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quinta-feira, 6 de junho de 2013

A Palavra de Deus é Para Nós Hoje

O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão-de passar” (Mt. 24:35). “Seca-se a erva, e caem as flores, porém a palavra de nosso Deus subsiste eternamente” (Is. 40:8).
Dá ouvidos, ó meu povo, à minha lei, inclina os teus ouvidos às palavras da minha boca... O que temos ouvido e sabido, e nossos pais nos têm contado. Não vamos escondê-los aos seus filhos, mostrando à geração futura os louvores do Senhor, e sua força, e suas obras maravilhosas que ele tem feito” (Sl. 78:1, 3-4).
1.     A Bíblia é a Palavra de Deus
A Bíblia, o livro mais notável jamais visto no mundo, é a Palavra de Deus para todas as gerações. Desde o início dos tempos, ao longo dos séculos, e agora para nós, o povo do século 21, que a mensagem de Deus é relevante. Através dessas palavras, temos uma revelação de quem Deus é e do Seu plano eterno para a humanidade. Da primeira à última página, revela-nos a forma como Deus lida com o Seu povo.
Este Livro é que impede que sejamos profundamente desconhecedores do nosso Criador, da criação do mundo que habitamos, da origem e dos progenitores da raça, como também do nosso futuro destino. Sem ele estaríamos, portanto, subordinados para sempre ao domínio do capricho, das dúvidas e da concepção visionária.
Este Livro é que impede que sejamos privados da religião cristã, com todos os seus confortos espirituais, esperanças e perspectivas animadoras. Sem ele nada nos restaria a não ser a penumbra triste da infidelidade e das monstruosas sombras do paganismo. Sem ele o céu ficaria despovoado, e fecharia para sempre as suas portas contra a miserável posteridade de Adão, restaurando ao rei dos terrores o seu aguilhão; seriam enterrados, no mesmo túmulo que recebe os nossos corpos, todos os que antes de nós morreram, e deixando a nós o mesmo triste destino.
Este Livro é que impede que sejamos roubados de tudo quanto evita que a nossa existência se torne a maior das maldições. Sem ele o sol seria coberto; o oceano secaria e a atmosfera do mundo moral seria removida, e o homem se degradaria a ponto de o mesmo ter ciúmes da posição dos próprios animais.
O verdadeiro propósito, a verdadeira felicidade, a verdadeira sabedoria, o verdadeiro conhecimento, a verdadeira orientação e o amor verdadeiro, estão à espera de descoberta da Palavra de Deus para nós hoje.  
Na Bíblia, encontramos a vontade de Deus, as orientações e instruções de Deus. Encontramos as respostas a cada problema que vem à nossa vida. É a nossa luz, o nosso pão e a nossa vida.
Existem momentos em nossas vidas que sentimos vontade de desistir, pois encontramos dificuldades em nossos caminhos que nos tornam fracos, Deus sempre está do nosso lado nos encaminhando para o melhor e nunca nos abandona, pois ele é Deus que perdoa todos os nossos pecados e nos ajuda em nossas dificuldades. A mensagem de Deus pela bíblia nos dá força para prosseguir e tentar superar todas as dificuldades apresentadas. Deus nos deixou uma mensagem de conforto e paz para que assim nós possamos aproveitar a mesma para seguir a caminho da vida prospera hoje e sempre.
1.1 A Harmonia Bíblica
A harmonia da Bíblia se constitui num milagre inigualável. Nunca, em qualquer outro lugar e em tão diversas circunstâncias, se juntaram tantos tratados diferentes contendo história, biografia, ética e poesia, para perfazer um livro. É algo semelhante a ossos, músculos e ligamentos que se combinam na forma do corpo humano. Quanto à sua harmonia a Bíblia não tem nenhum paralelo com a literatura humana, visto que todas as condições, humanamente falando, não apenas são desfavoráveis, mas fatais a tal combinação.
Em qualquer assunto ao longo de toda a Bíblia, encontramos harmonia. A despeito de toda a diversidade presente na Bíblia, é impossível deixar de perceber toda a unidade que se encontra em suas páginas. A forma como cada capítulo bíblico contribui para o seguinte, de como cada livro contextualiza o próximo, e como o Antigo Testamento lança as ideias centrais para o Novo Testamento. As profecias do Messias vindouro e o seu cumprimento são exemplos maravilhosos. No Antigo Testamento, há 330 profecias sobre a vinda do Messias cumpridas no Novo Testamento. Tudo isso é prova, incontestável que a Bíblia só poderia ser de origem divina.
Se a Bíblia fosse um livro resultante de esforços puramente humanos, certamente que a sua composição seria algo extremamente confuso e indecifrável. Seria uma verdadeira Babel.
A perfeita harmonia da Bíblia, é para a mente humilde e sincera, uma prova incontestável da origem divina da mesma. É uma prova insofismável de que uma única Mente via tudo e guiava os seus escritores.
A Bíblia tem uma harmonia no seu conteúdo que é inigualável. O paraíso que é perdido em Génesis é recuperado no Apocalipse, e entre os dois livros, é revelado o método para que houvesse esta recuperação e restauração. É a história desenrolando-se e Deus redimindo o Homem. Se dez pessoas, da mesma origem e condições, tivessem a tarefa de escrever sobre um mesmo assunto, certamente elas não escreveriam com tamanha harmonia e precisão que a Bíblia possui em condições tão diversas e adversas.  
1.2 Confirmação
A Bíblia tem sido ridicularizada e rejeitada nos últimos tempos como imprecisa e não confiável. No entanto, os alunos de Arqueologia Bíblica descobriram que, como a ciência da arqueologia se torna mais sofisticada, muito mais evidência está vindo à tona regularmente que diz exatamente o oposto!
A autenticidade da Bíblia também é evidenciada pelas escavações arqueológicas que comprovam a existência de nomes de pessoas e cidades encontradas na Bíblia. A descoberta da cidade de Petra, por exemplo, ajudou a confirmar a autenticidade do registo da Bíblia.
O testemunho da arqueologia confirma constantemente que a Bíblia é verdade em muitos pormenores, mostrando que a fé do cristão assenta em factos históricos, reais. Está em harmonia com a verdadeira ciência.
