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terça-feira, 13 de novembro de 2012

Geração do Vinho Novo


Texto: João 2:1-11

Introdução
O assunto que mais me atrai e que mais creio ser oportuno de falar, é a respeito do modo como o Senhor Jesus demonstrou a sua vida, sua obra, seu amor e carinho pelas pessoas e em seu ministério o seu poder, sobre a natureza, sobre o pecado, sobre a morte, sobre os poderes das trevas, revelando não haver nada impossível que não pudesse realizar, pois em tudo o que fez e realizou, Ele se sobressaiu. O Novo Testamento revela-nos que o seu domínio, poder e autoridade estão acima dos poderes da morte, do inferno, do diabo e de seus comandados, das enfermidades e da própria natureza. As suas Palavras são sempre atuais e dignas de confiança. Quando lemos qualquer livro histórico, vemos que com o passar do tempo estes perdem seu discurso, se tornam difíceis de entender, ultrapassados, mas a Palavra de Cristo, que é eterna, é atual para mim e para si. Alguns factos a respeito de Jesus geram controvérsia para o homem alheio à Palavra de Deus, isso porque Ele é o verdadeiro Deus e ao mesmo tempo verdadeiro Homem, desta forma sua verdadeira identidade só poderá ser conhecida através da revelação, e a única fonte disponível digna de confiança e que está autorizada para tratar deste assunto é a Bíblia.
Jesus tinha acabado de voltar do deserto da tentação, onde Ele próprio tinha bebido o cálice de angústia. Mas dali, Ele saiu para dar à família humana o cálice da bênção e para consagrar os relacionamentos afetivos da vida humana. Jesus, que oficiou o primeiro casamento no Jardim do Éden, realizou então o Seu primeiro milagre. Onde? Numa festa de casamento.
Para os incrédulos, distorcer e desatualizar o cristianismo é muito fácil, pois ao desconhecerem a Verdade de Deus contida na Bíblia buscam fontes extrabíblicas para sustentar suas afirmações, e se nós não estivermos em sintonia com a Palavra de Deus, poderemos ser enganados e ludibriados por “homens que por meio de astúcia enganam fraudulosamente” (Ef. 4:14). Suas doutrinas existem apenas para por meio do engano, pôr em descrédito a Palavra do Deus Vivo que é bendito para sempre.
Para falarmos do início do ministério de Jesus, o Verbo Vivo de Deus, é necessário termos em mente que a ação do Espírito Santo foi realizada de uma forma, digamos, tríplice para o ministério de Jesus na terra:
Houve a manifestação da pregação e o ensino;
Houve a realização de sinais e milagres;
Houve uma escolha, preparação e capacitação de discípulos para divulgarem e continuarem a obra.
Jesus iniciou o seu ministério de forma gradativa, aumentando o ritmo de trabalho até se tornar bastante conhecido a ponto de chamar a atenção das autoridades religiosas de sua época, que percebendo o crescimento de seus seguidores, passaram a se sentir incomodados pelo movimento que poderia provocar algum tipo de reação do império romano, dominante na época de territórios da nação de Israel, podendo causar graves consequências à nação de Judá.
Jesus Iniciou o seu Ministério de uma Forma Estratégica,
Fazendo Sinais.
Nestes três primeiros versos do texto, podemos destacar a personagem principal: Maria. A primeira a ser mencionada e a primeira a estar ciente da falta do vinho.
O diálogo que Maria tem com Jesus, demonstra uma iniciativa peculiar de um relacionamento natural entre mãe e filho. Jesus aqui ainda não havia iniciado o seu ministério; ele era apenas o filho de Maria.
Está bem claro que neste ponto da festa que, não somente acabara o vinho, mas também o senhorio de Maria mãe sobre o Jesus filho. Juntamente com o vinho, aquele relacionamento natural se havia esgotado. Aliás, neste ponto da festa marca o final dessas coisas, mas também se inicia o período de novas coisas. Este primeiro milagre foi altamente estratégico e com repercussões eternas.
