Texto: João
2:1-11
Introdução
O assunto que mais me atrai e que mais
creio ser oportuno de falar, é a respeito do modo como o Senhor Jesus demonstrou
a sua vida, sua obra, seu amor e carinho pelas pessoas e em seu ministério o
seu poder, sobre a natureza, sobre o pecado, sobre a morte, sobre os poderes
das trevas, revelando não haver nada impossível que não pudesse realizar, pois
em tudo o que fez e realizou, Ele se sobressaiu. O Novo Testamento revela-nos
que o seu domínio, poder e autoridade estão acima dos poderes da morte, do
inferno, do diabo e de seus comandados, das enfermidades e da própria natureza.
As suas Palavras são sempre atuais e dignas de confiança. Quando lemos qualquer
livro histórico, vemos que com o passar do tempo estes perdem seu discurso, se
tornam difíceis de entender, ultrapassados, mas a Palavra de Cristo, que é
eterna, é atual para mim e para si. Alguns factos a respeito de Jesus geram
controvérsia para o homem alheio à Palavra de Deus, isso porque Ele é o
verdadeiro Deus e ao mesmo tempo verdadeiro Homem, desta forma sua verdadeira
identidade só poderá ser conhecida através da revelação, e a única fonte
disponível digna de confiança e que está autorizada para tratar deste assunto é
a Bíblia.
Jesus tinha acabado de voltar do deserto
da tentação, onde Ele próprio tinha bebido o cálice de angústia. Mas dali, Ele
saiu para dar à família humana o cálice da bênção e para consagrar os
relacionamentos afetivos da vida humana. Jesus, que oficiou o primeiro
casamento no Jardim do Éden, realizou então o Seu primeiro milagre. Onde? Numa
festa de casamento.
Para os incrédulos, distorcer e
desatualizar o cristianismo é muito fácil, pois ao desconhecerem a Verdade de
Deus contida na Bíblia buscam fontes extrabíblicas para sustentar suas
afirmações, e se nós não estivermos em sintonia com a Palavra de Deus,
poderemos ser enganados e ludibriados por “homens
que por meio de astúcia enganam fraudulosamente” (Ef. 4:14). Suas doutrinas
existem apenas para por meio do engano, pôr em descrédito a Palavra do Deus
Vivo que é bendito para sempre.
Para falarmos do início do ministério de
Jesus, o Verbo Vivo de Deus, é necessário termos em mente que a ação do
Espírito Santo foi realizada de uma forma, digamos, tríplice para o ministério
de Jesus na terra:
Houve a manifestação da pregação e o
ensino;
Houve a realização de sinais e milagres;
Houve uma escolha, preparação e
capacitação de discípulos para divulgarem e continuarem a obra.
Jesus iniciou o seu ministério de forma
gradativa, aumentando o ritmo de trabalho até se tornar bastante conhecido a
ponto de chamar a atenção das autoridades religiosas de sua época, que
percebendo o crescimento de seus seguidores, passaram a se sentir incomodados
pelo movimento que poderia provocar algum tipo de reação do império romano,
dominante na época de territórios da nação de Israel, podendo causar graves
consequências à nação de Judá.
Jesus Iniciou o seu
Ministério de uma Forma Estratégica,
Fazendo Sinais.
Nestes três primeiros versos do texto,
podemos destacar a personagem principal: Maria. A primeira a ser mencionada e a
primeira a estar ciente da falta do vinho.
O diálogo que Maria tem com Jesus,
demonstra uma iniciativa peculiar de um relacionamento natural entre mãe e
filho. Jesus aqui ainda não havia iniciado o seu ministério; ele era apenas o
filho de Maria.
Está bem claro que neste ponto da festa
que, não somente acabara o vinho, mas também o senhorio de Maria mãe sobre o
Jesus filho. Juntamente com o vinho, aquele relacionamento natural se havia
esgotado. Aliás, neste ponto da festa marca o final dessas coisas, mas também
se inicia o período de novas coisas. Este primeiro milagre foi altamente
estratégico e com repercussões eternas.