A arqueologia, tem esclarecido e corroborado a Bíblia de várias maneiras. Escavações arqueológicas efetuadas em numerosos locais da Palestina, da Síria e de outras terras bíblicas têm trazido à superfície muitas evidências que tem feito contribuições para uma melhor compreensão ou averiguação dos relatos bíblicos. O intérprete encontra na arqueologia um bom amigo, para o entendimento e comprovação das Escrituras.
1.3 Indestrutibilidade
A Bíblia tem sido mais atacada do que qualquer outra obra que o mundo conhece. O imperador romano Deocleciano (301-304 d.C.) pensou que tinha destruído a Bíblia por meio de uma terrível perseguição. Entretanto, sua grandiosa tumba vem sendo ironicamente usada como igreja há mais de mil anos!
Voltaire, conhecido agnóstico francês, afirmou no século XVIII que no decorrer de cem anos a Bíblia seria um Livro esquecido. A Sociedade Bíblica de Genebra ocupa hoje a casa que foi dele e a Bíblia é o Livro mais vendido do mundo. Em 1981, a Academia Francesa de Ciência apresentou 51 “factos” que supostamente refutavam a Bíblia, mas hoje não se considera verdadeiro nenhum desses factos.
A Bíblia já foi publicamente queimada, banida, odiada, vilipendiado, ridicularizada, criticada, restrita, proibida, destruída e a sua posse significava a morte. Essas foram algumas das tentativas para destruir a Bíblia e contudo tem sido preservada na sua integridade. Banida para todos menos para os crentes ao longo de séculos de escuridão da história da humanidade. Foi o primeiro livro a ser impresso. Ainda hoje existem cinco dessas Bíblias de Gutenberg. Ela já foi examinada, criticada e atacada severamente de todas as direções, mas o tempo continua a provar que cada golpe é injusto, falso e vão como disse Pedro “a Palavra do Senhor, porém, permanece eternamente” (1 Pe. 1:25).
O próprio Senhor Jesus afirmou que passaria o céu e a terra, “mas as minhas palavras não passarão” (Mt. 24:35). Vê-se, na introdução deste tratado, que apesar de todas as tentativas, os inimigos das Sagradas Escrituras não conseguiram eliminar sua influência, nem no passado, nem nos dias atuais. Os cépticos têm lançado dúvidas sobre a confiabilidade da Bíblia; todavia, mais pessoas hoje se convencem de suas verdades do que em toda a história. Prosseguem os ataques da parte de alguns cientistas, de alguns psicólogos e de alguns líderes políticos, mas a Bíblia permanece ilesa, indestrutível… A Bíblia continua mais forte do que nunca, depois destes ataques.
Ao longo dos anos, a Bíblia tem sido uma poderosa bigorna que tem consumido os franzinos martelos dos escarnecedores. Foi dito: “Tentar parar a circulação da Bíblia é como colocar o nosso ombro contra o ardente e chamejante círculo do sol e tentar pará-lo em seu curso de fogo”.
Nenhum outro livro provocou uma oposição tão feroz como a Bíblia, e sua preservação é, talvez, o milagre mais surpreendente conectado com ele. Mas há 2500 anos atrás, Deus declarou: “seca-se a erva, e cai a flor, mas a palavra de nosso Deus habitará para sempre”. Eu acredito que nós podemos manter as Escrituras em nossas mãos e dizer: A Bíblia é merecedora de toda a nossa confiança e é historicamente (absolutamente) confiável.
1.4 Proliferação  
Nos últimos 50 anos, a Bíblia ocupou o primeiro lugar entre os livros mais vendidos. As Escrituras existem em quase 2.800 das 6.877 línguas ainda em uso hoje e todos os anos imprimem-se mais de 30 milhões de exemplares. Estatísticas reveladas mostram que cerca de 209 milhões de pessoas que falam 1967 línguas podem ter necessidade que se comece a tradução da Bíblia de modo que esteja ao seu alcance a Palavra de Deus.  
É o livro mais vendido do mundo, por algumas razões significativas! Porque é o livro dos milagres! O milagre da sua formação – são 66 livros, 40 autores de profissões diferentes, escrito num período de 1.600 anos. Mas há na Bíblia um só plano, uma só unidade e um só autor divino guiando os humanos.
O milagre da sobrevivência – tudo foi escrito sobre papiro e pergaminho, materiais frágeis. O milagre das traduções – num mundo com mais de 6 mil línguas e dialetos, podemos afirmar que 99% da população mundial pode ler a Bíblia em sua própria língua.
O milagre do interesse – a Bíblia e sua mensagem são facilmente entendidas pelas pessoas de qualquer idade e nível intelectual. A Bíblia fascina as pessoas.
O milagre da idade – já se passaram mais de 3.500 anos desde que Moisés e os demais autores escreveram. Nenhum outro livro foi tão picado, fatiado, peneirado, devassado, investigado, criticado e perseguido durante séculos, mas sobreviveu. A Bíblia continua amada e estudada e lida por milhões de pessoas.
O milagre de vendas – é o livro mais traduzido, mais impresso, mais vendido e mais lido. O milagre da transformação – a principal razão porque creio que a Bíblia é a Palavra de Deus é por causa do seu poder transformador. Ela analisa nossas características pessoais e dá a convicção do pecado. Não importa quantas evidências da credibilidade da Bíblia sejam acumuladas, ainda assim, Cristo deve ser aceite pela fé, que é a porta para a vida eterna.
A Bíblia oferece à humanidade a educação mais elevada – o conhecimento de Deus. A educação adquirida pelo estudo da Bíblia produz vigor intelectual e moral. A pessoa que se dedica a conhecer este santo livro obtém benefícios em todas as áreas da vida. Encontra a grande esperança!
1.5 Relevância
A Bíblia é relevante para os dias de hoje, “Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração” (Hb. 4:12). Mesmo tendo sido escrita por mais de 40 autores por um período de mais de 1500 anos, sua verdade e relevância para os dias de hoje não mudou. A Bíblia é a única fonte objetiva de toda a revelação que Deus nos deu a respeito de Si mesmo e Seu plano para a humanidade. Ela revela quem é o Criador, quem é Satanás, exibe o plano de Deus para a salvação dos perdidos e expõe os erros que vão surgindo, fruto do pecado e das imperfeições humanas. A Palavra de Deus – viva, infalível, eterna – é totalmente fidedigna.
