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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

A base da nossa vitória, está na resistência aos inimigos da fé!


Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tg. 4:7)
Este versículo nos apresenta um aspeto da Verdade acerca do qual há ampla ignorância entre os crentes. Com frequência, eles se mostram inconscientes de que o diabo os está atacando e precisa ser resistido. Muitos supõem que as investidas de Satanás estão limitadas às tentações para que pequemos. Isto não é verdade; em muitos casos, o objetivo dele é opor-se e impedir-nos de fazer o que é bom. Constantemente, ele utiliza os seres humanos a fim de atrapalhar-nos e inquietar-nos. Por exemplo, ele enviará alguém para bater à porta ou chamar-nos ao telefone, quando estamos orando. Ele mandará parentes visitarem-nos no domingo, impedindo-nos assim de gastar tempo na comunhão com o Senhor. Ou criará circunstâncias para obstruir nosso progresso espiritual, multiplicando nossos deveres e tarefas, de modo que não tenhamos tempo livre ou fiquemos muito cansados para estudar a Bíblia.
Poucos filhos de Deus parecem saber que possuem o privilégio e o direito de serem vitoriosos contra os ataques de Satanás. O Senhor não deixou seu povo aqui à mercê de seu grande inimigo, sem meios para vencê-lo. De maneira alguma. Ele nos ensina em sua Palavra como podemos derrotá-lo.
“Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós”. Resistir: um ato de ataque! É assim, segundo o ensino de Tiago, que iremos enfrentar e vencer o diabo, resistindo-o! Por mais audaz, por mais perigoso, por mais poderoso que ele seja, nós o venceremos resistindo-o. Recorde as palavras do Senhor Jesus apontando as intenções do nosso inimigo: “O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir” (Jo 10:10). Mas sairá em fuga por não ser capaz de resistir ao poder de Deus investido em cada um de nós. Este é um mandamento divino. Um dever que o Senhor colocou sobre nós. Nossa primeira responsabilidade no que concerne a este mandamento é dar-lhe nossa melhor atenção, gravá-lo em nossos corações, ponderar seus termos, desejar e resolver obedecê-lo.
Provavelmente, alguns dirão: “Eu quero, mas não sei como”. Então nossa segunda responsabilidade referente a este mandamento é reconhecer este facto, pedindo a Deus que nos ilumine e nos ensine como obedecê-lo. Conte-Lhe que deseja fazer aquilo que Ele ordenou e suplique instrução e capacidade para realizá-lo.
É tolice querer fazer qualquer coisa, principalmente de cunho espiritual, como evangelizar, pregar, cantar, lecionar, orar e etc., sem o aval, a graça, a bênção de Jesus, a aprovação e a unção do Espírito Santo. Jesus conquistou a vitória por nós, portanto, sujeitemos a ele as nossas armas e a nossa vida, e ele pelejará por nós. “Sem mim nada podeis fazer”.
Infelizmente a igreja de Cristo não tem obtido maiores vitórias, porque, muitas vezes, em vez de lutar contra o pecado, o inimigo e o mundo, os cristãos se põem a guerrear uns contra os outros. Falam mal um dos outros, pois discordam da maneira de pensar e agir.
Muitas pessoas não compreendem o facto de estarem cheias de fé e esperança quando estão nas reuniões da igreja, mas fracos, inseguros e debilitados quando se veem fora dela. A Palavra de Deus diz que o justo vive por fé (Rm. 1:17). A plenitude da vida espiritual em Cristo Jesus só é alcançada pela fé. A grande promotora da nossa vitória é a pequena palavra chamada fé.
A Bíblia diz que a fé vem pelo ouvir a mensagem da Palavra de Cristo (Rm 10.17). É por isso que nas reuniões da igreja o nosso coração se enche de fé e nos sentimos poderosos espiritualmente, pois na igreja nossa fé é exercitada e estamos em comunhão com Deus, ouvindo a Palavra de Deus que é espírito, verdade e alimento espiritual; ali, a pessoa está com o pensamento voltado para o Senhor e Suas promessas.
