, o futuro paraíso, que representa Canaã, mas o lugar onde hoje Deus governa - símbolo perfeito do Reino de Deus.

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