A Bíblia contém grande quantidade de informações sobre o mundo natural que foi confirmada por observações e pesquisas científicas. Algumas dessas passagens incluem Levítico 17:11, Eclesiastes 1:6-7, Jó 36:27-29, Salmos 102:25-27 e Colossenses 1:16-17. Conforme se vai desdobrando a história bíblica do plano redentor de Deus, muitos personagens diferentes são vividamente descritos. Fazendo assim, a Bíblia fornece muitas informações sobre o comportamento e tendências humanas. Nossas próprias experiências quotidianas nos mostram que tais informações são mais exatas e descritivas da condição humana do que qualquer livro de psicologia. Muitos factos históricos registados na Bíblia foram confirmados por fontes não-bíblicas. Frequentemente, a pesquisa histórica demonstra um alto grau de concordância entre os relatos bíblicos e não-bíblicos, a respeito dos mesmos acontecimentos. Em muitos casos, a Bíblia tem sido considerada mais correta em termos históricos.
A Bíblia é a mensagem de Deus para o Homem, através do qual Deus se revela ao homem, revela a Sua vontade para ele, e dá resposta a todas as dúvidas existenciais do homem. Ela contém uma grande quantidade de informações precisas e relevantes. A mensagem mais importante da Bíblia, a redenção, é universalmente e perpetuamente aplicável à humanidade. A Palavra de Deus nunca ficará ultrapassada, suplantada ou necessitando de melhorias. Mudam as culturas, as leis, as gerações vêm e vão, mas a Palavra de Deus é tão relevante hoje quanto o era quando começou a ser escrita. Nem todas as Escrituras necessariamente se aplicam explicitamente a nós hoje, mas todas contêm verdades que podemos e devemos aplicar em nossas vidas.
A bíblia no seu todo é uma palavra geral de conhecimento que quando revelada de forma específica a cada cristão pela pessoa do Espírito Santo, torna-se numa palavra viva e poderosa, que transforma vidas e se torna num veículo de cura, libertação e poder de Deus (Hb. 4:12; Sl. 107:20).
Não admira que Jesus tenha dito que as suas palavras eram espírito e vida e que todos os que permanecessem na sua palavra se tornariam seus discípulos, conheceriam a Verdade e a Verdade os libertaria (Jo. 6:63; 8:31-32)!
A Bíblia tem moldado a história das civilizações mais do que qualquer outro livro. A Bíblia tem tido mais influência no mundo do que qualquer outro livro.
 Somente a Bíblia tem uma Pessoa específica (centrada em Cristo) como assunto em cada um de seus 66 livros, detalhando a vida dessa Pessoa através de profecias e tipos, por um período de 400 – 1500 anos antes dela nascer.
Somente a Bíblia proclama a ressurreição de sua figura central (Jesus Cristo), provada na história.
A Bíblia ainda modifica a vida dos que a lêem e ainda produz milagres na vida dos que crêem nela.
 David escreveu sobre a Palavra de Deus: “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para o meu caminho” (Sl. 119:105).
Isaías declarou: “Porque, assim como a chuva e a neve descem dos céus e para lá não tornam, mas regam a terra, e a fazem produzir e brotar, para que dê semente ao semeador, e pão ao que come, assim será a palavra que sair da minha boca: ela não voltará para mim vazia, antes fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei” (Is. 55:10-11).
Jesus afirmou: “Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus” (Mt. 4:4).
1.6 A Palavra de Deus é Proveitosa
Paulo escreveu a Timóteo, dizendo que toda a escritura é proveitosa na nossa vida. “Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente preparado para toda boa obra” (2 Tm. 3:16-17).
Estas palavras, em 2 Timóteo 3:16, identificam a Deus, como o Autor e o Inspirador das Escrituras Sagradas. Quão satisfatoriamente deleitosas são as Escrituras inspiradas! Que cabedal surpreendente de verdadeiro conhecimento elas proporcionam! São deveras “o próprio conhecimento de Deus”, procurado e prezado em todas as eras pelos que amam a justiça (Pv. 2:5).
A expressão completa do apóstolo Paulo em 2 Timóteo 3:16-17 dá a resposta: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e proveitosa para ensinar, para repreender, para endireitar as coisas, para disciplinar em justiça, a fim de que o homem de Deus seja plenamente competente, completamente equipado para toda boa obra.” As Escrituras inspiradas são, pois, proveitosas para ensinar a doutrina certa e a conduta correta, endireitando as coisas na nossa mente e na nossa vida, repreendendo-nos e disciplinando-nos, para que andemos humildemente em verdade e justiça. Submetendo-nos ao ensino da Palavra de Deus, podemos tornar-nos “colaboradores de Deus”. (1 Co. 3:9). Não há hoje na terra maior privilégio do que a pessoa estar ocupada na obra de Deus como ‘homem de Deus, plenamente competente e completamente equipado’ para a boa obra.
As Escrituras constituem uma dádiva incomparável de Deus à humanidade, um depósito de tesouros espirituais, cuja profundeza de sabedoria é insondável, e cujo poder de esclarecer e estimular para a justiça excede ao de todos os demais livros que já se escreveram. Ao pesquisarmos para obter conhecimento da Palavra de Deus, seremos levados a exclamar como o apóstolo Paulo: “Ó profundidade das riquezas, e da sabedoria, e do conhecimento de Deus!” Conhecer as Escrituras inspiradas e seu Autor é entrar no caminho da eterna alegria e deleite (Rm. 11:33; Sl. 16:11).
As declarações preservadas na Bíblia são as comunicações de Deus, faladas sempre em língua viva para o proveito dos humildes e dos que na terra amam a verdade.