Entretanto, quando volta para casa, para o seu contexto, se vê diante dos desafios do dia-a-dia, canalizando seus pensamentos, normalmente, para os desafios naturais de qualquer pessoa (cuidar da casa, dos filhos, do cônjuge, dos negócios, das contas e etc.), o que é perfeitamente aceitável. O problema surge quando a pessoa se esquece de Deus e de Suas promessas por causa do seu envolvimento com essa rotina natural.
A fim de experimentarmos verdadeiras e duradouras vitórias na caminhada, precisamos de deixar de pensar em Deus intensamente somente nas reuniões da igreja. É necessária uma vida de oração constante e sistemática, o que nos coloca permanentemente na presença de Deus e de Suas promessas. Torna-se importante para quem quer a vitória da fé manter uma vida de oração incessante, no espírito, com ou sem palavras (1 Ts. 5:17). Portanto, devemos colocar inteiramente tudo o que somos e temos à disposição do Senhor. Precisamos de fazer uma completa entrega de nossas próprias vidas e de nós mesmos a Deus, a fim de sermos conduzidos e governados por Ele. Nada é mais ofensivo a Satanás do que a humildade, pois ele é um espírito orgulhoso, e o seu desejo é ensoberbecer-nos e levar-nos a viver e agir independentemente de Deus. Ao consagrar tudo totalmente a Deus, estaremos evitando laços e maldições que poderiam levar ao fracasso e derrota. Dessa forma, conseguimos viver a nossa fé dentro e fora da igreja, nos momentos fáceis e nos mais difíceis, quando estamos vendo milagres e quando ainda não vemos o milagre.
Nossa fé precisa ser ativada a cada momento de nossas vidas, nutrindo sempre a expectativa de que a qualquer momento ela promoverá uma explosão do sobrenatural de Deus a nosso favor, independentemente das circunstâncias à nossa volta. Com isso, à medida que enfrentamos as situações do dia-a-dia, exercitamos a fé, crescemos e nos fortalecemos para continuar na rota da nossa vitória. Essa é a fé que extrapola os limites das reuniões da igreja e nos posiciona como vencedores e participantes do sobrenatural de Deus.
Neste tempo que decorre, seremos altamente desafiados ao exercício da nossa fé, porque este é o tempo das maravilhas de Deus, as maravilhas que seguem os que creem (Mc. 16:17). Precisamos de dar ouvidos à severa exortação da Palavra de Deus que diz: “Vivei, acima de tudo, por modo digno do evangelho de Cristo, para que, ou indo ver-vos ou estando ausente, ouça, no tocante a vós outros, que estais firmes em um só espírito, como uma só alma, lutando juntos pela fé evangélica; e que em nada estais intimidados pelos adversários...” (Fl. 1:27, 28).
A nossa fé deverá colocar-nos diante dos milagres necessários para o nosso casamento, família, grupos, discipulado, finanças e etc., e assim não seremos conhecidos como os que só creem nas reuniões da igreja, mas que, pelo exercício da nossa fé, os sinais, prodígios e maravilhas de Deus nos seguirão no nosso dia-a-dia.
1. Fé racional, fé emocional e fé espiritual.
Porque tantas pessoas sofrem e vivem uma montanha russa em sua vida espiritual? Para muitos, fé é algo filosófico, utópico ou inconsistente. Para outros é ilógico e irracional, necessário para os débeis e para quem não confia em si mesmo. Mas nós sabemos que embora a fé seja algo abstrato, não palpável pelas mãos humanas, os seus efeitos são concretos, perfeitamente percetíveis pelos sentidos humanos. A fé é uma espécie de convicção interior, que sempre cria algo e necessita de uma base de operações para ser gerada e exercitada. Dependendo da base da nossa fé, poderemos classificá-la em racional, emocional e espiritual.
É racional quando a convicção está baseada na nossa razão ou lógica humana. Aqui não se aceita como viável ou possível qualquer coisa que fira o plano lógico e racional. Procura-se dar uma explicação lógica para tudo, inclusive para as maravilhas de Deus. Quando o professo da fé racional não consegue explicar o ocorrido pelos postulados lógicos e científicos, coloca o facto no campo da ignorância momentânea, esperando que no futuro, com o avanço científico, as explicações lógicas venham. É a fé dos que só creem no que podem entender e explicar.
