Leitura:
Isaías 55:6-11
Deus quer que sejamos vitoriosos, conduzindo-nos
da morte para a vida; da derrota para a vitória; do sofrimento para a
perfeição; e, da tristeza e dor da disciplina para a vitória de filhos da luz,
e que prosperemos, e nós mesmos desejamos isto. Mas a vitória e a prosperidade
que experimentaremos do lado de fora, nas circunstâncias, está diretamente
ligada à vitória e à prosperidade que provamos do lado de dentro, na alma.
Entender a vitória e a prosperidade da alma é um
passo importante para se vencer e prosperar nas circunstâncias, uma vez que o
que provamos por dentro pode determinar a dimensão do que provaremos por fora.
Nosso Deus, determinador de todas as coisas, é um Deus Fiel, Ele tem
propósitos definidos em relação a todas as coisas e absolutamente nada está
fora do Seu controle. Ele colocou em movimento todos os eventos antes do
alvorecer do tempo e está simplesmente esperando para ver (e provar, nos
lugares celestiais) o resultado daquilo que Ele fez acontecer. É um Deus de
começo, meio e fim em tudo o que faz, estabelecendo ciclos claros e definidos.
No texto de Isaías 55:6-11 vemos que o nosso Senhor tem interesse em que nos
relacionemos com Ele, apesar de nossas falhas, e nos mostra que a vitória ou a
derrota estão ligadas a determinados ciclos que precisamos compreender. Vemos
que a nossa vitória e prosperidade começa quando nos dispomos a buscá-lO e a
achá-lO. Mas há um caminho, que se não for mudado, colocará a pessoa afastada
de Deus e, portanto, no lugar da derrota e do fracasso.
Por isso, o Senhor diz:
“Buscai-me”. Se nós O buscarmos, Ele será encontrado por nós, e nós O ouviremos
(Is. 55:6-11). Mas se não O buscarmos e não O ouvirmos, certamente cometeremos
um erro. Por quê? Porque Seus pensamentos e caminhos são mais altos e muito
diferentes do que os nossos. São as Suas próprias palavras que vêm de Sua boca,
e que repetidas com os nossos lábios sempre cumprem os seus propósitos e nunca
retornam vazias (Is. 59:21; Mt. 6:33).
Receber, ouvir e buscar são
três chaves que trazem liberdade financeira aos servos do Senhor e para a obra
do evangelho. A Grande Comissão se torna uma caminhada íntima com Deus e não
uma tarefa financeiramente stressante.
Portanto,
sairemos em alegria e não em stress, porque
sabemos que Deus nos tem falado e guiado. Por fé sabemos que Ele colocou no
caminho ampla provisão diante de nós. Temos paz porque não existem pressões de
preocupações causadas pelo dinheiro que foi emprestado para realizar as nossas
idéias. Podemos seguir pelas montanhas e ladeiras em adoração a Deus ao invés
de nos preocuparmos. Seguimos esperando o crescimento em lugares difíceis, ao invés
de espinhos e abrolhos, e frutos eternos para o renome do Senhor.
1. O ciclo da derrota e do fracasso.
Temos visto muitas pessoas vivendo em um ciclo sem fim, interminável de
dissabores, fracasso, derrota, enfim, sem êxito aparente. Mas hoje, vamos
determinar a vitória de Deus na vida de cada pessoa e um tempo de ciclo de
bênção em nome de Jesus.
A Palavra de Deus mostra-nos que a nossa vitória no Senhor começa quando
nos convertemos e nos voltamos para Ele com sinceridade, quando o amor de Deus,
que é infinito, derrama-se em nossos corações por intermédio do Espírito Santo,
nosso Fiel Ajudador, que nas tribulações mostra-se a nós mais intensamente como
O Consolador. A vitória é a única
evidência satisfatória de que este mundo está procurando na vida dos crentes! Mas
nela também vemos que há um conjunto de coisas, que podem alcançar uma pessoa,
que se não for quebrado, a levará para longe de Deus, estabelecendo assim um
ciclo terrível, chamado de o ciclo da derrota e do fracasso.
