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quarta-feira, 3 de julho de 2013

Purim, Tempo de Transformar o Choro em Riso e a Morte em Vida

Textos: Ester 9:19-22; Salmo 91:14-16
Introdução 
O dia 14 do mês de Adar, o nosso mês de fevereiro, foi consagrado entre os judeus como um dia de grande festa. Portanto, Purim é uma festa profética e que retrata a libertação do povo de Israel exilado na Babilónia desde a destruição do Templo de Salomão pelos babilónios e da dispersão do Reino de Judá, o dia em que Deus transformou o decreto de morte em vida, o dia em que o Senhor mudou o destino de toda uma nação. Esta festa nos fala sobre o julgamento de nosso inimigo – Hamam – e do livramento e exaltação dos judeus na Pérsia. Assim como aconteceu no passado acontecerá nos dias atuais connosco, pois o Eterno não pode mudar e a sua Palavra prevalecerá contra o nosso inimigo!
...Não houve período na história do povo judeu em que ele se sentisse tão afortunado e seguro de sua própria existência, pela lógica e pelas leis naturais, como na época da história de Purim.
O Purim, conforme a tradição do povo de Israel, perpetuou-se como recordação pela salvação de seu povo - de forma milagrosa - quando a sombra do extermínio o ameaçava diante o reino persa, sob o comando de Assuero, identificado pelos pesquisadores como o Rei persa Xerxes (485-465 A.C.).
Tal acontecimento teve lugar no fim da época do exílio babilónico entre a destruição do primeiro Templo, princípio do retorno a Sion, e a construção do segundo Templo.
1.     Mas o que é Purim?
O Purim é uma importante festa judaica que nasceu de um livramento dado ao povo judeu, exilado na Persa, relatado no Livro de Ester. Purim é o plural da palavra ‘Pur’, e, portanto significa literalmente “sorteio” ou “sortes”, é um feriado judaico que comemora a salvação dos judeus persas do plano de Hamã. A palavra Pur também está relacionada com a palavra hebraica ‘porer’, que significa desmantelar, quebrar, destruir, quebrar em pedaços. A palavra ‘hefir’, derivada do verbo ‘pur’ tem o sentido de cancelamento, quebra de algo permanente, como a violação de uma aliança, o fim de um casamento.
Purim nos lembra que os judeus, mesmo estando num país estranho e como escravos foram duramente perseguidos pelas forças das trevas a fim de serem eliminados para sempre, não deixando assim nenhum rasto de sua história para a humanidade.
Purim é uma festa das mais alegres do calendário judaico, é o “Dia d” para os judeus, pois comemora a vitória do povo contra a ameaça de genocídio. A festividade celebra a eternidade do povo judeu e seu triunfo sobre as forças perniciosas que desejavam extirpá-lo da face da Terra.
Purim é a revelação não só do grande amor que é despertado num momento de perigo, mas também da natureza intrínseca do mundo – os pensamentos que nós devemos ter em mente quando nós bebemos um copo de água e recitamos uma bênção por ela. A Meguilat Esther revela a maior proximidade de Deus, que está presente no mundo natural. O poder de Purim está na própria natureza!
Purim significa mudança de sorte, significa que a tristeza é transformada em alegria!
Purim foi estabelecido porque o povo judeu dessa época entendeu que foi o Próprio Deus que “mexeu os pauzinhos” em todas as situações mencionadas para salvar o Seu povo. Ele estava só Se disfarçando de uma novela num palácio persa.
a)    A sua história
Naqueles dias, O perverso Haman Haagaguí, descendente de Amalek, destacou-se junto à Corte Real em Shushan, a Capital, tornando-se o chefe dos ministros. Incitou o rei a exterminar o povo judeu, que, então, vivia em paz e tranquilidade. Haman reclama com o rei: “Os judeus têm as suas próprias leis e se negam a ser como todos os demais”. Haman suborna o rei, que fica satisfeito de receber o dinheiro e deixar Haman emitir um decreto para destruir os judeus. Ele concordou e outorgou a Haman o direito de divulgar em seu nome, a ordem de pôr fim à existência do povo judeu, entre jovens e velhos, crianças e mulheres, porque odiava o povo judeu porque este não lhe prestava reverência, não se curvava diante dele. Para isso, Haman, escolheu fazer sorteios para determinar o dia e mês em que a nação de Israel deveria ser exterminada, em um único dia, 13 de Adar (Et. 3:7-11). Segundo os sábios, Haman era temeroso e cauteloso, apesar de a Meguilá retratá-lo como poderoso e astuto.