Precisamos de saber o que é a Palavra de Deus, donde veio, qual é a sua autoridade e seu propósito, bem como o seu poder em favor da salvação. Adquirindo apreço pela sua gloriosa mensagem, teremos fé. Ademais, chegaremos a amar a Bíblia e seu Autor tão ardentemente que nada poderá jamais sufocar tal fé e amor. São as Escrituras, que incluem as declarações de Jesus Cristo, que edificam um fundamento sólido para fé. A verdadeira fé será da espécie que resistirá a testes, a duras provas, a perseguições e às propostas materialistas e filosofias duma sociedade ateísta. Triunfará gloriosamente, perdurando até a eternidade. “A vitória que venceu o mundo é esta: a nossa fé” (1 Jo. 5:4).
As Escrituras são o nosso padrão infalível e inerrante em assuntos de fé e de prática. A Palavra de Deus é perfeita e restaura a alma; é fiel e dá sabedoria aos símplices; é correta e alegra o coração; é pura e ilumina os olhos. Seus ensinos são “mais desejáveis do que o ouro, mais do que muito ouro depurado”. Por meio deles, o povo de Deus é advertido, protegido do erro e de angústias, e, “em os guardar, há grande recompensa” (Sl. 19:7-11).
Que bênção é possuirmos o ensino infalível do Deus infinito e inerrante, desfrutando deste ensino como um guia para nossa vida e um auxílio para entendermos nossos problemas e as soluções para eles!
Quando uma pessoa reconhece que os ensinos da Bíblia foram inspirados por Deus, e tal pessoa entende, crê e aplica esses ensinos à sua vida, ela possui os fundamentos sólidos para desfrutar de paz, confiança, certeza, contentamento, ousadia, coragem, gozo, gentileza, bondade, amabilidade, autocontrole e dignidade.
2.     A Bíblia Inspirada Por Deus
A característica mais importante da Bíblia não é a sua estrutura e a sua forma, mas o facto de ter sido inspirada por Deus. Quando falamos de inspiração, não se trata de inspiração poética, mas de autoridade divina. A Bíblia é singular; ela foi literalmente “soprada por Deus”.
Por inspiração das Escrituras queremos dizer que os escritos foram de tal modo capacitados e dominados pelo Espírito Santo, na produção das Escrituras, que estas receberam autoridade divina e infalível.
 Os escritores da Bíblia “falaram da parte de Deus conforme eram movidos por espírito santo”, disse o apóstolo Pedro (1:21). Por isso, o apóstolo Paulo também podia descrever os livros da Bíblia como “os escritos sagrados, que te podem fazer sábio para a salvação, por intermédio da fé em conexão com Cristo Jesus” (2 Tm. 3:15).
Quarenta homens, trinta e um no Antigo Testamento e nove no Novo, escreveram as palavras da Bíblia durante um período de cerca de 1500 anos. Estes homens eram reis, fazendeiros, mecânicos, cientistas, advogados, médicos, pescadores, sacerdotes e pastores, uns ricos, outros pobres, uns da cidade e outros do campo usando cada forma de literatura conhecida e tocando a vida humana e sentimento em centenas pontos diferentes sem nenhum erro absoluto no seu trato. Obviamente, muitos deles não se conheciam e eram de diferentes épocas históricas. Contudo, não estão em conflito uns com os outros. Isto só podia ter acontecido porque a Bíblia foi escrita por homens sob a inspiração do Espírito Santo.
Em referência à afirmativa da inspiração, as Escrituras afirmam ser a Palavra de Deus no sentido de que as suas palavras, embora escritas por homens e trazendo as marcas indeléveis de sua autoria humana, foram escritas, não obstante, sob a influência do Espirito Santo a ponto de serem também as palavras de Deus, a expressão adequada e infalível de Sua mente e vontade para connosco. Embora o Espirito Santo não tenha escolhido as palavras para os escritores, é evidente que Ele as escolheu por intermédio dos escritores.
A Bíblia é uma majestosa catedral. Muitos edificadores humanos, cada um por sua vez, contribuíram para a estrutura. Mas o arquiteto, cuja mente una foi aquela que planeou e enxergou o edifício completo, antes que Moisés tivesse escrito aquelas primeiras palavras do Génesis, as quais, não por acidente, mas tendo o propósito de gravar o nome do arquiteto no vestíbulo, são estas: “No princípio Deus…” (Pierson).
O que as Escrituras têm a dizer sobre todos os seus temas principais é tão contrário aos pensamentos e ideais de todas as classes de homens que somos obrigados a concluir que é “impossível que a mente humana as tenha inventado” (Pink).
2.1 Foi Deus Que Inspirou
O apóstolo Paulo disse que toda a Escritura foi dada por inspiração. “Toda a Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir com justiça.” (2 Tm. 3:16).
A expressão “inspirada por Deus” é traduzida do grego the·ó·pneu·stos, que significa ‘soprado por Deus’. (Veja 2 Tm. 3:16, primeira nota.) Foi o próprio Espírito de Deus, que ‘soprou’ sobre homens fiéis, fazendo com que compilassem e escrevessem as Escrituras Sagradas. Tal processo é conhecido como inspiração. Os profetas e outros servos fiéis de Deus, submetidos à inspiração, tiveram a mente conduzida pelo Espirito Santo. Isto significa que receberam mensagens de Deus, incluindo quadros que revelavam propósitos, e estes fixaram-se firmemente nos circuitos de sua mente. Assim as mentes dos homens que Deus escolhera sabiam o que Ele queria que eles escrevessem e fizessem de maneira que até as palavras usadas no original foram só as que Deus quis. “Porque a profecia nunca foi produzida pela vontade do homem, mas os homens falaram da parte de Deus conforme eram movidos pelo Espírito Santo” (2 Pe. 1:21; Jo. 20:21-22.
Enquanto esses homens de Deus estavam acordados e plenamente conscientes, ou enquanto dormiam e sonhavam, o Espírito de Deus implantava firmemente as mensagens que emanavam da fonte divina. Ao receber a mensagem, cabia ao profeta o dever de transmiti-la a outros em forma de palavras. Quando Moisés e outros profetas fiéis voltarem na ressurreição, eles sem dúvida poderão confirmar a exatidão dos registos preservados de seus escritos, pois a sua recriada mente apreciativa provavelmente terá clara lembrança das comunicações originais. Da mesma forma, o apóstolo Pedro ficou tão profundamente impressionado com a visão que teve da transfiguração, que pôde escrever vividamente a respeito de sua magnificência mais de 30 anos depois (Mt. 17:1-9; 2 Pe. 1:16-21).