Podemos assinalar pelo menos seis elementos característicos da primeira parte dessa festa: o senhorio de Maria sobre Jesus, a impossibilidade de Maria em resolver o problema, um vinho pronto, um vinho que não é suficiente, um vinho com qualidade inferior conforme classificado pelo mestre-sala no versículo 10 e, Jesus presente como um filho natural de Maria. No entanto, no versículo 4, disse-lhe Jesus: “Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora”. Havemos de concordar, que um filho não fala assim com a sua própria mãe. O que está acontecendo? É o início de um novo período. Jesus está prestes a conduzir a segunda parte da festa. O Senhor Jesus não estava na festa como Jesus filho de Maria, mas como o Senhor e Salvador Jesus Cristo, filho do Deus vivo, e como tal, não se submete aos desejos humanos, mas somente aos de Deus. Tinha chegado a hora dEle começar seu ministério.
E uma das coisas mais fantásticas nessa história é a sensibilidade de Maria em perceber que a hora de Jesus havia chegado. O texto não nos traz detalhes, no entanto podemos imaginar que Maria viu o seu filho com um olhar diferente e cheio da autoridade celestial. “Sua mãe disse aos serventes: Fazei tudo quanto ele vos disser” (v. 5).
Até aquele momento, Maria tinha autoridade de mãe sobre Jesus, porém era como se dissesse: “Meu filho cumpri a missão que Deus me deu como sua mãe, porém de agora em diante é consigo”! Este ato é de uma verdadeira serva, consciente de sua função no reino de Deus.
Agora é o início da segunda parte da festa, o início do primeiro sinal público do ministério de Jesus que foi o realizado num casamento em Caná da Galileia. O apóstolo João faz uma maravilhosa apresentação do milagre da água transformada em vinho nas bodas de Canaã da Galileia (Jo. 2:1-10). O próprio apóstolo afirma em seu evangelho que com este milagre “Jesus deu princípio a seus sinais, em Canaã da Galileia; manifestou a sua glória e os seus discípulos creram n'Ele” (v.11). Pelo texto podemos perceber que os discípulos já haviam sido chamados pelo Mestre, e Ele em sua magnífica sabedoria realizou os sinais na presença de seus discípulos com a finalidade de que estes pudessem crer n'Ele.
Um novo tempo está prestes a começar e com ele novos elementos característicos: a serva Maria, um vinho originado de uma transformação, um vinho suficiente, um vinho com qualidade superior conforme classificado pelo mestre-sala no versículo 10 e, Jesus como o Senhor e com poder para resolver o problema.
E estavam ali postas seis talhas de pedra”. O número seis indica o inacabamento em oposição ao “sete” que indica a totalidade. Portanto, há algo de imperfeito. Estas talhas pois, são de pedra e não de barro, portanto pesadas, imóveis. Para que é que serviam estas talhas? Para os ritos da purificação dos judeus”. No texto original não existe a palavra ‘rito’. Fala-se simplesmente de “purificação dos judeus”. Eis que aqui, no centro do episódio, o evangelista aponta o motivo pelo qual falta o amor. Porque falta o amor? Porque um relacionamento com Deus alicerçado só sobre a observância da lei fazia sentir o povo sempre indigno, sempre culpado... E sabemos que quando nos sentimos sempre culpados, não podemos experimentar o amor de Deus. Eis o problema que existe neste casamento onde falta o vinho, falta o amor: a purificação quer dizer uma religião, uma lei que fazia sempre sentir as pessoas indignas e sempre culpadas. Além do mais, o evangelista afirma que “em cada uma cabiam dois ou três almudes”, ou mais e portanto havia sempre esta capa pesada da purificação.