Os antigos persas acreditavam que os signos do zodíaco afetavam o destino do homem, e creditavam muita honra aos astrólogos e magos. Para muitos pesquisadores, o sorteio não resultou no mês de Adar por acaso, mas intencionalmente, já que uma importante festa persa da deusa Anahita era celebrada no meio deste mês, e o interesse de Haman era deixar o povo contra os Judeus justamente durante estes dias de alegria e entusiasmo.
Hamã, conselheiro do rei, era agagita (Et. 3:1-10; 8:3-5). Significa que Hamã era amalequita, porque Agague (de onde vem o termo agagita) era rei dos amalequitas (1 Sm. 15:8). É muito importante que entendamos um pouco da genealogia de Amaleque.
Amaleque era o neto de Esaú (Gn. 36:12) e exterminou todos os habitantes da área compreendida entre a península do Sinai e o deserto de Neguebe. Os amalequitas foram os primeiros a atacar Israel depois do Êxodo, em Refidim. Desde então, todas as ocorrências de ataques amalequitas na Bíblia sempre são tentativas de se exterminar o povo de Deus. Leia Números 24 para estudar mais a esse respeito. Em Êxodo 17:16, o Senhor faz uma importante revelação ao Seu povo. Ele diz: “E disse: Porquanto jurou o Senhor que ele fará guerra contra Amaleque de geração em geração”.
A iniquidade dos amalequitas era tanta que o Senhor chegou a mandar que Saul os exterminasse por completo (1 Sm. 15:2-3). Porém, Saul desobedeceu. Historicamente, o povo amalequita foi exterminado somente no século 8 a.C. (1 Cr. 4:43). Mas o espírito amalequita permaneceu ao longo da história (até os nossos dias), cumprindo o que o Senhor disse em Êxodo 17:16.
Quando o Senhor afirma que fará guerra contra Amaleque de geração em geração, significa que a guerra continua até hoje e é perfeitamente possível determinar que o espírito do anticristo está totalmente ligado ao espírito amalequita. O objetivo do espírito do anticristo será sempre exterminar o povo de Deus, e sempre tentar denegrir Jesus Cristo diante da sociedade. Anticristo literalmente significa em oposição a Cristo.
Hamã foi alimentado por uma raiva incontrolável contra o povo de Deus - facto que se agravou ainda mais quando Mordecai não se prostrava diante dele, e quando o próprio Hamã foi obrigado a honrar Mordecai na frente de toda a população da Babilónia. Hamã então decide exterminar todo o povo judeu.
Podemos com autoridade afirmar que, com isto, Haman, de amaldiçoada memória, expressou já no mundo antigo, uma das primeiras tendências antissemitas. A liquidação física de um povo, sem condições aparentes de salvação.
A história de Adolph Hitler é surpreendentemente parecida com a de Hamã. Desde pequeno, já era influenciado pelo espírito do anticristo a odiar os judeus - o resto, a própria História nos conta. A biografia de Adolph Hitler nos mostra que a sua raiva pelo povo judeu vinha da criação dada a ele, desde a infância, por parte de seus antepassados, por tradição. Isso impregnou o caráter de Hitler - não era algo que surgiu em Hitler somente quando ele assumiu o poder na Alemanha. O espírito do anticristo tornou-se mais nítido em Hitler quando atingiu a posição de liderança no Partido Nazista. Seus discursos antissemitas literalmente hipnotizavam as massas. E assim, finalmente o espírito do anticristo colocava em prática, novamente, o seu intento de exterminar o povo de Deus, agora na Alemanha nazista.
Hamã, igualmente, não passou a ter raiva dos judeus somente porque Mordecai não se prostrava diante dele. Era algo que vinha de sua criação, do ódio dos amalequitas pelo povo de Deus que passava de geração em geração - era uma iniquidade constantemente alimentada. Tanto, que Hamã resolveu punir toda a população judia, não somente Mordecai.