Quando Deus usou homens para escreverem os diversos livros da Bíblia Sagrada, o Seu dedo simbólico, ou Espírito, era também o Poder que movia a pena desses homens. O Espírito Santo de Deus é invisível, mas, tem estado maravilhosamente presente, com o resultado visível e tangível de a humanidade receber a prezada dádiva da Palavra da verdade de Deus, Sua Bíblia. É incontestável que o Autor da Bíblia é Deus, o Comunicador celestial.
A palavra grega traduzida por “inspiração de Deus” significa “soprada divinamente”. É o único lugar na Bíblia em que é utilizada.
Tal como Deus soprou vida em Adão, Deus filho, a Palavra viva, soprou a Sua vida nas Escrituras. A Palavra está viva porque contém a vida do próprio Deus.
O apóstolo João explicou isto. “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (Jo. 1:1).
2.2 Inspiração Confirmada
Por ser Deus todo-poderoso, cheio de sabedoria e completamente perfeito, a Sua Palavra, por sua própria natureza, terá as mesmas características. Os mesmos versos que estabelecem a inspiração das Escrituras também estabelecem que são tanto livres de erro quanto revestidas de autoridade. Sem dúvidas, a Bíblia é o que afirma ser: a inegável e autorizada Palavra de Deus para a humanidade.
A Bíblia é inspirada por Deus não só no tocante ao tema, mas em cada palavra até ao mínimo pormenor cada “jota e til”. Isto é confirmado pelo profeta Jeremias e pelos apóstolos Mateus e João.
Jesus confirmou a autoridade da Bíblia. Ele confirmou a inspiração do Antigo Testamento. Afirmou, também, que tudo quanto Ele disse foi recebido da parte do Pai e é verdadeiro (Jo. 5:19, 30-31; 7:16; 8:26). Muitas vezes, ao referir-se às Escrituras, disse: “não lestes...”? ou “está escrito”. Ele disse que a Escritura não podia falhar (Jo. 10:35), e nem mesmo um i ou um til jamais passaria da lei até que tudo se cumprisse (Mt. 5:18).
Jesus afirmou a autoridade dos apóstolos. Ele prometeu enviar o Espírito Santo, o qual os guiaria para revelar toda a verdade (Jo. 14:26; 15:26-27; 16:12-13). Enviou os apóstolos com a missão de lhe servirem como porta-vozes e representantes (Jo. 20:21; Mt. 28:19-20; At. 1:8). Os próprios apóstolos afirmaram ter recebido a sua mensagem por revelação de Deus (Ef. 3:3-5; 1 Ts. 4:2; 1 Co. 2:10-13).
A mensagem dos apóstolos é registada na Bíblia. Isso significa que as palavras das Escrituras são os mandamentos de Deus (1 Co. 14:37). A Bíblia é a revelação de Deus para o homem; é a nossa autoridade. As suas palavras são as palavras de vida eterna, as quais nos julgarão no último dia (Jo. 6:68; 12:48).
A inspiração da Bíblia é confirmada pelas profecias cumpridas. Daniel predisse a ascensão e a queda de potências mundiais, bem como a época em que o Messias viria e seria morto (Dn. 2:8; 9:24-27). Hoje se cumprem ainda outras profecias, identificando os tempos atuais como os “últimos dias”. (2 Tm. 3:1-5; Mt. 24). Tal presciência está além da capacidade humana (Is. 41:23).
Jeremias revela alguns dos processos de inspiração ao falar das instruções que recebe de Deus. “Toma o rolo dum livro, e escreve nele todas as palavras que te hei falado contra Israel, contra Judá e contra todas as nações, desde o dia em que eu te falei, desde os dias de Josias até o dia de hoje” (Jr. 36:2).
Os escritores das Escrituras deviam escrever no rolo de um livro todas as palavras que Deus lhes falava através do Espírito Santo. Portanto, cada palavra, nas escrituras originais, foram inspiradas directamente por Deus.
O apóstolo Mateus escreveu: “Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, de modo nenhum passará da lei um só i ou um só til, até que tudo seja cumprido” (Mt. 5:18).
O apóstolo João afirmou: “...escreve, pois, as coisas que tens visto, e as que são, e as que depois destas hão-de suceder” (Ap. 1:19).
O apóstolo Paulo afirma que toda a Escritura é inspirada por Deus. A palavra “inspirada” (gr. theopneustos) provém de duas palavras gregas: Theos, que significa “Deus”, e pneuo, que significa “respirar”. Sendo assim, “inspirado” significa “respirado por Deus”. Toda a Escritora, portanto, é respirada por Deus; é a própria vida e Palavra de Deus. A Bíblia, nas palavras dos seus manuscritos originais, não contém erro; sendo absolutamente verdadeira, fidedigna e infalível. Esta verdade permanece inabalável, não somente quando a Bíblia trata da salvação, dos valores éticos e da moral, como também está isenta de erro em tudo aquilo que ela trata, inclusive a história e o cosmos (cf. 2 Pe. 1:20-21; note também a atitude do salmista para com as Escrituras no Salmo 119).
Os escritores das Escrituras deviam escrever as verdades que lhes foram reveladas pelo Espírito Santo. Ele inspirava-os a escrever cada palavra das coisas que viam no Espírito, as coisas que existiam ao tempo em que escreveram e as coisas que Ele lhes revelava e que iam ocorrer no futuro.
O processo de inspiração vinha como pensamentos que eram expressos segundo as palavras exactas dadas por meio de visões e revelações sobrenaturais. Embora utilizando a personalidade de autores humanos, cada Palavra das Escrituras originais foi inspirada (ou soprada) pela acção sobrenatural do Espírito Santo.
A inspirada Palavra de Deus é a expressão da sabedoria e do caráter de Deus e pode, portanto, transmitir sabedoria e vida espiritual através da fé em Cristo (Mt. 4.4; Jo. 6:63; 2 Tm. 3:15; 1 Pe. 2:2).
