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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

O Partir do Pão


“E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações” (At. 2:42).
Introdução
O livro de Atos conta a história da Igreja Primitiva e da direção fiel de Deus ao descobrirem e viverem sua fé nas situações de todos os dias. Nos versículos que levam ao segundo capítulo de Atos, encontramos os discípulos esperando numa casa em Jerusalém pelo Espírito Santo prometido (At.1:4-5).
A Igreja Cristã nasceu dez dias mais tarde quando o Espírito Santo veio. Com aquele nascimento, veio a mudança que surpreendeu tanto os discípulos quanto os habitantes de Jerusalém. Deus começou a fazer coisas miraculosas através do ministério daqueles líderes da igreja primitiva que agora estavam cheios do Espírito Santo. Este estudo destaca algumas das atividades dos primeiros cristãos logo após a vinda do Espírito Santo e chama a atenção para a forma como a Igreja se organizou nos anos seguintes. O que a igreja primitiva tinha que atraía as pessoas a ela? O que tinham aqueles primeiros cristãos que falavam aos corações de seus amigos e vizinhos? O que poderia ter persuadido pessoas comuns para arriscarem a sua vida como parte dessa nova fé?
Nossa futura utilidade no reino de Deus depende de abraçarmos essa identidade como Igreja e essa fé como povo cristão. Saber no que acreditamos e por que acreditamos é essencial ao nos encontrarmos na arena global de nossos dias.
A leitura do livro de Atos dos Apóstolos, no Novo Testamento, na Bíblia Sagrada, dá uma diretriz precisa sobre a importância de os cristãos terem um grupo de comunhão para compartilhar, encorajar-se mutuamente, motivar-se para a missão e orar uns pelos outros. Na verdade, nos cinco primeiros capítulos, tal importância já é revelada com clareza. A comunhão regular com irmãos e irmãs de fé numa mesma comunidade é parte imprescindível da caminhada com Jesus.
O autor de Atos, que é Lucas, descreve como a igreja primitiva era e ele nos diz que as pessoas eram atraídas a ela. Havia algo sobre aqueles crentes que fazia com que outros quisessem arriscar as suas vidas para serem parte da comunidade. Havia algo tão diferente, tão real e tão autêntico sobre a fé deles que atraía novos crentes todos os dias, o que é bem impressionante, considerando que as autoridades estavam fazendo todo o possível para exterminar esse novo cristianismo.
Logo no capítulo 1, v. 14, lemos que “todos eles (apóstolos e discípulos de Jesus) se reuniam sempre em oração”. A prática da oração coletiva é um dos privilégios que podemos desfrutar nesses encontros regulares. Quando as pequenas brasas do coração de cada um se juntam, o resultado é o aquecimento geral das nossas emoções e a intensificação do clamor. Porque o resultado mais importante é a certeza de que Deus está atento ao que se diz naquele lugar, de maneira ainda mais especial.
Em Atos 2:1, somos informados que os discípulos “estavam todos reunidos num só lugar”. E no v. 42, sabemos que “se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações”. Em 2:44, 46, está registado que eles “todos os dias, continuavam a reunir-se no pátio do Templo, e partiam o pão em suas casas...” Percebe-se então que eles eram muito próximos. Eles se reuniam todos os dias no templo com um mesmo coração. Eles eram de uma mesma mente, a mente de Cristo. Eles viam Cristo uns nos outros e se amavam uns aos outros. Eles partiam o pão em casa, e em algumas versões é dito que eles partiam o pão de casa em casa. Toda a vez que tinham uma refeição eles se lembravam do Senhor partindo o pão. Eles recebiam o que o Senhor lhes dava com ações de graças. Eles se lembravam do Senhor a cada refeição. Eles eram pessoas que louvavam a Deus. Eles eram um povo adorador, e tinham favor de todos.
Em Atos 2:42-47, conseguimos ter uma visão da igreja primitiva, que nos ajuda a entender porque tantos estavam dispostos a se tornarem novos crentes mesmo que às vezes isso custasse tudo. Era autêntico, uma amizade que cuidava uns dos outros. Era uma “família” da forma que deve ser. E era um cristianismo honesto.
Agora vejamos o que diz o capítulo 4, versículo 32: “e a mente e alma da multidão daqueles que criam era uma, e ninguém dizia que aquilo que possuía era seu, mas tinham todas as coisas em comum. E com grande poder os apóstolos testemunhavam da ressurreição do Senhor Jesus. E havia grande graça sobre todos”.
Então, vemos desde o início que aqueles que creem no Senhor Jesus vivem uma vida de igreja. Eles vivem como um corpo. Eles são membros uns dos outros. Eles amam uns aos outros. E eles cuidam uns dos outros. Eles são um. Isso é a vida da igreja. Isso é vida do corpo. E isso é a vida que Deus quer que nós vivamos.
O livro de Atos dos Apóstolos e as cartas de Paulo trazem lindos relatos de como os cristãos eram unidos, de como se preocupavam uns com os outros... A Palavra diz que eles permaneciam na doutrina dos apóstolos, que era a mesma doutrina de Cristo, anunciando a mensagem da cruz que é loucura para os que perecem, mas para nós que somos salvos é o poder de Deus (1 Co. 1:18). Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos por intermédio dos apóstolos. Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade.
Também perseveravam juntos em encontros de oração, tanto no pátio do templo judaico, local de reuniões inserido na cultura da época, e, todos os dias, de casa em casa, partiam o pão e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos (At. 2:42-47). Uma coisa muito interessante que comumente vemos acontecer no meio evangélico são os ensinamentos de como que se deve perseverar, ensinando a viver uma perseverança com cheiro de esforço humano, justiça própria, ignorando as palavras do apóstolo Paulo: “Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo” (1 Co. 15:10).
A compaixão é um atributo básico da igreja de Cristo; esta não pode existir onde a obediência fiel às Palavras de Jesus não esteja presente; nem tampouco pode existir, a menos que a compaixão abunde como uma expressão do próprio coração de Cristo. Cristãos verdadeiros têm um amor fraterno ativo, o qual é gerado pelo amor de Deus que habita em seus corações. João escreveu: “Ora, aquele que possuir recursos deste mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus” (1 Jo. 3:17)?
Dá para notar como era o convívio, a comunhão e a harmonia... Claro que aqui e ali havia alguns ajustes a fazer. Mas era um tipo de relacionamento que impactava até mesmo as pessoas que não faziam parte daquela comunidade cristã. Aqueles discípulos tinham realmente aprendido com Jesus sobre o amor ao próximo e sobre unidade. Devemos seguir este exemplo e agradecer a Deus pelo que eles demonstraram ser possível acontecer, e orar para que, cada vez mais, consigamos manter este tipo de comunhão, na prática, em nossas comunidades e igrejas hoje.
1)    Eles sabiam no que criam.