Esse ciclo promove derrota e fracasso porque afasta a pessoa de Deus, a
única fonte da nossa vitória e prosperidade. Claramente vemos que esse ciclo
não está nos desígnios de Deus para o seu povo, mas pode entrar na história de
uma pessoa e de uma geração por causa de pelo menos duas coisas, que abrem
portas e legalidades para Satanás: a perversão e a iniquidade. O texto bíblico
nos mostra que quando alguém anda por caminhos perversos e tem pensamentos
iníquos, está no ciclo da derrota e do fracasso, porque tais coisas são
obstáculos para quem quer buscar e achar a Deus.
O inimigo tem um ciclo de derrota para o homem. O
ciclo do inimigo é: matar, roubar e destruir (Jo. 10:10).
Quando estamos fora do ciclo da vontade do Senhor, o
Espírito geme por nós com gemidos inexprimíveis (Rm. 8:26).
Talvez hoje o Senhor esteja abrindo o mar à nossa
frente e nós estamos procurando madeira para construir uma ponte. Talvez Ele
esteja abrindo um caminho no deserto e nós continuamos achando que é uma
miragem.
Ou seja, Ele quer abençoar-nos, estejamos atentos
para receber. Temos que ter atitude perante as oportunidades de Deus nas nossas
vidas, estar atentos como fez a mulher do fluxo de sangue, pois ela havia
determinado ficar atenta quando Jesus estivesse passando e foi curada, não
adiou a sua oportunidade para o dia seguinte.
2. Saindo do ciclo da derrota e do fracasso.
Estamos num momento de decisão, porque os que
estiverem andando no ciclo do Senhor, estarão se levantando sobre todas as
obras do inimigo, e o Senhor os conduzirá acima das circunstâncias. Habacuque
enxergou esta verdade, por isso, pode num momento em que todos teriam como
lógica a desistência, tomar uma posição de avançar contra todas as evidências
de derrota ou de fracasso, declarando que o Senhor quer fazer-nos andar
altaneiramente e para isso, temos os três fundamentos de Deus em nossas vidas.
Fertilidade – Este é o tempo
no qual o Senhor fará Seu povo fértil na terra. Deus está derramando uma unção
de fertilidade, para quebrar toda a esterilidade do pecado e da miséria que
impuseram às nossas vidas. É tempo de vivermos uma agilidade entre o plantar e
o colher, pois, nossos frutos não serão normais, mas a fertilidade será grande,
plantaremos um e colheremos cem, tal como proporcionou a vida de Isaque num
momento de fertilidade excecional, assim o Senhor fará em nossas vidas (Gn.
26:12).
Força -
Seremos conhecidos como o povo que tem uma força especial. O Senhor deu a
Sansão uma força, descomunal, que era gerada pelo Espírito Santo em sua vida,
assim também nos dias de hoje o Senhor batizará os seus filhos com essa força
descomunal, para que todas as setas do inimigo e circunstâncias, que
normalmente derrubam as pessoas, não tenham poder sobre os servos do Senhor,
porque o Senhor nos capacita com essa força, que nos levará a saltar muralhas e
a ser conhecidos pela força do nosso Deus em nossas vidas (Jz. 14:6).
Felicidade –
Felicidade é um estado de
perfeita satisfação íntima. Jesus ressaltou o facto de que a obediência é a
maneira de ter real felicidade: “Se
obedecerem aos meus mandamentos, permanecerão no meu amor, assim como tenho
obedecido aos mandamentos de meu Pai e em seu amor permaneço. Tenho lhes dito
estas palavras para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja
completa” (Jo. 15:10, 11).