Mas o praticante da fé, não baseada na razão ou lógica humana, é o que possui uma fé inabalável, uma fé renovadora e firme é aquele que tem toda a sua vida firmada na palavra de Deus e não se deixa levar pelo vento e por rumores tão comuns em nossas vidas e no meio em que vivemos. Aquele que tem esse tipo de fé é guiado por um norte, por uma bússola que se chama Jesus Cristo e que nos leva ao melhor caminho. O caminho para uma nova vida, o caminho para a salvação!
A fé é emocional quando a convicção está nas emoções e nos sentimentos. É a fé dos que só creem no que sentem. Se não estiverem sentindo “algo”, estão desautorizados, pelas emoções e sentimentos, a crer. Pessoas assim, quando estão emocionalmente bem, são crentes vibrantes e esperançosos, ativos e até contagiantes, mas, quando estão emocionalmente “para baixo”, se tornam desistidos, indiferentes, resistentes, volúveis e até feridos pela incredulidade.
A fé emocional é aquela que vive surtos espirituais e que fazem pessoas cometerem loucuras em seus momentos de emoção na igreja. É aquela que não se baseia na bíblia mas sim nos achismos e nas empolgações experimentadas pela agitação que a música envolvente e a fala eloquente promove no público. A fé emocional é irracional, é carne e vem do coração e da alma e, portanto, atrapalha quando queremos algo grande de Deus. Ela é desencadeadora de conflito.
O praticante da fé emocional é aquele que fala sem pensar e faz sem ao menos raciocinar, é aquele que começa com pequenas atitudes estranhas e que termina com profecias baalísticas que somente comovem e induzem outras pessoas para uma fé emotiva e libertina.
A fé é espiritual quando a convicção está na Palavra de Deus. É a fé viva, porque está baseada na Vida, na Palavra da Verdade. É a fé centrada na pessoa e na obra de Cristo. Ela está centrada no poder da obra e da pessoa de Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
As duas primeiras são “naturais”, estão no plano humano e natural, centradas nas possibilidades e potencialidades humanas. Mas a fé espiritual é sobrenatural, está centrada no poder transcendente de Deus, para Quem “não há impossíveis em todas as coisas”, pois Ele mesmo nos diz: “acaso, haveria coisa demasiadamente maravilhosa para mim?” (Lc. 1:37; Jr. 32:27). Essa é a fé descrita em Hebreus 11:1 que denuncia a certeza de uma esperança e a convicção de uma realidade invisível. Só por meio dessa fé romperemos em vitórias, tanto espirituais como materiais.
2. Resistir aos inimigos da fé é a base da nossa vitória!
Qualquer que seja o poder que Satanás possa ter, o cristão pode estar absolutamente certo de que recebeu a capacidade para vencer tal poder.
Em vez de sucumbirmos ao desejo que Satanás tem de nos separar de Deus, devemos nos achegar ao Senhor. Tiago promete que Deus responde, por sua vez, aproximando-se de nós.
A Palavra de Deus nos convoca a resistir ao inimigo e a permanecer firmes na fé em Jesus. Mas o que significa “resisti ao diabo”? Em primeiro lugar, significa que eu não tenho de ficar apavorado diante dele. Satanás não tem qualquer poder constrangedor. Ele não pode prevalecer sem meu consentimento. Em segundo, não devo sequer ouvir a sugestão dele, mas resistir ativamente, afirmando: “Não cairei”. Tenha essa atitude e permaneça firme em sua postura. Em terceiro, cite as Escrituras para Satanás, um versículo pertinente e adequado que confronta a tentação específica. Confie no poder da Palavra de Deus, esperando que ela expulse Satanás de seu caminho. Em quarto, pleiteie a promessa divina no versículo: “Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós”. Sim, ele fugirá, pois não é apenas um inimigo vencido, mas também um notório covarde. “Ele fugirá de vós” apenas por um “momento”, pois voltará para reiniciar a luta; e você também. Resistir ao diabo é um mandamento. Compete a todo filho de Deus barrar-lhe a ação, exigir a sua saída e proibi-lo de o tentar. Foi assim que o Senhor Jesus fez com o diabo, lá no deserto.