Não era um jogo. Aqueles cristãos eram da pesada. A escolha e a fé deles significava sacrifício, então eles tinham que saber, ao estarem se envolvendo, que Jesus era real. O versículo 42 diz que: ‘eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos’ e nós percebemos isso por todo o livro de Atos. A palavra-chave nesse texto é perseverar, que nos traz a ideia de continuidade, permanência e persistência. Os primeiros cristãos permaneciam na doutrina dos apóstolos, que era a mesma doutrina de Cristo, anunciando a mensagem da cruz que é loucura para os que perecem, mas para nós que somos salvos é o poder de Deus (1 Co. 1:18). Eles conheciam a história da morte, enterro, ressurreição, ascensão e retorno de Jesus; Sua história é contada e recontada no livro de Atos. Outra parte da ‘devoção ao ensino dos apóstolos’ era a determinação de contar a história de Jesus onde quer que eles fossem. Aquela mesma mensagem foi levada para a Palestina e para o Império Romano pelos discípulos que contavam os mesmos factos em lugares diferentes. Eles fizeram isso sob circunstâncias perigosas e a maioria deles teve morte de mártires.
O Espírito Santo, através da obediência dessas pessoas ao evangelho e ao ensino dos apóstolos, concedeu aos membros da igreja de Cristo uma unicidade de mente. Lucas disse: “Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum” (At. 2:44). E depois acrescentou: “Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração” (At. 2:46).
Uma coisa muito interessante que comumente vemos acontecer no meio evangélico são os ensinamentos de como que se deve perseverar, ensinando a viver uma perseverança com cheiro de esforço humano, justiça própria, ignorando as palavras do apóstolo Paulo: “Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo” (1 Co. 15:10).
A perseverança do cristão está baseada no que ele é, e não, no que ele faz. Está baseada na ação de Cristo no cristão e não na ação do Cristão. O apóstolo Paulo expressa no texto acima primeiro o que ele é pela graça, depois o que ele faz por meio da graça. A perseverança está diretamente ligada ao que somos. Permanecer na doutrina dos apóstolos é tarefa para novas criaturas, para filhos genuínos, gerados pela Palavra. A perseverança dos santos está diretamente ligada à santificação, que é o processo pelo qual o Espírito Santo torna os eleitos cada vez mais semelhantes a Jesus Cristo em tudo o que fazem, pensam e desejam.
Mas, quotidianamente, o que vemos, infelizmente, são movimentos contrários à verdade, pastores que são verdadeiros lobos em pele de cordeiro, advogados do diabo. Todos os dias, no rádio, na TV, e na internet os vemos pregando o evangelho da marcha ré. Quando não é assim, aparecem os “super-crentes”, filhos “maduros”, com corpos suados de tanto desempenharem os ativismos da madureza, pregando que a palavra da cruz é somente um detalhe, e o que importa realmente é a “maturidade”. Mas sobre isso o apóstolo Paulo também já nos advertiu: “Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos e se apartem da simplicidade que há em Cristo” (2 Co. 11:3).
Não devemos deixar que as divisões do mundo cristão confundam a simplicidade de seguirmos a Cristo como Sua igreja. A igreja não é um corpo feito por mãos humanas. Ela é um grupo de pessoas que se submeteram à mensagem do Espírito Santo e, em obediência ao evangelho, foram unidas pelo Espírito Santo na igreja de Cristo. Pertencem somente a Cristo. Não olham para uma liderança humana, mas são guiadas pela cabeça do corpo, Cristo, através de Sua Palavra revelada. Veem como sinal de fidelidade a Cristo a submissão à Sua Palavra inspirada. A Bíblia guia a adoração dos cristãos, seu trabalho como mãos de Cristo no mundo e seu viver diário por Cristo.
É a crença de que só Jesus tem o poder de nos salvar e porque Ele morreu, nós podemos ter o tipo de relacionamento que precisamos com Deus. É a crença de que o sangue verdadeiro que jorrou de marcas verdadeiras de um Jesus real, que realmente viveu, que de alguma forma paga a dívida de todas as pessoas desagradáveis e más e de suas ações em nosso mundo. E paga a dívida das coisas que talvez nem sejam consideradas pecado de verdade, como a piadinha que eu contei ou a prova que colei. Isso não só envolve perdão, mas adoção na família de Deus e na herança que sobressai a qualquer coisa que o mundo possa tentar oferecer. E essa fé, essa crença, carrega a mensagem real de que o bónus não chega só no final quando morremos e vamos para o céu. O bónus é para agora – o bónus é ver circunstâncias mudadas, vidas mudadas e um planeta mudado hoje.
2)    Eles eram unidos.
Não era simplesmente um monte de pessoas que criam na mesma coisa. A unidade que eles tinham era quase irreal, porque ela unia pessoas de diferentes grupos sociais e económicos. Naqueles dias, os escravos nunca se assentavam na mesa com um mercador rico, mas eles o faziam nessa nova comunidade de fé. Todos eram tratados com igualdade. As barreiras que separavam as pessoas foram destruídas. Mais barreiras caíram quando eles começaram a olhar para as necessidades materiais uns dos outros. Os versículos em Atos nos dizem que eles realmente vendiam suas coisas para poder cuidar daqueles que tinham necessidade.
Ao contemplarmos a bela unidade que existia na igreja edificada por Jesus, recordamos a importância deste primeiro quadro da igreja. Este quadro nos apresenta o resultado da vida e morte de Cristo na terra. Que tipo de igreja Cristo veio estabelecer ou criar? Seria uma grande organização com muitos corpos designados por diferentes nomes, vivendo segundo credos diferentes e sem comunhão uns com os outros? Ou Ele criou um corpo unido sobre o qual ele reina como cabeça? Em Atos 2, vemos a imagem mais nítida de, talvez, todo o Novo Testamento, do que Jesus quer que a sua igreja seja e de como Ele quer que ela viva no mundo. Esse quadro, indubitavelmente, revela que a unidade de mente e de vida caracterizava a igreja. Hoje também é isso o que Cristo deseja para a Sua igreja. A divisão que prevalece por todo o mundo religioso é um sinal certo de que o homem, em sua sabedoria terrena, deixou a igreja de Cristo e fabricou igrejas por sua própria conta.
A unidade da igreja do Senhor pode ser ilustrada pelo casamento. Um homem e uma mulher, que são diferentes nas experiências de formação e na vida familiar, tornam-se um no matrimónio (Ef. 5:31). Após a celebração do enlace, emergem como uma nova família. Agora, pertencem um ao outro, e adquirem uma nova natureza. As ambições egoístas e os objetivos pessoais morrem; novas ambições e objetivos para o bem da nova família ganham vida. Coabitam em unidade, sendo um em alma e coração, trabalhando juntos em prol da manutenção, do amor e do futuro de seu lar. Como conseguiram obter essa unidade? Foi através do mútuo consentimento de entrarem no casamento e do cumprimento da lei matrimonial. Como mantêm essa unidade? Amando um ao outro, cuidando um do outro, perdoando um ao outro, honrando os votos de núpcias e honrando o abençoado estado civil de casados.