Felicidade
é algo de dentro para fora, não está ligada às coisas materiais e sim, às
espirituais. Nós não somos felizes porque temos, mas, somos felizes pelo que
somos. Somos filhos de Deus, novas criaturas em Cristo Jesus, perdoados e
lavados pelo sangue de Jesus Cristo. Somos descendentes de Abraão e herdeiros
conforme a promessa. Somos o povo eleito de Deus, a nação santa, o sacerdócio
real, o povo adquirido que foi tirado das trevas para habitar na luz. Quando
Jesus enviou os setenta discípulos a pregar o evangelho, muitos se alegraram
porque até os demónios os sujeitavam por causa do nome de Jesus. Porém, Jesus
lhes disse que a causa da felicidade
deles deveria ser outra: “Mas, não vos
alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos antes por estarem os
vossos nomes escritos nos céus”. (Lc. 10:20)
A Bíblia dá-nos uma definição importante:
Bem-Aventurado, que tem o sentido de felicidade completa. Uma pessoa
bem-aventurada é uma pessoa feliz por completo. Portanto, seremos conhecidos
nestes dias como um povo feliz, porque as trevas irão cobrir o arraial do
inimigo, mas a alegria não faltará em nós, porque o Senhor coroará de gozo os
Seus servos. Isaías 35:10 diz: “Os
resgatados do Senhor voltarão, e virão a Sião com cânticos de júbilo; alegria
eterna coroará as suas cabeças; gozo e alegria alcançarão, e deles fugirá a
tristeza e o gemido”. Malaquias 3:12 diz: ”Todas as nações vos chamarão felizes, porque vos farei uma terra
deleitosa, diz o Senhor dos exércitos”.
Para andarmos dentro destas bênçãos e altaneiramente
precisamos também dar ao Senhor os nossos três “F’s” (fertilidade, força e
felicidade).
O nosso Deus nos dá a chave para a saída do ciclo da derrota e do fracasso,
alertando-nos
por intermédio dos profetas, que a nossa esperança, não está colocada nas
coisas materiais, nem mesmo naquilo que humanamente seria lógico, mas, na
dependência do Senhor; a despeito das circunstâncias, Ele estará ao nosso lado.
No texto
bíblico lemos que o Senhor manda que o perverso deixe o seu caminho e que o
iníquo deixe os seus pensamentos, para que se possa achá-lO e se possa
desfrutar da Sua compaixão e receber o Seu perdão, que são os fundamentos de
uma vida fora do ciclo da derrota e do fracasso.
Deus preparou para seus filhos um ciclo de vida que
consiste em: investir, sedimentar e desfrutar. O caminho do Senhor é perfeito
para as nossas vidas. O Salmo 18:30 diz: “O
caminho de Deus é perfeito; a Palavra de Deus é provada; Ele é escudo para
todos os que Nele confiam”.
Portanto, a nossa vitória é adquirida através do conhecimento de Deus e de
Cristo intimamente. É somente quando nos tornamos dispostos a colocar de
lado considerações de ordem pessoal e com todo o nosso coração procuramos
conhecê-lo que nós podemos ser treinados para enfrentar com sucesso o
intensificado ataque espiritual proveniente do mundo que nos rodeia.
É neste ponto
de vir a conhecer a Cristo e "Abba", nosso Pai, intimamente, que
podemos começar a entender a vontade de Deus como nunca antes. É na beleza
deste tipo de relacionamento que começamos a compreender não só o que Deus
exige de nós, mas também por que Ele o exige, porque a nossa ligação com Ele
através do Espírito Santo em nós torna-se reativada e começa a crescer e a se
fortalecer. Ao entrar em um relacionamento estreito de amizade
com Deus, vemos com mais clareza o que é a vitória e a prosperidade e como nos
mantermos dentro da Sua vontade.
a) Deixar a
perversão.
A perversidade em todas
as suas formas tem atormentado os justos desde o Jardim do Éden. Se a
perversidade e o pecado fossem simplesmente imaginários antes que realidades de
facto confrontando o homem justo, não representariam nenhuma ameaça. Mas a
perversidade é uma realidade, e é praticada pelos homens perversos. Há personalidades
atrás dos atos e pensamentos perversos. As pessoas justas não podem
simplesmente lidar com a perversidade em si. Elas precisam também enfrentar
aqueles que desafiam a vontade de Deus para o viver justo, tratando com as
próprias pessoas perversas. Isto torna a perversidade difícil de lidar, e torna
o problema de resistir ao mal ainda mais espinhoso. Devemos refletir bem nos ensinamentos de Deus, e
nos exemplos de tais pessoas, para sabermos como agir.