Podemos assinalar pelo menos seis
elementos característicos da primeira parte dessa festa: o senhorio de Maria
sobre Jesus, a impossibilidade de Maria em resolver o problema, um vinho
pronto, um vinho que não é suficiente, um vinho com qualidade inferior conforme
classificado pelo mestre-sala no versículo 10 e, Jesus presente como um filho
natural de Maria. No entanto, no versículo 4, disse-lhe Jesus: “Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é
chegada a minha hora”. Havemos de concordar, que um filho não fala assim
com a sua própria mãe. O que está acontecendo? É o início de um novo período.
Jesus está prestes a conduzir a segunda parte da festa. O Senhor Jesus não
estava na festa como Jesus filho de Maria, mas como o Senhor e Salvador Jesus
Cristo, filho do Deus vivo, e como tal, não se submete aos desejos humanos, mas
somente aos de Deus. Tinha chegado a hora dEle começar seu ministério.
E uma das coisas mais fantásticas nessa
história é a sensibilidade de Maria em perceber que a hora de Jesus havia
chegado. O texto não nos traz detalhes, no entanto podemos imaginar que Maria
viu o seu filho com um olhar diferente e cheio da autoridade celestial. “Sua mãe disse aos serventes: Fazei tudo
quanto ele vos disser” (v. 5).
Até aquele momento, Maria tinha
autoridade de mãe sobre Jesus, porém era como se dissesse: “Meu filho cumpri a
missão que Deus me deu como sua mãe, porém de agora em diante é consigo”! Este
ato é de uma verdadeira serva, consciente de sua função no reino de Deus.
Agora
é o início da segunda parte da festa, o início do primeiro sinal público do
ministério de Jesus que foi o realizado num casamento em Caná da Galileia. O
apóstolo João faz uma maravilhosa apresentação do milagre da água transformada
em vinho nas bodas de Canaã da Galileia (Jo. 2:1-10). O próprio apóstolo afirma
em seu evangelho que com este milagre “Jesus
deu princípio a seus sinais, em Canaã da Galileia; manifestou a sua glória e os
seus discípulos creram n'Ele” (v.11). Pelo texto podemos perceber que os
discípulos já haviam sido chamados pelo Mestre, e Ele em sua magnífica
sabedoria realizou os sinais na presença de seus discípulos com a finalidade de
que estes pudessem crer n'Ele.
Um novo tempo está prestes a começar e
com ele novos elementos característicos: a serva Maria, um vinho originado de
uma transformação, um vinho suficiente, um vinho com qualidade superior
conforme classificado pelo mestre-sala no versículo 10 e, Jesus como o Senhor e
com poder para resolver o problema.
“E
estavam ali postas seis talhas de pedra”. O número seis indica o inacabamento em oposição ao “sete” que indica a totalidade. Portanto, há algo de imperfeito. Estas talhas
pois, são de pedra e não de barro, portanto pesadas, imóveis. Para que é que serviam
estas talhas? Para os ritos da purificação
dos judeus”. No texto original não existe a palavra ‘rito’. Fala-se
simplesmente de “purificação dos judeus”. Eis que aqui, no centro do episódio,
o evangelista aponta o motivo pelo qual falta o amor. Porque falta o amor? Porque
um relacionamento com Deus alicerçado só sobre a observância da lei fazia
sentir o povo sempre indigno, sempre culpado... E sabemos que quando nos
sentimos sempre culpados, não podemos experimentar o amor de Deus. Eis o
problema que existe neste casamento onde falta o vinho, falta o amor: a
purificação quer dizer uma religião, uma lei que fazia sempre sentir as pessoas
indignas e sempre culpadas. Além do mais, o evangelista afirma que “em cada uma cabiam dois ou três almudes”, ou
mais e portanto havia sempre esta capa pesada da purificação.