Isso não é verdadeiro quando aplicado à igreja? Como tomamos parte da unidade da igreja? Por consentimento pessoal, decidimos entregar nossas vidas ao evangelho de Cristo e entrar no Seu corpo, a igreja. Ao entrarmos nesse corpo, somos unidos pelo Espírito Santo a Cristo e a cada membro. Com uma só mente e coração, começamos a amar, servir e viver como Seu corpo. Como mantemos essa unidade? Mantemos a unidade intacta amando e nos perdoando mutuamente e honrando a Palavra de Cristo na adoração, no serviço e no viver diário.
Uma característica inegável da igreja de Cristo é a unidade. A verdadeira igreja de Cristo não pode existir onde há divisão. Recebemos essa unidade do Espírito Santo, quando entramos no corpo de Cristo; e, à medida que vivemos como Seu corpo, ou a mantemos ou a destruímos. Divisão no corpo de Cristo deve ser algo inadmissível para todo o cristão. Segundo a ilustração do Espírito Santo, o único lugar onde se pode encontrar unidade neste mundo é no corpo de Cristo.
3)    Eles comiam juntos.
Não parece extremo dizer que eles simplesmente ‘comiam juntos’, conversavam sobre Deus e faziam outras coisas juntos. A Igreja de Cristo não é uma religião. É uma comunhão sincera entre irmãos, que pertencem a um mesmo Corpo e Senhor, sem sectarismos, dissensões, denominacionalismos, institucionalismos, vaidades pessoais e os rituais e conceitos próprios das grandes religiões. Os versículos em Atos chamam isso de ‘partir o pão’ e eles estavam realmente falando de duas atividades diferentes. No versículo 42 o ‘partir o pão’ é a Santa Ceia. Novamente, o rico tinha privilégios especiais, então compartilhar qualquer atividade com um escravo era um absurdo. Também era algo radicalmente perigoso de se fazer. Pense nisso.
A Santa Ceia, o mais importante de todos, pois a Santa Ceia é uma celebração em memória da morte do Senhor e Salvador Jesus Cristo que derramou seu sangue para nos salvar, parece bem normal para nós, mas era absolutamente nova para a Igreja primitiva. Jesus disse para eles fazerem isso bem antes de morrer. As pessoas ficaram horrorizadas quando ouviram que esse novo grupo chamado de ‘cristãos’ ou ‘seguidores de Cristo’ estavam comendo o corpo e bebendo o sangue de Jesus. Os cristãos do primeiro século eram chamados de ‘canibais’ e as pessoas acreditavam em coisas bem nojentas sobre eles. Mais tarde, o versículo 46 fala sobre outro tipo de ‘partir o pão’ e ‘comer junto’ e se refere a ter refeições juntos. Com esse versículo, nós sabemos que eles passavam tempos de socialização juntos também. Novamente, isso era um passo radical, num século onde ninguém cruzava linhas sociais, étnicas e económicas.
4)    Eles oravam juntos.
Orar era algo muito diferente antes da vinda de Jesus. A partir de Atos sabemos que eles oravam juntos como grupo e suas orações eram espontâneas e vinham diretamente do coração, porque eles sabiam que estavam falando com Jesus, seu amigo, que tinha andado nas mesmas ruas e comido as mesmas comidas, e falado a mesma língua. Aqueles primeiros seguidores de Cristo passavam um tempo significativo em oração e ela era eficaz. Pense sobre todo o temor e a incerteza que poderia estar presa ao que eles estavam fazendo. Eles estavam se envolvendo em coisas perigosas e precisavam saber o que fazer. Eles precisavam de proteção. Eles precisavam de conforto e coragem. Eles oravam e pediam que seu amigo Jesus providenciasse isso para eles.
Ao ler o livro de Atos, pode ter uma ideia de que a oração era uma grande parte da vida dos primeiros cristãos, pois era poderosa e eficaz. Eles oravam juntos nas salas superiores e Espírito Santo veio e fez algo muito além do que eles imaginariam que poderia acontecer. (At. 1:14). Pedro e João oraram juntos em Atos 3:1 e então curaram um homem. Os discípulos queriam mais tempo para oração, então eles designaram outros para ajudarem com as atividades diárias, dando a eles mais tempo para orar (At. 6:4). Eles se dedicavam a isso, se empenhavam nisso, e o Espírito Santo enriquecia os relacionamentos produzindo experiências tremendas como a de Pedro que foi libertado da prisão e imediatamente procurou os irmãos que oravam por ele (At. 12:12-17).
Orar é falar com o Pai, e como temos livre acesso a Ele por meio de Cristo, oramos sem cessar. Falamos com Ele a todo momento, a todo instante, pois Cristo afirmou: “e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém” (Mt. 28:20b)! Perseverar nas orações é falar com o Pai sobre tudo, Ele é Deus e é Pai. Muitas vezes tratamos o Pai como alguém distante que está lá no céu ocupado com todas as orações da humanidade, mas na verdade, Ele é um Pai presente que está a todo o momento connosco, guiando-nos, consolando e fortalecendo, fazendo-nos seguir em frente e, principalmente, revelando-se a nós com toda a Graça e Verdade. Comparo estes quatro aspectos de Atos 2:42, com uma cadeira que tem quatro pernas, estas pernas tem que ser idênticas e do mesmo tamanho, pois se assim não forem gera desconforto a quem nela se assenta.
O Padrão da Igreja é Cristo em nós, Cristo que é a nossa vida e o único meio pelo qual podemos manifestar Cristo ao mundo. Ele é a única forma de perseverarmos como o que somos: novas criaturas, filhos de Deus, gerados em Cristo Jesus para as boas obras, que Ele mesmo as fez para que andássemos nelas. Cristo em nós nos faz permanecer na doutrina dos apóstolos (a Palavra da Cruz), viver a verdadeira comunhão dos santos, desfrutar do partir do pão com o próximo e orar sem cessar. Pois Ele mesmo é tudo em todos. É o padrão da sua Igreja, padrão que jamais será quebrado, pois vive e permanece para sempre. Amém!
1.     Quais foram os resultados desse novo cristianismo?
Algumas das maiores mudanças que estavam acontecendo eram as mudanças dramáticas na vida das pessoas, milagres aconteceram e, apesar do perigo, as pessoas estavam felizes em deixar sua antiga vida pela fé que lhes trazia diferenças radicais. O versículo 43 em Atos 2 diz que ‘todos estavam cheios de temor, e muitas maravilhas e sinais eram feitos pelos apóstolos’. Talvez, pela primeira vez, eles encontraram o que era real o suficiente, profundo o suficiente, completo o suficiente, que apesar de qualquer custo, eles queriam ter isso em suas vidas.
Jesus, em suas sandálias, nos mostrou o que realmente significa viver. O Jesus compassivo que chamou pelo morto, que valorizou relacionamentos e amizades, exemplificou a ‘vida real’. E do Seu exemplo, os primeiros cristãos descobriram que a vida verdadeira era o que mais importava, mesmo que fosse curta. Eles não iriam se conformar com o tédio ou o normal, ou o confortável ou o ‘status quo’.