2.     O Milagre do Eterno
Porém, de forma milagrosa, o pensamento e a astúcia de Haman, uma figura do próprio satanás, que odeia o povo de Deus porque este nunca se vai curvar diante dele, foram destruídos pela Vontade Superior. Deus levantou Ester. Um dos significados do nome Ester é escondido. Ela era a arma secreta de Deus. E com isso o inimigo não contava. Ester era intercessora. Ao saber do édito de Hamã, jejuou e orou por três dias. Comunicou-se com Mordecai, que levou todo o povo de Deus a fazer o mesmo. Intercederam, jejuaram e finalmente Hamã foi desmascarado
Numa sequência de acontecimentos em que se destacaram Mordechai e Ester, sua prima, foi permitido aos judeus que se defendessem e, portanto, a proteção Divina afastou todos aqueles que lhes prognosticavam o mal quando Haman estava no auge de sua glória. O cenário transformou-se, subitamente, e na mesma árvore preparada para a execução de Mordechai, Haman, foi enforcado.
Decrete em sua vida que é uma arma secreta de Deus para ver os seus inimigos espirituais (veja Ef. 6:12) enforcados nas próprias forcas que haviam preparado para si!
O dia 13 de Adar, data marcada pelo famigerado Haman para o triste destino do povo judeu, transformou-se no dia da vitória do povo judeu. No dia seguinte, 14 de Adar, comemora-se a Festa de Purim. O significado de Purim acompanhou a história do povo durante os difíceis e longos anos do Exílio. Tanto o decreto de Haman como a salvação do povo judeu se encontravam acima da razão.
Purim revela que cada aspecto dentro da natureza está imbuído de amor de Deus.
3.     O significado da Festa de Purim
Segundo os registos do livro de Ester, a festa de Purim comemora o dia da vitória do povo judeu sobre os povos inimigos na época do Rei Assuero, medo-persa, durante o cativeiro dos judeus na Babilónia. Hamã havia emitido um decreto sem o conhecimento total do rei Assuero, determinando que o povo judeu deveria ser completamente exterminado da terra sem qualquer direito de defesa.
Segundo a lei medo-persa, como qualquer decreto, após emitido, não poderia mais ser revogado nem pelo próprio rei, a solução encontrada por Mordecai e pela rainha Ester foi a de se emitir um segundo decreto, dando o direito aos judeus de se defenderem. Deus honrou o Seu povo e o fez prevalecer, fazendo cair por terra o plano inimigo de extinguir o povo de Deus da face da terra.
Mordecai escreveu estas coisas e enviou cartas a todos os judeus que se achavam em todas as províncias do rei Assuero, aos de perto e aos de longe, ordenando-lhes que comemorassem o dia catorze do mês de Adar e o dia quinze do mesmo, todos os anos, como os dias em que os judeus tiveram sossego dos seus inimigos, e o mês que se lhes mudou de tristeza em alegria, e de luto em dia de festa; para que os fizessem dias de banquetes e de alegria, e de mandarem porções dos banquetes uns aos outros, e dádivas aos pobres... Por isso, àqueles dias chamam Purim, do nome Pur. Daí, por causa de todas as palavras daquela carta, e do que testemunharam, e do que lhes havia sucedido...” (Et. 9:20-22, 26).
Apesar de o livro de Ester nunca mostrar algum dos nomes hebraicos do Senhor, é visível a Sua presença e como Ele influencia os factos e os tempos para favorecer o Seu povo. Conhecer os tempos de Deus é fundamental para se avançar no Reino. E isso tem que ser uma chave bíblica para nós, também. Ester, sendo judia, foi feita rainha entre os medo-persas, ao lado do rei Assuero. O primo dela, Mordecai, ficou às portas do palácio do rei, e o salvou de uma trama inimiga para matá-lo. Temos que nos posicionar às portas do Rei para vigiarmos com Ele, porque Ele quer nos revelar as tramas inimigas para que, por meio do poder de Deus, possamos impedi-las e desfazê-las antes de serem concretizadas.