E agora a intervenção de Jesus: “Encham de água essas talhas. E encheram-nas
até em cima” (vs. 6-7). As talhas
não vão conter nunca mais a água da purificação. Será o próprio Jesus que irá
fornecer a verdadeira água da purificação. “Agora
tirem e levem ao mestre-sala”. Aparece pela primeira vez um personagem
importante que é o mestre-sala. Nestes almoços que podiam ter a duração de uns
dias, havia um encarregado que devia vigiar o desenrolar da festa e, sobretudo
devia ficar atento às provisões. No entanto este personagem importante não
percebe que está faltando vinho. Este personagem na língua grega é
“arquitriclino”. A primeira parte desta palavra é a mesma que inicia também a
palavra “sumo-sacerdote” e representa os chefes do povo. Os chefes não se dão
conta da situação do povo, que está sem amor. Para eles não interessa. No entanto
Jesus diz: ”Agora tirem e levem ao
mestre-sala”. E eles levaram. “Este
provou a água transformada em vinho” e ficou surpreso com o noivo, pois ele
pensou que fosse o noivo que tivesse guardado o vinho bom para o final da festa,
e o costume era ao contrário, os noivos guardavam o vinho inferior para o
final, só que ele não sabia que Jesus tinha transformado a água em vinho e por
isso era o melhor vinho. As talhas não conterão nunca vinho, símbolo do
Espírito que Jesus vai efundir, mas a água que se torna vinho quando é haurida
das talhas. De facto o texto diz: “Os que
serviam estavam sabendo, pois foram eles que tiraram a água”, portanto as talhas
têm água, mas quando a tiram ela se transforma em vinho, porque o vinho é o dom
de Jesus, é a nova aliança alicerçada sobre o amor.
Naqueles versículos acima ouve a
consumação do milagre, onde Jesus transformou a água, que estava nas talhas, em
vinho bom. A hora de Jesus havia chegado, e o que fica claramente evidente é
que Ele escolhe as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias, as
coisas fracas deste mundo para confundir as fortes, as coisas vis deste mundo,
e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são, conforme revelado
por Paulo em 1 Coríntios 1:27-28.
Essa é uma das principais
características do ministério de Jesus. Conforme aquela água, Ele ordena seus servos
a buscarem pessoas que estão no fundo do poço, nos rios da vida ou com a vida
indo pelo rio abaixo e acomoda-os nas igrejas (talhas) a fim de transformá-los
e dar sabor e cor às suas vidas para sempre.
Jesus não espera que estejamos prontos.
Ele quer operar um milagre de transformação em nossas vidas, a ponto de outras
pessoas perceberem isso. Não somente vidas, mas tudo. Precisamos compreender
que na segunda parte da festa, tudo pode mudar porque Jesus o Filho do Deus
vivo está presente. “E disse-lhes: Tirai
agora, e levai ao mestre-sala. E levaram. E, logo que o mestre-sala provou a
água feita vinho (não sabendo de onde viera, se bem que o sabiam os serventes
que tinham tirado a água), chamou o mestre-sala ao esposo. E disse-lhe: Todo o
homem põe primeiro o vinho bom e, quando já têm bebido bem, então o inferior;
mas tu guardaste até agora o bom vinho” (vs. 8-11).
O vinho que representa a alegria e o
prazer mostrou-se inferior e insuficiente na primeira parte da festa. Isso
aponta para os prazeres dessa vida que se comparados aos valores eternos
ensinados por Jesus, são insuficientes para nos satisfazer por completo.
De facto, o vinho no mundo bíblico é
símbolo da bênção abundante de Deus e símbolo do Reino que vem. O facto de não
haver mais vinho no banquete significa que o reino ainda estava longe. A
intervenção da Mãe não é uma intercessão de salvação, mas mais do que isso é
uma disponibilidade total de Maria à obediência, qual figura de Israel que
acolhe as condições ainda desconhecidas da nova e definitiva aliança que Deus
realiza em Jesus Cristo. As palavras da mãe de Jesus, a sua ordem, repetem
aquilo que o povo disse a Moisés depois da aliança “Tudo o que o Senhor mandar fazer nós o faremos”.
É necessário reconhecer que o vinho dos
prazeres deste mundo já se acabou ou está prestes a se esgotar; a religiosidade
tradicional cultural familiar, caracterizado em nossa geração principalmente
pelo culto à personalidade e a Maria, ainda que essa nunca rogou isso, não será
capaz de trazer respostas às nossas indigências. Tudo fica sem significado e
vazio sem a ação de Jesus em nossas vidas e em nossa história. Só Ele pode
produzir um vinho novo. Chame-o para fazer parte da festa de sua vida.