Em Efésios 4:11-13, Paulo diz que todos nós temos uma tarefa a cumprir. Cada um de nós tem um dom e cada um de nós é chamado para ser usado para fazer a diferença nesse planeta. Esses dons não nos fazem ricos nem populares. Os dons são para ação; eles nos ajudam a viver de maneira que nos traga o resgate e a transformação em nossa família, escola, vizinhança e no mundo.
Embora tenhamos algum dom e sejamos chamados, precisamos uns dos outros. Nenhum de nós consegue fazer isso sozinho. Estamos ligados e somos dependentes, uns dos outros e de Deus para que possamos trabalhar juntos como um corpo. Ele quer que sejamos um; um corpo unificado pela nossa fé e nosso conhecimento de Cristo. Unidade nos leva à maturidade e reflete a imagem de Cristo. Quando somos um corpo, então parecemos com Cristo para o mundo. E é nesse processo de tornar-se um, de conhecer a Cristo mais profundamente, de usar os dons para cumprir com o chamado que ele nos deu, que realmente começamos a ‘viver’.
É essencial que entendamos que Deus nunca quis dar o mundo para cristãos individuais. Na nossa individualidade, podemos somente refletir uma pequena parte da imagem de Cristo. O plano de Deus é dar a Igreja para o mundo – um corpo que na sua unidade reflete a imagem de Cristo. Foi um grupo de cristãos do primeiro século que mudou não somente o seu mundo, mas também o nosso mundo. É na disposição deles de serem unificados, na vida que viviam como seguidores de Cristo, no sangue que eles derramavam ao comunicarem sua fé viva, que cristãos dos últimos dois mil anos têm sido abençoados. Por causa da obediência deles em sacrificar suas próprias identidades e suas próprias vidas, temos uma imagem da Igreja como Cristo planejou.
2.     Qual o propósito da Igreja nos dias de hoje?
Se a Igreja é o corpo de Cristo, então é na Igreja que estão Seus braços, mãos, pés, ou seja, os membros desse Corpo. Nós somos esses membros. É por meio da Igreja que Cristo se move e se revela ao mundo. Então o propósito da igreja de Cristo hoje, é “duplicar” e “dedicar”. Aquelas pessoas ouviram a Palavra de Cristo pregada por Pedro e clamaram: “Que faremos?” Ao que Pedro respondeu: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados...” (At. 2:38). Através da fé neles plantada pela Palavra, arrependeram-se e foram batizados para o perdão dos pecados, e o Senhor acrescentou-os à Sua igreja. Essa é a maneira de Jesus formar Seu povo. Quando alguém hoje segue essa maneira, Cristo faz por essa pessoa o que ele fez pelos judeus no dia do Pentecostes. Ele ama a cada um de nós, assim como os amava; Ele morreu por nós, assim como morreu por eles.
O quadro da igreja do Novo Testamento descrito pelo Espírito Santo revela três atributos impressionantes, que colocam a igreja de Cristo à parte de todos os outros corpos religiosos em todos os tempos. Em primeiro lugar, Sua igreja é um grupo de pessoas que obedecem à Sua Palavra inspirada e nela permanecem. Em segundo lugar, Sua igreja é caracterizada pela compaixão entre os membros, uma preocupação amorosa que considera um irmão necessitado de muito maior importância do que quaisquer preocupações ou tesouros materiais. Em terceiro lugar, cada pessoa que entra na igreja de Cristo por intermédio do evangelho torna-se uma com Cristo e com todos os demais membros pelo Espírito Santo, e mantém essa unidade amando e sendo fiel à Palavra de Cristo diariamente. A igreja é retratada como uma família com um só coração e uma só vida!
Nos dias atuais, com uma infinidade de “modelos de igreja”, às vezes até nos perguntamos: Qual é o nosso padrão de igreja? Ou até: Qual é o padrão da Igreja do Senhor Jesus? Antes de começarmos esta viagem em busca de respostas devemos considerar alguns aspectos: O que é um padrão? Padrão é um modelo a ser seguido, é um padrão de unificação (unidade), que gera em nós o exemplo de vida, o gabarito da estrutura, o nível de qualidade, as balizas da caminhada. O padrão de Igreja é uma comunidade focada em ajudar as pessoas a se conectar com Deus. Que tem como visão glorificar a Deus sendo uma igreja saudável, acessível a todos, a começar por aqueles em nossa esfera de influência. De uma forma filosófica ou académica é assim que podemos explicar.
O mais intrigante de tudo isso é que se vivemos o verdadeiro padrão, nós não deveríamos nos questionar desta forma em relação à “igreja”, ou seja, não estaríamos fazendo a nós mesmos estes questionamentos nos dias de hoje, se a “igreja” se tivesse mantido no alvo, desde o princípio. O problema central desses novos e modernos modelos de igreja é que não há espaço para o que era natural anteriormente, e não estou falando de alguns anos atrás, mas do princípio de tudo. Justamente pelo que era importante ter sido deixado para trás, é que esses novos modelos se tornaram o foco principal de tudo e de todos, não havendo mais espaço para o evangelho da Graça, pois este evangelho não dá espaço para a graça do homem.
O texto de Atos 2:42 nos remete para quatro aspectos simples e naturais da vida da nova criatura, que norteiam a caminhada rumo à plenitude de Cristo. Até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo (Ef. 4:13). Essa medida é o padrão de Cristo em nós.
Atos 2:42 pode ser considerado como a “frase-propósito” para a igreja: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações”. Então, de acordo com esta Escritura, os propósitos ou atividades da igreja devem ser: (1) o ensino da doutrina bíblica, (2) providenciar um espaço de adoração para os crentes, (3) observar a Ceia do Senhor, e (4) oração.
A igreja deve ensinar a doutrina bíblica para que possamos ter os alicerces de nossa fé. Efésios 4:14 nos diz: “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente”. A igreja deve ser um lugar de comunhão, onde os cristãos possam se devotar uns aos outros e honrar uns aos outros (Rm. 12:10), instruir uns aos outros (Rm. 15:14), ser benignos e misericordiosos uns com os outros (Ef. 4:32), encorajar uns aos outros (I Ts. 5:11), e principalmente, amar uns aos outros (I Jo. 3:11).
A igreja deve ser um lugar onde os crentes possam observar a Ceia do Senhor, lembrando-se da morte de Cristo e Seu sangue derramado em nosso favor (I Co. 11:23-26). O conceito de “partir o pão” (A. 2:42) também carrega a ideia de refeições compartilhadas. Este é outro exemplo da igreja promovendo a comunhão. O propósito final da igreja, de acordo com Atos 2:42 é a oração. A igreja também deve ser um lugar que promova a oração, ensine a oração e pratique a oração. Filipenses 4:6-7 nos encoraja: “Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus”.