3.     A Absoluta Infalibilidade da Bíblia
A “Infalibilidade” pode ser chamada de consequência subjetiva da inspiração divina, isto é, define a Escritura como confiável e fidedigna para aquele que se volta para ela em busca da verdade de Deus. Como fonte da verdade, a Bíblia é “indefectível” (ou seja, não pode falhar ou insurgir-se contra o padrão da verdade). Consequentemente, nunca falhará ou decepcionará qualquer um que confie nela.
A “infalibilidade” é um termo teológico usado por muitos cristãos para definir a singularidade da Bíblia. Os cristãos acreditam que Deus comunicou as Boas Novas de salvação não só “em pessoa”, através de Jesus Cristo, mas também “por escrito”, através da Bíblia. Por conseguinte, os cristãos sempre consideram a Bíblia uma obra incomparável e qualitativamente diferente em relação aos outros livros.
A infalibilidade da Bíblia acompanha necessariamente a Sua inspiração e unidade. A Bíblia não contém erros, Ela está certa em todas as suas afirmações. Visto que Deus não mente nem erra, e a Bíblia é a Sua Palavra, segue-se que tudo o que Ela afirma tem que ser verdade (Jo. 10:35 Lc. 16:17 2 Tm. 3:16-17).
A infalibilidade das Escrituras é revelada na Palavra ao referir-se à fidedignidade da Palavra de Deus. Foi-nos ela entregue, a fim de que reconheçamos a Deus como o Ser Supremo por excelência e a seu Filho Unigénito como o nosso Salvador.
Afirmou Thomas Brown que a Bíblia Sagrada, além de ser a Palavra de Deus, é a mais sublime obra literária já produzida. Somos constrangidos a concordar com Brown. Tudo nela é singular: estilo, correção, graça e proposta. Sua singularidade, porém, acha-se no facto de ela ser a Palavra de Deus. Que outro livro pode fazer semelhante reivindicação? Embora produzida no contexto histórico e cultural judaico, ninguém haverá de negar-lhe a universalidade. É o único livro contemporâneo de toda a humanidade; sua mensagem não se perde com o tempo.
A infalibilidade da Bíblia decorre do facto de ser um livro de origem divina, pela inspiração e revelação do Espírito Santo; e por ser um livro cuja mensagem, em termos de história, profecia, e escatologia, têm a supervisão divina. Diz a Palavra: “E disse-me o Senhor: Viste bem; porque eu velo sobre a minha palavra para a cumprir” (Jr. 1:12). A Bíblia é infalível porque é Deus quem garante a sua veracidade e cumprimento. Deus vela por Ela. Ainda que, por permissão do próprio Deus, há tantos adversários da Bíblia, o Senhor vela para que a mensagem bíblica se cumpra de modo cabal e perfeito. Deus, Soberano do universo, tem o pleno controle dos factos e dos homens, de tal forma que, queiram ou não, os acontecimentos confirmam as afirmações e previsões, constantes da Bíblia.
A Palavra de Deus é considerada “mais segura” do que a maior experiência que Pedro teve no monte da Transfiguração com Jesus. Depois de descrever esta grande experiência, Pedro afirmou: “E temos ainda mais firme a palavra profética à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma candeia que alumia em lugar escuro...” (2 Pe. 1:19).
A certeza das Escrituras foi atestada por Lucas. Começou o seu relato evangelístico escrevendo a palavra que lhe foi entregue. Continua dizendo que estas coisas foram escritas para teres a certeza das coisas em que foste instruído (Lc. 1:4).
O Apóstolo João escreveu sobre a verdade absoluta de toda a Escritura. “E é quem viu isso que dá testemunho, e o seu testemunho é verdadeiro; e sabe que diz a verdade, para que também vós creiais” (Jo. 19:35).
As Escrituras são dignas da nossa aceitação. O Apóstolo Paulo diz em 1 Timóteo 4:9: “Fiel é esta palavra e digna de toda aceitação”.
4.     A Absoluta Autoridade da Bíblia
A autoridade da Bíblia significa que todas as palavras dela são palavras de Deus de tal modo que descrer ou desobedecer a qualquer palavra da Bíblia é descrer ou desobedecer a Deus. A Bíblia é a autoridade absoluta, é a autoridade final em todas as questões de fé e prática porque a Bíblia é inspirada por Deus e tem a autoridade absoluta de Deus em si mesma. A Bíblia não é simplesmente como um livro de bons conselhos que o homem pode adotar livremente, se assim o considera conveniente, ou rejeitar se assim lhe parece mais oportuno. A Bíblia é uma norma absoluta à qual deve submeter-se totalmente. A Bíblia lhe dita o que deve crer e o que deve fazer; fala com força imperativa. Se a Bíblia fala, somente há uma alternativa: obedecer.
Angus-Green disse que “os melhores homens e os melhores sábios têm testemunhado de seu poder como instrumento de iluminação e santidade, e, visto que foi preparada por homens que “falaram da parte de Deus movidos pelo Espírito santo”, a fim de revelar o “único Deus verdadeiro e Jesus Cristo a quem Ele enviou”, ela possui por isso os mais fortes direitos à nossa consideração atenciosa e reverente”.
Nossa fonte de conhecimento é a Palavra de Deus. Através dela o Senhor se dá a conhecer de um modo especial. Ela é o nosso objeto de estudo para conhecermos verdadeiramente quem é o nosso Deus, e qual a Sua vontade para todo ser humano. Para isso é necessário sabermos o que é a Bíblia. É indispensável termos a convicção do que estaremos aprendendo.
Não obstante haver diferentes fontes da verdade, nós podemos afirmar que somente a Bíblia possui autoridade final e absoluta. A razão de sua absoluta autoridade deve-se ao facto dela ser a única a nos dar a verdade absoluta, uma vez que é a única inspirada por Aquele que é a fonte da verdade, Deus. Podemos até afirmar também, com base em João 17:17, que ela é a verdade.
É impossível interpretar a Bíblia corretamente sem a convicção de que toda a Bíblia é a Palavra de Deus. Nós não temos o direito de rejeitar certas partes da Bíblia porque elas se opõem às nossas tradições, opiniões, ou estilos de vida.