O Segundo Vinho
Produzido por Jesus,
foi Eleito Melhor do que o
Anterior
Não vamos discorrer sobre o casamento em
Canaã, nem sobre aquele milagre, mas vamos ver aqui dois tipos de vinho, dois
tipos de ministérios, dois tipos de sacerdotes.
Mas, voltemos agora às talhas. Jesus
disse: “enchei de água estas talhas, e as
encheram até em cima”. Estas talhas como é descrito no texto serviam para a
purificação dos Judeus. O que compreendemos com isso é que o vinho novo que é a
representação do sangue de Cristo substitui completamente tanto o vinho antigo
que representa o sangue dos animais que eram derramados no antigo pacto, como
também a água usada para a purificação dos Judeus, pois ele é completo e
suficiente, não havendo necessidade de outros elementos físicos para a remissão
dos pecados. Mais um facto a ser notado nesta narrativa é a confeção das
talhas, o texto diz que elas eram de pedra, e isto nos conduz a mais uma visão
poderosa da profecia contida nesta narrativa. Pois o facto daquelas talhas
serem de pedra é para mostrar-nos que estas talhas representam a Rocha que é
Cristo o principal fundamento da Igreja, e isto desde o princípio, pois está escrito:
“Porque dele, e por ele, e para ele são
todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém”! (Rm. 11:36). “Todas as coisas foram feitas por ele, e sem
ele nada do que foi feito se fez” (Jo.1:3).
O que nos revela esta palavra é que: o
primeiro vinho que faltou é o símbolo da primeira Aliança onde era derramado o
sangue dos bodes e de carneiros, é o primeiro vinho representado pelo sangue
destes animais. Já o segundo vinho, o melhor, é o pacto da nova Aliança no
sangue de Jesus, o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, por isso é
superior, é o melhor. Pois está escrito: “tira
o primeiro e estabelece o segundo” aleluia!
O vinho velho, o antigo homem, necessita de acabar, Adão foi um vinho
inferior, Jesus é aquele que foi guardado, para consumação de todas as coisas.
Deus transformou o mundo, o milagre da água transformada em vinho, como disse
João, manifestou a glória de Jesus. Algumas pessoas contestam as implicações
morais, a coerência desse acontecimento, como se Jesus tivesse provocado uma
bebedeira generalizada, mas o Espírito Santo explica, que o fermento faz parte
da corrupção, enquanto Jesus veio nos salvar dela.
Aqueles que compreenderam o milagre, a transformação, facilmente
deduziram em suas mentes, que somente Jesus é capaz de modificar alguma coisa,
de acabar com a confusão, de restabelecer a paz. O coração do noivo encheu-se
de contentamento, e a noiva jamais iria esquecer tamanha benevolência, que
salvou o seu casamento das críticas. Jesus futuramente se tornaria noivo, antes
porém da consumação, por isso, ele necessitava de declarar o seu amor à igreja,
se entregando por ela: ” ...para
santificá-la, tendo-a purificado pelo lavar da água mediante a palavra, e
apresentá-la a si mesmo como igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou coisa
semelhante, mas santa e inculpável “ (Ef. 5:26-27).
Mas não podemos nos esquecer que sempre, a cada dia e todos os dias, devemos
nos submeter ao Espírito Santo, pois através dele é que Jesus continuamente nos
transformará, até à sua vinda.
O vinho novo era melhor que o primeiro e
representa o ministério que Jesus estava iniciando, o ministério da Graça.
Nos dias atuais, diante do comportamento
materialista de grande parte de nossos “sacerdotes”, necessitamos de um milagre
em nosso meio, onde Jesus possa transformar esses ministérios de “vinho velho”
ou substituí-los por ministérios de “vinho novo”, ministérios cheios da unção e
do poder de Deus, assim como fez de Eli para Samuel. Observamos algumas
diferenças nesses dois Ministérios.
b) No Ministério de “Vinho Velho” Temos:
1) Ausência de discernimento espiritual (1
Sm. 1:12-15).
Percebemos que no Ministério de Eli, ele não tinha discernimento entre as
coisas carnais e espirituais, chegando ao ponto de confundir a oração de Ana, que
pedia um filho a Deus, com embriaguez.