Uma outra “comissão” (tarefa) dada à igreja é proclamar o Evangelho de salvação através de Jesus Cristo (Mt. 28:18-20; At. 1:8). A igreja é chamada a ser fiel em compartilhar o Evangelho através de palavras e ações. A igreja deve ser um “farol” na comunidade: mostrando às pessoas o caminho para o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. O verdadeiro propósito da igreja na terra deve ser o de promover tanto o Evangelho de Salvação que, só pode ser conquistada através de Jesus Cristo (Mc. 16:15), quanto deve ser o de preparar os seus membros para proclamar o Evangelho (I Pe. 3:15).
Tiago 1:27 nos dá alguns propósitos finais da igreja: “A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo”. A igreja deve ministrar àqueles que estão em necessidade, a todos os tipos de necessidades: espiritual. Isto inclui não somente compartilhar do Evangelho, mas também providenciar pelas necessidades físicas (comida, roupas, abrigo), quando necessário e apropriado. A igreja deve também equipar os crentes em Cristo com as ferramentas de que necessitam para vencer o pecado e permanecerem livres da contaminação do mundo. Cabe à Igreja, com o auxílio do Espírito Santo, estabelecer as normas necessárias para que o culto se faça com reverência e ordem. Isto é feito pelos princípios dados acima: ensino bíblico e comunhão cristã.
Então, dito tudo isso, qual é o propósito da igreja? Gosto da ilustração em I Coríntios 12:12-27. A igreja é o “corpo” de Deus: somos Suas mãos, boca e pés neste mundo. Devemos fazer as coisas que Jesus Cristo faria se Ele estivesse aqui na terra, fisicamente. A igreja deve ser “cristã”: “como Cristo” e “seguidora de Cristo”.
Vamos obedecer à Palavra de Cristo e nos dedicar a viver como Sua igreja. Temos que aprender de Jesus, porque com sua vida, com suas obras e suas palavras, nos ensinou o que temos de fazer para salvar-nos e como o temos de fazer. Ele mesmo disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo. 14:6). A devoção a Deus forja os alicerces e a estabilidade espiritual que ajudam a família e os indivíduos a enfrentarem as complexidades da vida. A vida da igreja enriquece a nossa vida pessoal e a nossa vida familiar. De acordo com a descrição de Atos 2, isso deve ser feito guardando-se a Palavra de Cristo, vivendo-se com o coração de Cristo e preservando-se a unidade dada pelo Espírito Santo à Igreja em Cristo Jesus.
Agora que sabemos como é a igreja de Cristo, vamos tomar a decisão de ser a igreja do Senhor Jesus Cristo.
Desde o início de sua existência, a Igreja, como uma entidade viva e ativa, ao cultuar o Senhor Jesus Cristo, valorizou todos os meios pelos quais ela pudesse realizar a presença do Senhor vivo. O momento mais querido dentro da vida e comunhão dela era aquele momento quando foi garantida a presença do Salvador vivo. Tal momento a Igreja primitiva realizava na Festa do Pão e do Vinho. É responsabilidade da igreja em todas as congregações particulares mediante as quais ela se torna visível, praticar a unidade, o amor e cuidado de um modo que mostre que Cristo vive verdadeiramente naqueles que são membros do seu corpo, de sorte que a vida deles é a vida de Cristo neles. De todos os lados, os estudiosos mais respeitados reconhecem esta verdade.
3. O Ponto Central do Partir do Pão
E perseveravam na… na comunhão, e no partir do pão…” (At. 2:42).
No que se refere à verdade nós devemos receber o ensino dos apóstolos, e receber a comunhão dos apóstolos. Isso nos faz um corpo e nos capacita a viver a vida do corpo. E então duas outras coisas seguem, colocando a verdade em prática. Uma é o partir do pão.
Sabe, hoje na cristandade, não se tem consideração elevada pelo partir do pão, a tão chamada de comunhão. Você descobre que a cristandade de hoje não honra isso como deveria. Alguns grupos talvez nunca tenham o partir do pão. Por exemplo, os quackers, eles não creem no partir do pão. Em alguns lugares encontramos os que têm a chamada comunhão talvez uma vez por mês. Talvez algumas pessoas tenham a comunhão duas vezes por ano, no natal e na páscoa.
Nós não entendemos. Nós consideramos apenas como um ritual ou uma cerimónia. Mas o partir do pão é uma expressão viva da vida do corpo. “Porque na noite em que foi traído nosso Senhor Jesus amou os seus tanto, que ele tomou o pão, ele o abençoou, ele o partiu. Ele deu aos seus discípulos, ele disse tomai em memória de mim. E depois disso ele tomou o cálice, ele o abençoou e ele disse bebei dele, esse é o sangue da nova aliança, fazei isso em memória de mim”.
Muitas pessoas pensam que estes dois termos são redundantes, que querem dizer a mesma coisa. Até querem, mas neste contexto têm importâncias distintas. A Comunhão dos santos está intrinsecamente ligada ao amor cristão, a ser família de Deus, a ser gerado de um mesmo pai, o “ Aba”, que nos fez um em Cristo. “Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu, em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste” (Jo. 17:21). E como Um, ou em Unidade, expressamos o amor com nossos atos, a Palavra de Deus nos ensina a amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos (Grande Mandamento), assim o próprio Cristo nos ensinou: “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo. 13:35). Porque é o Seu amor por nós e o nosso amor por Ele que devem iluminar e dar sentido a todos os nossos “outros amores”. Essa expressão de amor na comunhão dos santos é manifesta de várias formas: no cuidado de uns com os outros, no carregar o fardo de uns dos outros e no se importar realmente com o próximo. “Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram” (Rm. 12:15).
O partir do pão é a mais singela expressão de unidade, é aprender a ser uma comunidade, ser como uma família que compartilha da mesma vida, alegrias, sofrimentos e vitórias. Ao praticar com assiduidade o partir do pão eles viviam como se fossem um só coração e uma só alma. Imagine pessoas unidas por laços de sangue ou do Espírito tendo um momento de comunhão no partir do pão. Aí eu lhe pergunto: quem é que vai pôr na mesa da sua casa para comer consigo? O Senhor derramou de seu amor em nossos corações e nos faz agir com graça até nas coisas mais simples da vida como partir o pão. “E perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração” (At. 2:46). Tudo se reveste de esperança, porque tudo está envolvido no amor, comunhão com Deus e como sabemos e acreditamos quem morrer com Cristo, com Ele viverá.
Mas o partir do pão não é somente comer junto, é viver a comunhão. E aprender a repartir o “PÃO” que ele nos tem dado, é saber apoiar o irmão em tudo, porque às vezes é muito fácil ver pessoas no nosso meio que dizem: “O Senhor me chamou para pregar as boas novas”. Então, ele vai e prega, e o irmão que recebeu as boas novas, passa necessidades. Aí ele diz: Que Deus te abençoe. Amados, saibamos que Deus abençoa, e já nos abençoou em Cristo, e sempre nos dará condições e recursos para investirmos na obra e nos irmãos, segundo a sua vontade, e não somente em nós mesmos.
Amados, todo o reino tem um rei e todo o rei tem um trono, lugar onde o rei se assenta para exercer seu governo e autoridade, para julgar e deliberar. O trono é o símbolo de poder e soberania, da realeza, nobreza, autoridade e regência. À presença do rei, no trono, vão muitas pessoas: os amigos e até os inimigos.
