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sexta-feira, 27 de abril de 2012

Perante uma decisão certa ou boa, Qual deve ser a escolha?


Leitura: Génesis 13.5-13
Tomar decisões pode ser um processo de muita tensão porque nem sempre podemos estar seguros sobre o rumo correto a seguir. O bem-estar de outras pessoas pode estar em jogo.
Mas, a vida é feita de decisões. E cada decisão que tomamos, faz com que o nosso futuro seja de alegria e felicidade ou de tristeza e dor. Tristeza e dor por ter tomado a decisão errada e como consequência, a falta de sucesso em alcançar os objetivos tão desejados. Alegria e felicidade por ter tomado a decisão certa e como consequência, ter atingido as metas antes planejadas.
Querendo ou não, estamos sempre tomando decisões em nossas vidas, que, por sua vez, estabelecerão determinados alvos diante de nós. As nossas decisões são baseadas em nossa história e nos conceitos e prioridades que temos. Por isso as nossas decisões revelam se ao tomá-las estamos no Espírito, segundo os princípios de Deus ou na alma (razão, emoções e vontade), segundo os padrões humanos e/ou mundanos.
O correto seria escolhermos ou decidirmos em função do Senhor e com base nos princípios e valores do Reino de Deus. Porém, como nem sempre escolhemos conforme os critérios de Deus, geralmente a nossa escolha não é a melhor, ainda que seja a mais agradável. A nossa tendência é escolher o caminho mais fácil, isto é: aquele que achamos ser o melhor e que nos parece ser o mais favorável para nos trazer maior conforto e satisfação.
Infelizmente, a pessoa que anda assim, conforme os seus sentidos naturais e a sua razão, emoção e vontade, pode acabar em situações em que o Senhor não estará com ela. Como filhos e filhas de Deus precisamos tomar cuidado, pois decisões baseadas na velha natureza (nos princípios e padrões carnais, mundanos, humanísticos) podem nos tirar do caminho da vitória e da bênção de Deus. A grande diferença está em nos habilitarmos para diferenciarmos o certo do que é bom e decidirmos sempre pelo que é certo, ou seja, pelo que está no coração de Deus a nosso respeito, conforme Sua Palavra e Seu Espírito.
1.     Consequências da escolha do caminho mais fácil.
A Bíblia nos revela ao longo de sua história que nem sempre o caminho de Deus é o caminho mais curto, o caminho mais perto, o caminho mais fácil, o caminho mais cómodo, nem tampouco o caminho que do ponto de vista humano parece ser o mais certo ou o mais lógico. Nem sempre o caminho do homem é o caminho de Deus e nem sempre o caminho de Deus é o caminho do homem.
Deus disse através do profeta Isaías: “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o Senhor” (Is. 55:8).
Há momentos em que tudo parece confuso, as coisas não acontecem como esperamos, fica difícil acreditar que Deus está ao nosso lado, a impressão que temos é que Ele está totalmente indiferente a tudo o que está acontecendo connosco. Isso acontece porque queremos que as coisas saiam do modo que planejamos, procuramos às vezes o caminho mais curto, mais lógico, mais fácil para alcançar os nossos objetivos. Nós trabalhamos no campo da lógica e da razão e Deus trabalha no campo da fé e da obediência.
O verdadeiro caráter de um homem se revela quando ardem ao seu redor as chamas da adversidade. Assim ocorreu com Pilatos. No término do ministério de Jesus, Pilatos desempenhava um papel-chave na crucificação do Filho de Deus. Pilatos fez o que era errado por causa da influência da multidão turbulenta. Quando o homem decide seguir o seu próprio caminho, ele segue só, arcando com as consequências da sua escolha.
Pilatos queria agir corretamente. Ele queria libertar Jesus. Diante dos acusadores de Jesus, Pilatos declarou sua convicção: “Não vejo neste homem crime algum” (Lc. 23:4). Pilatos tentou pelo menos três vezes persuadir os judeus a libertar Jesus (Lc. 23:13-22). A princípio, ele sugeriu castigar Jesus e em seguida libertá-lo (Lc. 23:16). Depois ele lhes falou mais uma vez, desejando soltar Jesus (Lc. 23:20). Por fim, ele os desafiou pela terceira vez em resposta à exigência deles de que Jesus fosse crucificado. “Que mal fez este? De facto, nada achei contra ele para condená-lo à morte” (Lc. 23:22).
Não se trata de um equívoco por parte de Pilatos. O texto é claro: “Porque sabia que, por inveja, o tinham entregado” (Mt. 27:18). A esposa dele tocou profundamente na sua consciência. Sentado na tribuna para julgar o caso, recebeu da esposa um recado. “Não te envolvas com esse justo; porque hoje, em sonho, muito sofri a seu respeito” (Mt. 27:19). Quantas vezes, pela graça de Deus, a consciência do homem é incentivada a agir justamente?