E agora a intervenção de Jesus: “Encham de água essas talhas. E encheram-nas até em cima” (vs. 6-7). As talhas não vão conter nunca mais a água da purificação. Será o próprio Jesus que irá fornecer a verdadeira água da purificação. “Agora tirem e levem ao mestre-sala”. Aparece pela primeira vez um personagem importante que é o mestre-sala. Nestes almoços que podiam ter a duração de uns dias, havia um encarregado que devia vigiar o desenrolar da festa e, sobretudo devia ficar atento às provisões. No entanto este personagem importante não percebe que está faltando vinho. Este personagem na língua grega é “arquitriclino”. A primeira parte desta palavra é a mesma que inicia também a palavra “sumo-sacerdote” e representa os chefes do povo. Os chefes não se dão conta da situação do povo, que está sem amor. Para eles não interessa. No entanto Jesus diz: ”Agora tirem e levem ao mestre-sala”. E eles levaram. “Este provou a água transformada em vinho” e ficou surpreso com o noivo, pois ele pensou que fosse o noivo que tivesse guardado o vinho bom para o final da festa, e o costume era ao contrário, os noivos guardavam o vinho inferior para o final, só que ele não sabia que Jesus tinha transformado a água em vinho e por isso era o melhor vinho. As talhas não conterão nunca vinho, símbolo do Espírito que Jesus vai efundir, mas a água que se torna vinho quando é haurida das talhas. De facto o texto diz: “Os que serviam estavam sabendo, pois foram eles que tiraram a água”, portanto as talhas têm água, mas quando a tiram ela se transforma em vinho, porque o vinho é o dom de Jesus, é a nova aliança alicerçada sobre o amor.
Naqueles versículos acima ouve a consumação do milagre, onde Jesus transformou a água, que estava nas talhas, em vinho bom. A hora de Jesus havia chegado, e o que fica claramente evidente é que Ele escolhe as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias, as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes, as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são, conforme revelado por Paulo em 1 Coríntios 1:27-28.
Essa é uma das principais características do ministério de Jesus. Conforme aquela água, Ele ordena seus servos a buscarem pessoas que estão no fundo do poço, nos rios da vida ou com a vida indo pelo rio abaixo e acomoda-os nas igrejas (talhas) a fim de transformá-los e dar sabor e cor às suas vidas para sempre.
Jesus não espera que estejamos prontos. Ele quer operar um milagre de transformação em nossas vidas, a ponto de outras pessoas perceberem isso. Não somente vidas, mas tudo. Precisamos compreender que na segunda parte da festa, tudo pode mudar porque Jesus o Filho do Deus vivo está presente. “E disse-lhes: Tirai agora, e levai ao mestre-sala. E levaram. E, logo que o mestre-sala provou a água feita vinho (não sabendo de onde viera, se bem que o sabiam os serventes que tinham tirado a água), chamou o mestre-sala ao esposo. E disse-lhe: Todo o homem põe primeiro o vinho bom e, quando já têm bebido bem, então o inferior; mas tu guardaste até agora o bom vinho” (vs. 8-11).
O vinho que representa a alegria e o prazer mostrou-se inferior e insuficiente na primeira parte da festa. Isso aponta para os prazeres dessa vida que se comparados aos valores eternos ensinados por Jesus, são insuficientes para nos satisfazer por completo.
De facto, o vinho no mundo bíblico é símbolo da bênção abundante de Deus e símbolo do Reino que vem. O facto de não haver mais vinho no banquete significa que o reino ainda estava longe. A intervenção da Mãe não é uma intercessão de salvação, mas mais do que isso é uma disponibilidade total de Maria à obediência, qual figura de Israel que acolhe as condições ainda desconhecidas da nova e definitiva aliança que Deus realiza em Jesus Cristo. As palavras da mãe de Jesus, a sua ordem, repetem aquilo que o povo disse a Moisés depois da aliança “Tudo o que o Senhor mandar fazer nós o faremos”.
É necessário reconhecer que o vinho dos prazeres deste mundo já se acabou ou está prestes a se esgotar; a religiosidade tradicional cultural familiar, caracterizado em nossa geração principalmente pelo culto à personalidade e a Maria, ainda que essa nunca rogou isso, não será capaz de trazer respostas às nossas indigências. Tudo fica sem significado e vazio sem a ação de Jesus em nossas vidas e em nossa história. Só Ele pode produzir um vinho novo. Chame-o para fazer parte da festa de sua vida.