Deus é Rei! E como tal se assenta no seu santo trono, alto e sublime, lugar de santidade, nobreza, temor, reverência e tremor. Diante do trono do Grande Rei devem estar todos os seus filhos (príncipes e princesas) e, um dia, também estarão todos os inimigos, para juízo.
Mas há um lugar muito especial onde nosso Deus se assenta, um lugar muito importante, para onde só vão os amigos e convidados especiais, porque é lugar de amizade e profunda comunhão. Este lugar é a mesa do Rei. Lugar onde o Rei parte o pão e Se revela aos Seus.
Ela é santa e só os santos se assentam nela. A mesa de Deus é o lugar que Ele reserva para estar com os seus, os que estão em aliança com Ele. Portanto, há uma mesa de banquete preparado para si, cheio de bênçãos abundantes de Deus, venha e tome o seu lugar. Só os amigos de Deus se assentam à mesa com Ele, porque nela os lugares já estão reservados e determinados por Ele para Seus amigos. Para cada amigo de Deus há um lugar específico na Sua mesa, que ficará vazio até que aquele amigo se assente.
a)    Jesus no partir do pão
No Evangelho de João dois capítulos são fundamentais para falar do partir do pão (Jo. 6:13). No capítulo 6, há duas dimensões do pão: uma dimensão do pão partilhado para uma multidão de famintos, por um milagre de Jesus na montanha (Jo. 6:3-15), e há outra dimensão do pão nos ensinamentos de Jesus (Jo. 6:35ss) quando Ele afirma ser o “pão da vida” e quem dele comer viverá eternamente (Jo. 6:58). Essas dimensões não se separam neste capítulo, antes se remetem. Destarte, no escrito joanino, associam-se estes três gestos:
O primeiro é o lavar os pés uns dos outros, sinal visível do serviço do Senhor Jesus como enviado de Deus para servir (Mt. 20:28). Esse lava-pés é central na reflexão teológica para mostrar quem é Jesus e como atuou na história.
No capítulo 13, antes da festa da páscoa, quando na ceia, Jesus se levanta, lava os pés dos discípulos e começa o seu discurso de adeus (Jo. 13:31). Há quem caracterize esse discurso como um testamento de despedida, legando aos discípulos em comunidade o gesto do partir do pão nas suas duas dimensões – pão compartilhado e pão simbólico - e o gesto do lava-pés, ambos inseparáveis remetendo-se um ao outro. E para deixar sua perpetuidade dá-lhes um novo mandamento, dizendo:
Compreendeis o que vos fiz? Vós me chamais Mestre e Senhor e dizeis bem, pois eu o sou. Se, portanto, eu, o Mestre e Senhor, vos lavei os pés, também deveis lavar os pés uns dos outros. Dei-vos o exemplo para que, como eu vos fiz, também vós o façais. Em verdade, em verdade, vos digo: o servo não é maior do que o seu Senhor, nem o enviado maior do que quem o enviou. Se compreenderdes isso e o praticardes, felizes sereis. Dou-vos um mandamento novo: que vos ameis uns aos outros. Como eu vos amei, amai-vos também uns aos outros. Nisto reconhecerão todos que sois meus discípulos se tiverdes amor uns pelos outros” (Jo. 13:12b-16:34-35).
 O segundo é o partir do pão na mesa comum com os irmãos e se observa que não estavam excluídos os mais pobres. Aquela refeição compartilhada entre os mais pobres apresenta-se com maior probabilidade de ter sido a refeição escolhida por Jesus como forma de estabelecer o gesto da comunhão com os seus e como a última refeição estava na época da páscoa, assim, tenha havido um entrelaçamento de significados. Este partir do pão ganha um sentido sagrado na última ceia, quando Jesus pronuncia as palavras sobre o pão: “Isto é meu corpo” e sobre o cálice “Isto é meu sangue”.
O elemento da refeição compartilhada dá ênfase não somente no pão e no vinho, mas no partir do pão e no passar do cálice com o vinho entre participantes da comunidade. Assim, comia-se do mesmo pão e bebia-se do mesmo cálice. O pão é símbolo de unidade na Igreja tanto presente como no futuro: “Já que há um único pão, nós, embora muitos, nós somos um só corpo, visto que todos participamos desse único pão” (1 Co. 10:17) e é também presença da espera da consumação: “Todas as vezes, pois, que comeis desse pão e bebeis desse cálice, anunciais a morte do Senhor até que ele venha” (1 Co. 11:26). É castigo apocalíptico para quem não vive concretamente o significado do pão repartido. Mas é, sobretudo, consumação escatológica para quem experimenta o pão compartilhado na refeição: a Ceia do Senhor.
Desta forma, Jesus funda uma comunidade, a qual vive em torno do partir o pão em refeição comum. A Santa Ceia, a mesa do Senhor Jesus é o lugar onde Cristo, o hospedeiro, se encontra com os remidos, é a mesa onde os dons preciosíssimos são dados e recebidos. O texto bíblico joanino demonstra essa tradição com realidades comunitárias do partir do pão em família - e aqui se pode estender para comunidade maior – onde havia a conversa de instrução entre mestre e discípulo, entre o pai de família e seus filhos. O ensinamento aqui começa pelo gesto do partir o pão e do lavar os pés – trabalho do servo e torna-se símbolo do serviço – para depois oferecer o mandamento teorizado a partir do próprio gesto de Jesus.
b)    Pão símbolo da Vida Eterna
Jesus ensina sobre o Pão da Vida e quem dele comer ganhará a Vida Eterna. E este Pão é Ele mesmo (Jo 6:51). “Tomai e comei, isto é o meu corpo” (Mt. 26:26b). “Isto é o meu corpo que é dado por vós. Fazei isto em minha memória” (Lc. 22:19b). “E, depois de comer fez o mesmo com a taça, dizendo: Este cálice é a Nova Aliança em meu sangue, que é derramado por vós” (Lc. 22:20). Ainda: “Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá para sempre. O pão que eu darei é a minha carne para a vida do mundo” (Jo 6:51).
Mediante estes textos, compreendem-se os gestos de Jesus ao dar-se em refeição simbólica aos seus seguidores, revelando-se ao mesmo tempo, Servo de Iahweh como está em Isaías, mostrando-se como doador de sua vida pelos outros de forma santa acentuando-se o amor do Deus Pai misericordioso. Jesus, mesmo sendo vítima do sistema sacrifical (Jo. 11:49-50), oferece-se e perdoa livremente até aos seus sacrificadores e algozes (Lc. 23:34). Com estes gestos, Jesus aniquila o sistema sacrifical definitivamente. Doa-se como cordeiro imolado pascal (Êx. 12:1-14), simbolizado no seu corpo e sangue, na refeição (Lc. 22:19-20) e na entrega do seu Espírito na cruz (Jo. 19:30). Uma nova imagem simbólica de Deus amor se revela no gesto do perdão de Jesus na cruz: “Pai, perdoai-lhes porque não sabem o que fazem” (Lc. 23:34).