Às vezes temos a tendência de pensar que basta “saber o que é certo” ou “querer fazer o que é certo”. Muitas pessoas amenizam a consciência turbulenta por meio de um estudo detalhado da Palavra e uma aceitação intelectual posterior para com a verdade, que é correta. Também muitas pessoas acham muito conforto em estar favoravelmente inclinadas a tudo o que consiste em bom comportamento.
Não devemos tomar decisões precipitadamente. A nossa vida é cheia de possibilidades de decisão e de oportunidades. Aproveitar uma boa e salutar oportunidade revela sabedoria. Benjamim Disraeli disse: “O segredo do sucesso na vida de um homem consiste na sua preparação para apropriar-se da oportunidade quando ela surgir”. Esse é um lado da moeda da decisão. O outro lado diz que não devemos tomar decisões precipitadas. O sábio Salomão afirmou em Provérbios 19:2 – “Não é bom proceder sem refletir, e erra quem é precipitado”. Eu sei que ninguém gosta de passar longos meses na indefinição, porém em alguns casos, isso se faz necessário. É melhor esperar e decidir corretamente, que decidir logo e cometer uma loucura. Há casos em que o erro pode ser reparado a tempo, mas em outros, as consequências são danosas. A propaganda sempre apela para a decisão imediata e fácil, como, por exemplo, compre logo, venha já, só hoje, só amanhã, ligue já, não perca a oportunidade. Todavia, toda essa pressão é para decidirmos logo, sem avaliar se podemos ou não, se temos os recursos ou não. Por isso, a cautela e a paciência diante das decisões são fundamentais para quem quer acertar.
Em geral, as pessoas que escolhem o caminho mais fácil são imediatistas, operam pelo oportunismo e, via de regra, se consideram e são consideradas pessoas muito “espertas”. Neste grupo de pessoas estão aquelas que não têm uma identidade bem definida em Cristo, que relativizam a Palavra e os princípios de Deus e que não têm clareza quanto aos projetos de Deus a seu respeito, entendendo que o que lhe parece bom é sempre aquilo que Deus tem para elas. Confundem o que é certo com o que é bom. São muitos os problemas que podem surgir na vida de quem escolhe tomar decisões baseadas na velha natureza (entendimento humano, vontade e emoções); dentre as muitas consequências, temos:
a) Entrar nas regiões de perigo.
Em certos momentos, certas ideias surgem na cabeça do cristão. Note-se que a mente é um forte campo de batalha. Como cristão, usando a Palavra de que Deus lhe ensinou, deve decidir se a ideia é de Deus ou do Diabo. Neste caso também, os cristãos devem pedir a Deus a graça e sabedoria para seguirem a direção da Sua voz e não a do diabo.
Muitos cristãos lutam com as decisões certas na vida. Alguns acham que a decisão certa é simplesmente “fazer o que o seu coração pede, para fazerem o que eles querem”. Outros cristãos também decidem de acordo com a sua mente sobre as coisas e presumem que o que eles decidiram é exatamente o que Deus quer que eles façam. Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte.
Em geral, o caminho mais fácil nos coloca próximos do perigoso território do pecado. Um exemplo disto aconteceu com Ló, que olhou para as facilidades existentes à sua volta, vislumbrando vantagens imediatistas na escolha e, sem perceber, acampou na fronteira de Sodoma e Gomorra – as cidades do pecado (Gn. 13:10-11).
Toda a vez que acampamos na região da fronteira de um pecado, nos expomos às influências do mesmo. O pecado é como um polvo que tem muitas pernas. Quem não conhece os seus limites, nem considera as debilidades do seu caráter, corre grande risco quando decide transitar nas regiões de perigo, por causa das frequentes tentações que caracterizam tais áreas.
Todos nós temos inumeráveis decisões que precisamos de enfrentar todos os dias da nossa vida. Sempre que existe um conflito, um problema e uma provação, é hora de decisão. Mas a questão é: como tomar as decisões? Como é que sabemos que estamos tomando as decisões certas, as que darão os melhores resultados e nos ajudarão a alcançar as nossas metas?
Precisamos de usar os critérios de Deus para nos protegermos em relação às regiões fronteiriças do pecado. Decisões e escolhas baseadas na carne (razão, emoções e vontade) nos empurram para as fronteiras do pecado. Aqui vale lembrar que, ao entrar em operação, a nossa carne, via de regra, toma a direção do pecado e da morte, pois “o pendor da carne dá para a morte” (Rm. 8:5-8).
Deus deixou-nos a Sua Palavra, a Bíblia, que é a bússola, o mapa e o farol que precisamos para nos orientarmos em nossas decisões, para descobrirmos qual é a vontade de Deus, o que Deus sabe que será melhor, de acordo com a maneira como Ele vê a situação. Afinal de contas, só Deus está lá na frente e só Ele sabe o que vai acontecer, e só Ele pode guiar-nos. Portanto, o que Deus deseja que façamos nesta vida para viver conforme o seu agrado, é que obedeçamos ao que está revelado em Sua Palavra e assim evitaremos de entrar nas regiões de perigo.
b) Entrar no território do pecado.