A história de Ester e a Festa de Purim nos ensinam que no meio de um tempo de angústias, de crises, de instabilidades e conflitos, devemos saber que não importa se estamos “sentindo” ou não a presença de Deus, pois o Senhor está sempre connosco! Assim como seu nome não aparece no livro de Ester, às vezes pensamos que Deus não se importa mais connosco e que estamos por nossa conta e risco. Não! Não é pelo que vemos, mas pelo que cremos, não é pelo que sentimos, mas por quem Deus é!
O Salmo 121:4 diz que é certo que não cochila nem dorme o guarda de Israel. O povo de Deus nunca se deve considerar vítima da fatalidade, da sorte, do destino, do azar. Deus tem um plano maravilhoso para a vida de cada um de nós; plano este em harmonia com o seu grande plano redentor. Nós, porém, temos que fazer a nossa parte, assim como fizeram Mordequai e Ester que se posicionaram adequadamente para que o Senhor, como sujeito oculto dessa história, pudesse usá-los para seu propósito.
Nós pertencemos a Deus, somos Seu povo. Satanás não tem domínio sobre a nossa vida e isso o deixa furioso. Ele então tenta armar as suas armadilhas, lançando os seus decretos de morte a fim de nos destruir. No entanto, “maior é o que está em nós do que aquele que está no mundo” (I Jo. 4:4). O Senhor é poderoso não só para nos guardar do mal, como também para reverter todo decreto do maligno em decretos de bênçãos. O Senhor é aquele que transforma a maldição em bênção, a tristeza em alegria, o luto em dia de festa. Hoje Ele quer fazer isso na sua vida. Hoje é Purim, o dia do Senhor mudar a sua sorte. No Salmo 91 vemos como aquele que está guardado em Deus, escondido no esconderijo do altíssimo experimenta o livramento de toda a sorte de demónios e principados. Ele nos livra do laço do passarinheiro, do terror noturno, da seta que voa de dia, da peste que se propaga nas trevas e da mortandade que assola ao meio-dia.
No final deste salmo, no entanto, está o grande segredo para tamanho livramento: “Porque a mim se apegou com amor, eu o livrarei” (v.14).
        4. Estar Apegado ao Senhor Implica em, Pelo Menos, Três Passos:
        1). Buscar ao Senhor de Todo o Coração
Este é o principal mandamento, confirmado inclusive pelo Senhor Jesus. “Amarás, pois, o Senhor teu Deus, de todo o coração, de toda a tua alma e de toda a tua força” (Dt. 6:5; Mc. 12:29-31). Será que estamos buscando a Deus com todo o coração, ou será que estamos buscando ao Senhor apenas com parte do nosso coração. O que tem dividido o nosso coração? Muitas vezes dizemos amar a Deus e servi-lo mas, quando passamos por algumas situações, a intimidade do nosso coração vem à tona. Percebemos que existem muitas coisas ocupando o espaço que deveria ser só de Deus.
Se quisermos experimentar o que aconteceu em Purim, temos que buscá-lo com todo o coração. Ester convocou um jejum e, durante três dias, o povo buscou ao Senhor intensamente a fim de obter livramento (Et. 4:16). Deixe o Espírito Santo sondar o seu coração para que tudo aquilo que ainda ocupa um espaço que deveria ser só de Deus seja retirado. Se for preciso, jejue em prol disso.
        2). Buscar ao Senhor Constantemente
Vai mais longe quem é constante. Há pessoas que só buscam a Deus em momentos de crise ou em épocas especiais. O segredo para uma vida cristã autêntica é buscar ao Senhor dia após dia, constantemente. Não importa se está tudo bem ou está tudo mal. A nossa busca constante pelo Senhor define a nossa saúde espiritual.
Também é um sinal de maturidade. A criança é, por natureza, inconstante. Um dia ama um brinquedo, no outro pode nem se lembrar dele. Já o adulto precisa ser constante em algumas coisas. Este é o tempo da unidade e da maturidade. Se queremos ser homens espiritualmente maduros temos que aprender a buscar ao Senhor constantemente, em todo o tempo.