A primeira característica é o gesto de Jesus em doar-se em pão para se comer, como está narrado nas quatro tradições da instituição da ceia e também em João quando diz: “Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá para sempre” (Jo. 6:51). Dar-se em pão, para Jesus, é doar a própria vida. Não se pode compreendê-lo se não for de forma simbólica. É semelhante ao gesto comportamental, típico dos profetas para denunciar infidelidade à Aliança e anunciar a mensagem salvadora. Podem-se recordar alguns: Ezequiel quando quer falar da dispersão do povo e por isso Deus vai puni-lo por causa da infidelidade, raspa a cabeça e joga os cabelos ao vento proclamando: “Isto é Jerusalém” (Ez. 5:5), por causa de seus pecados. O gesto profético não é simplesmente um evento, mas “sua ação antecipa o acontecimento e de certa forma o produz”. Observe-se o gesto de Jeremias ao pôr uma canga sobre seus ombros para significar a dominação e opressão estrangeira sobre Jerusalém (Jr. 27-28). Jeremias quer mostrar uma Jerusalém subjugada por Nabucodonosor por causa da infidelidade à Aliança, por isso se tornou igual ao animal de carga (Jr. 27:6-7). A expressão de Ezequiel: “Isto é Jerusalém” é análoga a “Isto é meu corpo” ou “Isto é meu sangue”. Assim, afirma-se: “Isto é Jesus Cristo”.
A segunda característica pela qual se pode compreender o gesto de Jesus de entrega de corpo e sangue para transformar-se em pão simbólico, é a situação dialogal. Retrata a correlação entre Jesus e o pão formando um só polo “Jesus-pão” e os discípulos formando outro polo do diálogo. Estabelece-se uma correlação mútua entre o locutor – Jesus-pão – e o interlocutor, os discípulos, a comunidade de crentes. Neste sentido, o método de correlação tem muito a auxiliar quando aplicado nesta correlação dialogal entre Jesus-pão e os discípulos. Entretanto, ainda falta uma reflexão para se compreender Jesus transformando-se em pão simbolicamente.
Assim, o pão é um significante, no qual se pode perceber uma realidade, além dele mesmo, de outra ordem, secreta, ou melhor, de forma transcendente e se manifesta de maneira real nele mesmo. Quando Jesus diz: “eu sou o pão da vida” (Jo. 6:35), “tomai e comei, isto é o meu corpo” (Mt. 26:26), este pão passa a ser mais que pão material, passa a conter o ser de Jesus em si mesmo de forma simbólica.
c)     O que é partir o pão?
Há duas passagens que usam a frase “partir o pão” (At. 2:42 e 20:7), e são quase universalmente consideradas como se referindo à “Ceia do Senhor”. Primeiro é uma lembrança do Senhor. Lembrar é recordar o passado. Nós lembramos como o Senhor nos amou, como Ele se sacrificou a Si mesmo por nós. Isso é lembrar. O partir do pão é também uma comunhão, em I Coríntios capítulo 10, nós estamos em comunhão com o Seu sangue, nós estamos em comunhão com o Seu corpo. Agora, comunhão é presente! Lembrança é recordar o passado.
A Comunhão é algo que está no presente, pela fé, quando nós tomamos o cálice nós estamos em comunhão com o sangue do Senhor Jesus Cristo. Nós experimentamos vividamente, o frescor da purificação dos nossos pecados.
E quando nós comemos o pão, nós estamos em comunhão com o corpo de Cristo. Pela fé nós vivemos pela Sua vida. Nós não vivemos a nossa própria vida, Ele é o pão da vida. Então nós vivemos pela Sua vida. E ao mesmo tempo, mesmo sendo muitos nós somos um pão, um corpo. Nós estamos em comunhão com todos os irmãos e irmãs.
O partir do pão é também uma antecipação, porque o Senhor disse que nós partimos esse pão até que Ele venha. Então quando partimos o pão estamos antecipando o seu retorno (ou em expectativa pelo seu retorno).
Sempre que nos lembrarmos dele nosso amor será renovado, nós seremos constrangidos pelo Seu amor, e nós vamos retornar para o nosso primeiro amor. Em comunhão com Ele a nossa fé aumenta. E esperando pelo seu retorno a nossa esperança cresce.
Então, na igreja primitiva eles partiam o pão em todas as refeições, porque o amor deles pelo Senhor era muito forte, e tinham uma tamanha fé nEle que eles estavam esperando o seu retorno.
Bem, mais tarde, eles não podem mais fazer “partir do pão” a toda a refeição. Então no primeiro dia da semana, eles se reuniam para partir o pão. Portanto, na história descobrimos que a igreja realiza o partir do pão através dos 20 séculos. Porque é uma expressão da nossa comunhão e do ensino do Senhor, Esperamos que dê mais atenção para o partir do pão, pois nós sabemos que isso é uma expressão da vida do corpo.
E essa é a razão por que é tão sério! Em I Coríntios capítulo 11 diz que se nós tomamos o pão e bebemos o cálice de modo indigno nós estamos bebendo a nossa própria condenação. Nós devemos discernir o corpo, isto é, quando nós partimos o pão nós devemos ver através disso o que é o corpo de Cristo.
Antes de partimos o pão, temos um único pão. Isso representa o corpo de Cristo e cada um de nós parte um pedaço. Ele morreu por cada um de nós. Depois que nós o tomamos (comemos), não vemos o pão no prato, porque você tem um pedaço e eu tenho outro. Mas quando Deus olha do céu, Ele vê o pão. Não apenas uns poucos que estão partindo, mas todos os que estão partindo o pão inclui todo o povo de Deus. Então, isso é uma expressão viva da vida do corpo.
d)    O partir o pão revela Jesus!
O partir o pão revela quem é Jesus e revela ainda toda uma prática de comunhão que ele pregava e ensinava aos discípulos, prática esta que veio perpassando toda história até, chegarmos aos tempos atuais.
Lucas diante de uma comunidade marcada pela desigualdade social, de uma cultura marxista e preconceituosa, escreve o Evangelho voltado principalmente para estes, para os excluídos de seu tempo, para todos os cristãos que viessem a ler, seus escritos a quem ele carinhosamente chama de Teófilo.
Numa sociedade desigual é evidente que muitas pessoas passam várias necessidades, principalmente de pão, comida. Por isso Lucas tem a sensibilidade de apresentar um Jesus que se deixa reconhecer ao partilhar o pão (Lc. 24).
Lucas nos apresenta um Jesus que está sempre a caminho, para sentar-se à mesa com os Seus. Partilhar o pouco que se tem, como no milagre da multiplicação dos pães, a ceia pascal, e a perícope dos discípulos de Emaús. Aliás, Lucas é o único dos evangelistas que trás a perícope, narrando uma das mais belas experiências feita com o ressuscitado da bíblia.