Definitivamente a Bíblia é o padrão da verdade, uma vez que orienta o homem em tudo o que ele precisa saber; inclusive quanto à vontade de seu Criador. Por se tratar da autoridade final, nela nós julgamos todas as coisas.
4.1 Distinguindo o Certo do Errado
A história de Daniel na cova dos leões é por certo uma das mais conhecidas da Bíblia. Daniel se achava com 85 anos aproximadamente quando Deus o livrou dos leões famintos. Esse facto nos faz recordar que o Deus que libertou a Daniel daquela probante experiência, é o mesmo que nos resgata das perplexidades que temos de enfrentar na vida. A Babilónia cai e cede seu domínio aos medos e persas. O novo rei, Dario, constituiu uma estrutura bastante avantajada para administrar os interesses do reino. Ela consistia de 120 sátrapas (governadores), e sobre estes, três presidentes, dos quais Daniel era o principal. O rei Dario achou em Daniel um homem íntegro e o constituiu como homem de confiança no primeiro escalão de seu governo. Um exemplo de servidor público que exerceu as suas funções exemplarmente. A sua fé em Deus o fez honesto e fidedigno em suas responsabilidades profissionais. Ele é um dos poucos personagens sobre quem a Bíblia não regista nada de negativo. Mas isso não o impediu de ser lançado à cova dos leões. Em certo sentido o capítulo 6 de Daniel fornece um esboço claro do que é certo e errado, descreve a trajetória de um grande homem de Deus e seu final feliz. “A boca dos que seguem Deus fala com a sabedoria, distinguindo o certo do errado. A lei de Deus está nos seus corações; os seus passos serão sempre direitos” (Sl. 37:30-31).
Deus revelou a verdade como certa e absoluta. Deus não nos deu meramente ideias subjetivas para serem moldadas de modo a se ajustarem às nossas situações. Ele não aprova distorções ou modificações das Escrituras para que se ajustem aos nossos caprichos. Deus certamente não nos deixou num mar de dúvidas onde nada podemos saber com certeza.
Devemos escolher como responder a esta revelação de Deus. Nós podemos obedecê-la ou rejeitá-la. Temos a liberdade de aceitar tudo o que Deus disse, ou somente as partes que nos interessam. Mas quando decidirmos como responder a ela, devemos de nos lembrar de que nada do que fizermos irá mudar a veracidade de suas palavras. Três mil anos atrás aproximadamente o escritor de Salmos disse: “Para sempre, ó Senhor está firmada a tua palavra no céu” (Sl. 119:89).
Jesus acrescentou: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará (Jo. 8:32). Jesus não mostra a “verdade” como um objetivo ilusório e inatingível. Ele diz: “Conhecereis a verdade”. Jesus plenamente ensinou que podemos e devemos conhecer a verdade. Podemos conhecer a verdade hoje do mesmo jeito que o povo de Bereia o fez no primeiro século: Eles procuraram por ela nas Escrituras (veja At. 17:11). Podemos distinguir o certo do errado. Paulo instruiu os Tessalonicenses: “Julgai todas as coisas, retende o que é bom; abstende-vos de toda a forma de mal” (1 Ts. 5:21-22). Ainda hoje é verdade que a “lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para os meus caminhos” (Sl. 119:105).
As pessoas que escreveram o Novo Testamento confidentemente declaram que é possível saber a verdade. Em Hebreus 10:26, o escritor fala das pessoas que tinham “recebido o pleno conhecimento da verdade”. João falou com pessoas que receberam este conhecimento da verdade (1 Jo. 2:21). Paulo condenou aqueles que estão “sempre aprendendo mas que jamais podem chegar ao conhecimento da verdade” (2 Tm. 3:7). Por que receberam tão severa crítica? Porque eles fracassaram em aprender a verdade, resistindo assim à palavra de Deus. Eles não compreenderam a verdade porque assim não a quiseram (veja 2 Tm. 3:8). Nós podemos saber a verdade.
Contrariamente ao ensino da moderna filosofia há verdades, valores, éticas e autoridade absolutas no universo. Esses absolutos estão revelados na Palavra de Deus. É através destes absolutos que podemos distinguir o certo do errado. A Bíblia é a única autoridade absoluta para a nossa vida. “Escondi a tua palavra no meu coração, para não pecar contra ti” (Sl. 119:11).
4.2 Um Único Evangelho Verdadeiro
Há uma unidade no evangelho pregado por Paulo, Pedro, Tiago ou João. De facto, eles tinham diferentes círculos de atuação, ênfases, personalidades e culturas. Afinal, abordar pagãos requeria um outro tipo de abordagem, distinto da abordagem de Tiago, por exemplo, que pregava aos judeus. Porém, a essência da mensagem não sofria alterações. Lutero, em certa ocasião, revoltado com a maneira como o evangelho do Senhor Jesus Cristo estava sendo adulterado, escreve aquelas 95 teses e prega numa catedral, com o intuito de demonstrar que a fé na obra graciosa de Deus era o único caminho para a salvação.
A Bíblia não dá margem para alterações no evangelho e, infelizmente, nos nossos dias, são inúmeras as mensagens que não enfocam as Escrituras, mas uma falsa prosperidade – se você crer não ficará doente, ou enriquecerá. Nós vivemos dias em que, por conta do consumismo, a teologia tem sido adaptada para nos satisfazer. Entenda que não temos essa liberdade de adaptar e mudar a mensagem pregada pelos apóstolos. Leia o seguinte texto e reflita sobre o que é o verdadeiro evangelho:
“Vivemos tempos em que ‘tolerância’ é a palavra-chave. Se pensarmos da perspectiva do amor, devemos ‘tudo sofrer, tudo crer, tudo suportar, tudo esperar’. No campo do amor, nossa tolerância, paciência, socorro, e cuidado devem se destacar, fazer parte de nossas vidas, e por isso sermos conhecidos, como disse o Senhor: ‘Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns para com os outros..’ Seremos verdadeiros discípulos de Jesus se pudermos amar ainda com nossos limites, mas tendo sempre o autêntico desejo de amar como o Senhor nos amou. Afinal, este é o Seu maior mandamento: que nos amemos uns aos outros, como Ele nos amou. Ele é, portanto, o espelho que devemos ter.