Isso acontece nos dias de hoje no nosso
meio quando vemos líderes misturando discernindo carnal com o espiritual, o
santo com o profano, assim como foi entre Eli e seus filhos (sacerdotes na Casa
de Deus), que tomavam no altar do Senhor qualquer parte da oferta que era
trazida para holocausto, sem observar os princípios da lei do holocausto. “Eram, porém, os filhos de Eli filhos de
Belial; não conheciam ao Senhor” (1 Sm. 2:12). Não estavam preocupados em
fazer a verdadeira vontade de Deus, mas sim em realizar seus prazeres, assim
como vemos hoje dia. A
verdadeira arrogância e maldade é não ter o coração de olhar para a graça de
Deus
Este é o ministério do vinho velho, que
alcançou uma posição mas não agradava mais a Deus. Eli conhecia os pecados de
seus filhos, mas não os corrigiu. Ele não corrigia seus discípulos, ou a si
mesmo. Essa é uma liderança cega (1 Sm. 3:2).
2) Ausência de visão. Um ministério cego
(I Sm. 3:2).
Eli perdeu a visão material e espiritual. Eli representa um ministério que está
velho, cansado e sem visão.
Deus não quer uma igreja complacente com
o pecado. Eli perdeu a visão espiritual. Seu ministério caiu na tradição,
cansou-se e envelheceu. Muitos líderes hoje perderam a visão ministerial, já
não estão mais preocupados com a Obra de Deus. São líderes cegos.
Qual é a sua visão das coisas de Deus?
Qual é a sua visão dos discípulos? Eli representa o ministério que não recebe
mais revelação de Deus (I Sm. 3.16-17). Deus não falava mais com Eli, que havia
perdido a unção para ministrar ao Senhor. Deus havia rejeitado o seu ministério
sacerdotal pois deixou de se revelar a ele.
Tenha cuidado para que não perca o foco
da sua vida, o foco do propósito de Deus para si. Quando se perde a visão
também se para a caminhada. Um cego não anda sozinho.
3) Ausência de autoridade (1 Sm. 3:13). O texto nos
ensina que Eli conhecia os pecados de seus filhos, mas não os corrigia. Hoje
percebemos em grande parte dos ministérios que não há prioridade em correção,
mas em crescimento a qualquer custo. Desde que estejam arrecadando, agradando
para crescer, não precisam exercer sua função como líder de exortar e corrigir
as ovelhas.
4) Ausência de revelação de Deus (1 Sm.
3:16-17). O
texto nos ensina que Deus não falava mais com Eli. Para conhecer a revelação de
Deus teve que consultar a Samuel (uma criança). Um Sacerdote sem revelação é um
desastre, pois é o sacerdote que leva o povo a Deus. Eli havia perdido toda a
unção para ministrar ao Senhor. Deus havia rejeitado o seu ministério
sacerdotal e deixou de se revelar a ele.
Há muitos líderes hoje estão pregando
sem revelação, falando de Deus sem conhecer a sua vontade. Eli já não tinha
mais comunhão com Deus. Esse é o ministério “icabod” (foi-se a glória do
Senhor), que acabou (1 Sm. 2:30 e 33). Eli serviu a Deus durante 40 anos como
Sumo-Sacerdote e no fim de sua vida não tinha discípulos. Foi triste o fim do
ministério de Eli, que morreu sabendo que não havia substituto em sua família
no sacerdócio. E o pior, morreu pela notícia da morte dos seus filhos e da
captura da Arca da Aliança, que era de sua responsabilidade guardar. Assim
acabou, melancolicamente, o vinho velho.
Um
líder sem a verdadeira revelação do Senhor conduz as ovelhas pelo caminho de
sua vontade pessoal, política e financeira. Insiste em falar de Deus, mas sem
revelação, sem conhecer verdadeiramente a vontade revelada de Deus.
Mas Deus já havia preparado o ministério
do vinho novo através de Samuel.
Qual o sacerdócio que representa: Eli ou
Samuel? Como anda a sua vida de comunhão e intimidade com Deus? Eli já não
tinha mais comunhão com Deus. Qual o nível de revelação que tem recebido de
Deus?