Esta experiência marcou profundamente a vida de um casal de discípulos, que voltavam de Jerusalém para Emaús. A tristeza era visível no rosto de cada um deles, tudo aquilo que eles acreditavam e sonhavam, foi-se por água abaixo. O libertador do povo ainda não chegou. É neste contexto que Jesus ressuscitado se aproxima e faz uma caminhada com eles. E num processo catequético, formativo, passando pela realidade dos discípulos e pela palavra de Deus vai tentando abrir os olhos deles. No entanto é no partir o pão, no gesto concreto que os discípulos o reconheceram.
O reconhecimento deve levar o discípulo à ação. “Eles se levantaram e voltaram para Jerusalém”. O voltar a Jerusalém significou um novo recomeço para eles. Foi ai que eles encontraram a comunidade reunida em torno de um mesmo acontecimento. “Realmente Ele ressuscitou”.
Embora que hoje, vivamos num contexto de desigualdade, a partilha e a comunhão de vida são elementos fundamentais para a comunidade cristã. A comunidade só tem fundamento seguro quando vive e celebra a Santa Ceia no seu dia-a-dia. Ela se torna capaz de superar as desigualdades e de promover a vida. Faz da comunidade uma comunidade mais humana e fraterna, onde o próprio Cristo se deixa reconhecer na partilha, na esperança do povo, no desejo de ser discípulo de Jesus, para que nele e por ele a vida se manifeste.
Enfim, Jesus nos convida para caminhar com Ele, partilhar as nossas experiências, aflições e conquistas. Quer se sentar à nossa mesa, - mesa da comunidade, mesa da esperança - para que no partir do pão ele possa ser reconhecido
Jesus Se revela a nós quando nos assentamos à sua mesa com Ele. A mesa do Senhor é lugar de separação para estarmos em comunhão com Ele e com os demais convidados dEle. Na mesa, o Senhor mesmo nos alimenta, enchendo-nos da revelação dEle, nutrindo-nos e mantendo-nos santos. A Igreja do primeiro século entendia perfeitamente o significado do partir o pão. Partir do pão não é a mesma coisa que repartir o pão. Repartir o pão é dividi-lo, partir do pão é participar da Ceia do Senhor com os corações agradecidos, cheios de amor, reconhecidos de nossas próprias fraquezas, mas purificados. Jesus, em Emaús, só Se revelou aos discípulos, aflitos, desanimados e desistidos, na hora do partir do pão: “E aconteceu que, quando estavam à mesa, tomando ele o pão, abençoou-o e, tendo-o partido, lhes deu; então, se lhes abriram os olhos, e o reconheceram; mas ele desapareceu da presença deles”(Lc. 24:30-31).
Na Ceia, no partir do pão, somos remetidos à obra maravilhosa que Jesus realizou na cruz do Calvário a nosso favor, resgatando-nos do império das trevas para o Seu Reino de luz. A Ceia do Senhor fala da Sua morte expiatória, a morte do Cordeiro de Deus pela nossa salvação. Em resumo, fala da morte de Jesus, o Perfeito, por nós, os pecadores.
Infelizmente, por falta de entendimento, nem todos usufruem de todos os benefícios advindos da obra expiatória do Cordeiro de Deus – Jesus Cristo. Precisamos de entender que na cruz Jesus levou cativo o pecado, a morte, as maldições, as doenças, venceu o inimigo e tudo o mais de ruim, que estava decretado e se cumprindo em nós, por cauda do nosso pecado. Assim, participar do partir do pão, da Ceia do Senhor, é selar e celebrar não só a vida eterna em Cristo, mas também tomar posse do perfeito e maravilhoso resultado espiritual, emocional e físico de tudo o que Ele fez e decretou a nosso respeito.
e)   O partir do pão é um memorial da Aliança que temos com Cristo.
Dependendo do nível de revelação que temos, de Cristo e da Sua obra, e de como participamos da Ceia do Senhor, podemos transformar o partir do pão em algo vazio, ritualístico e religioso, ou em algo extremamente virtuoso, carregado do poder de transformação, libertação e cura para as nossas vidas. Tudo isso porque assentar-se à mesa para o partir do pão é o momento em que nos encontramos com o Senhor Jesus pessoalmente.
A Igreja do primeiro século certamente tinha essa revelação e vivia nesse nível de relacionamento com Cristo e com os irmãos. O partir do pão para eles não era um ritual, nem uma obrigação enfadonha, mas a expressão sincera e prazerosa da revelação que eles tinham do Mestre e da Sua obra em favor deles. Era por isso que eles se moviam em altos níveis de fé, de forma sobrenatural, sendo partícipes dos milagres, sinais, prodígios e maravilhas de Deus.
Este é o Ano do Meu Milagre (e do seu também, é claro!). Por isso precisamos do partir do pão sempre e constantemente, muito mais do que jamais participamos, porém com a revelação de que tal prática nos consolida na verdade de que a revelação de Cristo nos liberta das cadeias e grilhões. Ele mesmo disse que conheceríamos a Verdade e a Verdade nos libertaria (Jo. 8:32). Cristo, a Verdade, é O nosso libertador e O promotor dos milagres de que tanto necessitamos. Decida nunca mais participar do partir do pão, sem a expectativa de entrar no sobrenatural de Deus e de que o seu milagre chegou! Assentar-se à mesa para o partir do pão é alimentar-se de Cristo, o nosso Perfeito Alimento. Cristo é o Verbo, a Palavra.
Pouco aproveita do partir do pão quem não se alimenta de Cristo, isto é: quem não medita nem ora a Palavra. Participar do partir do pão, desconhecendo o significado da obra completa que Jesus realizou por nós, é subnutrir-se da Verdade, é não desfrutar de todos os benefícios que temos, pelo direito de aliança com Deus.
f)      O partir do pão é a celebração da possa vitória!
O partir do pão (a Ceia do Senhor) é a celebração da nossa aliança com Deus, da nossa vitória. Somos vencedores e herdeiros de Deus e do Seu Reino agora! Quando o Senhor plantou o Seu Reino dentro de nós, ele colocou tudo dEle dentro de nós. Em aliança com Deus, Ele nos dá tudo o que Ele é e tem! Aleluia! Quando nos assentamos à mesa com Deus, Ele nos dá o que há de mais valioso – Jesus. Assim, no partir do pão, algumas realidades acontecem:
 a) A luz do Senhor revela as trevas que estão em nós.
 b) Passamos a ver com clareza a glória de Deus.
 c) Somos nutridos e nos fortalecemos em Cristo.
  d) Passamos a desejar fazer a vontade de Deus e não a nossa.
 e) Somos libertos e curados.
 f) Uma unção de conquista e vitória vem sobre nós.
No partir do pão, além da comunhão com o Senhor, apodere-se da revelação dEle e da Sua obra, a fim de que sua vida seja milagrosamente afetada. Diariamente, ao assentar-se à mesa do Senhor, na oração e meditação na Sua Palavra, decida tomar posse e viver a vida abundante que Ele lhe prometeu. Na mesa de Deus, no partir do pão, não há crise nem escassez, mas solução, provisão e milagres - o seu milagre!

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