Em 1 Pedro 5:8, lemos: “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar”. Com certeza, esta verdade é muito descritiva e impressionante. Se você soubesse que um leão havia escapado do circo em sua cidade, que era feroz e estava faminto, que estava perdido, vagueando pelas ruas, e suas obrigações diárias lhe exigiam sair de casa, sem dúvida que você agiria com bastante atenção e cuidado.
Considere por um instante o contexto deste versículo: “Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós” (1 Pe. 5:7). Não adianta a pessoa ter fé durante uma reunião na igreja, se não souber resistir às preocupações e à ansiedade. Através destas palavras, o filho de Deus é convidado a lançar sobre o Senhor Jesus todo o seu fardo de ansiedade, estando seguro da compaixão de Cristo. Sim, mas o privilégio e a certeza do cuidado dEle para connosco não nos deve levar a sermos levianos e negligentes.
A fé espiritual tem inimigos cujo propósito é fazer-lhe oposição. O cônjuge incrédulo, o parente de mau caráter, o filho viciado não são inimigos da fé. Pessoas não são inimigas da fé. Elas podem ser usadas para que os inimigos da fé surjam em nosso caminho, mas são só canais. Os verdadeiros inimigos da fé são gerados dentro de nós, conforme nossas debilidades; dentre eles temos: o medo, a dúvida, a incerteza, a insegurança, a ansiedade, os complexos.
Quando somos “visitados” por tais inimigos, podemos ceder às pressões externas, sairmos da rota da fé e ficarmos paralisados, impedidos de conquistar e prosperar. Satanás sabe disso e usará todo o seu potencial para paralisar o crente, criando situações ou se aproveitando das circunstâncias quotidianas, para levar tensão e preocupação, tentando, assim, abalar a sua fé.
É preciso saber resistir aos inimigos da fé, tanto dentro como fora das reuniões da igreja. Temos de fazer-lhe resistência na fé, crendo, recebendo sabedoria e poder para agir de acordo com as Escrituras. Se quisermos resistir ao inimigo e obter a vitória sobre ele, precisamos de desalojar e expulsar os pecados hospedados em nosso coração. Precisamos de oferecer combate imediato a todos esses inimigos da fé, mantendo nossa comunhão com Deus pelo Seu Espírito, declarando nossa fé em Deus e mantendo nosso pensamento ocupado com a Sua Palavra e as Suas promessas. O inimigo quer encher o nosso coração com o que não edifica e enfraquece a fé; ele quer agir em nossa vida espiritual, como um vírus, que destrói toda a resistência do organismo, tornando-nos vulneráveis. Para manter-nos cativos e enfraquecer a nossa fé, ele pode usar uma mágoa crónica guardada contra a esposa, contra o marido, filhos, pais, irmãos, ou o próximo; ele quer dominar-nos através de pensamentos impuros, desejos carnais e mundanos; cabe-nos, portanto, apesar das situações, guardarmos o coração incontaminado, fortalecendo-o no Senhor, na Sua Palavra e nas Suas promessas, resistindo em nome de Jesus sem nunca esquecer que o maior é aquele que está connosco.
Ainda que as pessoas à nossa volta, muitas vezes falsas, maldosas, maliciosas, hipócritas, perversas e mentirosas, que se aproximam de nós, dizendo-se verdadeiros, porém são lobos em pele de ovelha, são demónios disfarçados de anjos de luz, não cooperem com a vitória da nossa fé, poderemos sair vitoriosos em cada situação, basta-nos abrir a boca para proclamar nossa fé em Deus e nas Suas promessas e determinar a nossa vitória, em nome de Jesus. Um bendito exemplo dessa verdade foi deixado por nosso Senhor. Ele resistiu firme “na fé” a Satanás, ao utilizar contra ele somente a Espada do Espírito. Seja profeta do avivamento e das maravilhas de Deus na própria vida, família e história, independentemente das circunstâncias.
Precisamos de combater imediatamente todos os inimigos da fé e confiar nas promessas de Deus para quando vierem os problemas e com eles o medo, a dúvida, a preocupação e a ansiedade, possamos manter o pensamento na Palavra de Deus e a confiança em Suas promessas. Assim, esses inimigos irão e a pessoa terá mantido a consciência e a fé limpas. Isso, certamente a fará vencedora. Entregue a sua vida nas mãos do Senhor Jesus. Ele é a porta que conduz à vida eterna.

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