O Segundo Vinho Produzido por Jesus,
foi Eleito Melhor do que o Anterior
Não vamos discorrer sobre o casamento em Canaã, nem sobre aquele milagre, mas vamos ver aqui dois tipos de vinho, dois tipos de ministérios, dois tipos de sacerdotes.
Mas, voltemos agora às talhas. Jesus disse: “enchei de água estas talhas, e as encheram até em cima”. Estas talhas como é descrito no texto serviam para a purificação dos Judeus. O que compreendemos com isso é que o vinho novo que é a representação do sangue de Cristo substitui completamente tanto o vinho antigo que representa o sangue dos animais que eram derramados no antigo pacto, como também a água usada para a purificação dos Judeus, pois ele é completo e suficiente, não havendo necessidade de outros elementos físicos para a remissão dos pecados. Mais um facto a ser notado nesta narrativa é a confeção das talhas, o texto diz que elas eram de pedra, e isto nos conduz a mais uma visão poderosa da profecia contida nesta narrativa. Pois o facto daquelas talhas serem de pedra é para mostrar-nos que estas talhas representam a Rocha que é Cristo o principal fundamento da Igreja, e isto desde o princípio, pois está escrito: “Porque dele, e por ele, e para ele são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém”! (Rm. 11:36). “Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez” (Jo.1:3).
O que nos revela esta palavra é que: o primeiro vinho que faltou é o símbolo da primeira Aliança onde era derramado o sangue dos bodes e de carneiros, é o primeiro vinho representado pelo sangue destes animais. Já o segundo vinho, o melhor, é o pacto da nova Aliança no sangue de Jesus, o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, por isso é superior, é o melhor. Pois está escrito: “tira o primeiro e estabelece o segundo” aleluia!
O vinho velho, o antigo homem, necessita de acabar, Adão foi um vinho inferior, Jesus é aquele que foi guardado, para consumação de todas as coisas. Deus transformou o mundo, o milagre da água transformada em vinho, como disse João, manifestou a glória de Jesus. Algumas pessoas contestam as implicações morais, a coerência desse acontecimento, como se Jesus tivesse provocado uma bebedeira generalizada, mas o Espírito Santo explica, que o fermento faz parte da corrupção, enquanto Jesus veio nos salvar dela.
Aqueles que compreenderam o milagre, a transformação, facilmente deduziram em suas mentes, que somente Jesus é capaz de modificar alguma coisa, de acabar com a confusão, de restabelecer a paz. O coração do noivo encheu-se de contentamento, e a noiva jamais iria esquecer tamanha benevolência, que salvou o seu casamento das críticas. Jesus futuramente se tornaria noivo, antes porém da consumação, por isso, ele necessitava de declarar o seu amor à igreja, se entregando por ela: ” ...para santificá-la, tendo-a purificado pelo lavar da água mediante a palavra, e apresentá-la a si mesmo como igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou coisa semelhante, mas santa e inculpável “ (Ef. 5:26-27).
Mas não podemos nos esquecer que sempre, a cada dia e todos os dias, devemos nos submeter ao Espírito Santo, pois através dele é que Jesus continuamente nos transformará, até à sua vinda.
O vinho novo era melhor que o primeiro e representa o ministério que Jesus estava iniciando, o ministério da Graça.
Nos dias atuais, diante do comportamento materialista de grande parte de nossos “sacerdotes”, necessitamos de um milagre em nosso meio, onde Jesus possa transformar esses ministérios de “vinho velho” ou substituí-los por ministérios de “vinho novo”, ministérios cheios da unção e do poder de Deus, assim como fez de Eli para Samuel. Observamos algumas diferenças nesses dois Ministérios.
b) No Ministério de “Vinho Velho” Temos:
1) Ausência de discernimento espiritual (1 Sm. 1:12-15). Percebemos que no Ministério de Eli, ele não tinha discernimento entre as coisas carnais e espirituais, chegando ao ponto de confundir a oração de Ana, que pedia um filho a Deus, com embriaguez.