A disposição de um homem em seu interior, isto é, o que ele possui em sua personalidade, determina pelo que ele é tentado exteriormente. A tentação se ajusta à natureza da pessoa tentada, e revela as possibilidades daquela natureza. Todo o homem tem a montagem desta própria tentação, e a tentação fará a linha da disposição governante.
Às vezes o caminho mais fácil nos faz atravessar a fronteira e entrar no próprio território do pecado, mesmo que não tenhamos a intenção de fazê-lo. Com Ló foi assim. Seguindo a orientação de sua alma, que buscava o que era bom e agradável, foi se deslocando em direção a Sodoma e em determinado momento, sem perceber, já estava com as suas tendas e tudo o que era seu dentro de Sodoma (Gn. 13:12-13).
Ele, como muitos, foi atraído pelas seduções da cidade do pecado. Buscar o que é bom, sem aferir se o que se busca é o certo, pode cegar-nos em relação aos perigos e riscos que corremos, juntamente com todos os que estiverem connosco. A intenção de prosperar segundo seus próprios caminhos e decisões fez com que não percebesse que as suas tendas já estavam dentro de Sodoma.
Ló não se deu conta que ao tomar uma decisão baseada na velha natureza, estava estabelecendo um alvo terrível para si e para as suas gerações: fazer morada em Sodoma – a cidade do pecado, da homossexualidade, da idolatria, do paganismo, do desrespeito ao próximo e da maldição. Uma vez acampados na fronteira do pecado, se não mudarmos de decisão, certamente entraremos na cidade do pecado. Quanto mais próximo de uma fronteira, mais fácil será atravessá-la!
Daí a decisão acertada é a decisão que é reta aos olhos de Deus (ou o que agrada a Deus ou que está em consonância com a Sua vontade para a vida). This means that the right decision may not always seem right in the sight of man. Isto significa que a decisão certa nem sempre parece certa aos olhos do homem. Pode não ser sempre o que você quer fazer. As coisas do Espírito estão sempre em conflito com a carne.
c) Receber juízo e maldição.
Não tem como: se não sairmos do território do pecado (o que só acontece quando decidimos retomar nossa posição em Cristo), o juízo e a maldição decorrentes daquele pecado nos alcançam e alcançam as nossas gerações (filhos, netos e, inclusive, discípulos). Os cristãos podem receber maldições em sua vida por ignorar ou ul­trapassar certos limites estabelecidos por Deus. Creio que Ló não queria a maldição para si e nem para a sua casa, mas, porque decidiu viver na cidade do pecado, ao pecado expôs sua casa e a maldição os alcançou (Gn. 19:15-17, 36-38).
Infelizmente, a escolha errada de Ló não o levou sozinho para a desgraça, também levou a sua casa e as gerações seguintes. Porque a sua alma o conduzia sempre na direção do que era bom e agradável, entrou na cidade do pecado e lá se enraizou, de modo que o pecado e a vida pecaminosa daquela cidade passou a exercer influência decisiva em toda a sua casa. A influência foi tão grande que para as suas filhas, o marido ideal e o padrão de família foram definidos pelo que elas absorveram de Sodoma, a ponto de não verem outra oportunidade para casamento fora dos padrões daquela cidade. Elas não viam a possibilidade de se casarem com homens que não fossem de Sodoma; por isso, na boa intenção de deixarem descendência para o pai, resolveram cometer o grande pecado de conceberem do próprio pai, deixando a geração dos moabitas e dos amonitas.
 A nossa garantia de vitória está em decidirmos pelo que é certo aos olhos de Deus. A pessoa que tem a responsabilidade de guiar outros, seja na família, grupo, discipulado ou empresa, precisa fazer a diferença entre o certo, o bom e o agradável. Muitos não consideram tal diferença e, na busca do que é bom e agradável para si e para os outros, atraem juízo e maldição para todo o seu contexto. Cuidado! Você é chamado para liderar, para conduzir um povo, portanto cuide para que suas decisões não sejam tomadas debaixo da “unção” de Ló, que geralmente traz dor e maldição para várias gerações.
Os cristãos serão capazes de tomar as decisões corretas quando sincronizarem a sua vontade com a vontade de Deus (isto é, quando a vontade de Deus se torna a sua vontade). O Espírito Santo, que é o nosso conselheiro, está pronto para dar aconselhamento, mesmo quando tomamos nossas decisões na vida. Sempre que estamos tomando decisões, e pedimos ao Espírito Santo aconselhamento,He will lay the will of God in our hearts, whenever we are making decisions, but won't make the decision for us. Ele coloca a vontade de Deus em nossos corações, mas não vai tomar a decisão por nós. Ele prefere chamar as nossas mentes para a decisão correta ou a melhor escolha para nós (aos olhos de Deus). Whether or not we take the Holy Spirit's suggestion is up to us.
Hoje chegou o tempo do seu confronto. Em nome de Jesus Cristo, arrependa-se das decisões erradas, quebre as cadeias de maldição que visitaram a sua vida e histórico e decida pelo que é certo aos olhos de Deus.
A pessoa que aprende a viver sempre sob o olhar presente de um Deus santo, se esforça por Lhe agradar. 

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