Quanto à fé, porém, não há tolerância e nem negociação. Atitudes de tolerância, gestos mesquinhos e falta de sensibilidade têm marcado o relacionamento humano que anda cada vez mais longe da vontade do Pai celestial. Não vamos nos curvar diante de radicalismos ou liberalismos, que propõem acrescentar, ignorar ou retirar parte do evangelho. Não vamos tolerar sacrificar a verdade do evangelho, isto é: Jesus morreu pagando cabalmente os nossos pecados exclusivamente por graça, e que pela fé somente somos salvos”.
Devemos estar prontos a perder, vida, família, bens, mulher, como disse Lutero; mas jamais abrir mão do único, puro, divino, e verdadeiro evangelho da graça de Deus, proposto por Jesus em sua morte e ressurreição.
Podemos por isso ser tachados de radicais ou liberais; podemos ser desprezados ou mortos como tantos já o foram; mas jamais negociaremos a verdade proposta por Deus Pai, realizada por Seu Filho Jesus, e desfrutada exclusivamente pela fé, por todos aqueles que crêem que Jesus, o Cristo, deixou sua glória celestial, para vergonhosamente, por amor, morrer por nós, sofrendo assim eficientemente pelos nossos pecados.
É tempo de se posicionar! Deve-se romper com a confiança no aperfeiçoamento pessoal, no legalismo que busca cumprir preceitos para ser aceito por Deus.
Deve-se romper com a confiança em santinhos e toda a forma de ídolos, como se fossem intermediários entre nós e Deus. É tempo de se posicionar confiantemente na obra suficiente do nosso Senhor Jesus Cristo. Ele abriu a porta para que incondicionalmente possamos nos achegar a Deus com a certeza de sermos acolhidos.
É tempo de, também, os que já são cristãos, não nominais, mas os que já aceitaram a Cristo como único e suficiente salvador, de se sujeitarem a Ele, e dele aprenderem sem os filtros humanistas que anulam a graça e a autoridade de nosso Deus. Aquele Cordeiro que foi morto é também o Leão, o Rei perante quem haveremos de prestar contas pelo que fizermos com tão grande salvação que nos foi estendida. Não há nada mais a priorizar e anunciar além desta mensagem.
Não há outro evangelho verdadeiro a não ser o revelado na Palavra de Deus. “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos pregasse outro evangelho além do que já vos pregamos, seja anátema” (Gl. 1:8).
4.3 Autoridade Absoluta
Deus é o foco central no Seu Reino e está acima de tudo e de todos, não estando sujeito a nenhuma forma de governo, poder e autoridade. A Palavra de Deus é Lei que não se pode revogar! Deus é a autoridade absoluta e única, porque Ele é o Rei de todo o universo. O Senhor é Rei e seu Reino vive debaixo de sua Palavra que é a Lei do Reino. O que Ele diz, simplesmente é! Tanto a Sua Palavra como a Sua vontade são perfeitas, soberanas e indiscutíveis. Tudo o que o Senhor Jesus dizia e fazia eram actos soberanos do Rei e fluíam segundo a Sua própria autoridade.
A palavra de Deus é a autoridade independente se crermos nela ou não. A autoridade de Deus é a verdade e a verdade é o próprio Deus. (Jo. 14:6; 1:17; Dt. 32:4) Quem não gostaria de ser bem-sucedido na vida? Quem não gostaria de estar no caminho certo? Para alcançar esta bênção precisamos de crer nela e obedecê-la. Nossa vontade precisa estar alinhada à de Deus. É quando nos submetemos à Palavra que demonstramos o nosso amor a Deus. Cristo afirmou: “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele.” (Jo. 14:21)
A Palavra de Deus é a autoridade suprema em que todas as questões doutrinárias e eclesiásticas devem ser decididas (Dt. 4:2). Esta doutrina é importantíssima para a purificação da Igreja. Tudo o que nela não se lê, nem por ela se pode provar, não deve ser exigido de pessoa alguma que seja crido como artigo de Fé ou, julgado como exigência ou, necessário para a salvação. Na Bíblia o homem encontra tudo o que precisa saber, e tudo o que necessita fazer a fim de que seja salvo, e viva de modo agradável a Deus, servindo e adorando-O (2 Tm. 3:16-17; 1 Jo. 4:1; Ap. 22:18). Somente a Palavra de Deus é autoridade absoluta para definir as nossas convicções, porque apenas nela encontramos a verdadeira sabedoria do alto. Ela rege as nossas decisões e molda o nosso comportamento, como também determina a qualidade dos nossos relacionamentos.
A Palavra de Deus é a autoridade absoluta porque é a verdade absoluta. Jesus disse: “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” (Jo. 17:17).
4.4 Exige Obediência
Para manter a autoridade da Palavra de Deus temos de nos submeter a ela com todo o nosso coração. É absolutamente necessário que reconheçamos a autoridade da Palavra de Deus e que possuamos uma noção básica do que ela significa. A autoridade absoluta da Palavra de Deus exige a nossa obediência.
A maior das exigências que Deus faz ao homem não é a de carregar a cruz, servir, fazer ofertas, ou negar-se a si mesmo. A maior das exigências é que obedeça de modo a tornar visível os traços característicos de Jesus. Para que a autoridade se expresse é preciso que haja submissão. Se é preciso que haja submissão, o ego precisa ficar excluído. “Mas, se alguém não obedecer à nossa palavra por esta carta, notai-o e não tenhais relações com ele, para que se envergonhe” (2 Ts. 3:14). É impossível edificar uma vida se ela não estiver debaixo de autoridade. Para se edificar as vidas é necessário que haja submissão.
Por causa da autoridade absoluta da Palavra de Deus, só podemos ser abençoados se lermos, ouvirmos e guardarmos as suas verdades. “Não se aparte da tua boca o livro desta lei, antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem-sucedido” (Js. 1:8).

Deus quer a nossa obediência, e exige de nós o cumprimento de algumas condições para receber o benefício do sangue de Jesus. Para ser salvo, é necessário respeitar a palavra do Senhor, fazendo a vontade do Pai que está nos céus.

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