Isso acontece nos dias de hoje no nosso meio quando vemos líderes misturando discernindo carnal com o espiritual, o santo com o profano, assim como foi entre Eli e seus filhos (sacerdotes na Casa de Deus), que tomavam no altar do Senhor qualquer parte da oferta que era trazida para holocausto, sem observar os princípios da lei do holocausto. “Eram, porém, os filhos de Eli filhos de Belial; não conheciam ao Senhor” (1 Sm. 2:12). Não estavam preocupados em fazer a verdadeira vontade de Deus, mas sim em realizar seus prazeres, assim como vemos hoje dia. A verdadeira arrogância e maldade é não ter o coração de olhar para a graça de Deus
Este é o ministério do vinho velho, que alcançou uma posição mas não agradava mais a Deus. Eli conhecia os pecados de seus filhos, mas não os corrigiu. Ele não corrigia seus discípulos, ou a si mesmo. Essa é uma liderança cega (1 Sm. 3:2).
2) Ausência de visão. Um ministério cego (I Sm. 3:2). Eli perdeu a visão material e espiritual. Eli representa um ministério que está velho, cansado e sem visão.
Deus não quer uma igreja complacente com o pecado. Eli perdeu a visão espiritual. Seu ministério caiu na tradição, cansou-se e envelheceu. Muitos líderes hoje perderam a visão ministerial, já não estão mais preocupados com a Obra de Deus. São líderes cegos.
Qual é a sua visão das coisas de Deus? Qual é a sua visão dos discípulos? Eli representa o ministério que não recebe mais revelação de Deus (I Sm. 3.16-17). Deus não falava mais com Eli, que havia perdido a unção para ministrar ao Senhor. Deus havia rejeitado o seu ministério sacerdotal pois deixou de se revelar a ele.
Tenha cuidado para que não perca o foco da sua vida, o foco do propósito de Deus para si. Quando se perde a visão também se para a caminhada. Um cego não anda sozinho.
3) Ausência de autoridade (1 Sm. 3:13). O texto nos ensina que Eli conhecia os pecados de seus filhos, mas não os corrigia. Hoje percebemos em grande parte dos ministérios que não há prioridade em correção, mas em crescimento a qualquer custo. Desde que estejam arrecadando, agradando para crescer, não precisam exercer sua função como líder de exortar e corrigir as ovelhas.
4) Ausência de revelação de Deus (1 Sm. 3:16-17). O texto nos ensina que Deus não falava mais com Eli. Para conhecer a revelação de Deus teve que consultar a Samuel (uma criança). Um Sacerdote sem revelação é um desastre, pois é o sacerdote que leva o povo a Deus. Eli havia perdido toda a unção para ministrar ao Senhor. Deus havia rejeitado o seu ministério sacerdotal e deixou de se revelar a ele.
Há muitos líderes hoje estão pregando sem revelação, falando de Deus sem conhecer a sua vontade. Eli já não tinha mais comunhão com Deus. Esse é o ministério “icabod” (foi-se a glória do Senhor), que acabou (1 Sm. 2:30 e 33). Eli serviu a Deus durante 40 anos como Sumo-Sacerdote e no fim de sua vida não tinha discípulos. Foi triste o fim do ministério de Eli, que morreu sabendo que não havia substituto em sua família no sacerdócio. E o pior, morreu pela notícia da morte dos seus filhos e da captura da Arca da Aliança, que era de sua responsabilidade guardar. Assim acabou, melancolicamente, o vinho velho.
Um líder sem a verdadeira revelação do Senhor conduz as ovelhas pelo caminho de sua vontade pessoal, política e financeira. Insiste em falar de Deus, mas sem revelação, sem conhecer verdadeiramente a vontade revelada de Deus.
Mas Deus já havia preparado o ministério do vinho novo através de Samuel.
Qual o sacerdócio que representa: Eli ou Samuel? Como anda a sua vida de comunhão e intimidade com Deus? Eli já não tinha mais comunhão com Deus. Qual o nível de revelação que tem recebido de Deus?