“Tende cuidado,
irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos afaste
do Deus vivo; pelo contrário, exortai-vos mutuamente cada dia, durante o tempo
que se chama Hoje, a fim de que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do
pecado” (Hb. 3:12, 13).
Um dos grandes perigos que a
igreja contemporânea vive é poder ser infetada por uma tentação que cercou
muitos cristãos no ínicio da igreja primitiva e um grande número caiu enlaçados
por ela. É algo subtil, que vai invadindo os corações, e sem se aperceberem,
não obstante, manterem a forma religiosa, as expressões e os
aspetos externos de crença, o coração vai se afastando de Deus e de sua
soberana vontade.
Essa era a preocupação do
autor de Hebreus ao advertir aos que haviam professado a fé em Cristo como
Salvador de suas vidas: o de tomar cuidado para que a tentação do perverso coração de incredulidade,
não os afastasse do Deus vivo.
Parece paradoxal uma
advertência como essa ser dada justamente a crentes, cristãos professos, mas só
tem sentido quando entendemos a profundeza dessa exortação e a amplitude com
que é repetida no livro de Hebreus.
A carta aos Hebreus é
uma defesa da fé genuína e uma exortação à preservação das práticas e atitudes
morais e doutrinárias que se deve ter em relação a Deus e à sua Palavra. Esta
exortação é reforçada por um alerta de que a Palavra de Deus é viva e poderosa
e é capaz de discernir todos os pensamentos e intenções secretas do coração. O efeito da Palavra de Deus é radical em desvendar as profundezas do
ser humano, e em atingi-lo na alma, no coração e no espírito. “Porque
a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de
dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e
medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração”
(Hb. 4:12).
A alma (coração) é a sede dos
sentimentos, da vontade, dos desejos mais profundos do homem, e, deixar-se
invadir pelo espírito de incredulidade e fechar-se à voz e aos comandos de Deus
para a sua vida, será isso o que se chama apostasia (desvio da fé genuína),
inaceitável, portanto, para Deus.
O perverso coração de
incredulidade retratado no livro de Hebreus, era expresso em vários
comportamentos que alguns cristãos estavam cometendo: Negligência em relação
à verdade relevada (Hb. 2:1-3).
Endurecer o coração pelo engano do pecado (Hb. 3:13). Desobediência (Hb.
4:6). Desviar-se, cair e voltar atrás (Hb. 6:4-6). Deixar de
congregar-se (Hb. 10:25). Abandonar a confiança, retroceder na fé (Hb.
10:35-39). Deixar a raiz da amargura entrar no coração (Hb. 12:15-17).
Não honrar o casamento (Hb. 13:4). Envolver-se nas doutrinas várias e
estranhas (v 9).
O espírito da incredulidade é
um mal terrível que produz consequências que impedem de muitas coisas boas
acontecerem, de muitas bênçãos serem concretizadas em nós e por nós. Vejamos
alguns desses danos:
A incredulidade endurece os nossos corações
para que a obra de Deus não se realize em nossas vidas. Quando há incredulidade, os milagres não acontecem. A incredulidade
produz perplexidade e repreensão da parte de Cristo: “Jesus exclamou:
Ó geração incrédula e perversa!
Até quando estarei convosco? Até quando vos sofrerei? Trazei-me aqui o menino”
(Mt. 17:17; Lc. 9:41). A incredulidade
traz separação da presença de Deus. Os incrédulos sofrerão o juízo da separação
eterna de Deus.
Mas, diz o texto que o perverso deve deixar o seu caminho, isto é: o
caminho da perversão. Perversa é toda a pessoa que tem má índole, é corrupta e
depravada. A pessoa perversa é a que toma a Verdade por mentira e a mentira por
verdade. É alguém que para conseguir os intentos do seu coração não busca a
rota da justiça de Deus, mas traça para si um caminho pervertido, carregado de
corrupção, injustiça e depravação.
O perverso, no seu caminho, jamais se encontrará com Deus, porque Deus não
anda no caminho do perverso. O caminho do perverso é caminho de derrota e
fracasso, porque o afasta cada vez mais de Deus.