        3). Buscar ao Senhor com Fé
Por fim, estar apegado ao Senhor implica em buscá-lo com fé, crendo no seu poder e no seu livramento. Quando oramos a Deus cremos que o que pedimos vai acontecer? Ou as nossas orações já se tornaram meros rituais religiosos. Buscar a Deus com fé faz toda a diferença, afinal, “... sem fé é impossível agradar a Deus” (Hb. 11:6). Nós servimos a um Deus vivo. Ele tem poder para operar muito mais do que pensamos ou imaginamos. Não podemos limitar a nossa existência só àquilo que contemplamos com os nossos olhos ou o que o nosso braço alcança. É preciso crer em milagres.
 Crer que Deus o pode curar da enfermidade, que pode restaurar um casamento, que pode libertar um filho das drogas, que pode mudar toda a nossa história num só dia, como aconteceu em Purim, transformando a maldição em bênção.
Este é o tempo de mudar a sua sorte. Creia nisso e se agarre ao Senhor, apropriando-se bem do poder, do amor e da presença de Deus.
Deus quer operar milagres em nossas vidas. Mas é tempo de Purim, é tempo de nos apegarmos ao Senhor e buscá-lo com todo o nosso coração, buscá-lo constantemente e buscá-lo com fé. Creia que hoje o Senhor quebra os grilhões e transforma a maldição em bênção.
        5. O Sentido Espiritual de Purim em Nossos Dias
A Festa de Purim é a essência do livro de Ester, na Bíblia. Naquele tempo o povo judeu experimentou uma de suas mais impressionantes libertações, ao ver a sentença de morte que pesava sobre si ser revertida e cair sobre os seus inimigos que intentavam destruí-los. Para nós hoje, celebrar Purim significa proclamar a nossa confiança no Senhor, independente das circunstâncias que enfrentamos no dia-a-dia.
O coração de Ester nos faz entrar e viver com ousadia na presença do Rei Jesus à busca da reversão de toda a sentença contrária ao Seu povo.
As Festas Bíblicas foram corrompidas e distorcidas por Roma no decorrer da história da igreja cristã. Assim vemos vários aspetos de Purim terem sido modificados para outras festas e datas (como a troca de presentes e a ceia familiar, que passaram para o natal que não é uma festa cristã nem bíblica; ou mesmo ou malhação do Judas que foi transportada da tradição da festa de Purim quando os judeus faziam a malhação de Haman).
Mas o principal sentido da Festa de Purim para os nossos dias, ao celebrarmos o livramento concedido por Deus ao seu povo, ao desbaratar os planos do inimigo e honrar seu povo, está na generosidade da alegria em compartilhar (com presentes, comida e dinheiro) com os necessitados e com nossos irmãos daquilo que temos recebido do Senhor. É o desejo de alegrar o coração do outro, através das dádivas de presentes, que partem do entendimento de que “é melhor dar do que receber” (Lc. 6:38; At. 20:35) e que nos faz um povo generoso e alegre. Que seja esse o espírito de Purim sobre nós.
O texto chave desse livro se encontra em Ester 4:14 e nos remete para a nossa responsabilidade diante dos propósitos de Deus para as nossas vidas, conforme o Salmista aponta em Salmos 139:13-16. Celebrar o Purim liberta-nos de nós mesmos, de uma cultura egocêntrica, de um evangelho centrado na satisfação pessoal e particular, e nos lança para uma nova cultura e entendimento de que somos um povo com uma mentalidade de semeadura e de colheita, que somos uma geração através da qual o Senhor se estenderá para as próximas gerações, que as próximas gerações conquistarão mais do que somos capazes de conquistar, pois não estamos sendo omissos, mas estamos cumprindo os propósitos do Rei dos Reis e Senhor dos Senhores para esta geração.

Há 23 séculos, cada geração de judeus celebra todos os anos, a festa de Purim. Para os inimigos de Israel, para os “Hamans” de todos os tempos, esta comemoração é uma advertência solene. Para nós, esta maravilhosa festividade transmite inspiração, coragem e fé e fortifica a nossa devoção e ligação ao nosso grande Deus misericordioso. Ela é, ao mesmo tempo, um sinal precursor e certo de nossa Redenção que não tardará a vir.

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