5) A morte. Deus julga os sacerdotes Eli
e seus filhos (1 Sm. 4:17-18). O Deus que levanta também é o Deus que
abate. Foi triste o fim do ministério de Eli. Morreu sabendo que não havia
substituto em sua família no sacerdócio. Recebeu a notícia da morte dos seus
filhos e da captura da arca da Aliança que era sua responsabilidade guardar. Acabou
o ministério do vinho velho. Agora Deus já havia preparado o vinho novo através
de Samuel.
Antes do vinho velho se acabar Deus já
havia colocado Jesus na festa para realizar o milagre do vinho novo.
Hoje, Deus está levantando uma nova
geração, uma geração de serviço, uma geração consagrada para o exercício da
obra do Senhor, uma geração que vive no altar – Uma geração do vinho novo –
porque o velho já está se acabando.
b) No Ministério de “Vinho Novo” Temos:
1) Gerado em oração (1 Sm. 1:10-11). O Ministério de
Samuel foi gerado primeiro no mundo espiritual, no coração de Deus, através das
orações de sua mãe Ana. Aqui nasce um ministério forte e cheio da unção de
Deus, pois foi gerado com oração e voto de consagração. Só quem é cheio da
unção de Deus abre a boca e dá glória, começa a louvar.
Hoje em dia vemos muitos ministérios
gerados da vontade da carne, dos interesses pessoais e ambições políticas.
2) Consagrado a Deus (1 Sm. 1:26-28). Samuel foi
levado ao templo para o serviço do Senhor. Todo o ministério que nasce e
permanece assim tem intimidade com Deus, obedece à sua vontade e transborda em
unção.
O Ministério do “vinho novo” é uma
geração sem interesses pessoais ou vaidade, mas voltado para o serviço do Reino
de Deus, consagrando seu tempo, seus bens e sua vontade para o exercício da
obra do Senhor. É uma geração consagrada. É uma geração que vive no altar. A
geração do vinho novo é uma geração de serviço.
3) Com a revelação de Deus (1 Sm. 3:10-15). Eli não ouvia
mais a voz de Deus e estava cego, mas Samuel ouvia a voz de Deus, recebia e
vivia debaixo de Sua revelação. Era um tempo em que revelação era coisa
rara e Deus falava com Samuel.
Assim também é hoje. Deus está
levantando uma geração que tem ouvidos para ouvir a sua voz. Esta geração do
vinho novo está preparada para ouvir a Deus.
4) Gerando renovo e vitórias em Deus (1
Sm. 7:3-13). Se
levanta contra o pecado, produz o genuíno avivamento e leva os abatidos e
feridos de volta a Deus. Ensina através da Palavra de Deus e os prepara para as
batalhas do dia-a-dia, gerando estratégias reveladas para alcançarem a vitória
em Cristo Jesus.
É esta geração que vai trazer o
avivamento de Deus. Vai pregar o arrependimento e se levantar contra o pecado. A
geração do vinho novo vai trazer milhares de vidas ao arrependimento.
A geração de Samuel será uma geração que
vai conquistar territórios e trazer um tempo de paz.
Qual é o ministério que está
desenvolvendo: de Eli ou de Samuel? Você faz parte da geração do vinho novo ou
ainda é vinho velho?
Hoje é o dia de você fazer parte da
geração do vinho novo. Jesus transformou a água em vinho. Se até aqui você foi
só água, agora deixe Jesus transformá-lo em vinho novo.
Deixe que Jesus transforme a sua vida, o
seu ministério e a sua casa em “vinho novo”. Todos nós somos sacerdotes.
Conclusão
Qual é o ministério que você está
desenvolvendo: o do vinho novo ou o do vinho velho? Este é o tempo de você
fazer parte do vinho novo.
Se é um líder que perdeu o tempo de Deus
para a sua vida, que perdeu a unção e a intimidade com Deus, hoje é o dia de
deixar Jesus transformar o seu ministério. Ouça a voz de Deus, espere e receba
a direção de Deus em sua vida e ministério!
E se ainda não entregou a sua vida ao
Senhor, não convidou a Jesus para entrar na sua história, saiba que, se Jesus
transformou aquela água num vinho excelente, muito mais Ele vai fazer na sua
vida. Receba-o agora mesmo. Não há situação ou pessoa que Jesus não possa
transformar!
A Palavra de Deus diz que através de
Jesus todas as coisas são feitas novas.
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