A perversão é um tipo de depravação ou corrupção na essência da pessoa. Quando se diz que o homem está no estado de depravação
total quer dizer que sua natureza é totalmente pecaminosa. Depravação total não
quer dizer que o homem natural não possa praticar boas obras, mas suas obras,
por melhores que sejam não podem agradar espiritualmente a Deus. Há uma troca
dos valores corretos por outros injustos e corrompidos, estabelecendo assim uma
base corrompida na pessoa, que a faz optar pelo caminho perverso sempre que
necessitar de fazer uma escolha. Por isso o Senhor diz que se alguém quiser
sair do ciclo da derrota e do fracasso precisa sair desse caminho de perversão,
que além de denunciar seu possuidor, também tem o poder de corromper ou
perverter outras pessoas suscetíveis.
b) Deixar a
iniquidade.
A iniquidade é a raiz de uma árvore interior cujo
fruto é o pecado e a maldição.
Iniquidade: Etimologicamente esta palavra quer
dizer, “o torcido” (do hebraíco ‘awon’ desviar-se do caminho). De facto.
É o que se torce do caminho reto e perfeito de Deus. A origem da iniquidade se
encontra na queda de Lucifer. Surge no momento em que este arcanjo, cheio de
beleza e perfeição, deu lugar a um pensamento incompatível com o de Deus e
começou a crer em algo diferente e oposto à justiça Divina. Da mesma maneira
que a fé “a substância do que se crê” (cf. Hebreus 11:1) e o poder que ativa o
mundo invisível de Deus, este pensamento torcido dentro do coração do arcanjo
veio também produzir esta substância espiritual – a iniquidade – que é a origem
da maldade.
A iniquidade é a semente diabólica
de onde todo o mal se origina. Esta é transmitida ao homem desde seu nascimento
e irá impregnar o coração de pensamentos e intenções que se opõem à justiça, à
verdade, ao amor e a tudo o que Deus é. A iniquidade é a soma de todos estes
pensamentos torcidos ou a soma da maldade do homem.
A iniquidade impregna o espírito do ser humano no instante em que o embrião
é concebido. É neste momento que toda esta informação da herança espiritual da maldade se estabelece
nele.
A iniquidade é um cordão espiritual torcido, e para defini-la, de alguma
maneira, é onde vão sendo gravados todos os pecados do homem e o que será sua
herança nas gerações seguintes. É onde fica gravado todo o legado torcido e
pecaminoso que um homem entregará a seus filhos. Estes, por sua vez,
torcê-lo-ão ainda mais com seus próprios pecados e entregá-lo-ão como uma
mensagem de maldição à geração subsequente.
A iniquidade é o que a Bíblia chama de corpo do pecado. O corpo do pecado
se origina no espírito e invade a alma e o corpo físico, como um lodo que suja
tudo. Muitas pessoas se chamam cristãs, mas o que creem é filosofia, ética e
doutrinas acerca da verdade ou alguns fenómenos sobrenaturais. Crer assim não
produz um novo nascimento, nem concede às pessoas um espírito novo. Quando se
crê tão-somente com a mente, podemos saber a Bíblia de memória ou recitar “o
credo” e nenhuma destas coisas leva ao novo nascimento. O coração é o órgão de
nossa alma que se encontra intimamente ligado ao nosso espírito e, somente
através dele, é que podemos nos arrepender para uma mudança radical de vida.
É necessário deixar a antiga
maneira pecaminosa de viver. O apóstolo João escreve o que estamos afirmando,
insistindo que esse caminhar em iniquidade é um terrível engano. Recordemos que
a iniquidade e a justiça se opõem radicalmente e se tivesse que coexistir
durante toda a vida em um suposto crente, este se encontraria em um lamentável
e terrível estado de juízo durante toda a sua existência. Isto é porque a
justiça inevitavelmente julga a iniquidade.
A iniquidade não afeta somente a vida de uma pessoa, mas também vai
constituir-se no fundamento de maldição e destruição de cidades. Desde que o
homem caiu em pecado e a iniquidade passou a formar parte de seu ser, a terra
absorveu esta semente de maldade ficando maldita desde então.
Há uma diferença entre iníquo, injusto e incrédulo. O homem injusto é
aquele que não conhece a Deus nem a Sua justiça, mas conhece a injustiça.