5) A morte. Deus julga os sacerdotes Eli e seus filhos (1 Sm. 4:17-18). O Deus que levanta também é o Deus que abate. Foi triste o fim do ministério de Eli. Morreu sabendo que não havia substituto em sua família no sacerdócio. Recebeu a notícia da morte dos seus filhos e da captura da arca da Aliança que era sua responsabilidade guardar. Acabou o ministério do vinho velho. Agora Deus já havia preparado o vinho novo através de Samuel.
Antes do vinho velho se acabar Deus já havia colocado Jesus na festa para realizar o milagre do vinho novo.
Hoje, Deus está levantando uma nova geração, uma geração de serviço, uma geração consagrada para o exercício da obra do Senhor, uma geração que vive no altar – Uma geração do vinho novo – porque o velho já está se acabando.
b) No Ministério de “Vinho Novo” Temos:
1) Gerado em oração (1 Sm. 1:10-11). O Ministério de Samuel foi gerado primeiro no mundo espiritual, no coração de Deus, através das orações de sua mãe Ana. Aqui nasce um ministério forte e cheio da unção de Deus, pois foi gerado com oração e voto de consagração. Só quem é cheio da unção de Deus abre a boca e dá glória, começa a louvar.
Hoje em dia vemos muitos ministérios gerados da vontade da carne, dos interesses pessoais e ambições políticas.
2) Consagrado a Deus (1 Sm. 1:26-28). Samuel foi levado ao templo para o serviço do Senhor. Todo o ministério que nasce e permanece assim tem intimidade com Deus, obedece à sua vontade e transborda em unção.
O Ministério do “vinho novo” é uma geração sem interesses pessoais ou vaidade, mas voltado para o serviço do Reino de Deus, consagrando seu tempo, seus bens e sua vontade para o exercício da obra do Senhor. É uma geração consagrada. É uma geração que vive no altar. A geração do vinho novo é uma geração de serviço.
3) Com a revelação de Deus (1 Sm. 3:10-15). Eli não ouvia mais a voz de Deus e estava cego, mas Samuel ouvia a voz de Deus, recebia e vivia debaixo de Sua revelação. Era um tempo em que revelação era coisa rara e Deus falava com Samuel.
Assim também é hoje. Deus está levantando uma geração que tem ouvidos para ouvir a sua voz. Esta geração do vinho novo está preparada para ouvir a Deus.
4) Gerando renovo e vitórias em Deus (1 Sm. 7:3-13). Se levanta contra o pecado, produz o genuíno avivamento e leva os abatidos e feridos de volta a Deus. Ensina através da Palavra de Deus e os prepara para as batalhas do dia-a-dia, gerando estratégias reveladas para alcançarem a vitória em Cristo Jesus.
É esta geração que vai trazer o avivamento de Deus. Vai pregar o arrependimento e se levantar contra o pecado. A geração do vinho novo vai trazer milhares de vidas ao arrependimento.
A geração de Samuel será uma geração que vai conquistar territórios e trazer um tempo de paz.
Qual é o ministério que está desenvolvendo: de Eli ou de Samuel? Você faz parte da geração do vinho novo ou ainda é vinho velho?
Hoje é o dia de você fazer parte da geração do vinho novo. Jesus transformou a água em vinho. Se até aqui você foi só água, agora deixe Jesus transformá-lo em vinho novo.
Deixe que Jesus transforme a sua vida, o seu ministério e a sua casa em “vinho novo”. Todos nós somos sacerdotes.
Conclusão
Qual é o ministério que você está desenvolvendo: o do vinho novo ou o do vinho velho? Este é o tempo de você fazer parte do vinho novo.
Se é um líder que perdeu o tempo de Deus para a sua vida, que perdeu a unção e a intimidade com Deus, hoje é o dia de deixar Jesus transformar o seu ministério. Ouça a voz de Deus, espere e receba a direção de Deus em sua vida e ministério!
E se ainda não entregou a sua vida ao Senhor, não convidou a Jesus para entrar na sua história, saiba que, se Jesus transformou aquela água num vinho excelente, muito mais Ele vai fazer na sua vida. Receba-o agora mesmo. Não há situação ou pessoa que Jesus não possa transformar!
A Palavra de Deus diz que através de Jesus todas as coisas são feitas novas.

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