Injusto é aquele que não tem o Deus justo no coração e, por causa disso, comete
obras de injustiça. Por isso, quando alguém comete os atos de injustiça, está
afirmando que não conhece o Deus justo.
Homem incrédulo é aquele que sabe que Deus é Deus, que o inferno é real e
não uma falácia, mas mesmo assim brinca com as coisas de Deus (2 Co. 4:4). Todo
o incrédulo não vê a glória nem a essência do Evangelho de Jesus.
O homem iníquo é aquele contrário à equidade, isto é: não tem a disposição
de reconhecer igualmente o direito de cada um. É alguém que avalia erradamente
ou não pesa a sua vida, a da vida da família e da sociedade.
O iníquo é uma pessoa perversa, que promove desgraças e aberrações. Seus
pensamentos são perversos, malévolos, por isso vive na iniquidade, cometendo
perversões e aberrações e isso não faz diferença alguma para ela. Porque seus
pensamentos são malévolos e perversos, o iníquo é capaz de cometer os atos mais
terríveis e pecaminosos sem qualquer censura de sua consciência. Por causa dos
pensamentos malévolos e corruptos não experimenta o sentimento de erro e culpa.
Por exemplo, o iníquo é capaz de matar sem piedade ou arrependimento e de
mentir com tanta naturalidade e segurança como se estivesse dizendo a verdade.
Por isso o Senhor diz que o iníquo deve deixar os seus pensamentos, uma vez
que as suas ações iníquas são capitaneadas pelo que está em sua mente
corrompida, perversa e maligna. Pessoas assim estão no ciclo da derrota e do
fracasso. O Senhor diz que tais pessoas só experimentarão o melhor de Deus se
deixarem os pensamentos iníquos, se forem transformadas pela renovação de suas
mentes (Rm. 12:2).
A solução apresentada por Deus para quem quiser sair do ciclo da derrota e
do fracasso é a conversão. É o Senhor
que ensina e guia o homem pela vereda direita. Ora, os homens nascidos segundo
a descendência de Adão, ao nascerem entraram por uma porta larga que dá acesso
a um caminho largo que conduz à perdição, porém, para ter acesso ao caminho do Senhor é preciso nascer de novo, nascer da água (palavra) e do Espírito, e voltarem-se para Ele,
para desfrutarem da Sua compaixão e do Seu perdão. Só assim será possível viver
longe da perversão e da iniquidade, totalmente separados do ciclo da derrota e
do fracasso. Mas, sem conversão e sem uma vida de santidade, os caminhos
continuarão pervertidos, denunciando a perversão, e os pensamentos continuarão
iníquos, denunciando a iniquidade.
Se para entrar no reino dos céus é necessário nascer de novo e ter justiça superior à dos escribas e fariseus, segue-se
que ‘novo nascimento’ e
‘justiça’ são intrínsecos. Ou seja, somente os de novo gerados são declarados justos, pois os gerados segundo a
carne são ímpios diante de Deus.
Aquele que aprende do Senhor, que é humilde e manso de coração, é de novo gerado segundo Deus, em
verdadeira justiça e santidade. Ao entrar por Cristo, a porta estreita, terá
acesso ao caminho apertado que conduz à vida (Mt. 7:13-14).
É verdade que podemos ver muitos sinais da serpente,
pegadas bem definidas do inimigo de Deus e do homem; coisas que não podemos
explicar nem compreender; a inocência que sofre e a maldade que prospera podem
dar certa aparência de verdade ao raciocínio dos incrédulos e céticos; porém o
verdadeiro crente descansa na certeza de que “O Juiz de toda a terra” fará
justiça (Gn. 18:25).
Hoje o Senhor o fará sair daqui andando
altaneiramente. Creia e aproprie-se dessa palavra como uma palavra excelente de
Deus para a sua vida em nome de Jesus.
Uma vez liberto,
você está pronto para que a justiça de Deus se estabeleça sobre a sua vida e
com ela toda a sorte de bênçãos contidas nas regiões celestiais que Jesus
conquistou para todos aqueles que o têm como Senhor e Salvador.
Amém!
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